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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Balanços Enfraquecem Negócios nas Bolsas da Ásia



Uma rodada fraca de balanços marcou as quedas vistas nas bolsas asiáticas nesta sexta-feira. Em Seul, as ações da Samsung recuaram 0,78% após a fabricante de eletrônicos reportar resultado abaixo do esperado no primeiro trimestre de 2011. O índice Kospi fechou cotado aos 2.192,36 pontos, com desvalorização de 0,72%.

Na bolsa de Sydney, os papéis da marca de surf Billabong International caíram 1,75%, também refletindo o desempenho inferior às expectativas do mercado. O S&P/ASX 200 finalizou as operações de hoje com retração de 1,02%, aos 4.823,20 pontos. As ações das mineradoras Rio Tinto e BHP Billiton cederam 1,39% e 0,99%, respectivamente.

Na China, as pressões inflacionárias mantêm os investidores cautelosos. O índice Shanghai Composite, da bolsa de Xangai, avançou 0,85%, para 2.911,51 pontos, enquanto Hong Kong apresentou movimento inverso e caiu 0,36%, para 23.720,80 pontos. 

Em Taipé, o Taiwan Taiex também baixou 0,36%, para 9.007,87 pontos e, em Tóquio, a bolsa permaneceu fechada devido a um feriado local. 

Fonte: Valor Online.

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CVM divulga Ofício-Circular para Demonstrações Contábeis Intermediárias

A Superintendência de Relações com Empresas (SEP) e a Superintendência de Normas Contábeis e Auditoria (SNC) da CVM divulgam hoje, 29/04/2011, o Ofício-Circular CVM/SNC/SEP/N°003/2011. O documento tem o objetivo de orientar os emissores de valores mobiliários admitidos à negociação em mercados regulamentados, bem como os seus respectivos auditores independentes, sobre os aspectos relevantes que devem ser observados na ocasião da preparação e divulgação do formulário de informações trimestrais - ITR, previsto no artigo 29 da Instrução CVM nº 480/09. 

A CVM decidiu publicar o ofício após o recebimento de consultas feitas por companhias abertas sobre o conteúdo dos formulários de informações trimestrais - ITR. 

Neste sentido, o Ofício-Circular CVM/SNC/SEP/N°003/2011 esclarece que as companhias podem, alternativamente à divulgação de notas com a inclusão de todas as informações previstas no CPC 26 (itens 112 a 138), apresentar as notas explicativas incluídas nos Formulários ITR, observando os seguintes critérios:
incluir todos os títulos constantes das notas explicativas apresentadas nas demonstrações financeiras anuais mais recentes. Caso não haja alteração em relação às informações constantes dessas últimas notas explicativas, não há a necessidade de repetição das mesmas informações no ITR. No caso de alterações relevantes, em relação ao contido nas demonstrações financeiras anuais, dos elementos constantes das notas explicativas, ressaltar as modificações ocorridas e seu respectivo impacto na situação patrimonial da companhia; 

  1. nesses casos em que não houver preenchimento completo da nota explicativa por razão de redundância em relação ao apresentado nas demonstrações anuais, indicar a exata localização da nota explicativa completa na demonstração anual; 
  2. incluir todos os quadros analíticos que detalhem ou expliquem a composição de elementos constantes das demonstrações financeiras ou que atendam a regulamentação específica (ex. quadro demonstrativo de análise de sensibilidade) e que tenham sido apresentados nas demonstrações financeiras anuais, salvo se imateriais; 
  3. sem prejuízo do disposto nos itens anteriores, considerando os comentários constantes do OFÍCIO-CIRCULAR/CVM/SEP/N°02/2011, especial atenção deve ser dada para as informações relativas a: (i) partes relacionadas, inclusive a remuneração do pessoal-chave da administração (CPC 05); (ii) evidenciações relativas a instrumentos financeiros, considerando, inclusive, o disposto na Instrução CVM 475 (CPC 40); (iii) Redução ao Valor Recuperável de Ativos (CPC 01); (iv) Provisões, Passivos Contingentes e Ativos Contingentes (CPC 25); (v) Ajuste a Valor Presente (CPC 12), além (vi) dos pontos mencionados no item 6º, "b" acima; e 
  4. incluir quaisquer outras informações de natureza econômico-financeira julgadas relevantes pela administração da companhia, observado o disposto no item 24 do CPC 21.

O referido Ofício será encaminhado para o endereço eletrônico dos DRI's ou pessoas equiparadas dos emissores e aos auditores independentes, ficando também disponível na página da CVM na internet (no link Legislação e Regulamentação), e em Comunicado ao Mercado (na página principal). 

Fonte: CVM.

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Real, Presumido ou Simples - Qual o Melhor Regime de Tributação?



O contador no exercício da profissão se depara com inúmeras situações, onde ele com base no seu conhecimento e experiência precisa tomar decisões que podem ter um impacto positivo ou negativo para seus clientes, uma das principais decisões que o contador precisa tomar é a escolha do regime de tributação, uma vez que a legislação não permite mudança de sistemática no mesmo exercício, uma opção equivocada será definitiva para todo ano do calendário tendo como conseqüência o aumento da carga tributária. A opção do regime de tributação é feita com o primeira pagamento do imposto (Real ou Presumido) e o simples nacional até o último dia útil do mês de janeiro. Diante de tal duvida surge a figura do planejamento tributário, o contador fazendo uso do seu conhecimento da legislação tributária irá optar pela sistemática que apresente menor carga tributária, sem contudo sonegar ou fraudar o fisco.

LUCRO PRESUMIDO

Nessa sistemática como o próprio nome diz existe uma presunção do lucro, a base de cálculo para o IRPJ e a CSLL de uma forma geral será obtida através da aplicação de 8% (comércio)e 32%(serviços)sobre a receita bruta. O lucro presumido poderá ser vantajoso quando a margem de lucratividade for superior a presumida e a empresa não apresentar um volume considerável de despesas dedutíveis, outro ponto a ser considerado é em relação ao PIS e Cofins pois as empresas que optarem pelo presumido não tem direito ao crédito desses tributos apesar de aplicarem alíquotas mais baixas.

SIMPLES NACIONAL

O Simples pode parecer para muitos a melhor opção uma vez que apresenta alíquotas baixas e os inúmeros benefícios apresentados na Lei Complementar 126, de fato dependendo da atividade o simples apresenta a menor carga tributária,porém os prestadores de Serviços devem ficar atentos, pois dependendo do serviço que é prestado o lucro presumido pode ser mais vantajoso outra questão a ser considera seria a ausência de credito de ICMS,  IPI, PIS, COFINS e a incidência de INSS sobre a receita.

LUCRO REAL

Na sistemática do Lucro Real o recolhimento do IRPJ e CSLL podera ser trimestral ou mensal (Estimativa) tendo como base de calculo o lucro contábil precedido de ajustes (adições, exclusões ou compensações), o lucro real será vantajoso quando a empresa apresentar um grande volume de despesas dedutíveis e uma margem de lucratividade baixa, a outra vantagem seria a possibilidade de compensação de prejuízos de exercícios anterirores tendo como respaldo a escrituração contábil nos moldes da legislação comercial.

CONCLUSÃO

De uma maneira geral não existe um regime de tributação mais benéfico para todas as empresas cada empresa possui suas particularidades devendo ser estudada individualmente, levando em consideração não apenas o IRPJ e CSLL mais o PIS, COFINS ,IPI, ICMS, INSS, etc.

Nesse caso deve o contador realizar simulações e fazer a opção para aquela sistemática mais benéfica e que tenha como consequência menor Carga Tributária para seu cliente.

Fonte: Portal Classe Contábil.

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Dinheiro de Plástico



O uso do dinheiro de plástico, o chamado cartão, torna-se a cada dia uma realidade na vida dos brasileiros. Essa modalidade de pagamento surgiu nos Estados Unidos por volta de 1920 e no Brasil em 1956, sendo inicialmente um cartão de compra e não de crédito. Foi no ano de 1968 que ocorreu o lançamento do primeiro cartão de crédito por aqui.

Temos no nosso país uma entidade que representa oficialmente o segmento de meios de pagamentos eletrônicos. Trata-se da Associação Brasileira de Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).

Fundada em 1971, é formada por instituições financeiras e administradoras, credenciadoras, processadoras e outras empresas integrantes do setor de cartões. A entidade instituiu recentemente um selo de boas práticas para atestar o cumprimento das normas de autorregulação. 

