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quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Mais de 25 Mil Pessoas Físicas Deixaram a Bolsa Neste Ano



Os pequenos investidores seguiram batendo em retirada da bolsa em novembro. Pelo sexto mês consecutivo, o total de contas de investidores pessoas físicas no mercado acionário caiu. De acordo com números da BM&FBovespa, o total de contas desse tipo de aplicador somou 585.190 no mês passado. Isso significa que, apenas em novembro, a bolsa perdeu 3.378 investidores. No fim de outubro, eram 588.568 contas.

Os dados sobre o acumulado do ano mostram um quadro ainda pior: a bolsa já perdeu mais de 25 mil contas de pessoas físicas, já que havia iniciado o ano com 610.915 cadastros.

No mês passado, o saldo líquido (aplicações menos resgates) das negociações de pessoas físicas com ações em bolsa terminou negativo em R$ 424,017 milhões. Com isso, no ano, até novembro, essa classe de aplicadores já retirou R$ 7,166 bilhões da bolsa.

O relatório da BM&FBovespa sobre as operações de novembro mostra ainda que a percepção de piora da crise na Europa em novembro - que fez o Índice Bovespa encerrar o mês com queda de 2,51% - levou os investidores a buscar nas operações de empréstimos de ações uma forma de obter ganho extra com os papéis.

O volume financeiro com aluguel de ações bateu recorde em novembro, ao somar R$ 67,30 bilhões. O total é 4,11% superior aos R$ 64,64 bilhões registrados em outubro. O número de operações também cresceu: foi de 122.983, ante 121.132 no mês anterior.

O empréstimo de ações é uma operação indicada aos investidores que não pretendem vender seus papéis no curto prazo, mas querem obter um rendimento extra com eles. O doador - o dono das ações - coloca o papel para alugar e recebe um retorno prefixado do tomador que varia de acordo com a procura pelo aluguel. Quem toma o papel emprestado acredita que ele vai cair e o vende no mercado, esperando recompra-lo mais barato na hora de devolvê-lo ao dono.

Os números revelam ainda que os investidores recorreram mais aos fundos de índices com cotas negociadas em bolsa, os chamados ETFs (Exchange Traded Fund) em novembro. O volume financeiro dos oito ETFs negociados na bolsa registrou recorde, ao atingir R$ 1,45 bilhão. Em outubro, o volume negociado foi de R$ 1,37 bilhão. O número de negócios com os fundos de índices também cresceu. Os oito ETFs totalizaram 86.037 transações no mês passado - crescimento de 19% ante os 72.352 registrados em outubro.

Os ETFs são fundos espelhados em índices e suas cotas são negociadas em bolsa, como ocorre com as ações. As aplicações são muito populares no mercado internacional e têm sido um dos veículos preferidos dos estrangeiros para investir nos emergentes. Ao comprar uma cota desses fundos, é como se o investidor estivesse adquirindo um pequeno clone de um indicador, com a vantagem de não precisar comprar cada papel na quantidade exigida pelo referencial.

Atualmente, são negociados oito fundos de índices na bolsa. O mais negociado é o Bova11, que espelha o Índice Bovespa. Os números mostram que esse ETF registrou volume de R$ 1,37 bilhão em novembro e 82.402 negócios.

O aquecimento do setor de fundos imobiliários está fazendo com que essas aplicações também ganhem espaço na bolsa. Os fundos imobiliários movimentaram R$ 78,54 milhões, um crescimento de 32% ante o volume financeiro registrado em outubro, de R$ 59,57 milhões. Já o número de negócios atingiu 7.812 no mês passado, levemente acima das 7.769 transações realizadas em outubro.

Fonte: Valor Econômico.

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