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sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Clubes Brasileiros de Futebol Ainda Faturam Pouco em Relação ao PIB


O futebol brasileiro movimenta cada vez mais a economia, e nesta década tem crescido cerca de 30% por ano. Os gigantes europeus ainda dominam o mercado, mas na América do Sul o Brasil é líder absoluto em receitas, o que reflete nos resultados em campo. Desde 2011, os três campeões da Copa Libertadores são brasileiros. [1]

Um estudo do Itaú BBA, com a participação de nove executivos, analisou os balanços dos principais clubes da cinco principais ligas europeias, além de Brasil, Argentina, Chile e Colômbia. O trabalho mostra que, apesar da posição financeira privilegiada, os grandes clubes brasileiros têm baixa participação na economia do país, proporção inferior aos argentinos e chilenos.

O estudo aponta o Corinthians como campeão brasileiro em receitas em 2012, com R$ 359 milhões. O número fica bem abaixo do R$ 1,5 bilhão do líder Real Madrid (ESP), mas supera com folga os R$ 139 milhões do Boca Juniors (ARG). Entretanto, o Alvinegro é responsável por R$ 82 para cada milhão de reais do PIB brasileiro, enquanto o Boca responde por R$ 134 a cada milhão de reais do PIB local.

Em termos de participação na economia de seus países, tanto o Boca Juniors quanto o River Plate estão à frente dos clubes brasileiros, ocupando a 11ª e 14ª posições em uma escala mundial. O Corinthians é o 17º colocado no ranking, que, assim como o de receitas, é liderado pelo gigante Real Madrid.

Clubes chilenos também surpreendem e aparecem na frente dos do Brasil, com fatias maiores em relação ao PIB do país. O Universidad do Chile é o quarto mais participativo do mundo, respondendo por R$ 201 para cada milhão de reais do PIB chileno. O Colo Colo é o 25º colocado, quatro posições acima do Flamengo.

A economia brasileira é maior do que a dos vizinhos. Também interferem nos dados as vendas de atletas, comuns em times sul-americanos. Ainda assim, a maioria dos clubes do Brasil e o futebol ainda têm um caminho a percorrer.

[1] O Brasil também possui a maior economia da América Latina, e isso certamente influencia a receita dos clubes.

Fonte: Lance!

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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Futebol e Bolsa de Valores


Se os maiores clubes do País estivessem na BM&FBovespa, eles teriam tamanho para competir no pregão com algumas das empresas que fizeram IPO nos últimos anos. O Corinthians, por exemplo, tem valor de mercado de R$ 1,1 bilhão, maior que o da varejista Magazine Luiza, de R$ 1 bilhão. Flamengo e São Paulo, cujos valores de mercado são, respectivamente, R$ 855 milhões e R$ 844 milhões, superariam a locadora de frotas Locamerica, de R$ 672 milhões. O Palmeiras também seria maior que a Unicasa, fabricante de móveis — R$ 496 milhões contra R$ 387 milhões. Os valores dos clubes foram levantados pela BDO RCS, empresa especializada em auditoria, e divulgados neste ano. Listar-se em bolsa, contudo, é um projeto aparentemente distante da agenda dos cartolas — um cenário bem diverso do que se observa em outras partes do mundo. [1]

Na Europa, 22 times de 11 países diferentes têm capital aberto. Há, inclusive, um índice para medir o desempenho dos papéis de clubes europeus — o Stoxx Europe Football. Um dos casos de sucesso é o do Borussia Dortmund, que entre 2011 e 2012 foi bicampeão alemão e neste ano, em maio, foi finalista da Liga dos Campeões, principal torneio interclubes do mundo. Exatamente nos meses em que o Borussia obteve bons resultados em campo, suas ações atingiram os maiores níveis de compra. Em maio, durante a campanha do vice-campeonato da Liga, o papel atingiu sua máxima histórica, chegando a € 3,13. Outro gigante europeu, o inglês Manchester United, tem ações negociadas na Nyse. Seu papel também disparou em maio, com o título de campeão inglês: foi de US$ 12, em novembro do ano passado, para US$ 19 — valorização de 58% no período. 

Se levarmos em conta que as cinco maiores torcidas do Brasil — Flamengo, Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Vasco — têm, juntas, 95,3 milhões de pessoas, segundo o Ibope, e que o objetivo da BM&FBovespa é conseguir 5 milhões de pessoas físicas até 2018, não pareceria loucura tentar atrair esses times para o mercado acionário brasileiro. "O torcedor teria orgulho de dizer que é dono de um pedaço do time de coração", observa Eduardo Carlezzo, sócio do escritório Carlezzo Advogados Associados, especializado em negócios do esporte. Para os clubes, o mercado poderia ser uma fonte de credibilidade e, consequentemente, de capacidade de atrair parceiros interessados em fazer bons negócios — ampliando o poder de barganha para contratar bons jogadores e formar equipes competitivas. 

