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sexta-feira, 28 de junho de 2013

Não Temos Condições Fiscais de Aumentar as Desonerações, diz Mantega



O ministro da Fazenda, Guido Mantega, rechaçou nesta quinta-feira, 27, novas medidas de desonerações e disse que o momento é de colher os frutos das ações já realizadas. Segundo ele, o governo não pode mais abrir mão de receitas este ano.

Perguntado sobre as demandas do setor de aço, Mantega disse estar preocupado com os aumentos de preço que ocorreram com as principais matérias-primas que eles fornecem. "Estamos vendo o que podemos fazer para que produtos caiam e não subam, diminuindo custos para indústria brasileira que utiliza aço", afirmou, para logo em seguida descartar uma desoneração específica para o segmento.

"Não temos perspectivas de fazer desonerações para o setor porque já estamos com programa em curso e não dá para aumentá-lo, não temos condições ficais para aumentar", admitiu. "Temos que colher os frutos das desonerações que já foram aplicadas. Novas medidas ficam postergadas para não termos frustração da arrecadação. Temos que melhorar nosso desempenho fiscal", completou.

Sobre a recomposição das alíquotas de IPI para bens de consumo como móveis e linha branca, Mantega argumentou que o aumento das alíquotas desses produtos para mais perto de seus patamares originais faz parte de um movimento que já havia começado em fevereiro. "É um processo de elevação de alíquotas que já estava previsto e anunciado", concluiu.

Fonte: O Estadão.

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quinta-feira, 27 de junho de 2013

CVM Marca Julgamento de Rubens Ometto Sob Suspeita de Insider Trading



A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) marcou para o dia 9 de julho o julgamento de Rubens Ometto, fundador e controlador da empresa do setor sucroalcooleiro Cosan.

Segundo informações da pauta de julgamentos, a autarquia pretende apurar a eventual utilização de informações relevantes ainda não divulgadas ao mercado, atuação conhecida como “insider trading”,  em negócios realizados com valores mobiliários de emissão da Cosan S.A.. 

Na prática, a suspeita da autarquia é de que Ometto teria negociado ações de emissão da companhia em período anterior à divulgação ao mercado, em 25 de junho de 2007, de fato relevante que tratava de plano de reorganização societária do grupo. O fato relevante era referente à criação da Cosan Limited – que hoje controla o grupo Cosan. 

Além de Ometto, a lista de acusados da CVM no processo também engloba a Aguassanta Participações S.A., que faz parte do bloco de controle da Cosan Limited.

Fonte: Valor Econômico.

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segunda-feira, 10 de junho de 2013

Os Reflexos dos Efeitos Tempo e Divulgação das Demonstrações Contábeis nas Relações Entre a Assimetria de Informação e as Características das Firmas



Artigo de minha coautoria apresentado no VII Congresso ANPCONT, ganhador do prêmio de melhor trabalho geral do congresso.

Autores:
Orleans Silva Martins
Edilson Paulo

RESUMO

O objetivo deste estudo foi analisar os reflexos dos anos pós-crise econômica de 2008/2009 (efeito tempo) e da divulgação das demonstrações contábeis (efeito divulgação) nas relações entre a assimetria de informação e as características econômico-financeiras das firmas no mercado acionário brasileiro. Para isso, a partir dos dados intradiários de negociação de 229 ações negociadas na BM&FBOVESPA, nos anos 2010 e 2011, identificou-se a probabilidade de negociação com informação privilegiada (PIN) por meio do modelo de Easley, Hvidkjaer e O’Hara (2002). Em seguida, relacionou-se a PIN com treze características econômico-financeiras das empresas que compõem o mercado de capitais brasileiro, por meio de regressões Tobit. Com base nos resultados desta pesquisa, pode-se verificar que há indícios da existência de assimetria de informação na negociação de ações no mercado brasileiro, uma vez que foi encontrada uma PIN média de 24,9% para o período investigado. Quanto às relações dessa assimetria com as características das empresas, verificou-se que o retorno, a liquidez, a volatilidade, o custo de capital e o tamanho apresentam uma relação positiva e significante, enquanto com o retorno anormal e a política de dividendos tem comportamento inverso. No que diz respeito aos efeitos tempo e divulgação dos relatórios contábeis, a variável de controle “tempo” apresentou efeito negativo e significante sobre as relações estabelecidas, indicando que os dados dos dois anos analisados possuem estabilidade estrutural diferente, enquanto a variável de controle “divulgação” apresentou efeito positivo, embora não significante.

Disponível na íntegra AQUI.

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Frame Dependence no Comportamento do Profissional Contábil Face à Adoção dos Novos Padrões Contábeis Internacionais



Artigo de minha coautoria apresentado no VII Congresso ANPCONT.