Como vivemos em um mundo mais veloz e em constante transformação, onde as pessoas buscam mais conveniência e segurança, o uso de cartões é uma adaptação a uma nova forma de vida, que impõe uma convivência intensa com a tecnologia.

A utilização de cartões, principalmente de débito e crédito, modificou a funcionalidade do mercado financeiro, fazendo com que as operações de compra e venda ficassem mais rápidas e muito mais seguras.

Os tipos e funcionalidades principais do dinheiro de plástico são: cartão de crédito - é a forma de pagamento utilizada na aquisição de produtos e serviços em estabelecimentos comerciais na qual o portador recebe a fatura em um prazo seguinte; cartão de débito - havendo saldo/limite disponível, o débito do valor da compra é efetuado de imediato no momento da transação; cartão próprio de estabelecimentos (private label) - é o chamado cartão de loja, que facilita a compra de produtos/serviços; cartão afinidade, que apoia campanhas sociais e serve para atender segmentos específicos; e o cartão empresarial - plástico utilizado por empresas ou governos para atender determinadas necessidades dos principais executivos no desenvolvimento de suas atividades profissionais. Existem, ainda, diversos outros tipos de cartões que surgem para facilitar as transações financeiras.

Para entender melhor o interesse do brasileiro pelo dinheiro de plástico, registro o trabalho que foi divulgado recentemente pelo Banco Central (BC), que aborda a relação do brasileiro com o dinheiro.

Na pesquisa, verifica-se uma evolução significativa na posse do dinheiro de plástico por parte dos brasileiros no período entre 2007 e 2010.

Os cartões de crédito e débito evoluem na sua utilização, enquanto a posse de cheques permanece inalterada e em um índice inferior ao registrado pelos cartões. No entanto, o dinheiro vivo ainda continua sendo a forma de pagamento mais usada pela população brasileira em suas transações.

A minha opinião é a de que o dinheiro de plástico estará cada vez mais presente na vida dos brasileiros, independentemente da sua classe econômica, e os novos avanços tecnológicos irão popularizar mais ainda esse meio de pagamento, contribuindo também para a inclusão financeira da população.

Fonte: Brasil Econômico.

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quinta-feira, 28 de abril de 2011

O Futuro das Escriturações Digitais


Novos prazos para a obrigatoriedade da Escrituração Fiscal Digital (EFD) do ICMS e IPI, chamada de Sped Fiscal, foram fixados. O Conselho Nacional de Política Fazendária emitiu o Protocolo ICMS 03, do dia 1 de abril de 2011, publicado no Diário Oficial da União no dia 7 de abril de 2011. Para o Rio Grande do Sul, a obrigatoriedade está prevista a todos os estabelecimentos dos contribuintes a partir de 1 de janeiro de 2014, podendo ser antecipada (a critério de cada estado). Ficam dispensados da utilização da EFD as Microempresas e as Empresas de Pequeno Porte, previstas na Lei Complementar nº 123/06, de 14 de dezembro de 2006. 

A EFD ICMS/IPI é um arquivo digital, que se constitui de um conjunto de escriturações de documentos fiscais e de outras informações de interesse dos fiscos das unidades federadas e da Secretaria da Receita Federal do Brasil, bem como de registros de apuração de impostos referentes às operações e prestações praticadas pelo contribuinte. 

De acordo com o especialista e diretor da Decision IT, Mauro Negruni, a EFD gera desenvolvimento sustentável, trazendo facilidades e eficiência para a realização de auditoria por parte dos fiscos. Com as EFDs (ICMS/IPI e PIS/Cofins) é possível realizar uma comparação multissetorial e geográfica, que auxiliará no combate da sonegação. 

JC Contabilidade - O que os gestores podem fazer para se preparar para a adoção da EFD? 

Mauro Negruni - Será necessário reforçar o trabalho de captura das informações, trazendo mais informações sobre as operações das empresas. O momento é positivo e precisamos aproveitar que os fiscos exigem este controle, para implementar uma mudança, buscando a melhoria da gestão dos negócios, através de avanço do ambiente de sistemas e processos. 

Contabilidade - O Sped EFD PIS/Cofins é igual ao Dacon?

Negruni - Existem muitas empresas que acreditam que a escrituração é a mera substituição do Dacon, mas o cenário apresentado é totalmente distinto entre o Dacon e EFD PIS/Cofins. A EFD estabelecida pela IN RFB 1.052/10 é uma escrituração, ou seja, prevê as informações em detalhes, pois é um livro digital em que estão assentadas as operações sujeitas à incidência das contribuições. Alguns lembretes são importantes para o novo cenário: será preciso especificar a origem das receitas financeiras, ainda que estejam sujeitas à alíquota zero; as retificações de escriturações serão possíveis até o encerramento do exercício (mesmo prazo da DIPJ); notas de serviços prestados deverão compor a escrituração (receitas) e no caso dos tomados somente aqueles que gerem descontos/deduções das contribuições; até que haja dispensa formal (ato legal em elaboração), a apresentação da Dacon permanece obrigatória. 

Contabilidade - O Dacon informará valores compatíveis com a EFD?

Negruni - Não necessariamente, afinal critérios aplicados ao preenchimento da Dacon em algumas situações poderão ser incompatíveis com a EFD pelo detalhamento, forma de apresentação ou ainda pelos tipos de documentos onde serão apresentados. Veja-se o caso do frete, por exemplo, onde o Programa Validador e Assinador (PVA) atualmente não aceita natureza de crédito de aquisição de mercadorias para revenda nos documentos de frete (bloco de serviços), porém muitas empresas constituem o custo das mercadorias como os valores de fretes. 

Contabilidade - Critérios de Rateio da Receita Bruta podem ser aplicados ao nível de item das notas fiscais? 

Negruni - Sim, os valores de segregação de créditos gerados pelas aquisições (tributado ou não no mercado interno ou externo: serão três informações distintas na EFD PIS/Cofins) podem ser aplicados ao nível de item das operações com direito a crédito. Porém, este não é o critério do PVA que fará a apuração pela aplicação da alíquota sobre o montante das operações. Os valores gerados por um método e outro poderão ser significativamente distintos dos números contabilizados operação por operação. 

Contabilidade - Será viável informar o Razão Auxiliar de Juros no Bloco F? 

Negruni - Para muitas empresas será viável, porém para a maioria não, visto que na conta de juros geralmente são contabilizados valores consolidados por dia, ou dia/tipo de operações ou ainda dia/tipo de documentos. De qualquer forma é preciso avaliar os critérios de dispensa previstos para a não identificação do participante nos registros do Bloco F (que recepciona as operações que não têm documento fiscal). 

Contabilidade - Quais os prazos para o fisco receber o Livro Digital das Contribuições Sociais em empresas do lucro real e do lucro presumido? 

Negruni - Empresas do lucro real que estão sujeitas ao acompanhamento econômico-tributário diferenciado até 7 de junho de 2011. As demais empresas do lucro real até 8 de setembro de 2011. As pessoas jurídicas do regime presumido ou arbitrado até 7 de março de 2012. Estes prazos referem-se a entregas dos livros digitais, conforme IN 1052 e IN 1085 EFB.

Fonte: Jornal do Comércio - RS.

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terça-feira, 26 de abril de 2011

Impostos do Casamento Chegam a 50%



O consumidor não tem descanso nem ao planejar seu casamento. Os impostos incidentes sobre o vestido da noiva, as joias utilizadas, o traje do noivo, a decoração da igreja e a cerimônia no civil chegam a 50% do valor pago.

A justificativa para tantos tributos está no fato de esses produtos e serviços não serem considerados essenciais e boa parte deles ser industrializada, o que eleva a carga tributária.

O item pelo qual se paga mais impostos é a joia. Considerando que se gaste R$ 200, não fosse a carga de 50,44%, ela sairia pela metade do preço: R$ 99,12.

O tão sonhado vestido de noiva - e um dos produtos mais caros da lista matrimonial - tem 34,67% de seu preço destinado aos cofres públicos municipais, estaduais e federais. Sem os impostos, de R$ 4.500 seu custo cairia para R$ 2.939,85.

O casamento no civil possui carga tributária de 16,93% por ser considerado como uma empresa com fins lucrativos. "É preciso pagar pelos impostos incidentes sobre os serviços do juiz", conta o presidente do IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário), João Elói Olenike.

Estão embutidos no preço, portanto, ISS (Imposto Sobre Serviços), CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido), IR (Imposto de Renda) e encargos sociais sobre a folha de pagamento. Não fosse tudo isso, de R$ 450 o valor recuaria para R$ 373,81.