Os obstáculos que os clubes enfrentam para dar esse passo, no entanto, ainda são grandes. Em 2003, o Coritiba enviou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) um pedido de registro de companhia aberta concomitantemente a um pedido de distribuição pública de ações em mercado de balcão não organizado. A estratégia era passar a gestão do clube e do departamento de futebol para uma empresa, a Coritiba Futebol S.A. No entanto, a autarquia negou os pedidos, alegando irregularidades contábeis nos documentos apresentados. Dos R$ 51 milhões declarados como patrimônio da Coritiba S.A., mais de R$ 50 milhões eram referentes ao direito de uso da marca Coritiba Foot Ball Club, o nome oficial do clube. Esse valor foi descrito pela companhia como "patrimônio intangível gerado internamente" nas demonstrações financeiras, mas a CVM avaliou que esse tipo de intangível não poderia ser contabilizado. [2]

Atualmente, clubes contam com executivos do mercado em seus quadros. O próprio Coritiba tem, desde 2010, como presidente do board Vilson Ribeiro de Andrade, que já foi CEO do HSBC no Brasil. No Corinthians, o presidente da BDO, Raul Correa, é vice-presidente de finanças desde 2007. O cargo de vice de futebol do Flamengo é ocupado, desde o início de 2013, por Wallim Vasconcellos, ex-diretor do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Esses profissionais, contudo, enfrentam a resistência de sistemas de governança estagnados. [3]

De maneira geral, os clubes brasileiros são geridos por sócios não remunerados que detêm o poder político da entidade. Trata-se de diretores e conselheiros eleitos para mandatos com tempo determinado pelo estatuto, mas que na prática ficam longos períodos em seus postos. Além disso, há a presença do chamado conselho de fiscalização ou consultivo, que vigia a responsabilidade da diretoria, veta ou aprova projetos e autoriza contratos e parcerias. Em geral, é formado por ex-presidentes e ex-diretores com mandato vitalício no órgão, que muitas vezes tomam decisões de forma conservadora, à luz do resguardo da tradição ética e histórica do clube. Para ir à bolsa, portanto, um dos primeiros desafios dos clubes é tornar sua gestão profissional — movimento que, na opinião de João Paulo de Jesus Lopes, professor de gestão de marketing esportivo da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e vice-presidente do São Paulo Futebol Clube, enfrentaria resistência dos dirigentes atuais. "Seria um obstáculo de ordem política." 

Ampliar a transparência é outra necessidade. A Pluri Consultoria, especializada em negócios do esporte, produziu um levantamento do grau de abertura de informações dos 32 clubes de maior torcida do País. Entre os critérios utilizados no estudo, citam-se: publicação do balanço no site do time, publicação do parecer dos auditores independentes, periodicidade dos balanços, nível de disclosure das informações e política de governança. A conclusão é que os clubes brasileiros, em geral, ainda são tímidos no que se refere à divulgação de dados sobre governança corporativa. As cinco equipes mais bem colocadas no ranking foram Corinthians, Santos, Fluminense, Palmeiras e Coritiba, nessa ordem. O São Paulo, na nona colocação, se destacou como o time com melhor disclosure; o Santos, com o maior histórico de balanços disponíveis; o Palmeiras destoou com a melhor periodicidade (publica mensalmente); e o Corinthians, campeão do mundo, foi eleito o clube mais transparente do País. 

O alvinegro paulistano é o único clube do Brasil que publica um relatório de sustentabilidade para o mercado ao final de cada exercício, desde 2008. O documento possui quase 90 páginas e traz informações sobre estratégia esportiva e de negócios, gestão, marketing, desempenho econômico e responsabilidade social, além de demonstrações financeiras auditadas pela PricewaterhouseCoopers. Em 2010, o relatório anual do Corinthians foi finalista do Prêmio Abrasca de Relatório Anual, na categoria de organizações não empresariais, e ficou em quarto lugar. 

Raul Correa, vice de finanças do clube, destaca a guinada do Corinthians em direção às boas práticas de governança em 2008. Naquele ano, o ex—presidente Andrés Sanchez assumiu o lugar de Alberto Dualib, que renunciara em 2007 após 14 anos no cargo. "Passamos a estabelecer um diálogo muito claro com os stakeholders e com o mercado", explica. Entre 2008 e 2012, o Corinthians se tornou o clube com maior valor de mercado (R$ 1,1 bilhão) e receita do Brasil (R$ 358 milhões no ano passado, 300% superior à de 2008). Dentro de campo, no mesmo período, o alvinegro conquistou cinco títulos importantes, entre os quais o Campeonato Brasileiro, a Libertadores da América e o Mundial de Clubes. 

As dívidas também afastam os clubes da bolsa. Levantamento da BDO RCS revela que os 32 maiores times do País devem, no total, R$ 4,7 bilhões — um aumento de 77% em relação a cinco anos atrás. São obrigações fiscais, privadas e tributárias; estas últimas, isoladas, somam R$ 2,4 bilhões. Na opinião de Pedro Daniel, consultor de gestão esportiva da BDO RCS, não há como os clubes abrirem o capital com dívidas tão elevadas. "Embora você deixe os riscos claros dentro do prospecto, será muito difícil atrair investidores", afirma. O estudo indica que os mais endividados são Flamengo, Botafogo, Fluminense, Atlético Mineiro e Vasco — os cinco, juntos, devem cerca de R$ 2,6 bilhões. Entre eles, somente o Flamengo vale mais do que deve: tem valor de mercado de R$ 855 milhões e dívidas de R$ 741 milhões. Para Fábio Farina, sócio da auditoria Crowe Horwath, apenas com a quitação do saldo devedor os clubes passariam a ser atrativos para os investidores na bolsa, algo ainda distante. "Eles olhariam mais o fluxo de caixa do que o resultado dentro de campo", diz. 

O endividamento bancário, entretanto, vem diminuindo desde 2011. Segundo Daniel, da BDO, os bancos estão mais exigentes com a capacidade dos clubes de arcar com seus débitos, o que estimula as diretorias do futebol a serem mais responsáveis. "Está nascendo uma cultura de resultados consistentes e confiáveis dentro dos balanços", avalia. Como garantia para o pagamento das dívidas, os clubes costumam usar o dinheiro recebido na negociação de contratos de direitos de transmissão televisiva das suas partidas. Os bancos não aceitam, para esse fim, a receita obtida com bilheteria, que está sujeita ao ânimo do torcedor com o momento do time dentro de campo. 