Autores:
Orleans Silva Martins
Diana Vaz de Lima
José Dionísio Gomes da Silva

RESUMO

Este estudo tem o objetivo de analisar o comportamento do profissional contábil sob o ponto de vista da frame dependence, frente ao processo de adoção dos novos padrões contábeis internacionais. Trata-se de uma pesquisa fundamentada na Teoria do Prospecto, a qual busca explicar os vieses cognitivos e heurísticos do processo de tomada de decisão, entre eles, o processo de escolha dos indivíduos, que pode variar de acordo com a forma como um problema é apresentado, o que se convencionou chamar de frame dependence, ou dependência da forma. O estudo se justifica pela percepção de que o processo de convergência aos padrões internacionais de Contabilidade vem exigindo dos profissionais brasileiros mudanças nas formas de pensar e agir, demandando capacidade de julgamento e pensamento crítico. Com isso, torna-se importante compreender se o comportamento do operador da Contabilidade pode diferir de acordo com a forma como um problema lhe é apresentado. Nesse sentido, foi aplicado um questionário a 489 profissionais contábeis registrados nos Conselhos Regionais de Contabilidade do Distrito Federal, da Paraíba e do Rio Grande do Norte, no período de 20 de maio a 06 de junho de 2011. Nos resultados constatou-se que, em menor ou maior grau, houve indícios de dependência da forma. Contudo, analisando os princípios da frame dependence de forma conjunta, essa dependência não é significativa. Ainda, nota-se que: (1) o sexo não influencia na dependência da forma; (2) Técnicos em Contabilidade são mais dependentes que Contadores; e, (3) a idade não influencia significativamente o grau de dependência do contabilista.

Disponível na íntegra AQUI.

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sábado, 1 de junho de 2013

Entenda o Que São os "Hedge Funds"


Os chamados "hedge funds" estão entre as aplicações financeiras mais agressivas disponíveis no mercado de capitais. Em geral, o gestor de um fundo de investimento precisa perseguir algum índice de referência. Nos fundos de renda variável, em regra, é o índice Ibovespa. Nos fundos cambiais, a cotação do dólar comercial. Nos "hedge funds", a principal meta do gestor é conseguir o maior retorno possível para os recursos aplicados, aplicando nos mais diversos ativos financeiros: moedas, ações de mercados emergentes, ou títulos de dívida pública que rendem a juros altos, como no Brasil.

"Muitos 'hedge funds' procuram investir em todos os tipos de mercado, com o uso de alavancagem e outras práticas de investimento especulativas que podem aumentar o risco de perdas das aplicações", sintetiza o SEC, o órgão responsável pela fiscalização do mercado de capitais nos EUA.

Os conceitos chave para entender os "hedge funds" são, portanto, "agressividade", "risco elevado" e, principalmente, "alavancagem": a prática de tomar recursos no sistema bancário para aumentar (alavancar) a aposta numa operação financeira, buscando maximizar os ganhos.

Os "hedge funds" são voltados para investidores ricos e sofisticados, e como regra geral, são caracterizados pelo sigilo de suas aplicações e pela regulamentação "tímida". Eles ganharam as manchetes de jornais, no entanto, na final da década de 90 com a quebra do famoso "Long Term Capital Management" (o "LTCM", como ficou conhecido à época).

Um dos maiores "hedge fund" da época, o LTCM desabou sob o peso de um rombo de US$ 9 bilhões. Com a grife de dois prêmios Nobel de Economia em seu quadro societário (Robert C. Merton e Myron Scholes), o LTCM fazia aplicações arriscadas em mercados emergentes, propiciando a seus investidores retornos superiores a 40% entre 1995 e 1996. [1]

A crise da Rússia, que decretou uma moratória em 1998, pulverizou as operações do LTCM, que viu seu capital minguar de US$ 4,6 bilhões para US$ 600 milhões entre janeiro e setembro daquele ano. Para impedir que as perdas do LTCM se espalhassem pelo sistema bancário, o Federal Reserve (banco central dos EUA) coordenou uma operação de resgate, em que 16 bancos injetaram US$ 3,75 bilhões para manter o "hedge fund" respirando, até que ele voltasse a propiciar retornos positivos a seus investidores.

Como se revelou depois, esse desempenho era baseado numa pesada alavancagem: para cada dólar de investimento recebido, o LTCM tomava US$ 20 de empréstimos de grandes bancos para manter suas operações em dia.


[1]  Prémio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel em 1997 pelos seus estudos sobre o mercado de ações, em particular no desenvolvimento da fórmula de Black-Scholes (em que Black é o economista Fischer Black, já falecido no momento da premiação).


Fonte: Folha de São Paulo.

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