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sábado, 22 de janeiro de 2011

Contabilidade: Terceirizar ou Ter na Empresa?

Custo para manter departamento de contabilidade interno é estimado em R$ 17 mil mensais, contra até R$ 2 mil da terceirizada.


O excesso de tarefas burocráticas, as mudanças constantes de regras e os gastos elevados com profissionais são apontados por especialistas como fatores mais que suficientes para que as pequenas empresas optem pela terceirização dos serviços de contabilidade. A alternativa seria a criação de um departamento próprio, hipótese praticamente descartada por conta da insuficiência de tarefas para ocupar um funcionário durante todo o mês.

“Para uma empresa com faturamento de até R$ 50 milhões por ano, a terceirização é a melhor saída”, afirma Mauro Terepins, presidente da Terco Grant Thornton, empresa de auditoria e consultoria que está entre as seis maiores do setor. "Quando esse patamar for superado, aí sim justifica-se a montagem de uma equipe de contabilidade." Esse é quase um consenso. “Numa pequena empresa, normalmente não há tanto trabalho para ocupar uma ou duas pessoas todos os dias”, diz Edison Arisa, coordenador-técnico do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) e sócio da PricewaterhouseCoopers.


Legislação detalhada

Enory Luiz Spinelli, vice-presidente operacional do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), lembra que os escritórios especializados têm conhecimento sedimentado sobre as normas contábeis, pois devem acompanhar cada detalhe da legislação para poder atender clientes de diversos segmentos. “A lei 11.638, de 2007, promoveu muitas mudanças na contabilidade, o que demanda aperfeiçoamento profissional. Além disso, há todas as regras de implementação do Sped Contábil e do Sped Fiscal, que aumentma a responsabilidade e exige conhecimento do contabilista”, afirma. Isso sem contar a adaptação da Legislação Societária às normas internacionais de contabilidade (IFRS – International Financial Reporting Standard).

Para Spinelli, também dono da Spinelli Contabilidade, de Porto Alegre, a profissão está numa fase de transição, que exige aperfeiçoamento constante dos contabilistas. Esse ponto é indicado por Arisa, do CFC, como fator contrário à contratação de pessoal próprio, já que a pequena empresa terá de gastar com cursos e palestras para que a equipe mantenha-se atualizada. “Além disso”, diz Arisa, “se contratar uma pessoa para toda a contabilidade, tem de ser um profissional gabaritado, que irá requerer um salário alto”.

A CCA Consultores Associados, de São Paulo, auxilia empresas na montagem de departamentos de contabilidade e presta serviços para terceiros. A pedido do iG, Luis Claudio Palese, sócio da CCA, fez os cálculos da montagem de uma estrutura mínima para um departamento.

Segundo as contas de Palese, os gastos mínimos mensais seriam de cerca de R$ 17 mil por mês. Essa verba seria suficiente para pagar um total de pouco mais de R$ 10 mil em salários e R$ 7 mil em encargos sociais. Dos salários, R$ 5 mil iriam para um contabilista, mais R$ 1,3 mil para um auxiliar (o mínimo determinado pelo Sindicato dos Contabilistas do Estado de São Paulo). O restante seria divido entre mais dois funcionários, um para o departamento de recursos humanos e outro para o departamento fiscal.

“Esses seriam os custos para a montagem de um departamento interno. Para terceirizar o trabalho, um bom escritório cobraria entre R$ 1 mil e R$ 2 mil, isso levando em conta uma empresa pequena, com cerca de dez funcionários e a emissão de mais ou menos cem notas fiscais por mês”, diz Palese. “Com a terceirização, tem-se um custo menor.”

Fonte: IG.

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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Cinco Desafios das Novas Regras de Contabilidade




Como medir o valor de uma árvore que está envelhecendo, ou de um bezerro que está engordando? O cálculo desses itens, que são chamados ativos biológicos, está entre os principais desafios do padrão internacional de contabilidade, o IFRS, que começa a ser obrigatório este ano para empresas brasileiras. Outros pontos que estão gerando discussões no momento, segundo especialistas, são contratos de construção imobiliária, bens de concessões do governo, instrumentos financeiros e os chamados ativos imobilizados, bens tangíveis que empresas necessitam para realizar suas atividades, como máquinas.

Das 100 maiores companhias brasileiras com ações em bolsa de valores, 28 já reportaram resultados referentes ao terceiro trimestre ou outros períodos de acordo com as novas normas, mesmo não sendo obrigatório ainda. Entre elas, estão Vale, Petrobras, Klabin, Cielo, OGX, Suzano e Net. A partir de agora, todas as empresas listadas em bolsa, ou que tenham faturamento superior a R$ 300 milhões (ou ativos que superem R$ 240 milhões), precisam se adequar ao padrão internacional quando reportarem seus números fechados referentes ao ano passado.

A partir dos problemas já apontados pelas companhias – tanto por aquelas que se anteciparam, como por diversas outras que estão preparando suas demonstrações - consultores da Ernst&Young identificaram cinco principais desafios. Com a ajuda desses consultores e outros especialistas, o iG mostra abaixo exemplos e pontos críticos de cada um.


“Ativos vivos”

Os chamados ativos biológicos, que são bens “vivos” detidos pelas empresas, estão entre os principais desafios apontados pelos especialistas. A nova norma exige que florestas, gado, cana-de-açúcar, entre outros itens biológicos ou agrícolas sejam avaliados periodicamente e contabilizados nos balanços das companhias de acordo com o valor de mercado (“valor justo”) que possuem, ou seja, o “preço” pelo qual seriam vendidos na data atual.

A grande dificuldade é a mensuração desses ativos, pois as empresas precisam seguir parâmetros, que muitas vezes não existem e ainda precisam ser criados.