Apenas a cerimônia na igreja está isenta dos tributos por ter imunidade constitucional - válida para todos os templos religiosos. O que se paga, portanto, é referente aos serviços do padre.

Nem mesmo as flores utilizadas no buquê e na decoração da igreja escapam da fome do Leão. É preciso pagar também pelos encargos de quem as colheu do canteiro e pelo imposto incidente sobre a empresa que as vendeu. Desonerados da carga de 17,71%, o buquê passaria de R$ 500 para R$ 411, e a decoração, de R$ 2.500 para R$ 2.057.

A esperada lua de mel, por conta de ISS, ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), PIS (Programa de Integração Social) e Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), IR e contribuições sociais, fica quase 30% mais cara. Poderia custar R$ 4.578, dependendo do destino, mas sai por R$ 6.500. "A diferença é grande porque inclui-se no custo os gastos com passagem aérea e agência de viagens", explica Olenike.

Ao todo, considerando itens básicos para realizar um casamento (veja lista ao lado), sem a abusiva carga tributária brasileira, os noivos desembolsariam R$ 11.903 para realizar seu sonho, em vez de R$ 16.662 - diferença de R$ 4.759. Isso sem contar a festa de casamento, que também vem recheada de tributos.

Na avaliação do economista chefe da ACSP (Associação Comercial de São Paulo), Marcel Solimeo, o consumidor tem de, no mínimo, exigir como retorno do montante pago em impostos, serviços de qualidade compatível.

"É preciso, também, pressionar o Congresso para fiscalizar os gastos do governo", aponta. "Se esse acompanhamento não for feito só resta pagar os impostos, cobrados até mesmo quando se morre."


Procon mostra que problemas com festas aumentaram

Além dos tributos, noivos devem tomar muito cuidado na hora de escolher os prestadores de serviço antes de fecharem os contratos para a festa. Segundo dados do Procon de Santo André, o número de problemas no atendimento a esse público em particular tem crescido consideravelmente nos últimos anos.

A lista de situações desagradáveis vai desde a falência de empresas antes das festas até entrega de serviços totalmente contrários aos solicitados pelos noivos. "É algo muito difícil, porque são lembranças, são momentos que não vão voltar. A reclamação maior é, sem dúvida, referente ao cardápio da festa. Noivos que, por exemplo, compram um churrasco com tudo incluso e que mal recebem a carne, muito menos os pratos para acompanhar", conta a diretora do Procon de Santo André, Ana Paula Satcheki.

Dor de cabeça enfrentou a noiva Natalia Arantes Fagundes, 24 anos, que pagou pelo serviço de foto e filmagem e pouco mais de seis meses depois do evento ainda não recebeu nem as provas dos retratos. "Eu recebi indicações da empresa, paguei adiantado, como pedido, e a companhia simplesmente faliu, fechou as portas. Algo absurdo", reclama ela.

Depois de muita procura, ela conseguiu contato novamente com os antigos donos, apenas para receber como resposta o pedido de mais dinheiro para que o material seja entregue. "Me senti extorquida. Paguei a quantia que ele pediu, não pechinchei preço. Agora ele está pedindo mais porque sabe que são minhas recordações e não vou querer perdê-las", afirma.

Para evitar esse tipo de problema, a diretora do Procon recomenda que noivos peguem referências de todas as empresas e procurem mais informações sobre elas antes de fechar qualquer negócio. A maneira de pagamento também deve ser exaustivamente negociada. "Se você pagar tudo antes, pode enfrentar sim problemas para receber o serviço. O ideal é pagar 20% como sinal do negócio e o restante na semana da festa ou pouco depois. Assim, mesmo que tiver problemas na realização, terá tempo e dinheiro para minimizar possíveis danos", completa.

Fonte: Diário do Grande ABC.

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Informatização de MPE Irá Ajudar Contadores



O Empreendedor Individual (EI) abriu as portas para uma desburocratização maior no ambiente de negócios brasileiros. O governo federal já prepara um sistema que irá facilitar a formalização das micro e pequenas empresas e de empresas de porte maior, segundo anunciou o diretor do Departamento Nacional de Registro de Comércio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Jaime Herzog. Caso essas ações se concretizem realmente, os escritórios de contabilidade já preveem alta nos negócios neste ano, que ficarão em média 15% maiores em faturamento. Cerca de 20% de novos players deverão surgir no mercado nos próximos anos, de acordo com analistas de mercado. 

"O EI é um marco em si, pois enfrenta a questão da informalidade no Brasil e abre um processo que pretende alcançar as micro, as pequenas e as grandes empresas, diminuindo de fato a burocracia ao contribuinte", afirmou o gerente da Unidade de Políticas Públicas do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Bruno Quick. 

Para o professor de Contabilidade da Universidade Metodista de São Paulo (Umesp), Júlio Rosa, essa ação já deveria ter acontecido há algum tempo no Brasil e representará, em média, um crescimento na casa dos 15% na movimentação dentro dos escritórios de contabilidade. "Sem números fixos, é impossível mensurar com certeza de quanto será esse aumento, mas em média, esse crescimento será de 15%", afirmou o professor, que acredita estar nessa ação a deixa para que a informalidade caia no Brasil. "O pequeno empresário muita vezes deixa de se formalizar por esbarrar nos milhares de trâmites burocráticos, que devem acabar, caso a medida do governo de cumpra, é uma boa de neve, positiva, para o governo federal", diz. 

A perspectiva de mudança na estrutura da formalização dos pequenos empresários, aconteceu mediante ao desempenho positivo das ações voltadas para o micro empreendedor individual (Mei), que atingiu mais de 1 milhão de empreendedores desde julho de 2009, quando entrou em vigor a legislação. "O sucesso desse modelo mostra que estamos no caminho certo para estender a desburocratização para outras atividades. É o começo de um processo que queremos que passe para empresas de todos os tamanhos", afirmou Herzog. A ideia, segundo ele, é que as micro e pequenas empresas também possam se formalizar pela internet. O sistema está em construção, informou Jaime Herzog, e permitirá ainda que as empresas possam dar baixa (encerrar atividades) pela internet. 

CRC-SP 

Para o contador e presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo (CRC-SP), Domingos Orestes Chiomento o Brasil vive um bom momento para a contabilidade e deverá continuar assim. "As novas normas contábeis trarão mais dinamismo e agilidade para as variações, orçamento, previsão e arrecadação da receita, a fixação e a execução das despesas. Se adaptar a uma demonstração contábil que seja compreendida em todas as partes do mundo, sem complicações ou dificuldades, é algo extremamente", disse o executivo, lembrando que o Brasil agora também faz parte dos IRFS (International Financial Reporting Standards). 

"Não restam dúvidas que os profissionais da Contabilidade têm de olhar para o futuro, já que a globalização dos mercados, o crescimento dos investimentos estrangeiros, a formação dos blocos econômicos e a tecnologia trouxeram um grande leque de oportunidades para os profissionais da área", finalizou. 

Quem também vê com bons olhos essas mudanças é Jaime Rodrigues, sócio da Trevisan Outsourcing. Para o executivo toda desburocratização vem para ajudar o meio dos contábil. "Todo processo voltado para eliminação de burocracia é bem vindo, damos total apoio aos governantes neste sentido", disse. Outro ponto alto para o bom momento dos escritórios de contabilidade estão associados aos eventos como a Copa do Mundo e as Olimpíadas. "Não podemos deixar de lado as chances que os dois grandes eventos esportivos trazem para o Brasil", acredita. Sem abrir números, Rodrigues afirmou apenas que este ano a expectativa da Trevisan é conquistar um crescimento de 25% ante ao faturamento do ano passado.

Alta no faturamento 

"O governo não quer apenas facilitar a formalização por uma questão estática. Hoje, os micro empresários movimentam mais de R$ 20 bilhões por mês sem fazer esforço", crê Janaína Bruder, especialista em contabilidade e consultora da Training Consultoria em negócios. 

A análise da especialista vai de acordo aos números do Sebrae. Na última liberação de resultados, que aconteceu no dia 12, o Sebrae apontou recorde de faturamento com R$ 24 bilhões em fevereiro, 3,4% a mais ante 2010. De acordo com o Sebrae, o crescimento das pequenas empresas está sendo impulsionado pela recuperação das grandes companhias da crise mundial. 

Adaptação 

A transição para os padrões internacionais da Contabilidade (IFRS), iniciada em 2010, continua sendo hoje o principal desafio para os profissionais da classe contábil. "Este é um processo bastante complexo, mas sabemos que a classe saberá absorver os conhecimentos em um curto espaço de tempo e estamos trabalhando para que isso aconteça", defende Zulmir Breda, presidente do Conselho Regional de Contabilidade (CRC-RS). 

