Peru Terá o Maior Crescimento da América Latina em 2010, diz FMI

A economia latino-americana terá uma recuperação gradual da crise global, com um crescimento regional de 2,9% en 2010, projetou hoje o Fundo Monetário Internacional (FMI).
O informe do FMI sobre América Latina e Caribe, divulgado em São Paulo, destaca que " o impacto da crise sobre a região foi substancial, mas o pior já passou para a maioria dos países " .
O estudo projeta que a economia regional sofrerá uma retração de 2,5% em 2009, mas que voltará ao terreno positivo em 2010.
O Peru se apresenta como o país de maior crescimento econômico em 2010, com 5,8%, seguido pelo Chile e pela Guiana, com 4%; Paraguai, com 3,9%, e Panamá, com 3,7%.
O Brasil, a maior economia da região, antecipa um crescimento de 3,4% e o México teria expansão de 3,1%.
Do lado contrário, a Venezuela projeta uma retração de 0,4% no próximo ano, assim como vários países caribenhos, segundo o documento do FMI.
Outros países com boas projeções para 2010 são Uruguai (+3,4%), Colômbia (2,5%), Costa Rica (2,3%), Honduras e República Dominicana, com 2%.
Com um nível menor de expansão encontram-se Argentina e Equador, de 1,5%; Guatemala, 1,3%; Nicarágua, 1% e El Salvador, 0,5%.
Segundo o documento, as perspectivas são melhores nos países que se beneficiaram de melhores condições financeiras e de aumento nos preços de produtos básicos no período posterior à crise.
Por outro lado, os países mais dependentes do turismo e das remessas do exterior, como los centro-americanos e caribenhos, terão uma recuperação mais lenta porque sua perspectiva depende da marcha econômica dos Estados Unidos.
Em geral, o informe diz que o impacto da crise foi grande, mas a região não sofreu os transtornos bancários e de balança de pagamentos como em crises passadas.
" A América Latina e o Caribe se comportaram consideravelmente melhor durante a crise do que outros mercados emergentes " , destacou o FMI.
O fundo frisou que muitos países da região estão mais bem preparados para enfrentar choques externos graças a terem reduzido seus déficits de conta corrente e suas dívidas externas.
Do ponto de vista dos setores bancários, a expansão do crédito observado en muitos países latino-americanos e caribenhos antes da crise não se converteu em uma vulnerabilidade, uma vez que esse crescimento foi financiado em grande parte com depósitos internos.
Fonte: Valor Econômico.
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