“Imagine que uma empresa, como um frigorífico, por exemplo, tenha comprado um bezerro, que foi engordando ao longo do tempo, mas ainda não foi abatido. Pela nova contabilidade, será preciso avaliar a valorização do animal periodicamente, o que as companhias ainda não têm costume de fazer”, diz Bruno Salotti, professor de contabilidade da Universidade de São Paulo (USP).

Outro setor afetado é o de papel e celulose. Pela nova regra, as companhias precisam medir o valor de uma árvore que está crescendo, por exemplo. “O padrão deixa de ser o quanto a empresa pagou pela árvore e passa a ser o valor de mercado do ativo”, diz Reginaldo Alexandre, presidente da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais de São Paulo (Apimec SP).

Apesar do desafio, Paul Sutcliffe, sócio-líder de mercado de IFRS da Ernst&Young, afirma que o Brasil deverá se tornar referência mundial neste quesito, pois diversas empresas brasileiras lidam com ativos biológicos. Salotti concorda. “No começo, as empresas devem buscar avaliadores externos, mas a tendência é que passem a desenvolver maneiras de fazer os cálculos internamente e que passem a ser referência”, diz o professor.

Segundo a Ernst&Young, as empresas que possuem ativos biológicos e que já apresentaram dados nos novo padrão tiveram mudanças significativas em seus resultados. Metalúrgica Gerdau e da Klabin, por exemplo, viram seu patrimônio líquido crescer 80%. Fibria e Suzano Papel e Celulose tiveram o patrimônio aumentado em cerca de 70% em função das novas regras.


Instrumentos financeiros

O desafio mais complexo na visão dos especialistas está ligado a mudanças em instrumentos financeiros, como derivativos e contratos de câmbio. As novas regras trazem uma série de modificações envolvendo a maneira de contabilizar esses ativos. Sutcliffe afirma que as normas para instrumentos financeiros já eram as mais complexas antes do IFRS. Agora, as dificuldades são multiplicadas. “São centenas e centenas de páginas de alterações que estão dando trabalho às empresas.”

De todas, o ponto mais crítico é a atribuição do valor de mercado (“valor justo”) a esses instrumentos, ou seja, o “preço” pelo qual seriam vendidos na data no mercado. Antes do IFRS, os ativos financeiros eram contabilizados a custo histórico, que é o valor pago por eles quando foram adquiridos. Agora, passa a ser necessária a avaliação periódica dos valores para nova marcação, mesma exigência dos ativos biológicos.

Alexandre lembra, porém, que diversas mudanças relacionadas aos instrumentos financeiros ainda estão em discussão e muitas delas só estarão vigentes a partir de 2013. A sugestão dos especialistas é que as companhias busquem a ajuda de profissionais com profundos conhecimentos das regras que envolvem esses ativos, pelo menos para a elaboração dos primeiros balanços com os novos padrões.


Ativos imobilizados

Os ativos imobilizados são o conjunto de bens e direitos que as empresas precisam ter para manter suas atividades. São bens tangíveis, ou seja, que podem ser tocados, como edifícios e máquinas. Também entram nos balanços como imobilizado os custos de melhorias feitos em bens alugados ou arrendados.

Na regra antiga, as empresas atribuíam os valores de ativos imobilizados de acordo com o custo, ou seja, o quanto pagaram por eles. Além disso, a depreciação dos bens era calculada de uma forma chamada “regra fiscal”, que considera que o item “envelhece” após dez anos de vida. Com o IFRS, tudo muda. A partir de agora, as companhias precisam avaliar o quanto o ativo depreciou a cada ano. Esse novo valor é chamado “custo atribuído”.

“O IFRS corrige um erro”, diz Salotti. Como as regras fiscais estabeleciam que a vida útil de uma máquina era de dez anos, passado este período, a empresa considerava que o ativo valia zero. “No entanto, o maquinário ainda está funcionando e tem seu valor”, afirma o professor.

O grande desafio neste ponto é a avaliação constante dos ativos. “As empresas têm que verificar sempre se seus bens continuam capazes de gerar valores ou não”, diz Alexandre. Caso sejam, é preciso atribuir o valor que merecem. Caso contrário, as companhias têm que fazer uma reavaliação para baixo, que é chamada de “impairment”, segundo o presidente da Apimec SP. Como exemplo, ele cita a Cesp, que no ano passado reavaliou várias de suas usinas. “A empresa fez um ajuste para baixo dos valores de várias unidades, e a diferença foi um número considerável.”


Contratos imobiliários

Outro desafio que vem gerando discussões são os contratos do setor imobiliário. Diante de recorrentes dúvidas das empresas, o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), a entidade brasileira criada para adequar as normas à realidade do País, elaborou em dezembro de 2010 uma orientação para ajudá-las a entender as novas regras. Antes disso, as companhias tinham grande dificuldade para interpretar as leis, que não deixavam claro como as receitas com venda de imóveis devem ser contabilizadas.

A dúvida das construtoras era o momento em que a receita deveria ser contabilizada: na hora da entrega das chaves ou antes? Uma possível interpretação da nova norma era de que a ocasião certa é aquela em que o imóvel é recebido pelo novo dono. Mas uma outra leitura da norma levava à conclusão de que a receita deveria ser reconhecida durante o andamento da obra. Os especialistas dizem que as duas interpretações eram possíveis. Mas, segundo eles, após a orientação, as empresas passaram a entender que o correto é a contabilização da receita enquanto o projeto está em andamento.como é o brasileiro?

Apesar dos desafios, o presidente da Apimec SP acredita que as companhias vão conseguir apresentar seus resultados de acordo com as novas regras este ano, sem atrasos. Sutcliffe, por sua vez, diz que a partir do segundo trimestre deste ano as empresas terão maior facilidade, pois poderão comparar suas demonstrações financeiras com as das concorrentes. “Elas passarão a ter referências, o que vai ajudá-las”, afirma.