Apesar da reduzida vocação para abrir o capital no Brasil, os clubes têm buscado formas de captar recursos publicamente. Vários desenvolvem programas de sócio—torcedor, em que o filiado paga uma quantia mensal em troca de ingressos garantidos para jogos e benefícios em promoções e ações de marketing do clube. Os times que mais arrecadam com esses programas anualmente são Cruzeiro (R$ 16,1 milhões) e Flamengo (R$ 12,5 milhões). As informações são do Movimento por um Futebol Melhor, organização que cataloga dados sobre futebol profissional no Brasil. "Uma equação equilibrada de direitos de transmissão, bilheteria e planos de sócio—torcedor daria vigor econômico aos clubes dentro da bolsa", comenta Lopes. 

Conforme a entidade, os dez maiores programas de sócio-torcedor dos clubes brasileiros têm 380 mil membros adimplentes, que pagam todo mês. Se todos eles investissem em ações desses times, representariam mais da metade do total de pessoas físicas registradas na BM&FBovespa: atualmente, cerca de 633 mil. Nada mal para uma bolsa que precisa de investidores e emissores para crescer. Muito menos para clubes que carecem de profissionalização. [4]

[1] Um dos problemas para essa listagem é a forma jurídica e tributária dos clubes. Muitos são isentos de tributação devido à sua atividade econômica. Para que pudessem pagar dividendos, ou distribuir lucros, que é um dos atrativos do mercado de capitais, ele teriam que mudar suas formas de tributação. Para clubes que já estão afundados em dívidas, ter um custo de abertura de capital (que já foi estimado em torno de R$ 100 milhões) parece ser algo inalcançável.

[2] Eis um dos problemas que devem ser enfrentados pelos times pois, conforme CPC 04, esse tipo de ativo não pode ser contabilizado. Clubes formadores de atletas tenderiam a ter menores ativos que clubes compradores de atletas.

[3] Há uma tendência nos clubes de profissionalização da gestão. O problema, muitas vezes, está na política do clube, formada por pessoas que estão há décadas nas entranhas da gestão, que sismam em não "largar o osso". Meu querido Palmeiras é um bom exemplo, entre tantos.

[4] Um entrave, talvez, seria que a grande maioria dos sócios dos clubes são associados por amor ao clube e outros para usar suas dependências e obter descontos em ingressos. Ao se tornarem investidores, mesmo considerando a falta de perfil e informação de alguns para isso, corre-se-ia o risco de os investidores optarem por empresas mais rentáveis. Já que estariam na bolsa, por que não ganhar mais dinheiro?

Fonte: Revista Capital Aberto.

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sábado, 9 de julho de 2011

Contabilidade do Flamengo



Algum tempo atrás soube que o Flamengo atravessou 2010 sem um contador em seu quadro de funcionários. Apesar da seriedade e conhecimento da fonte que revelou-me essa informação, achei-a incrível – no sentido de algo não crível, difícil de acreditar. Mas, acreditei, claro, pois minha fonte é séria e conhece bem esse clube e outros mais. Passado algum tempo, outras pessoas disseram-me a mesma coisa, só confirmando o absurdo de tal fato.

Não creio que esse buraco no quadro funcional tenha prejudicado a elaboração do balanço, pois um contador sem vínculo empregatício com o clube respondeu pela contabilidade, mas esse é um fato que merece reflexão. Estrutura não é somente meia dúzia de tijolos e uma fachada bonita. Ela é muito mais que isso e, lembrando velhos tempos da militância política, podemos dividi-la em infra e superestrutura. As construções, campos, meios de transporte, entre outras coisas, fazem parte da infraestrutura, enquanto direção, quadro de pessoal, filosofia de trabalho, ordenamento político e outras mais são parte da superestrutura. E, francamente, a superestrutura de um clube de futebol, sobretudo da grandeza do Flamengo, movimentando enorme volume de recursos, não pode, sob nenhuma hipótese, prescindir do trabalho de um profissional qualificado nessa área. Isso é básico e, confesso, tomar conhecimento desse fato foi uma surpresa desagradável.

E as receitas continuam crescendo…

Antes de falar das complicações, vou passar rapidamente pelo caminho para resolver complicações, as receitas. Elas são a solucionática necessária para enfrentar a problemática criada pelos dirigentes.Depois de ler o balanço, a primeira coisa que fiz foi levantar o ponto central da vida financeira de toda instituição: o comportamento de suas receitas operacionais nos últimos anos. Esse é o quadro de cinco anos:


As receitas rubronegras, apesar dos muitos pesares, dão ao torcedor um certo alento e podem dar condições aos gestores para, lentamente, buscar a consolidação e sustentabilidade do clube. Nesse sentido, não posso deixar de citar que durante a gestão Braga mais recente, o montante de dívidas do clube foi reduzido em apreciáveis 75 milhões de reais.

Esse volume de receitas, contudo, é muito baixo para o porte e para o desempenho esportivo do clube.

O quadro de receitas mostra o já esperado crescimento do marketing em função do bom patrocínio máster assinado no final de 2009, que deu uma injeção razoável de recursos para o clube (e a ausência de um patrocinador na presente temporada, já perdido o primeiro quadrimestre e caminhando para o fim do semestre, vai complicar as contas ainda mais). Ao mesmo tempo, uma receita sempre importante para o Flamengo, a bilheteria, teve redução apreciável, reflexo do desempenho do time em campo, apesar da participação na Copa Libertadores e, não podemos esquecer, também provocado pelo fechamento do Maracanã. E o pior, nesse caso, é que vem mais dois anos, com sorte, sem poder jogar no seu local predileto.