No escritório da Trevisan as últimas mudanças também estão gerando alterações dentro dos escritórios. "O mercado contábil nestes últimos dois anos está super agitado. Estamos no meio de um processo de transição das normas contábeis brasileiras para as internacionais. Esta transição exige mudanças culturais por parte dos envolvidos (contabilistas, usuários das informações contábeis e gestores), assim como necessidade de aprendizagem e de adaptação às novas normas. Este cenário cria grandes oportunidades de negócio para 2011", concluiu.

Fonte: DCI.

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É Tempo de Contabilidade para o Crescimento



Mudanças. Essa é a palavra que os profissionais da contabilidade mais têm ouvido nos últimos anos. As alterações que ocorreram na legislação contábil exigiram adaptações, estudo e dedicação extrema - preço a ser pago para se adequar no mercado globalizado e em constante mutação. É indiscutível o salto que a contabilidade deu. Talvez uma das profissões que mais evoluiu em termos de regulamentação e mais se beneficiou com o uso de novas ferramentas tecnológicas. Mas os reflexos da evolução dos tempos vão além. Muitos contadores e técnicos em contabilidade foram obrigados a abandonar a posição de "agentes da área fiscal e tributária" e passaram a interagir e a transitar em situações que envolvem a tomada de decisões, tanto no mercado interno quanto no externo, estreitando laços com economias de países até pouco tempo considerados longínquos. Agora, a China fica logo ali. 

A nossa área de atuação se expandiu e o reconhecimento da importância da contabilidade pela sociedade está crescendo. A adoção, por parte do Brasil, dos padrões internacionais de contabilidade contribuiu muito para o avanço da profissão. Hoje falamos uma linguagem contábil única entre mais de cem países. Esse fato, é bem verdade, exigiu uma maior qualificação e uma mudança de perfil, porém, abriu ainda mais as portas do mercado. Hoje, os profissionais que atuam na área contábil tornaram-se menos operacionais e mais gerenciadores de informações e partícipes das decisões estratégicas das organizações. 

A demanda por profissionais especializados aumenta diariamente e é perceptível no nosso meio contábil. Colegas, há 85 anos, ou seja, em 25 de abril de 1926, o senador João Lyra, em discurso, enalteceu a classe contábil brasileira e defendeu a regulamentação da profissão contábil no Congresso Nacional. Evoluímos e muito, tanto em representatividade perante a sociedade quanto em importância dentro das organizações empresariais, no setor público e no setor privado. Somos 500 mil profissionais no Brasil e no Rio Grande do Sul cerca de 40 mil, dispostos a colaborar com a preservação e crescimento de todo o patrimônio gerado nesta Nação. Parabéns e um forte abraço a todos os contadores e técnicos em contabilidade. 

Fonte: Jornal do Comércio - RS.

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segunda-feira, 25 de abril de 2011

Dia do Contabilista




Como destaca o Portal da Classe Contábil:

"O Contabilista deixou de ser um mero coadjuvante na atual Conjuntura econômica, a contabilidade é fundamental em qualquer Economia e está presente em praticamente todas as atividades humanas!"


No dia 25 de Abril de 1926, o Senador João Lyra, durante um almoço em São Paulo, comemorou as conquistas da classe no Senado Federal e leu o famoso Manifesto aos Contabilistas brasileiros. Desde então, foi instituído o Dia do contabilista nessa data.


Nesta data, parabenizamos todos os Contabilistas brasileiros pelas conquistas e zelo para com esta importante e promissora profissão.


Blog Informação Contábil

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sábado, 23 de abril de 2011

Malabarismos da Contabilidade Mental



Imagine que está na praia num dia quente de Verão e que está com muita sede, e uma cerveja fresca era mesmo o que lhe apetecia. Um amigo oferece-se para ir comprá-la ao único local aberto perto da praia e pergunta-lhe quanto está disposto a pagar, dizendo-lhe que não comprará a cerveja se o preço for maior que aquele que indicar. Que preço indicaria no caso de o único local aberto ser o bar de um hotel? E no caso de ser uma mercearia de bairro?

Apesar de se esperar que seja indicado um preço igual, já que em ambos os casos está em causa beber uma cerveja para saciar a sede, estudos revelam que a maioria das pessoas indica um preço mais alto no caso de o único local aberto ser um hotel do que no caso de ser uma mercearia.

Esta conclusão é desenvolvida no âmbito da teoria da contabilidade mental, a qual propõe essencialmente que os indivíduos executam mentalmente operações de contabilidade organizada à semelhança do que fazem as empresas e que lhes permite organizar e avaliar as suas decisões económico-financeiras.

No exemplo da cerveja está presente não apenas a utilidade do bem adquirido (que faz esperar que os indivíduos estivessem dispostos a pagar o mesmo preço por uma cerveja) mas também o conceito de utilidade da transacção, que permite que os indivíduos distingam o preço de referência ou esperado do preço pago. É, aliás, esta operação de contabilidade mental, em que são utilizados preços de referência, que torna as promoções mais eficazes quando na etiqueta do preço é indicado o preço anterior (mais alto) do que quando é apenas indicado o preço após o desconto. E nos faz comprar só para "aproveitar" a (utilidade da) promoção.

Outra conclusão desta teoria é a nossa necessidade de amortização de custos afundados, quando estes, como o próprio nome indica, não deveriam exercer mais nenhuma influência nas nossas decisões. É o que acontece quando decidimos guardar um par de sapatos acabados de comprar e que afinal não servem e nos magoam, tanto mais tempo quanto mais tenha- mos pago por eles, até ao dia em que consideramos amortizado o seu custo.

Fonte: Diário de Notícias (Portugal).

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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Às Vésperas do Dia do Contabilista, Classe Contábil Comemora Bom Momento

Valorização da profissão e adaptação às normas internacionais marcaram último ano.

Os contabilistas - contadores e técnicos em Contabilidade - celebram seu dia na próxima segunda-feira, dia 25. Após um ano de muitas renovações na profissão, a data oferece muitos motivos para comemoração e, apesar de simbólica, é importante pela valorização dos profissionais homenageados por ela. A área vive um ótimo momento, com grande oferta de oportunidades de trabalho e maior reconhecimento por parte de diferentes setores da economia. "Estamos exaltando agora o que foi conquistado em 2010. Esperamos que o processo se consolide para que a Contabilidade seja levada ao patamar em que sempre deveria estar", afirma o presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul (CRC-RS), Zulmir Breda. 

A celebração da data - instituída em 1926 pelo senador e patrono dos contabilistas, João Lyra - neste momento reforça o novo perfil da profissão, no qual os contabilistas ocupam posição de destaque no mercado de trabalho. "Pode-se dizer que ela se torna cada vez mais uma ciência da área contábil, com os contabilistas tendo maior expressão no mundo dos negócios, não apenas na Contabilidade em si", diz o coordenador do curso de Ciências Contábeis da Pucrs, Saulo Armos. 

Com a profissão assumindo um papel mais gerencial e consultivo nas empresas, o trabalho dos contabilistas volta a ser novamente visto como ferramenta para a tomada de decisões dentro das empresas. De acordo com Breda, isso possibilita que o papel do profissional seja mais bem reconhecido na sociedade e que possa ser percebido como fundamental para a saúde e o sucesso das empresas e das instituições públicas. "Dizem que esta é a profissão do futuro, mas para nós o futuro já chegou", defende Jaime Gründler Sobrinho, presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas do Estado do Rio Grande do Sul (Sescon-RS). 

O vice-presidente do Sindicato dos Contabilistas de Porto Alegre, Marcone Hahan de Souza, complementa enfatizando a oportunidade criada por estes fatores para que a classe se posicione mais efetivamente frente a questões políticas e sociais. "Somos mais de 500 mil profissionais no País, temos credibilidade junto à população, mas ainda somos pouco consultados sobre assuntos que envolvem o Brasil", defende, ressaltando o conhecimento aprofundado dos contabilistas sobre dados referentes às empresas e ao governo, que permitem análises precisas e relevantes do cenário econômico. 

Adaptação às novas normas internacionais está entre os desafios 

A transição para os padrões internacionais da Contabilidade (IFRS), iniciada em 2010, continua sendo hoje o principal desafio para os profissionais da classe contábil. "Este é um processo bastante complexo, mas sabemos que a classe saberá absorver os conhecimentos em um curto espaço de tempo e estamos trabalhando para que isso aconteça", defende Zulmir Breda, presidente do Conselho Regional de Contabilidade (CRC-RS). 