Concessionárias

As empresas que possuem concessões do Estado, como de transmissão e distribuição de energia elétrica, também estão diante de um grande desafio: a mudança da classificação dos chamados “bens de concessão”, que são conjuntos de ativos que as empresas recebem do governo para realizar suas atividades.

Antes do IFRS, esses bens eram considerados “ativos imobilizados”, cuja depreciação era calculada de acordo com a vida útil. A partir das novas regras, as companhias precisam apresentar esses itens em seus balanços de forma diferente: como “ativos intangíveis” ou “ativos financeiros”, dependendo de alguns critérios, como a atividade da empresa, o uso do bem e o retorno que ele traz. Mas, para essas duas categorias, a depreciação é calculada de uma forma mais complexa, que depende do chamado “teste de recuperabilidade”, que identifica o valor real de um ativo.

“As empresas não têm que apenas depreciar o bem, mas precisam também amortizar pelo prazo da concessão e fazer o teste para avaliar o valor deste bem”, diz Joanília Neide de Sales, professora de Contabilidade da Universidade de São Paulo (USP) e da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi). Segundo ela, a mudança traz uma dificuldade a mais, pois o cálculo da depreciação dos ativos financeiros e intangíveis exige do contador mais conhecimentos de finanças e do negócio da empresa.

Fonte: IG.

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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Receita Exclui 31 Mil Empresas do Simples Nacional






A Receita Federal do Brasil excluiu 31 mil empresas do Simples Nacional por problemas de débitos com o Fisco. Conforme a Receita, as exclusões ocorreram em 1º de janeiro de 2011. Elas estavam num lote de 35 mil empresas consideradas as maiores devedoras do sistema e que foram notificadas a partir de setembro do ano passado. Dessas, apenas 4 mil regularizaram a situação. As empresas notificadas faziam parte de um conjunto de 560 mil devedoras do fisco. A Receita prevê novas notificações ainda para esse primeiro semestre de 2011. 

As empresas excluídas ainda podem quitar seus débitos, que precisa ser feito à vista, e fazer nova opção pelo Simples Nacional até o dia 31 de janeiro, quando termina o prazo anual de adesão ao sistema. Como o processo de exclusão e de opção ocorre no mês de janeiro, a permanência da empresa no sistema não é interrompida até o final do período.

Dificuldades
Para o gerente de políticas públicas do Sebrae, Bruno Quick, o fato de haver mais de 500 mil empresas do Simples em situação de débito tributário mostra as dificuldades enfrentadas pelas micro e pequenas empresas, agravadas por problemas como a recente crise financeira mundial, a valorização do real e a conseqüente exposição à concorrência de produtos importados. 

Soma-se a isso, segundo Quick, o fato de que há cerca de 5 anos o teto do Simples Nacional permanece o mesmo - R$ 2,4 milhões, sem qualquer ajuste. Assim, por exemplo, mais de três mil empresas estão na última faixa e em vias de estourar esse teto e sair prematuramente do sistema de tributação diferenciada. O gerente explica que a saída do sistema altera substancialmente a carga tributária e a estrutura de custo da empresa e pode levar à sua saída do mercado ou empurrá-la para a informalidade, o que entende, contraria os objetivos da política pública instituída pela Lei Geral de incentivo à formalização, ao desenvolvimento e à geração de emprego e renda. 

"As empresas estão fragilizadas e precisam de apoio", diz Bruno Quick. Ele lembra que os débitos do Simples Nacional sequer podem ser parcelados e alerta para a necessidade de mudanças, conforme previa o Projeto de Lei Complementar 591 que tramitava na Câmara dos Deputados em 2010. 

"Alguns empresários têm a esperança de que esse projeto seja votado ainda em fevereiro deste ano, conforme prometeu o líder do governo no final do ano passado e que, entre as mudanças, seja incluido o parcelamento de débitos das empresas". 

Fonte: Agência Sebrae.

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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Em Tempos de Crise nos Sistemas de Previdência do País, Ex-Governadores Gozam de Aposentaria Vitalícia

OAB vai ao Supremo contra privilégio a ex-governadores.



A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) vai contestar no Supremo Tribunal Federal (STF) a constitucionalidade das aposentadorias vitalícias concedidas a ex-governadores. O benefício “fere o princípio da moralidade e quebra a isonomia entre os cidadãos brasileiros”, disse o presidente da entidade, Ophir Cavalcanti.

Desde dezembro, três ex-governadores obtiveram a aposentadoria, segundo reportagem publicada ontem pelo jornal O Globo: Roberto Requião (PMDB), do Paraná, Ana Júlia Carepa (PT), do Pará, e Leonel Pavan (PSDB), de Santa Catarina.

A tucana Yeda Crusius, do Rio Grande do Sul, e o peemedebista Orlando Pessuti, que governou o Paraná por apenas dez meses, já solicitaram o benefício. Partiu do Ministério Público do Paraná (MP-PR), no fim do ano passado, uma ação direta de inconstitucionalidade contra o pagamento dos subsídios vitalícios a ex-governadores.

Além de Requião, Álvaro Dias e Jaime Lerner foram contemplados. O STF ainda não se pronunciou sobre o caso. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Portal Exame.

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terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Falta de Correção de Tabela do IR Corrói Parte dos Aumentos Reais





A falta de correção da tabela de Imposto de Renda (IR) para 2011 irá corroer uma parte expressiva dos aumentos reais obtidos por algumas categorias nas negociações salariais do ano passado. O impacto depende da data-base da categoria e também do salário do trabalhador. 