O balanço não discrimina as receitas com o licenciamento da marca Flamengo, que podem estar embutidas na conta Marketing. Tampouco mostra as receitas com o programa de sócio-torcedor, o que nos deixa sem saber se o programa existe e fatura ou se foi abandonado. De um jeito ou de outro, cada clube precisa encontrar seu caminho próprio e aumentar suas receitas com o quadro de sócios-torcedores. O exemplo do Internacional está aí para ser visto e analisado – mas não copiado, pois cada programa deve ter a “cara” e o espírito do clube e de seu torcedor, não é uma receita de bolo que basta ser copiada.

A verdade é que, embora venham crescendo de forma regular e consistente, mesmo com alguns percalços, as receitas operacionais do futebol do Flamengo estão abaixo do que poderiam e deveriam ser. Não ter um estádio próprio contribui para esse quadro, mas não justifica tudo.

Outro ponto importante para os clubes brasileiros: formação de jogadores. Essa não é uma receita operacional, eu não a considero como tal nas minhas análises, mas sem ela os clubes passam dificuldades e, se o desafio para alguns é lançar as bases para se manterem sem recorrer a essa receita, para o Flamengo o momento é diferente: é reforçar e retomar algo que era tradicional no clube: a formação de bons jogadores. Não só para fornecer à equipe, mas também, e fundamentalmente, para gerar recursos financeiros. Realisticamente, é isso.

Despesas caem no futebol e explodem nos amadores – Será?
O futebol gerou uma receita bruta de 110,3 milhões de reais, contra uma despesa total de 69,3 milhões de reais, gerando um superávit de 41 milhões de reais. A folha de pagamento caiu de 67,6 para 52,6 milhões, uma redução de nada menos que 22,2%. Lembro que em 2008, até o começo de 2009, o clube gastava, somente em salários diretos de 5 ou 6 jogadores um total que passava de 2 milhões de reais todo mês. Isso, naturalmente, não contando encargos sobre esse montante. Um enxugamento na folha era necessário e o time que foi campeão em 2009 já não contava com alguns dos jogadores que contribuíam para esse valor. Fica difícil julgar até que ponto a redução na folha influenciou a ausência de grandes resultados em 2010, dado o ano atípico vivido pelo clube e pelo futebol em particular, mas, de maneira geral, foi uma redução salutar.

Cabe aqui uma observação: o balanço não discrimina os valores pagos, portanto não sabemos a quanto montou o total pago em direitos de imagem, e se esses valores estão incluídos na folha ou na rubrica “despesas gerais”. Essa falta de informações mais completas e, principalmente, mais discriminadas, é um dos problemas desse balanço.

Se o futebol, que é, sem a menor dúvida, a grande “vaca leiteira” do Clube de Regatas do Flamengo, gastou menos, os esportes amadores tiveram uma explosão em seus gastos de pessoal, passando de 12,8 milhões em 2009 para 22,9 milhões de reais em 2010. Um assombroso crescimento de 78,9%. A despesa total da área evoluiu de 25,4 milhões para 45,5 milhões de reais, ou 79,1% de crescimento. Enquanto isso, a contrapartida das receitas dos esportes amadores evoluiu um percentual ainda mais impressionante: 122,3%. O único problema é que o valor saltou de 3,1 para 6,9 milhões de reais, gerando um déficit operacional de portentosos 16 milhões de reais, 131,9% maior que a receita.

Podemos deduzir pelas ausências do balanço, que esses valores de despesas incluem outras áreas que não somente os esportes amadores propriamente ditos. Todavia, o que está escrito, aprovado e assinado é o que foi relatado. Um balanço com informações incompletas ou agrupadas demais, sem discriminação, dificulta um melhor entendimento do que se passou e do que poderá acontecer.

Aliás, como planejar alguma coisa em cima desses números? Se há números internos melhor discriminados, e eu acredito que haja, deveriam, portanto, estar no balanço, facilitando nosso entendimento do que é e como funciona o clube.

Em outras palavras: não dá para saber quanto custou a área de esportes amadores, assim como não dá para ter certeza sobre o valor da folha de pagamentos do futebol.

Dívidas que assustam
Aqui o “bicho pega”. E assusta.

O Passivo Circulante compreende os valores a serem pagos no decorrer dos doze meses seguintes à data de fechamento do balanço, ou seja, o decorrer do ano de 2011. Temos aqui um salto de 48,9%, explicado em boa parte pelos aumentos nos itens “Impostos e contribuições sociais a recolher” (de 34,2 para 52,0 milhões), “Empréstimos em instituições bancárias” (de 23,5 para 43,9 milhões) e “Contas a pagar” (de 26,3 para 51,1 milhões).

O Passivo Não Circulante inclui valores que serão pagos a partir de doze meses da data de fechamento do balanço, ou seja, de 1º de janeiro de 2012 em diante; são os compromissos de longo prazo. Também aqui temos um salto expressivo, da ordem de 20,7%, originado, sobretudo, por 29,2 milhões de “Receitas diferidas”, sem uma nota explicativa a respeito.

Com isso, o Passivo Total atinge o valor de 458,5 milhões de reais, crescendo 33%, bem acima dos exercícios anteriores, exceção feita a 2007, por conta do já citado acordo Timemania.

Li um excelente texto do economista Rafael Strauch, em dois posts publicados no site Flamengonet, e ele levanta várias dúvidas e indagações sobre esse balanço. Como, por exemplo, entre outras, os 29 milhões de receitas diferidas. Eu acredito que esse valor, assim os valores listados em empréstimos bancários, correspondam a adiantamentos de cotas de TV, mesmo porque tenho dúvidas a respeito da aprovação de empréstimos bancários para a maioria dos clubes brasileiros, caso não existam garantias sólidas de terceiros. Na prática, cota adiantada nada mais é que um empréstimo bancário garantido pelas cotas correspondentes.