Os contabilistas estão acostumados a passar por mudanças frequentes, seja por alterações na legislação tributária ou na legislação profissional. As ocorridas em 2010, todavia, foram as mais significativas dos últimos anos. A nova forma de fazer a escrituração contábil no Brasil mudou a Contabilidade, segundo Jaime Gründler Sobrinho, presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas do Estado do Rio Grande do Sul (Sescon-RS). 

"Os profissionais precisaram se reciclar para atender às novas obrigações, não importa se tinham 20 ou dois anos de atuação. As empresas contábeis, entretanto, saúdam as mudanças, pois entendemos que trarão reconhecimento e valorização para os serviços contábeis", afirma. Esta valorização deve vir em forma de maior remuneração, de acordo com Gründler Sobrinho, uma vez que são processos mais complexos e que demandam mais tempo. 

As vantagens serão percebidas também pelos clientes das empresas contábeis, já que por meio dos demonstrativos adequados às novas normas eles poderão ter uma visão mais clara sobre suas contas e sobre o patrimônio e o valor de seu negócio. "As novas ferramentas serão muito úteis para o gestor que souber usá-las, pois os balanços são agora de mais fácil leitura e mais próximos da realidade", explica Gründler Sobrinho. 

Mercado de trabalho segue aquecido 

O ano de 2011 será bastante promissor para os profissionais da área contábil, conforme apontou o relatório realizado anualmente pela Robert Half Financial Employment Monitor com 1,9 mil empresas de dez países. Entre os resultados obtidos, está a dificuldade encontrada por 56% dos gerentes de Finanças e de Recursos Humanos em contratar profissionais qualificados. Somado a isso, das companhias instaladas no Brasil, 39% pretendem aumentar a equipe nos próximos meses. 

O motivo principal, apontado por 62% dos entrevistados, é a ampliação dos negócios. Esses fatores vêm sendo sentidos de forma bastante significativa pelos empresários contábeis, segundo Jaime Gründler Sobrinho, presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas do Estado do Rio Grande do Sul (Sescon-RS). "As empresas de Contabilidade constantemente procuram profissionais para suprir seus quadros funcionais em função da grande demanda de serviços existentes", afirma. 

As oportunidades para os contabilistas estão em todas as áreas, seja no setor público, no setor privado ou no terceiro setor, de acordo com Zulmir Breda, presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul (CRC-RS). Ele reforça, porém, a importância da qualificação. "O mercado seleciona o profissional que está capacitado para a função. Está havendo um funil, em que as melhores vagas vão para aqueles que estão mais bem qualificados, seja em habilidades técnicas, seja em pontos como conhecimento de língua estrangeira e de gestão." 

Marcone Hahan de Souza, vice-presidente do Sindicato dos Contabilistas de Porto Alegre, reforça que os bons profissionais não estão desempregados e que a expectativa é que o mercado ofereça ainda mais oportunidades nos próximos anos. "Com a valorização da profissão e com seu direcionamento mais científico, o interesse dos jovens pela área deve crescer, mas levará pelo menos cinco anos até que eles ingressem no mercado de trabalho", explica. 

Exame de Suficiência é destaque para profissão 

A exigência de Exame de Suficiência para exercício da profissão contábil, instituída pela Lei nº 12.249/2010, que alterou o artigo 12 do Decreto-Lei nº 9.295/46, também é motivo de comemoração em relação ao último ano para a classe. Com primeira edição realizada em 27 de março, a prova deve ser um fator de valorização da profissão. 

"Com a adoção do Exame deve haver um nivelamento da profissão pelos seus padrões mais altos, incentivando as faculdades a aprimorarem seu ensino", afirma Marcone Hahan de Souza, vice-presidente do Sindicato dos Contabilistas de Porto Alegre. 

Para o coordenador do curso de Ciências Contábeis da Pucrs, Saulo Armos, a aplicação da avaliação tem como ponto positivo a tomada de consciência por parte das instituições de ensino de que precisam preparar seus egressos. O exame deverá incentivar, ainda, uma modificação na forma como é avaliado o desempenho dos estudantes. "A tendência é que, com os exames de qualificação, se passe a ter uma visão mais abrangente dos projetos pedagógicos dos cursos, uma vez que a prova aborda temas bastante variados. Além disso, as avaliações das disciplinas se tornarão cada vez mais semelhantes às provas, visando a preparar os alunos para elas", explica. 

Armos defende que juntamente com o Exame de Suficiência devem ser pensadas novas alternativas para garantir a qualidade do ensino superior na área contábil. Entre elas está a aproximação dos alunos com o mercado de trabalho: "Precisamos convidar empresas e entidades contábeis a participarem mais como conselheiras no aprimoramento do projeto pedagógico do curso, pois é para elas que preparamos os estudantes", diz.

Fonte: Jornal do Comércio - RS.

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Cresce o Espaço para o Contador em Micro e Pequenas Empresas


O novo cenário da Contabilidade no Brasil trouxe consigo muitas oportunidades para os profissionais da área. A adoção das normas internacionais (IFRS), iniciada com empresas de capital aberto, começa agora a atingir as micro e pequenas empresas (MPEs). O contador Vagner Jaime Rodrigues, sócio da Trevisan Outsourcing, comenta a valorização do profissional contábil neste segmento.

JC Contabilidade - Qual é o espaço para a Contabilidade nas micro e pequenas empresas? 
Vagner Jaime Rodrigues - O Brasil vem em um ritmo muito forte de transição das suas normas contábeis para o padrão internacional. Este processo tem como pano de fundo transformar a Contabilidade brasileira - hoje voltada principalmente para atender às exigências do fisco - para uma Contabilidade voltada para as decisões gerenciais dos usuários destas informações. Temos usuários externos que necessitam ter conhecimento da saúde financeira e econômica da empresa para tomadas de decisões quanto a investimentos e também usuários internos, efetivamente os gestores da empresa, que necessitam de informações sobre a rentabilidade, eficiência e eficácia da operação. A Contabilidade ganha espaço importante na vida dos gestores internos, passando a assumir efetivamente um papel de suporte às grandes decisões gerenciais. 

Contabilidade - Houve um crescimento da importância do papel do contador neste segmento? 
Rodrigues - Sim, ao mesmo tempo em que a Contabilidade ganha espaço junto aos gestores no sentido de ser uma ferramenta de suporte às grandes decisões, o contador também ocupa espaços mais importantes na organização. Quem efetivamente tem expertise de registrar e demonstrar, de forma organizada, as movimentações patrimoniais é o contador. Este profissional também está passando por uma transição de conhecimentos e responsabilidades. O novo perfil do contador exige noções de todas as áreas operacionais; ele passa a participar ativamente das decisões estratégicas, afinal, ninguém melhor dentro de uma organização que o contador para conhecer, com detalhes, a situação econômica e financeira da empresa. Ele deixa de ser um profissional que tinha como objetivos maiores cuidar da Contabilidade de forma a atender o fisco, para ser um profissional responsável pelas informações gerenciais que suportaram todas as decisões estratégicas da organização. Este é um grande momento para os profissionais de Contabilidade. 

Contabilidade - O que o contador pode trazer de resultados para as MPEs que apostam na contratação destes profissionais? 
Rodrigues - Desde que o contador absorva estas novas responsabilidades e assuma este novo perfil, a empresa para qual exerce a profissão só terá ganhos significativos. Veja que normalmente os empresários das MPEs não trazem no seu currículo conhecimento suficiente para entender os impactos das suas decisões no saúde da empresa. O contador passa a ser seu fiel consultor, demonstrando, de forma clara e padronizada, estes impactos. Os empresários da MPEs ganham em qualidade nas decisões tomadas, propiciando assim uma melhor lucratividade dos seus negócios. 

Contabilidade - Quais são as características do trabalho do contador em MPEs? 
Rodrigues - O contador passa a assumir um papel de consultor e orientador para as grandes decisões estratégicas a serem tomadas pelos empresários das MPEs. Neste tipo de empresa, é importante ressaltar, o atendimento acontece diretamente com o proprietário, levando a um relacionamento muito mais próximo. Isso exige que o contador seja mais paciente e capaz de levar exemplos ao empreendedor, uma vez que ele não possui o mesmo nível de conhecimento gerencial que um gestor de uma grande empresa. 