Na negociação salarial dos metalúrgicos do ABC, em setembro, foi negociado um aumento real de 4,52% (pago além da inflação). Para quem ganha o que é considerado a média salarial da categoria, esse ganho real pode cair para 3,22% quando a conta inclui a parcela a mais que o trabalhador passará a pagar de Imposto de Renda este ano. Para quem está no teto, o reajuste real cai pela metade - de 4,52% para 2,15% porque o desconto do IR é maior. Nos químicos, considerando o salário médio, o aumento real ficou em 1,34%, levando em consideração o Imposto de Renda extra deste ano, percentual que é bem menor que os 2,48% acima da inflação negociados na data-base. Os cálculos foram feitos pela ASPR Auditoria e Consultoria. 

A perda com o IR acontece porque não houve correção de valores para as faixas salariais da tabela progressiva. Ou seja, os trabalhadores terão seu imposto devido sobre os salários deste ano calculados com base na mesma tabela que vigorou no ano passado. A última correção da tabela progressiva aconteceu de 2009 para 2010, quando as faixas de valores tiveram reajuste de 4,5%. 

Sem nenhum tipo de correção para este ano, um simples reajuste de salário pela inflação pode fazer um trabalhador, que antes estava inteiramente na faixa de isenção do imposto, passar a contribuir com 7,5% sobre uma parcela do valor do contracheque. Nesse caso, esse trabalhador terá, na prática, uma elevação de salário abaixo da inflação. 

No caso das categorias que tiveram reajuste real, como metalúrgicos do ABC, químicos e bancários, por exemplo, a tendência é uma correção com ganho real menor. O levantamento da ASPR mostra, por exemplo, que um metalúrgico do ABC com salário de R$ 2.326,44 em janeiro do ano passado, por exemplo, estaria ganhando R$ 2.535,82 atualmente. A correção considera o aumento total de 9% obtido pela categoria, composto pela reposição da inflação (4,29%) mais aumento real de 4,52%. 

Com o novo salário, porém, esse metalúrgico passou a pagar R$ 99,43 de Imposto de Renda ao mês. Em janeiro do ano passado, pagava R$ 68,03. "Isso acontece, porque todo o aumento de salário obtido por esse trabalhador ficou sujeito ao pagamento de 15% de IR, que é a faixa que o valor já alcança na tabela", diz Isabella Gomes, da ASPR. Com a mordida do IR, o aumento de salário líquido desse trabalhador fica em R$ 177,97, o que resulta num reajuste real de 3,22%. 

No caso do metalúrgico do ABC que ganhava o teto de R$ 7 mil no ano passado, a corrosão do aumento real é maior. A explicação é simples. Esse trabalhador fica sujeito à alíquota máxima da tabela, de 27,5% (paga por todos que recebem mais de R$ 3.743,19). Com o reajuste de 9% obtido no ano passado, o salário hoje é de R$ 7.630, e ele é obrigado a pagar R$ 173,25 a mais de IR em relação ao valor retido antes. Esse aumento do IR reduz seu aumento real de salário 4,52% para 2,15%. 

Com o mesmo tipo de cálculo, e levando em conta as médias salariais da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) do Ministério do Trabalho, o reajuste real de 2,48% obtido pelos químicos no ano passado cai para 1,34%. Foi levada em consideração uma média salarial de R$ 2.382,14 em 2010. O valor alcança a faixa salarial de 15%. A categoria obteve no ano passado aumento total de 8%, sendo a inflação de 5,39%. No salário considerado como teto, a elevação real cai de 2,48% para 0,39%. 

No caso dos bancários, o reajuste real de 3,08% cai para 1,1% levando em conta a média salarial paga pelas instituições financeiras. O efeito é grande nesse caso, explica Isabela, porque a média salarial levada em consideração - R$ 3.840,57 - já alcança a faixa de 27,5% na tabela de IR.

Fonte: Valor Econômico.

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Facebook Fatura US$1,86 Bilhão com Propaganda




São Paulo - Os mais de 600 milhões de usuários do Facebook se revertem em ganhos significativos para a rede social de Mark Zuckerberg. Estimativa da EMarketer, publicada nesta terça-feira pelo Advertising Age, aponta que a receita chegou a US$ 1,86 bilhão em 2010. O montante supera em 86% os números de 2009.

Segundo o AdAge, cerca de US$ 1,2 bi, 60% do total, vem de anunciantes dos EUA e a surpresa é que a fonte do dinheiro são, principalmente, empresas de pequeno e médio porte, que passaram a utilizar o sistema de "auto-atendimento" do site.

Por esse esquema, as marcas não dependem necessariamente de uma agência para gerenciar o processo de inserção e manutenção de campanhas na rede. Elas mesmas o fazem. Grandes companhias como Coca-Cola e Procter & Gamble ou Match.com, contribuíram com cerca de US$ 740 milhões.

"Esse tipo de anunciantes está realmente bancando o crescimento do Facebook," disse Debra Williamson, analista da eMarketer. "Os anunciantes experimentaram o modelo com o Google por anos e agora repetem isso com o Facebook", complementa Debra.

Fonte: Portal Exame.

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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Por Que os Contadores São Magros, Fracos e Usam Óculos nos Filmes de Hollywood?




Em primeiro lugar, os filmes de Hollywood objetivam atingir um público muito amplo e que muitas vezes não possuem um discernimento muito elevado. Por isto, Hollywood costuma usar algumas simplificações na caracterização dos personagens para facilitar a compreensão do público. Uma destas simplificações é caracterizar o contador desta forma. Como isto o público já acostumou em ver num personagem tímido, magro, fraco e de óculos um contador.

Em segundo lugar, em geral os contadores não são personagens centrais nos filmes. Colocar um contador bonito e com grande físico certamente chamaria a atenção para o ator, eclipsando o astro principal. Assim, Van Diesel e Denzel Washington irão preferir trabalhar com um coadjuvante que não se destaque.