Ainda na vida real, isso significa que almoço e o jantar de depois de amanhã foram vendidos para pagar o jantar de ontem e, se a administração não for das piores, o almoço de hoje. Com alguns agravantes: taxas e juros sobre o valor. Ou seja, você empenha 100 do futuro e recebe 80 hoje, para pagar a despesa já ocorrida ontem, que custou 60, mas, atrasada, passou a custar 80.

Só o Clube de Regatas do Flamengo comete tal loucura?
Infelizmente, não. Todos, em maior ou menor grau fazem a mesma coisa.

E digo infelizmente porque se fosse só o Flamengo e mais um ou dois seria um problema limitado. Como é geral, temos um problema sistêmico, que ataca todo o setor. E por que? Por que o setor é ruim e não permite a sobrevivência? Ou será que isso ocorre porque as gestões do futebol, de maneira geral, são ruins e ninguém paga nada por isso?

Opa, alguém paga por isso: o torcedor de cada clube e o conjunto da sociedade.

A síntese desse balanço pode ser descrita com apenas dois vocábulos: muito preocupante. A ausência de notas explicativas sobre pontos importantes, diferenças entre valores lançados, a própria forma do balanço, parecendo antes um rascunho do que o trabalho definitivo, tudo isso dá margem a perguntas, a dúvidas e, no torcedor, a temores.

Fonte: Blog Contabilidade Financeira.

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sábado, 25 de junho de 2011

Neymar Já é Fenômeno de Marketing Internacional



Campeão da Libertadores com gol na final, sete patrocinadores pessoais, capa de revista teen, manchete em jornais de todo o mundo, chamado de rei na Espanha, comparado a Messi e alvo de polêmica com ninguém menos do que Maradona. Isso tudo com apenas 19 anos. Este é Neymar.

Com status de popstar, ele já rompeu a barreira de celebridade nacional, está entre os 50 atletas com maior potencial em marketing e chega à Argentina com olhares curiosos dos anfitriões, ávidos por saber o que esse garoto de moicano tem para parte da opinião pública “ousar” compará-lo ao ídolo maior do país na atualidade.

Futebol ele já provou que tem, mas o que o leva a ser o terceiro jogador de futebol em marketing (só está atrás justamente de Messi e Cristiano Ronaldo) é o que talvez explique essa “Neymania”.

Por acaso, isso, definitivamente não foi. Além do pai, que controla seus rendimentos e dá “apenas” uma mesada de R$ 10 mil, o atleta tem um verdadeiro staff, que conta com seu empresário, um plano de carreira do Santos, além do recente convênio com a 9ine, empresa de Ronaldo. Essa união de forças lhe proporciona, além de obtenção de patrocinadores (Santos só paga R$ 160 mil dos seus cerca de R$ 650 mil mensais), aulas de media training, línguas, fonoaudióloga e psicóloga.

– Sempre falei que tem pessoas ao meu redor que sempre me ajudaram. Me deixam totalmente focados no futebol – diz Neymar.

Um dos maiores responsáveis por este suporte, Eduardo Musa, do Santos, não esquece de destacar que, além do staff, o Neymar, puro e simplesmente, tem suas qualidades:

– O mérito não é só nosso. Ele é um jogador diferenciado e tem um carisma incomum.

Cheio de mimos, Neymar se vê diante do, talvez, maior desafio até agora: ser “o cara” da Seleção e deixar Messi como coadjuvante na Copa América de seu próprio país:

– Venho aqui para ser mais um e ajudar. É Jogar o mesmo futebol que jogo no Santos, não mudar nada, só ser feliz aqui e representar o meu país.

Fonte: Lancenet.

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quarta-feira, 6 de abril de 2011

Os 12 Clubes de Futebol mais Valiosos do Brasil



A consultora financeira Crowe Horwath RCS, publicou recentemente um estudo onde avalia a marca dos maiores clubes brasileiros. Para a elaboração do estudo foram levados em conta entre outros dados financeiros, as receitas geradas pelos clubes entre 2003 e 2008. O estudo incluí também o perfil e hábitos dos adeptos, dados de marketing e publicidade, estádios, bem como a importância dos emblemas nos média.

Assim segundo a consultora, o campeão brasileiro Flamengo é o clube com a marca mais valiosa, sendo estimada em R$ 568 milhões (226,6 milhões de Euros). O valor total dos 12 clubes alcança os R$ 3.242 milhões (1.295 milhões de Euros), prevendo-se que a quando do mundial 2014 a realizar-se no Brasil este valor aumente para valores 2 vezes superiores aos actuais.

Os 12 clubes mais valiosos do Brasil (2009):

Flamengo – R$ 568 milhões (226 milhões de Euros)
Corinthians – R$ 563 milhões (225 milhões de Euros)
São Paulo – R$ 552 milhões (221 milhões de Euros)
Palmeiras – R$ 420 milhões (168 milhões de Euros)
Internacional – R$ 231 milhões (92 milhões de Euros)
Grêmio – R$ 214 milhões (85 milhões de Euros)
Cruzeiro – R$ 139 milhões (55 milhões de Euros)
Santos – R$ 135 milhões (54 milhões de Euros)
Vasco da Gama – R$ 122 milhões (48 milhões de Euros)
Fluminense – R$ 109 milhões (43 milhões de Euros)
Botafogo – R$ 97 milhões (38 milhões de Euros)
Atlético Mineiro – R$ 92 milhões (36 milhões de Euros)

1 BRL = 0.398990 EUR – 1 EUR = 2.50633 BRL

Embora os valores sejam significativos, estão longe de alcançar os valores das marcas dos maiores clubes Europeus e nem o valor conjunto dos 12 clubes Brasileiros conseguem superar o clube mais valioso do mundo, o Manchester United. Para conhecer quais os clubes com a marca mais valiosa do mundo.