JC Contabilidade - Como as micro e pequenas empresas estão percebendo a importância do trabalho do contador? 
Rodrigues - Hoje as MPEs possuem facilidade maior de ir buscar recursos financeiros no mercado, por exemplo. Quando isso ocorre, é exigida uma série de demonstrativos contábeis e, a partir disso, surge a necessidade da figura do contador. O momento favorável que vive a economia brasileira dá maiores condições para que as micro e pequenas empresas cheguem a diferentes segmentos e, com a atuação de um contador, elas podem apresentar sua saúde financeira de forma organizada para diferentes clientes e fornecedores.

Fonte: Jornal do Comércio - RS.

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terça-feira, 19 de abril de 2011

Salário Mínimo Chegará a R$ 745 em 2014



O projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2012, encaminhado nesta sexta-feira, 15, ao Congresso Nacional, prevê um salário mínimo de R$ 616,34 para o ano que vem, de R$ 676,35 para 2013 e de R$ 745,66 para 2014. O salário mínimo, atualmente, está em R$ 545,00.

A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, afirmou que a aposta do governo é de que a inflação irá cair no segundo semestre deste ano. Por isso, os parâmetros econômicos considerados para elaboração da LDO de 2012 projetam um IPCA de 5% este ano e de 4,5% para 2012. "Claro que se a inflação se comportar para baixo ou para cima, a nossa projeção será revista", disse. Miriam afirmou que o governo foi austero na definição dos parâmetros econômicos usados para elaboração da LDO de 2012.

Em relação à taxa de câmbio, cujas projeções preveem uma desvalorização do real nos próximos anos, ela disse que as estimativas estão próximas das de mercado. "As nossas projeções não estão muito diferentes do Focus (boletim de mercado divulgado semanalmente pelo Banco Central) para 2012", afirmou. O governo estimou uma taxa de câmbio média de R$ 1,69 por dólar este ano e de R$ 1,76 por dólar em 2012. A cotação chega a R$ 1,82 em 2013 e a R$ 1,86, em 2014, pelas projeções usadas pelo Ministério do Planejamento. 

Fonte: Estadão.

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Risco Brasil Fica Mais Perto do Risco EUA



O risco do Brasil percebido pelos investidores globais nunca foi tão baixo se comparado ao dos Estados Unidos, considerado referência em segurança financeira. Na semana passada, a diferença entre as medidas de risco dos dois países alcançou o menor nível da história: 0,60 ponto porcentual. Segunda-feira à tarde, estava em 0,62 ponto porcentual.

Esses números foram extraídos das negociações com um derivativo financeiro amplamente negociado no mercado, chamado CDS (Credit Default Swap, em inglês). Esse papel é um tipo de seguro vendido a investidores que querem se proteger de um eventual calote.

Se alguém quer comprar títulos públicos brasileiros e, ao mesmo tempo, se proteger, utiliza o CDS. Ontem, pagava 1,1% ao ano em dólar para este fim. Para se proteger de eventual problema nos EUA, a taxa estava em 0,48% ao ano. O mercado de CDS movimenta trilhões de dólares mundo afora e o do Brasil é um dos mais negociados.

O que ocorre hoje é fruto de três movimentos. "De um lado, espelha a melhora da percepção de solvência do Brasil. De outro, é fruto da enorme liquidez global", explica o economista Dany Rappaport, sócio da InvestPort Consultoria e Gestão de Recursos. "Ou seja, em relação especificamente ao Brasil, há uma razão estrutural e outra conjuntural, que catalisa a estrutural."

Ontem, a agência de classificação de risco Standard & Poor’s e o ex-presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) Alan Greenspan jogaram luz sobre um terceiro fator: uma deterioração na confiança de os EUA honrarem sua dívida. Ninguém está dizendo que a maior economia do mundo vai dar um calote amanhã ou mesmo nos próximos anos. Mas o risco de isso acontecer tem crescido.

Do ponto de vista do Brasil, estruturalmente, as contas públicas apresentaram expressiva melhora nos últimos anos. A relação entre a dívida líquida do setor público e o Produto Interno Bruto (PIB) saiu de 60% em dezembro de 2002 para os atuais 39,9%. Isso significa que a probabilidade de o governo brasileiro não honrar o pagamento dos títulos que emite é muito baixa.

Além disso, a dívida externa foi drasticamente reduzida nos últimos anos em decorrência, principalmente, do acúmulo de reservas internacionais. Atualmente, o País tem um colchão superior a US$ 320 bilhões. Segundo analistas, um montante desses assegura ao investidor uma porta de saída quando - e se - decidir deixar o Brasil.

A melhora da solvência interna e externa foi reconhecida mais uma vez há duas semanas, quando a agência de classificação de risco de crédito Fitch elevou o chamado rating do Brasil. O País está agora em um degrau ainda mais alto na escala que procura medir a capacidade de solvência de um emissor de dívida.

Liquidez. Do ponto de vista conjuntural, o mundo vive situação ímpar, que se caracteriza por enorme injeção de dinheiro no mercado pelos países desenvolvidos. Após o estouro da crise, os bancos centrais dos EUA e da Europa decidiram fazer o que se chama em economia de imprimir dinheiro. Com isso, inundaram o mundo com recursos.

Como o Brasil é visto como um porto seguro - pela solvência e também pelas taxas de crescimento expressivas se comparadas às do resto do planeta -, tornou-se um natural receptor de uma parte dessa liquidez. "Na realidade, a queda do risco Brasil é resultado desse fluxo de capitais para cá", afirmou o economista-chefe do Banco Santander, Maurício Molan.

Em termos práticos, esse cenário significa que governo e empresas brasileiras nunca se financiaram pagando tão pouco. Mesmo quando a farta liquidez começar a secar, a expectativa é de que o País continue bem situado.

"Ainda que as contas públicas não sejam uma maravilha e o governo venha aumentando os gastos ano após ano, nossa situação fiscal é melhor que a da maioria dos países desenvolvidos", afirma um analista que pede anonimato. "Não há hoje risco de solvência no País. A situação fiscal pobre vai ‘apenas’ atrapalhar nosso desenvolvimento."

Fonte: Estadão.

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OGX Perde R$ 10,9 Bi de Valor na Bolsa



A OGX, petroleira do grupo de Eike Batista, perdeu ontem R$ 10,9 bilhões de seu valor de mercado por causa da frustração de expectativas em relação à revisão de seu portfólio. Na última sexta-feira, com base em auditoria da consultoria DeGolyer & MacNaughton (D&M), a companhia havia revisado o potencial de suas reservas de 6,8 bilhões para 10,8 bilhões de barris de óleo equivalente.

O aumento de 58,8% sobre a última projeção, feita em setembro de 2009 pela mesma consultoria, foi recebido na sexta-feira como uma boa notícia, embora conservadora na visão da empresa. Mas, ontem, no primeiro pregão da Bovespa após o anúncio, as ações da OGX despencaram 17%, puxando para baixo não somente outras empresas do grupo, como também a petroleira HRT, que vinha sendo vista como uma "cópia", com desempenho e perspectivas semelhantes.

"Parece que, de repente, o mercado acordou para os riscos do setor de petróleo", comentou o analista do Banco do Brasil, Nelson Rodrigues Matos. Numa primeira leitura logo após o relatório divulgado no final da tarde de sexta-feira, as ações da empresa chegaram a subir 3,5% no "after market", período que sucede o fechamento do pregão, às 17h30.

A euforia, porém, deu lugar à frustração ontem, logo pela manhã, quando começaram a ser divulgados relatórios de bancos com as análises da revisão de portfólio. Em teleconferência, o empresário Eike Batista chegou a ser ríspido com um analista.

Ao ser indagado sobre a elevada taxa de retorno fixada pela OGX para suas áreas - 49%, ante 25% estimados pela D&M -, ele afirmou que se recusa a aceitar esse padrão. Para as áreas do pré-sal de Santos, a Petrobrás também estima retorno de 25%.

"Estamos num mundo digital, em que temos novas tecnologias de exploração. A consultoria (D&M) já mostrou ao mercado o quão conservadora é. Eu respeito, mas estou avaliando a possibilidade de contratar outros relatórios no futuro. Seria interessante que os analistas avaliassem dois ou três relatórios de consultorias diferentes antes de emitir suas opiniões", protestou.

Detalhes

A maioria dos relatórios de instituições financeiras divulgados ontem consideraram que houve falta de detalhamento e frustração em relação à confirmação de reservas. "O mercado estimava pelo menos 4 bilhões de barris contingenciados na Bacia de Campos, e vieram só 3 bilhões", disse um analista, que preferiu não se identificar, lembrando que a OGX vinha trabalhando com uma margem entre 2,3 bilhões e 5,4 bilhões de barris.