Terceiro lugar, a imagem que as pessoas possuem do contador já está formada, em parte pelos filmes antigos. Colocar um contador "diferente" desta imagem pode criar uma impressão de "falsidade" para o filme.

Fonte: Blog Contabilidade Financeira.

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domingo, 16 de janeiro de 2011

O "Fantástico" Negócio de Ronaldinho Gaúcho no Flamengo




O campeonato de futebol brasileiro continua o seu acelerado processo de evolução, marcado nos últimos anos pelo regresso de algumas das suas grandes estrelas. Exemplos disso foram os regressos de Ronaldo, Roberto Carlos, Adriano, Wagner Love, Fred, Elano, Daniel Carvalho, entre outros. Por fim, o recente ingresso de Ronaldinho Gaúcho no Flamengo, transfere para a Serie A brasileira muita da atenção do futebol mundial.
Se é difícil aos grandes clubes europeus reunir condições financeiras para adquirir jogadores com o nível de Ronaldinho Gaúcho, compreende-se que seja ainda mais para os clubes brasileiros, no entanto essas diferenças têm vindo a desvanecer, fruto de uma excelente conjugação entre o investimento de várias empresas e o excelente marketing que envolve todo o processo.

COMO, QUANTO E QUEM PAGA O SALÁRIO DE RONALDINHO
  • Ronaldinho irá ganhar um salário fixo de 5 milhões de Euros anuais (cerca de R$11,25 milhões).
  • O salário do jogador será suportado em 80% pela agência Traffic Sports (4 milhões de Euros), sendo que 20% (1 milhão de Euros) será suportado pelo Flamengo.
  • Em 2010 o Flamengo através do patrocínio das marcas Batavo e Banco BMG gerou cerca de 12,5 milhões de Euros (R$ 28 milhões).
  • Em 2011 e com a chegada de Ronaldinho, existe a expectativa que a renegociação dos contratos de patrocínios alcancem no total os 25 milhões de Euros (R$ 56 milhões).
  • No contrato ficou estipulado que toda a receita de publicidade ainda por negociar com as empresas patrocinadoras acima dos 12,5 milhões de Euros (R$ 28 milhões) , será repartida pelo jogador, clube e Traffic Sports.
  • Nesta partilha o jogador receberá 50%, a Traffic Sports 40% e o Flamengo terá direito a 10%.

O MELHOR E O PIOR CENÁRIO DO NEGÓCIO
A acreditar que o Flamengo consiga em 2011 dobrar o montante em patrocínios de 12,5 para 25 milhões de Euros (de R$ 28 para R$ 56 milhões), parece um excelente negócio para todas as partes. Projectando o futuro e tendo como valor chave o acréscimo máximo de publicidade na ordem dos 12,5 milhões de Euros, veja-mos o melhor e o pior cenário do negócio:
Ronaldinho Gaúcho – Melhor cenário – Salário total de 11,25 milhões de Euros (50% dos 12,5M€ da publicidade + salário fixo anual de 5 milhões de Euros). Pior cenário – Salário total de 5.0 milhões de Euros (50% dos 0€ da publicidade + salário fixo anual de 5 milhões de Euros).
Traffic Sports – Melhor cenário – Investe 4 milhões de Euros no salário do jogador e recebe 40% dos 12,5M€ da publicidade, cerca de 5 milhões de Euros. Pior cenário – Investe 4 milhões de Euros e recebe 40% de 0€ da publicidade. A empresa seria a mais prejudicada no negócio.
Flamego – Melhor cenário – Aumenta as receitas de patrocínio em 10%, mais 1,25 milhões de Euros (total de 13,75 milhões de Euros) que dará para pagar a sua parte dos salários do jogador e com Ronaldinho na equipe, aumenta as receitas de bilheteira, merchandising etc… para além de uma vantagem desportiva considerável. Pior cenário – Mantêm as receitas de publicidade nos níveis actuais, mas com Ronaldinho na equipe, aumenta as receitas de bilheteira, merchandising etc… para além de uma vantagem desportiva considerável.

Fonte: Futebol Finance.

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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Bancos e Seguradoras Terão Dois Balanços





Os bancos e seguradoras brasileiros não poderão fazer como de costume e apresentar o balanço da controladora e o consolidado lado a lado, o que exigirá a elaboração de dois demonstrativos financeiros. Isso se deve ao fato de o Banco Central e a Superintendência de Seguros Privados (Susep), que regulam os bancos e as seguradoras, respectivamente, terem determinado o uso das normas internacionais de contabilidade IFRS para os números consolidados a partir do exercício de 2010, mas não para os balanços individuais dessas instituições. 

Na opinião do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon), com práticas contábeis tão distintas, "não é apropriado" apresentar esses dados de forma conjunta. "É preciso evitar confundir o leitor", explica Wanderley Olivetti, diretor técnico do Ibracon, que divulgou ontem uma orientação sobre a elaboração dos balanços. 

As companhias abertas não financeiras, reguladas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), seguirão com a prática tradicional, já que o órgão tornou obrigatórios tanto para o balanço individual como para o consolidado, todos os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), que seguem as normas do IFRS. Com duas pequenas exceções, a empresa que adotar as práticas brasileiras de contabilidade poderá dizer que está seguindo o padrão internacional. 

O Ibracon disse também, em comentário técnico divulgado aos auditores, que os bancos e seguradoras que não apresentarem os dados de 2009 comparativamente aos de 2010 não poderão informar que seus balanços consolidados estão de acordo com as práticas internacionais. 

Ao mesmo tempo em que pedem o uso do IFRS nos demonstrativos consolidados, BC e Susep permitem que as instituições não apresentem a comparação e que a data de transição seja no início de 2010. Entretanto, isso é incompatível com a norma internacional. 