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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Por uma Revolução Jasmim no Futebol



Até os gandulas do Asa de Arapiraca já devem estar se perguntando por que nove entre dez eventos esportivos têm exclusividade nas transmissões, em TV aberta ou fechada, e até na internet, pelas Organizações Globo.

Assim como nove entre dez torcedores de futebol já se conformaram em saber que o jogo de sua equipe favorita, caso não faça parte das maiores torcidas do país, só passará na TV quando não conflitar com a partida de algum desses campeões de audiência, um capítulo de novela ou um enlatado qualquer.

Os grandes clubes, que há tempos acertam seus rombos financeiros com o pagamento adiantado de direitos pela Globo, começaram a perceber que o que andam recebendo é pouco se comparado à audiência e, por sua vez, ao faturamento publicitário da emissora. Eles querem mais.

Já o Clube dos 13, que em tese representa as maiores equipes do país e há tempos anda às turras com o conglomerado de comunicação, tenta ampliar a receita de todos os times, avaliando que o dinheiro pago pelas transmissões está subavaliado.

Como destaca reportagem desta edição de Ruy Barata Neto e Fábio Suzuki, a bolada envolvida no Campeonato Brasileiro, em todas as mídias, chegará a R$ 4 bilhões de 2012 a 2014, enquanto a Globo pagou, no último triênio, R$ 1,5 bilhão.

O conflito de interesses provocou a implosão do Clube dos 13, levando as agremiações que atraem mais telespectadores a propor a negociação em separado, mas preferencialmente com a Globo.

Do outro lado, o Clube dos 13 quer ir ao Cade garantir o direito a abrir concorrência com outras emissoras e, assim, dar mais espaço à livre concorrência.

Intrigas e politicagens à parte - o que leva à prudência de não se tomar partido para qualquer um dos lados -, o fato é que o caudilhismo que impera nas instituições do futebol brasileiro, tão antigo quanto as ditaduras do Oriente Médio, já passou da hora de cair. Tomara que, depois do caos instalado, algo de bom ressurja em benefício dos verdadeiros apaixonados pelo futebol: os torcedores.

Fonte: Brasil Econômico.

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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

OI, Telefônica e GVT Estariam Dispostas a Pagar US$ 400 Mi pelo Campeonato Brasileiro



Fontes ligadas às principais operadoras de telefonia fixa informam que Oi, Telefônica e GVT teriam chegado a um acordo para investir até US$ 400 milhões na compra dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro de futebol.

Cada uma das partes colocaria US$ 100 milhões no negócio, faltando ainda um quarto cotista, que estaria sendo procurado pelo trio. A ideia das operadoras, vale destacar, não é pular o empacotador do pay-per-view. A intenção é criar a figura de um broker, que revenderá os direitos para as programadoras interessadas, acabando com a exclusividade entre as programadoras. Esses direitos poderiam ser oferecidos para diferentes modalidades de distribuição, incluindo os canais lineares, pay-per-view e video on-demand em IPTV. 

O montante que as operadoras estão dispostas a investir, no entanto, pode não ser suficiente. Fontes do setor de TV por assinatura apontam que os custos do futebol para o setor podem chegar a US$ 1 bilhão. 

A proposta das operadoras depende da não-aprovação do PLC 116 (ex-PL 29/2007), que cria regras para a TV por assinatura, uma vez que o projeto separa as empresas de distribuição e de produção de conteúdo no setor. Pela proposta que tramita no Senado, a compra de direitos pelas operadoras, portanto, não seria permitida. "O PL 29 é como a reforma tributária", ironiza uma fonte do setor de telecomunicações, "quando está para ser aprovada, volta tudo atrás". 

Clube dos 13 

Uma fonte no setor de TV desacredita das iniciativas para desmontar o atual formato de negociação de direitos com o Clube dos 13. Segundo esta fonte, não basta alugar caminhões de produção e transmissão para distribuir um jogo. A infraestrutura e know-how necessários para viabilizar a distribuição de até dez partidas por rodada, que acontecem em diversas praças e muitas vezes simultaneamente, dificultaria ou até inviabilizaria qualquer iniciativa neste sentido. 

A fonte também não acredita na viabilidade de captação dos jogos do campeonato pelo próprio Clube dos 13 para vender o conteúdo para as diversas mídias de difusão. A possibilidade foi noticiada esta semana pelo jornal Meio&Mensagem. Segundo a fonte da área de pay-tv, a ideia é de um dirigente da entidade, mas dificilmente se viabilizaria economicamente para os clubes.

Fonte: Portal Exame.

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domingo, 16 de janeiro de 2011

O "Fantástico" Negócio de Ronaldinho Gaúcho no Flamengo




O campeonato de futebol brasileiro continua o seu acelerado processo de evolução, marcado nos últimos anos pelo regresso de algumas das suas grandes estrelas. Exemplos disso foram os regressos de Ronaldo, Roberto Carlos, Adriano, Wagner Love, Fred, Elano, Daniel Carvalho, entre outros. Por fim, o recente ingresso de Ronaldinho Gaúcho no Flamengo, transfere para a Serie A brasileira muita da atenção do futebol mundial.
Se é difícil aos grandes clubes europeus reunir condições financeiras para adquirir jogadores com o nível de Ronaldinho Gaúcho, compreende-se que seja ainda mais para os clubes brasileiros, no entanto essas diferenças têm vindo a desvanecer, fruto de uma excelente conjugação entre o investimento de várias empresas e o excelente marketing que envolve todo o processo.