O temor dos analistas com relação à taxa de retorno é de que, com a perfuração de novos poços em suas áreas na Bacia de Campos, Parnaíba e na Colômbia, a OGX não confirme o volume que vem sendo projetado com base em 19 poços perfurados. "Existem poucos poços perfurados para basear essa análise", avalia relatório do banco americano Morgan Stanley, destacando ainda a "complexidade da rocha naquela área".

Apesar de os relatórios considerarem no geral como positivo o relatório da D&M, o impacto negativo nas ações da OGX foi tido como inevitável diante das "incertezas relativas aos reservatórios, falta de planos para desenvolver volumes de hidrocarbonetos na área e falta de definição quanto à viabilidade econômica de tais desenvolvimentos", como citou a corretora Planner.

No primeiro documento preparado pela D&M em 2009, os dados foram apresentados de forma ainda incipiente e o mercado esperava um maior detalhamento na nova análise. Uma das dúvidas, por exemplo, foi com relação ao desenvolvimento das áreas e como financiar essa etapa exploratória.

Para o banco americano Merrill Lynch, a OGX pode terminar 2011 com menos de US$ 1 bilhão em caixa, o que deve exigir que a companhia vá ao mercado. Na teleconferência, Eike Batista disse que vai levantar recursos tanto com emissão de bônus, quanto com o mecanismo "oil financing", que já foi utilizado pela Petrobrás, e que implica em uma venda antecipada de óleo. "A ideia é não diluir o acionista minoritário", disse Eike, lembrando que terá recursos também com a venda de 10% de seus ativos na Bacia de Campos.

Obrigações

US$ 11,8 bi
é a necessidade de financiamento da OGX para os próximos cinco anos, de acordo com relatório do Merrill Lynch.

53%
seria a relação entre a dívida líquida e o capital da empresa, caso a OGX venha a conseguir captar esse total de recursos.

Fonte: Estadão.

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segunda-feira, 18 de abril de 2011

Auditores Buscam Melhorar Imagem



O Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon) anuncia hoje iniciativas para tentar melhorar a imagem da profissão, o alvo preferencial das críticas toda vez que algum escândalo contábil vem a público. 

Além de uma medida cosmética - uma nova marca para o instituto -, o Ibracon vai lançar uma revista trimestral e um prêmio anual para a imprensa e a academia. "Queremos ter uma comunicação mais periódica com esses públicos", disse Ana María Elorrieta, presidente do instituto.

Uma pesquisa foi feita para se estabelecer esse "plano de imagem", mas Ana María não deu detalhes sobre os resultados. Ela também ressalta que a mudança não tem relação com a fraude do banco PanAmericano, que levou seu auditor, a Deloitte, às manchetes dos jornais.

"Essas ações começaram há alguns anos, quando passou a ser montada uma nova estrutura no Ibracon", afirmou. "Queremos nos comunicar melhor."

A ideia, evidentemente, não é nova. Outros tentaram antes, mas persiste a percepção generalizada de que o auditor é uma espécie de polícia dos balanços. A cada fraude, a pergunta é a mesma: "Onde estavam os auditores?" Certamente checando se as informações fornecidas pela empresa estavam de acordo com as normas contábeis vigentes, o que, de fato, são pagos para fazer.

Uma década rica em falcatruas nacionais e internacionais, desde os bancos Nacional e Econômico, passando por Enron e Parmalat, até Lehman Brothers, fizeram com que os auditores ficassem mais atentos para manipulação dos números - as normas da profissão ficaram mais rígidas -, mesmo porque o que está em jogo no fim das contas é seu emprego e a sobrevivência da sua firma. É provável que a imagem de sabe-tudo tenha sido criada pelos próprios auditores, quando vestem a roupa de consultor para tentar vender seus planejamentos tributários, implantar sistemas de gestão e outros serviços que nada têm a ver com a checagem dos balanços.

Nesse sentido, Ana María admite que um dos objetivos do plano de comunicação é tentar reduzir o vão entre a expectativa do público e o serviço realmente prestado pelos auditores.

Ainda assim, ela garantiu que o Ibracon, fundado em dezembro de 1971, não está passando pela crise dos 40. Mas uma crise de identidade não seria novidade.

O Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Iaib) surgiu para representar os auditores - e especialmente diferenciá-los do "baixo clero" da profissão, representado pela grande massa de contadores que executa trabalhos mais mundanos. Dez anos mais tarde, mudou de nome para Instituto Brasileiro dos Contadores (Ibracon) exatamente para apagar a imagem elitista e atrair novos associados. Mais dez anos, em 2001, o nome - e o objetivo - voltou ao original, mas manteve-se a sigla "popular", o que pareceu uma tentativa de agradar dois mundos que pouco têm de comum além de um diploma.

Fonte: Valor Econômico.

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Limites para Inclusão no Supersimples Poderão Ter Aumentos Sucessivos




O Projeto de Lei Complementar 8/11, do deputado Antonio Carlos Mendes Thame (PSDB-SP), prevê aumentos sucessivos do limite máximo de receita bruta anual para enquadramento no Simples Nacional (Supersimples), a fim de permitir que mais empresas ingressem nesse regime de tributação diferenciado. Pelo texto, em 2012 o teto para pequenas empresas será de R$ 3,6 milhões; em 2013 passará para R$ 4,8 milhões; e em 2015 atingirá R$ 7 milhões. 

Atualmente, pela Lei Complementar 123/06, que institui o regime unificado de arrecadação para micro e pequenas empresas, esse limite encontra-se em R$ 2,4 milhões. Segundo o Sebrae, neste ano, 3,1 milhões de micro e pequenos negócios devem declarar seus rendimentos pelo sistema, o que pode significar economia de até 70% em tributos. 

Tramitação

O projeto foi apensado ao PLP 379/08, também de Mendes Thame. Essa proposta, que havia sido aprovada pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio, também estabelece aumentos sucessivos do limite, mas com valores diferentes - R$ 3 milhões em 2011; R$ 5 milhões em 2013; e R$ 7 milhões em 2015. Os dois projetos tramitam em regime de prioridade e serão analisados pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania, antes de seguirem para o Plenário.

Fonte: CFC.

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sexta-feira, 15 de abril de 2011

Exame de Suficiência Valoriza a Profissão

Carneiro diz que haverá profissionais recém-formados mais qualificados.

Instituído em setembro de 2010, o Exame de Suficiência como requisito para obtenção de registro como contador ou técnico em Contabilidade no Conselho Regional de Contabilidade (CRC) teve sua primeira edição em 27 de março. Realizada em 116 cidades brasileiras, a prova foi aplicada pela Fundação Brasileira de Contabilidade (FBC) para mais de 16 mil inscritos.

O Exame foi instituído pela Lei nº 12.249/2010, que alterou o artigo 12 do Decreto-Lei nº 9.295/46. De acordo com a nova redação, esse artigo estabelece que os profissionais contábeis somente poderão exercer a profissão mediante os seguintes requisitos: conclusão do curso de Bacharelado em Ciências Contábeis ou de Técnico em Contabilidade, aprovação em Exame de Suficiência e registro no Conselho Regional de Contabilidade (CRC).

Os gabaritos das questões objetivas das provas serão divulgados nos sites do CFC, da FBC e dos Conselhos Regionais de Contabilidade até 7 de maio. Será considerado aprovado o candidato que acertar, no mínimo, 50% das questões.

A relação dos candidatos aprovados será publicada no Diário Oficial da União (DOU) e divulgada nos endereços eletrônicos até 60 dias após a data das provas. Os aprovados no Exame terão o prazo de dois anos, a contar da data da publicação da relação no DOU, para requererem o registro profissional, no Conselho Regional de Contabilidade, na categoria para a qual tenham sido aprovados. O presidente do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), Juarez Domingues Carneiro, fala sobre a realização das provas e a importância do Exame para a profissão. 

JC Contabilidade - Como decorreu a aplicação do Exame?

Juarez Domingues Carneiro – Os resultados foram muito positivos, não tivemos problemas além de questões pontuais que acontecem em qualquer tipo de prova. Nossa expectativa é que os 16 mil futuros profissionais tenham tido bom índice de aprovação, pois observamos que o Exame não revelou alto grau de dificuldade. As questões foram bastante coerentes e com objetivo de avaliar o futuro contabilista dentro do mínimo necessário para exercer sua profissão.

Contabilidade – Qual é a importância da realização do Exame de Suficiência e como ele está sendo percebido pela área?