A instituição que optar por usar essa "brecha" dada pelos reguladores terá um parecer de auditoria diferente. Em vez de dizer que os números "apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira consolidada" da empresa, os auditores atestarão apenas que o balanço está de acordo com as regras do órgão regulador. 
Isso não significa uma ressalva do auditor, mas que aquele balanço não é "para fins gerais" (para todos os públicos), que é o tradicional, mas para o "propósito especial" de atender uma exigência regulatória, fato que será evidenciado por meio um parágrafo de "ênfase", que na escala da auditoria serve como um alerta aos usuários das demonstrações. 

Segundo Olivetti, do Ibracon, os bancos e seguradoras poderão divulgar os dados individuais e consolidados lado a lado somente se ambos forem apresentados conforme a regra contábil do órgão regulador. Mesmo se essa for a opção, um outro balanço consolidado, em IFRS, continuará sendo obrigatório, ainda que seja apenas divulgado na internet. 

Conforme decisão do BC do início de dezembro, as instituições financeiras, além de não precisarem divulgar o balanço de 2009 comparativo, terão 120 dias para divulgar os números de 2010, e não os tradicionais 90 dias. 

O órgão regulador dos bancos aprovou apenas quatro pronunciamentos emitidos pelo CPC, de um total de 44 emitidos, e não há previsão para adoção dos demais. 

Uma das principais diferenças entre as práticas contábeis está relacionada com o ágio gerado em aquisições, que deixa de ser amortizado contabilmente no IFRS. Outros pontos relevantes têm a ver com contratos de leasing, benefícios a empregados e o registro da venda de carteiras de crédito para fundos de recebíveis controlados. 

No caso da Susep, foram aprovados os primeiros 14 pronunciamentos do CPC - e a adoção dos demais ficou para 2011. 

Fonte: Valor Econômico.

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Defasagem na Tabela do IR Passa de 70%

Governo abandona política de correção anual, e discrepância entre reajustes e inflação acumulados aumenta.


No último dia de 2010, o governo confirmou que a tabela do IRPF (Imposto de Renda da Pessoa Física) - que, desde 2007, é corrigida pela meta de inflação, de 4,5% - não teve mudança para o ano-base 2011.

A defasagem desde 1995, que já superava 64%, deve passar de 70%, segundo cálculos do Sindifisco Nacional.

A tabela precisaria ter um reajuste de 71,5% para compensar toda a inflação acumulada entre 1995 e 2011. Isso significa que os contribuintes têm sido descontados bem acima da reposição dos salários, corrigidos ao menos tendo como base o índice de preços acumulado.

De acordo com o diretor de Estudos Técnicos do Sindifisco, Luiz Antonio Benedito, esse cálculo leva em conta o centro da meta de inflação no ano, estipulada em 4,5%.

A correção anual da tabela tinha como meta assegurar maior justiça tributária. Ao abandonar essa política, o governo expõe contribuintes a uma sobretaxação e provoca alta na arrecadação do IR.

"O governo apresentava a correção como uma benesse, quando é um direito do contribuinte", afirma o presidente do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário), João Eloi Olenike.

Para o supervisor nacional do IR, Joaquim Adir, os ganhos de receita sem a correção não são expressivos. "Sempre que aumenta a renda aumenta a arrecadação."

Segundo especialistas, o ganho de arrecadação sem a correção é equivalente à inflação no ano. A arrecadação do IR deve se aproximar de R$ 18 bilhões em 2010. Sem contar a alta por fatores macroeconômicos, só os ganhos por não corrigir a tabela podem atingir R$ 810 milhões.

CONGRESSO
Para o advogado Lázaro Rosa da Silva, o governo deveria ter enviado ao Congresso a proposta de correção da tabela até o fim de 2010. "Qualquer mudança depois acarreta problema."

Legalmente, é possível fazer alterações durante o ano e definir, se for o caso, a restituição daquilo que foi recolhido em excesso. "Mas isso cria insegurança", diz Bianca Xavier, professora da FGV.

Para o Sindifisco, os ganhos de receita são pequenos ante o prejuízo para os assalariados de mais baixa renda.

"É uma forma burra de realizar a política tributária", diz Benedito. "Os ganhos de capital têm uma taxação proporcional inferior aos rendimentos de salários, o que é outra distorção", acrescenta o advogado Vinícius Branco.

"É burrice não fazer a correção porque, ao retirar o dinheiro do contribuinte, afeta também o consumidor. A não ser que o governo queira, com isso, reduzir a demanda e diminuir a pressão inflacionária. Mas há forma melhor de fazer isso", diz Olenike.

FAIXA MENOR PAGA MAIS
Um outro estudo, da Ernst & Young, indica que o aumento será mais forte para a menor faixa de contribuição.

Enquanto o grupo que, sem a correção, deixa a faixa de isenção (e passa a pagar a alíquota de 7,5%) encara um acréscimo percentual líquido (IPCA menos o IR) de 5,68%, para aqueles que passam da alíquota de 22,5% para 27%, esse percentual cai a 4,32%.

O responsável pelo estudo, Oliver Kamakura, diz que a falta de correção ainda mostra outra face negativa: "Inverte tendência de redução na alíquota efetiva do IR dos últimos dois anos".

As correções da tabela em 4,5% ao ano, de 2007 a 2010, foram adotadas após acordo com centrais sindicais no fim de 2006, para impedir que a reposição salarial pela inflação fosse tributada. 


Especialistas cobram aumento das deduções
DE BRASÍLIA

Uma das formas de tornar mais justa a arrecadação do IRPF, para especialistas, seria remodelar as categorias de dedução."É questão de justiça. Se dois estão na mesma faixa de contribuição, mas um é solteiro e o outro tem filhos ou pais idosos dependentes que precisam de medicamentos, não têm a mesma capacidade contributiva. Os valores para as deduções são irrisórios", diz Luiz Antonio Benedito, do Sindifisco Nacional.