COMO, QUANTO E QUEM PAGA O SALÁRIO DE RONALDINHO
  • Ronaldinho irá ganhar um salário fixo de 5 milhões de Euros anuais (cerca de R$11,25 milhões).
  • O salário do jogador será suportado em 80% pela agência Traffic Sports (4 milhões de Euros), sendo que 20% (1 milhão de Euros) será suportado pelo Flamengo.
  • Em 2010 o Flamengo através do patrocínio das marcas Batavo e Banco BMG gerou cerca de 12,5 milhões de Euros (R$ 28 milhões).
  • Em 2011 e com a chegada de Ronaldinho, existe a expectativa que a renegociação dos contratos de patrocínios alcancem no total os 25 milhões de Euros (R$ 56 milhões).
  • No contrato ficou estipulado que toda a receita de publicidade ainda por negociar com as empresas patrocinadoras acima dos 12,5 milhões de Euros (R$ 28 milhões) , será repartida pelo jogador, clube e Traffic Sports.
  • Nesta partilha o jogador receberá 50%, a Traffic Sports 40% e o Flamengo terá direito a 10%.

O MELHOR E O PIOR CENÁRIO DO NEGÓCIO
A acreditar que o Flamengo consiga em 2011 dobrar o montante em patrocínios de 12,5 para 25 milhões de Euros (de R$ 28 para R$ 56 milhões), parece um excelente negócio para todas as partes. Projectando o futuro e tendo como valor chave o acréscimo máximo de publicidade na ordem dos 12,5 milhões de Euros, veja-mos o melhor e o pior cenário do negócio:
Ronaldinho Gaúcho – Melhor cenário – Salário total de 11,25 milhões de Euros (50% dos 12,5M€ da publicidade + salário fixo anual de 5 milhões de Euros). Pior cenário – Salário total de 5.0 milhões de Euros (50% dos 0€ da publicidade + salário fixo anual de 5 milhões de Euros).
Traffic Sports – Melhor cenário – Investe 4 milhões de Euros no salário do jogador e recebe 40% dos 12,5M€ da publicidade, cerca de 5 milhões de Euros. Pior cenário – Investe 4 milhões de Euros e recebe 40% de 0€ da publicidade. A empresa seria a mais prejudicada no negócio.
Flamego – Melhor cenário – Aumenta as receitas de patrocínio em 10%, mais 1,25 milhões de Euros (total de 13,75 milhões de Euros) que dará para pagar a sua parte dos salários do jogador e com Ronaldinho na equipe, aumenta as receitas de bilheteira, merchandising etc… para além de uma vantagem desportiva considerável. Pior cenário – Mantêm as receitas de publicidade nos níveis actuais, mas com Ronaldinho na equipe, aumenta as receitas de bilheteira, merchandising etc… para além de uma vantagem desportiva considerável.

Fonte: Futebol Finance.

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quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Copa do Mundo de 2010: Custos Foram Superiores aos Benefícios Econômicos





Sempre existiram dúvidas quando ao impacto económico que um mundial da FIFA pode trazer ao país organizador da competição. No entanto o último torneio organizado pela África do Sul, veio revelar alguns dados importantes, que servem principalmente de registo para futuras organizações.

Segundo uma sondagem elaborada pelo National Department of Tourism (NDT) da África do Sul em conjunto com a South African Tourism (SAT), o ministério do turismo da África do Sul, o último mundial da FIFA levou ao país africano mais de 309.000 turistas, que no conjunto gastaram mais de 390 milhões de Euros, o que significou um grande acréscimo à economia do país.

Dados do Mundial FIFA 2010 – África do Sul

  • No total entraram na África do Sul 309.554 turistas com a intenção de assistir a jogos do Mundial.
  • Dos 309.554 turistas 38% vieram do continente Africano, 24% da Europa, 13% da América Central e América do Sul, enquanto 11% vieram da América do Norte.
  • O país que mais turistas enviou para assistir ao Mundial da África do Sul foi os Estados Unidos com 30.175 turistas, seguido do vizinho Moçambique com 24.483 e da Inglaterra com 22.802.
  • No total foram gastos pelos turistas que visitaram a África do Sul cerca de 390 milhões de Euros.
  • Do total gasto pelos turistas 103 milhões de Euros foram gastos por Europeus, 69 milhões de Euros pelos adeptos Sul e Centro Americanos e 40 milhões de Euros gastos por adeptos do continente Africano.
  • A quantia média gasta por cada adepto foi de R11.800 (1.300 euros), bastante superior ao ano de 2008(R8.400) e 2009(R9.500).
  • Do total gasto pelos adeptos 30% foi gasto em compras, 20% em hotéis, 19% em comida e bebida, 16% em diversões e 11% em transportes.
  • Em média cada adeptos passou 10,3 noites na África do Sul, dos quais 79% em hotéis e 21% em casas de amigos ou familiares.

Com um custo que se estimou em cerca de 3.225 milhões de Euros (ver Quanto custa um mundial de futebol da FIFA), os benefícios são claramente inferiores aos custos, deixando apenas como grandes beneficiários dos eventos, a própria FIFA e as empresas patrocinadoras que alcançam uma exposição mediática gigantesca.

Fonte: Futebol Finance.

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terça-feira, 30 de novembro de 2010

A Empresa Palmeiras e Seu Gerente Felipão

O técnico ganha como alto executivo, mas não cumpre as metas do empregador.


Se Luiz Felipe Scolari trabalhasse na iniciativa privada, é bem provável que começasse a ler os jornais de domingo pelos classificados de emprego e não pelos cadernos de esportes. 
Contratado a peso de ouro em junho para resolver os problemas do Palmeiras, Felipão deixou de fazer o que se espera de um alto executivo bem remunerado: não entregou resultados e não cumpriu as metas da “firma”. 

A remuneração do treinador palmeirense está no mesmo patamar da de altos executivos do Banco do Brasil, por exemplo. A diferença é que o BB é o maior banco do país e está entre os 20 maiores do mundo. 
 