Carneiro – Acredito que haverá uma preocupação crescente por parte das instituições quanto à qualidade de ensino, pois a ausência de prova as deixava muito livres. Temos instituições de ensino excelentes, mas algumas não estão no mesmo patamar. Esta avaliação é importante para que as faculdades saibam também se precisam investir em um quadro de professores mais qualificado, por exemplo.

Com as mudanças ocorridas na área recentemente, como a adoção das Normas Internacionais (IFRS), torna-se necessário também verificar se as instituições estão acompanhando as modificações com rapidez e agilidade. Quanto à aceitação da classe, existe uma valorização crescente do Exame. Já tínhamos realizado uma primeira etapa dele de 2001 a 2005, com 10 edições. Naquele momento, ele transcorreu com aceitabilidade grande, porém foi decidido que era melhor suspendê-lo temporariamente por ser fundamentado em uma resolução e não uma lei. Suspendemos a prova até que fosse legalizada e não corresse mais risco de ser extinta por ações judiciais. Mas desde aquela época, quando ele tinha cerca de 60% de aprovação, o Exame já era bem visto pela classe contábil, agora que é fundamentado em uma lei esta opinião se fortaleceu. Temos observado maior preocupação por parte dos estudantes, mas mesmo eles já enxergam o Exame como uma forma de valorização da categoria. E quanto mais valorizada estiver a Contabilidade, consequentemente mais demanda haverá para a classe.

Contabilidade - Que mudanças o Exame de Suficiência deve trazer para a Contabilidade?

Carneiro – Ele certamente trará uma melhoria na qualidade do ensino, com melhor preparação do corpo docente e do aluno. Por outro lado, o mercado de trabalho vai ter uma leva de profissionais recém-formados mais bem qualificados. O posicionamento da Contabilidade vem crescendo e a área tem um campo profissional com muitas oportunidades, sendo a quinta profissão mais demandada no mundo. Por isso é importante que haja uma valorização no sentido de qualificação e capacitação, e o primeiro filtro para que isso aconteça é o exame de suficiência.

Fonte: Jornal do Comércio - RS.

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Lucro em Detalhe



O peso da siderurgia no resultado operacional da CSN caiu de 66% para 56% entre 2009 e 2010. A atividade financeira representou 20% e 25%, respectivamente, do ganho das varejistas de vestuário Riachuelo e Lojas Renner em 2010, e chegou a ser mais representativa que a venda de roupas para a Marisa. 

Detalhes como esses sobre a origem do lucro das companhias são uma novidade desta safra de balanços, já sob a égide das normas internacionais de contabilidade, conhecidas como IFRS. 

Acionistas e analistas têm agora uma valiosa informação, que até então a maioria delas mantinha guardada a sete chaves: o lucro obtido em cada segmento operacional. 

Embora muitas empresas já tivessem o hábito de informar a receita registrada em cada área de negócio, era bem mais raro encontrar essa segregação de dados em medidas como lucro operacional ou até mesmo lucro líquido. 

Já era conhecido, por exemplo, que o mercado externo é relevante nas vendas da BRF Brasil Foods (antigas Perdidão e Sadia). Agora, além da informação de que as exportações representaram 40% em 2010, sabe-se também que, em termos de lucro operacional, a contribuição foi menor, de 23% do total, o que revela uma situação mais difícil no mercado externo. 

Além de mudar as contas do balanço patrimonial e do demonstrativo de resultados, a exigência de publicação de alguma medida de lucro por segmento operacional provoca também um aumento na quantidade de informações que devem ser divulgadas pelas empresas nas notas explicativas.

"Quanto maior o nível de abertura melhor", afirma Pedro Galdi, chefe da área de pesquisa e análise da corretora SLW. "A gente não tinha como fazer a análise por segmento antes. São dados internos da empresa", afirma. 

Reginaldo Alexandre, presidente da regional São Paulo da Associação Nacional dos Analistas e Profissionais de Investimento de Mercado de Capitais (Apimec), lembra que algumas empresas já vinham divulgando dados como esses voluntariamente nos últimos anos, mas que em outros casos os analistas tinham que fazer "malabarismos" para tentar separar os resultados das empresas por área de negócio. 

"Isso é bom para ver onde está a melhor economicidade e onde a empresa precisa atuar para aumentar a margem e o retorno para os acionistas", diz. 

Mas os investidores não encontrarão essa informação em todos os balanços. Muitas empresas dizem que possuem apenas um segmento e por isso não têm informação para abrir. Entre as 25 maiores por valor de mercado, esse é o caso de Vivo, Telesp, Cielo e Tractebel. Entre aquelas que abriram as informações, o nível de detalhe dos dados também varia. 

Nenhuma empresa é obrigada a ter diferentes áreas de negócio. O que o IFRS exige é que as companhias divulguem o lucro por segmento da mesma maneira que ele é apresentado ao principal tomador de decisões da empresa, normalmente seu presidente, para definir medidas estratégicas. Ao dizer que possui um único segmento, a companhia atesta que esse executivo não usa resultados segregados para tomar suas decisões. 


Definição de segmento será verificada pela CVM 

A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) vai verificar os critérios usados pelas empresas para definir seus segmentos ou para dizer que possuem apenas uma área de negócio, impedindo a divulgação de lucro de forma quebrada, conforme exigido. 

"Nunca vi um cliente comentar: 'Essa informação por segmento é muito legal e vai ajudar o meu acionista'. O mais comum é ele dizer que não quer divulgar porque o concorrente vai se aproveitar dessa informação", resume Paul Sutcliffe, sócio de auditoria da Ernst & Young Terco. Segundo ele, o problema é que o IFRS foi feito num ambiente em que a maioria das empresas divulga balanços, o que não é o caso do Brasil. 

Danilo Simões, sócio da KPMG, diz que já houve casos no exterior de o órgão regulador verificar relatórios apresentados ao conselho para saber como as informações eram tratadas. 

Mas para ser classificado como um segmento, uma área de negócios deve ter receitas e despesas de forma independente. "Às vezes cada loja gera uma receita, mas as compras e o marketing são feitos em nível nacional", diz Sutcliffe. 

A Telesp, que divulga receita de telefonia fixa, transmissão de dados e TV por assinatura, diz que "é preciso não confundir unidades geradoras de receita (ou produtos) com segmentos". A Oi considerou voz e dados um único segmento, mas separou as áreas de internet e TV paga. 

Fonte: Valor Econômico.

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quinta-feira, 14 de abril de 2011

Brasileiros são Classificados entre os Melhores do Mundo em Auditoria Interna



O ranking do The Institute of Internal Auditor (IIA), entidade que atesta internacionalmente profissionais de Auditoria Interna, concedeu medalha de ouro a Igor Estrada Gouvêa, e prata a Henrique Gonçalves de Carvalho, ambos profissionais brasileiros. A dobradinha se refere ao ranking de qualificação mundial para a obtenção do certificado CIA – Certified Internal Auditors de 2010. Os dois superaram cerca de 90 mil candidatos de 151 nações.

O CIA é a mais importante certificação internacional de um auditor interno. Trata-se de uma qualificação exigida por quase todas as empresas no mundo, que somente é obtida após concluir quatro provas complexas. Uma vez conquistado o título, o auditor interno necessitará realizar cursos de capacitação e reciclagem todos os anos, a fim de manter o documento válido."Esta dupla conquista é um marco histórico na carreira do Auditor Interno no Brasil. O desempenho dos dois representa a comprovação de que nossos profissionais estão investindo em capacitação e se tornando competitivos, aptos a atuar em qualquer organização global", comenta Oswaldo Basile, presidente do Instituto dos Auditores Internos do Brasil.

Premiados

A notícia foi uma enorme surpresa para Igor Gouvêa, que atua na área há oito anos e atualmente é gerente de compliance da Socopa Corretora Paulista. Segundo o auditor, de apenas 30 anos de idade, ao concluir as quatro provas, o IIA avisa ao candidato se ele obteve ou não o certificado, mas não divulga a posição exata. "Sabia que havia passado bem e que talvez estivesse entre os melhores do Brasil, mas nunca como o primeiro do mundo, superando candidatos de países renomados como EUA e Suíça", comemora.

Já Henrique Carvalho, de apenas 25 anos, atua como auditor interno na Neoenergia, em Pernambuco, e também se mostrou surpreso. "O importante é colocar uma meta no ano e fazer de tudo para cumpri-la. A premiação foi uma grata surpresa e tenho certeza que ela valorizará meu currículo e contribuirá para meu desenvolvimento profissional", prevê. 

Fonte: Administradores.com.

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