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terça-feira, 20 de outubro de 2009

O Marketing na Fórmula 1 e no Futebol

Por Vicente Criscio

O esporte tratado como negócio.

A frase parece ser de efeito mas não é. Na prática estamos sentido os efeitos da profissionalização do esporte em diversas áreas. No futebol, mais recentemente. Em outros esportes essa prática já é mais antiga.

Especificamente falo da Fórmula 1. Enquanto se lê essa coluna, os motores devem estar roncando em Interlagos. Ou já pode ter passado e Barrichello ainda tem chances de ser campeão ou Button já levou o caneco prá casa. Não importa. Quem ganhou foi a cidade pela organização do evento e principalmente pelos turistas que deixaram nos cofres cerca de R$ 260 milhões em um evento somente no final de semana.

As estimativas são razoáveis. Em 2008 foram R$ 230 milhões. O evento GP Brasil de Fórmula 1 supera a parada Gay e Carnaval. Nas padarias próximas ao autódromo de Interlagos os proprietários engordam seus estoques e restaurantes oferecem cardápio em inglês (fonte: portal G1).

Ontem mesmo, enquanto enfrentava o trânsito por conta da chuva nos arredores, ouvia a Rádio Sul América, rádio especializada em trânsito, que dava boletins em inglês, espanhol e francês para os turistas chegarem a Interlagos. Reallly cool!!

E daí? Perguntaria o torcedor de futebol estressado: os mesmos efeitos da Fórmula 1 estamos sentindo no futebol. A FEMSA oferece um pacote razoável criando uma nova propriedade para os clubes. Empresas procuram o times de futebol para ações não ligadas somente a exposição da marca na camisa ou calção, mas a novas propriedades. O próprio efeito Ronaldo (Corinthians) – a camisa pode até parecer um carro de fórmula 1 – além de Adriano (Flamengo) que geram valor ao patrocinador que viabiliza a permanência – ou à volta – do craque ao Brasil.

Então estamos na boa? Não, infelizmente estamos muito longe. Não basta apenas olhar o copo meio cheio, mas também olhar o copo meio vazio. As empresas precisam apostar mais na visibilidade do futebol. Quem investe, ainda investe bem menos do que o retorno que terá, causando um desequilíbrio contratual. Os clubes, ávidos por dinheiro para enfiar no capital de giro – ao invés de investirem – fazem que sim com a cabeça sempre pensando que aquele milhãozinho ajuda a pagar a folha do mês. Tem a necessidade de caixa e às vezes esquece de valorizar o potencial que está entregando.

Todos precisam rever seus conceitos: os gestores dos clubes, que na figura do Clube dos 13 (nas ações estruturais) e de seus dirigentes (nas ações específicas a cada clube), precisam impor a lei do mais forte ou seja, a preferência de quem detém o conteúdo; e as empresas patrocinadoras, que precisam parar de barganhar e pensar num relacionamento duradouro, de longo prazo, e ganha-ganha.

Afinal de contas, esporte e marketing, quando bem organizados, geram excelente retorno para os dois lados. Os gestores da Fórmula 1 já fizeram a lição de casa e sabem tirar proveito disso. E quanto aos gestores do futebol brasileiro? Vão continuar entregando suas propriedades por "amendoins"?

E boa Itaipava em Interlagos, seja pro Button, seja pro Barrichello.

Claro, mas como sempre digo, essa é apenas mais uma opinião. E a sua? Estamos vendendo barato demais nossas propriedades no futebol?

Fonte: 3VV.

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