Segundo estudo do sindicato, a dedução por dependentes, hoje em R$ 1.808,28 ao ano, deveria ter seu valor ampliado para R$ 2.967,39 para corrigir a defasagem provocada pela inflação.

Para o advogado Vinícius Branco, há despesas que deveriam ser acrescidas à lista. "O contribuinte paga imposto das rendas provenientes de aluguel de imóvel, mas o inquilino não tem como deduzir essas despesas, e moradia é uma necessidade fundamental. Seguro de carro também deveria entrar."

De acordo com a professora Bianca Xavier, da FGV, o governo por vezes faz a revisão das deduções. "Demorou bastante para eles acrescentarem as cirurgias plásticas entre as despesas passíveis de deduções", exemplifica.

Para o Sindifisco, até as deduções com saúde deveriam passar por uma revisão, pois despesas com medicamentos não são dedutíveis. "É lógico que sempre há o risco de fraudes, mas não se pode tirar o direito por causa de poucos desonestos", afirma Benedito. 

Fonte: Folha de São Paulo.

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É Oficial: As IFRS Estão Valendo





Após três anos da promulgação da lei 11.638/2007, que estabeleceu as IFRS (International Financial Reporting Standards, ou normas internacionais de contabilidade) como novo padrão contábil para as instituições financeiras, empresas de capital aberto ou de grande porte brasileiras, 2011 tem início com a adoção efetiva e compulsória dessa sistemática de análise das contas empresariais para aquelas corporações. 

As demonstrações financeiras de 2010 das chamadas sociedades anônimas, instituições financeiras e empresas que tiveram faturamento bruto de mais de R$ 300 milhões no ano ou que dispõem de ativos totais acima dos R$ 240 milhões (mesmo que não obrigadas a publicar seus números) já deverão ser totalmente expressas de acordo com o padrões internacionais adaptados pelos pronunciamentos técnicos publicados pelo CPC (Comitê de Pronunciamentos Contábeis), entidade criada no país para adequar as IAS (International Acounting Standards, normas do padrão IFRS) à realidade brasileira. 

Assim, é coroado o esforço e trabalho conjunto de anos das classes contábil e de auditores e de entidades, órgãos e instituições como Apimec Nacional, BM&FBovespa, Conselho Federal de Contabilidade, Fipecafi, Ibracon, BCB e CVM para modernizar e adequar os padrões contábeis nacionais às melhores práticas adotadas internacionalmente. 

Além de colocar as demonstrações financeiras das empresas brasileiras na mesma "linguagem" adotada por mais de cem países de todo o mundo, o padrão IFRS oferece mais confiabilidade aos sistemas de divulgação de dados empresariais. 

Com o novo padrão, abrem-se também novas oportunidades de acesso a crédito às companhias nacionais, a partir da facilitação de relacionamento com as instituições financeiras estrangeiras que, em geral, exigem demonstrações adequadas às normas internacionais de contabilidade para conceder recursos. 

Vale destacar que, a partir de agora, o padrão em IFRS torna-se uma referência não só para as empresas que já são obrigadas nesse primeiro momento a adotar o sistema. 

A tendência é que o mercado passe a exigir que as demonstrações financeiras de todas as empresas do país passem a ter as IFRS como referência. Esse tipo de exigência deve ser especialmente imposta pelas instituições financeiras na hora de avaliar a capacidade de contratação de crédito das corporações, sejam elas micro, pequenas, médias ou grandes empresas. 

Para nós e para nossos colegas contadores e auditores, fica o desafio da constante atualização profissional a partir das exigências que o mercado vier a impor ao longo dos próximos anos em relação à adoção generalizada de demonstrações financeiras seguindo as IFRS. 

As normas internacionais de contabilidade vêm trazer às empresas brasileiras mais modernidade, confiabilidade, correção e alinhamento com aquilo que é considerado adequado em todo o mundo quando falamos de demonstrações financeiras. 

E, em razão do trabalho árduo e produtivo de profissionais dedicados ao longo dos últimos anos, a adoção das IFRS no Brasil já é um sucesso que reforça o destaque que nosso país tem adquirido no cenário global.

Fonte: Brasil Econômico.

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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Copa do Mundo de 2010: Custos Foram Superiores aos Benefícios Econômicos





Sempre existiram dúvidas quando ao impacto económico que um mundial da FIFA pode trazer ao país organizador da competição. No entanto o último torneio organizado pela África do Sul, veio revelar alguns dados importantes, que servem principalmente de registo para futuras organizações.

Segundo uma sondagem elaborada pelo National Department of Tourism (NDT) da África do Sul em conjunto com a South African Tourism (SAT), o ministério do turismo da África do Sul, o último mundial da FIFA levou ao país africano mais de 309.000 turistas, que no conjunto gastaram mais de 390 milhões de Euros, o que significou um grande acréscimo à economia do país.

Dados do Mundial FIFA 2010 – África do Sul

  • No total entraram na África do Sul 309.554 turistas com a intenção de assistir a jogos do Mundial.
  • Dos 309.554 turistas 38% vieram do continente Africano, 24% da Europa, 13% da América Central e América do Sul, enquanto 11% vieram da América do Norte.
  • O país que mais turistas enviou para assistir ao Mundial da África do Sul foi os Estados Unidos com 30.175 turistas, seguido do vizinho Moçambique com 24.483 e da Inglaterra com 22.802.
  • No total foram gastos pelos turistas que visitaram a África do Sul cerca de 390 milhões de Euros.
  • Do total gasto pelos turistas 103 milhões de Euros foram gastos por Europeus, 69 milhões de Euros pelos adeptos Sul e Centro Americanos e 40 milhões de Euros gastos por adeptos do continente Africano.
  • A quantia média gasta por cada adepto foi de R11.800 (1.300 euros), bastante superior ao ano de 2008(R8.400) e 2009(R9.500).
  • Do total gasto pelos adeptos 30% foi gasto em compras, 20% em hotéis, 19% em comida e bebida, 16% em diversões e 11% em transportes.
  • Em média cada adeptos passou 10,3 noites na África do Sul, dos quais 79% em hotéis e 21% em casas de amigos ou familiares.

Com um custo que se estimou em cerca de 3.225 milhões de Euros (ver Quanto custa um mundial de futebol da FIFA), os benefícios são claramente inferiores aos custos, deixando apenas como grandes beneficiários dos eventos, a própria FIFA e as empresas patrocinadoras que alcançam uma exposição mediática gigantesca.

Fonte: Futebol Finance.

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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Valor de Mercado de Empresas Listadas na Bovespa é Recorde em 2010





As empresas de capital aberto brasileiras listadas na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) encerram 2010 com valor de mercado recorde, de US$ 1,5 trilhão, segundo levantamento da consultoria Economática divulgado nesta segunda-feira. Antes desse resultado, o maior número havia sido registrado em outubro do ano passado, quando encerraram o mês a US$ 1,46 trilhão.

Segundo o estudo, somente as dez maiores empresas brasileiras somam US$ 848,2 bilhões, o que representa 56,4% do total. Em primeiro lugar no ranking está a Petrobras, com US$ 228,2 bilhões.

No início do Plano Real (junho de 1994), o valor de mercado das companhias era de US$ 98,8 bilhões --o que aponta para um crescimento de 15,2 vezes ante dezembro do ano passado.

A consultoria mostra ainda que o valor de mercado das empresas brasileiras, de US$ 1,5 trilhão, é próximo ao das seis maiores empresas dos Estados Unidos, que juntas encerraram 2010 com US$ 1,49 trilhão.

No cálculo, não são consideradas as ações em tesouraria.


CARTEIRA TEÓRICA

A BM&FBovespa confirmou hoje que a carteira teórica do índice Ibovespa, que vai vigorar de 03 de janeiro a 29 de abril de 2011. A nova carteira mantém a entrada das ações ordinárias da Hypermarcas, totalizando 69 ativos de 63 empresas.

Os cinco ativos que apresentam o maior peso na composição do índice são: Vale PNA (10,758%), Petrobras PN (10,460%), OGX Petróleo ON (4,806%), Itauunibanco PN (3,829%) e BMFBovespa ON (3,739%).


VOLUME

Na semana passada, a Economática divulgou que a Bovespa atingiu no ano passado o maior volume financeiro da história, assim como a menor volatilidade. A pesquisa considera dados até a última quarta-feira (29).

De acordo com o estudo, foram negociados R$ 1,4 trilhão ou US$ 788 bilhões. O melhor resultado havia sido obtido em 2008, com R$ 1,386 trilhão. No ano passado, com o impacto da crise financeira mundial, ficou em R$ 1,225 trilhão.

A volatilidade, que mede o nível de nervosismo do mercado, deverá ser em 2010 a menor nos últimos 29 anos, segundo a consultoria. O menor ponto atingido foi no dia 17 de novembro, com 20,25. Segundo a Economática, "quanto maior o índice, pior o nível de incerteza do comportamento do ativo [Bovespa] analisado".


VEJA A LISTA DAS 10 MAIORES EMPRESAS BRASILEIRAS POR VALOR DE MERCADO

Petrobras - US$ 228,2 bilhões
Vale - US$ 166,2 bilhões
Itaú Unibanco - US$ 96,4 bilhões
Ambev - US$ 86,6 bilhões
Bradesco - US$ 67 bilhões
Banco do Brasil - US$ 53,9 bilhões
Santander Brasil - US$ 51,9 bilhões
OGX Petróleo - US$ 38,8 bilhões
Itaúsa - US$ 35,9 bilhões
Companhia Siderúrgica Nacional - US$ 23,3 bilhões


Fonte: Folha de São Paulo.

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Investimento do Goldman Sachs Projeta Valor do Facebook em US$ 50 Bi





O Facebook recebeu investimentos que projetam o valor do site de relacionamento social em US$ 50 bilhões, segundo fontes ouvidas por The New York Times. O banco norte-americano Goldman Sachs investiu US$ 450 milhões e a empresa de investimento Digital Sky Techonoligies, da Rússia, investiu mais US$ 50 milhões, segundo as fontes.

Representantes do Facebook, do Goldman Sachs e da Digital Sky não quiseram comentar o assunto, afirma o jornal. Os investimentos podem adicionar pressão para que o Facebook abra seu capital.

As informações são da Dow Jones.

Fonte: Estadão.

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Mercado Eleva Previsão para Inflação Neste Ano Para 5,32%, aponta BC





O mercado elevou a previsão para a inflação oficial, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), neste ano para 5,32%, um pouco acima da estimativa anterior (5,31%).

Para 2010, a projeção permaneceu em 5,90%, segundo o boletim Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira, também acima do centro da meta estipulada pelo governo federal (4,50%).

Nos últimos 12 meses terminados em novembro, último dado disponível, o IPCA acumulaalta de 5,63%.

Já a projeção para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) foi mantida em 7,61% em 2010 e 4,50% para este ano. Até o terceiro trimestre, houve expansão de 8,4%.

No início deste mês, a autoridade monetária anunciou uma série de medidas para reduzir o ritmo de aumento do crédito e intensificar o processo de desaceleração da economia, a fim de evitar o aumento dos preços.

Na última reunião do ano passado, o Copom (Comitê de Política Monetária) decidiu manter a taxa básica de juros, a Selic, em 10,75% ao ano. Para 2011, a expectativa do mercado foi mantida em 12,25%.

A estimativa para o dólar ao final de 2011 ficou em R$ 1,75.

Fonte: Folha de São Paulo.

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