Já o Palmeiras... A dívida líquida do clube passou de R$ 59 milhões, em 2007, para R$ 117 milhões, no ano passado, segundo levantamento da consultoria Crowe Horwath RCS. Com a derrota para o Goiás na quarta-feira 24, o clube esgotou mais do que a paciência de sua torcida. Deixou escapar a chance de título e um prêmio de quase R$ 6 milhões.



Além de não alcançar as metas, Felipão cometeu o erro crasso de desvalorizar sua equipe. Mais de uma vez, o gerente Scolari declarou diante de câmeras de tevê que o elenco palmeirense estava abaixo do esperado e chegou a dizer que dinheiro não é tudo na vida – quando questionado se o mau desempenho da equipe estava diretamente atrelado ao fato de os salários sofrerem constantes atrasos. 

O ano termina para o Palmeiras como começou e o presidente da “empresa”, o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, caminha para o fim de sua gestão, em janeiro, com números pífios para mostrar. 

As apostas caras, como Kleber e Valdívia, que teriam custado R$ 25 milhões, não trouxeram dividendos. Se desse expediente na iniciativa privada, Belluzzo estaria com Felipão na fila do seguro-desemprego.

Fonte: Isto É Dinheiro.

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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Quanto Custa um Mundial de Futebol da FIFA?




Não existe forma de contabilizar o prestígio que um país obtém ao organizar um torneio com a dimensão de um Mundial da FIFA. Se a isso juntarmos as contrapartidas financeiras que uma nação pode obter com um evento desta grandiosidade, torna-se natural que todos os países anseiem ser anfitriões de um dos maiores eventos desportivos do planeta.

Existem grandes dificuldades em avaliar os benefícios financeiros indiretos que um mundial da FIFA pode trazer a um pais e ao mesmo tempo compará-los com os elevados custos associados à sua organização (construção de estádios, acessos, infra-estruturas, etc…). Segundo o governo Sul-Africano, a economia do país irá se beneficiar em 0,5% com a realização do torneio.

Ao analisarmos os custos estimados para a organização desses mundiais de futebol, salta à vista a diferença em mais de 120% entre o custo previsto para o Mundial do Brasil em 2014 e do Mundial na África do Sul. Uma das razões prende-se certamente com o maior números de estádios que terá o torneio Sul-Americano, mas tendo em conta que todos os orçamentos para eventos desta dimensão têm sido sempre largamente ultrapassados, é de prever que esta diferença aumente consideravelmente.

Custo estimado dos mundiais:

  • África do Sul 2010 – 3.225 milhões de Euros
  • Brasil 2014 – 7.090 milhões de Euros

Ao avaliar a realidade destes números as questões que se colocam são as seguintes: Conseguirá o país organizador obter receitas superiores ao investimento efetuado? Quem serão os mais beneficiados com a organização de um evento desta dimensão? Deixamos estas perguntas à consideração dos nossos leitores, deixe-nos o seu comentário e participe no debate.

Fonte: Futebol Finance.

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sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Os 10 Times de Futebol mais Valiosos do Mundo

Lista elaborada pela revista Forbes é dominada por equipes europeias.


Manchester United, o mais bem-sucedido do futebol inglês e lider da lista

O país que inventou o futebol conta com o time mais valioso do mundo. Segundo a revista americana Forbes, o Manchester United vale 1,84 bilhão de dólares. O clube inglês, um dos mais populares do mundo, faz por merecer. Por cinco anos seguidos, o Manchester foi campeão inglês – à exceção deste ano, que perdeu o título para o rival Chelsea -, além de levar a Liga dos Campeões (UEFA) e o Mundial de Clubes em 2008. O time conta com craques como o inglês Wayne Rooney, tido como a promessa da seleção inglesa na Copa da África do Sul – mas que teve uma atuação apagada.

Tanta popularidade – são cerca de 333 milhões de torcedores no mundo todo, segundo o clube – e bons resultados nos gramados elevam a receita do time. A Nike segue como patrocinadora e fornecedora de material esportivo do time que paga 470 milhões de dólares mais 50% de participação em merchandising até 2015. As altas cifras também estão nas dívidas. Depois de ser comprado pelo empresário americano Malcom Glazer em 2005, o débito do time vem crescendo. Hoje as dívidas do time somam 839 milhões de dólares.

 

Real Madrid, recordista de vitórias na UEFA

Iker Casillas, Sergio Ramos, Xabi Alonso... Os nomes soam familiares? Se não, a Copa do Mundo da África ficou de fora da sua programação. Os três jogadores foram responsáveis pela vitória inédita da Espanha em mundiais. A estratégia do Real Madrid é investir em jogadores-marca. O time conta também com o brasileiro bom moço Kaká e o português espalhafatoso Cristiano Ronaldo para atrair mais atenção à equipe. A compra dos dois jogadores foi avaliada em 222 milhões de dólares.

Mesmo com o reforço, o Real Madrid não ganhou nada na última temporada, mas o clube continua bem cotado: 1,32 bilhão de dólares. Só a receita de mídia saltou de 35 milhões de dólares para 563 milhões de dólares. O contrato com o grupo de mídia espanhol Mediapro garante ao Real Madrid um total de 1,5 bilhão de dólares na temporada de 2013-2014. Nada mal para o clube eleito o time do século 20, em 2000, pela Fifa. Além disso, a equipe é recordista de vitórias da Liga dos Campeões com nove títulos.

 

Arsenal, controle compartilhado

O popular clube inglês foi avaliado em 1,18 bilhão de dólares. Apesar de figurar na terceira posição da lista da Forbes, nos últimos anos a equipe deixou a desejar nos gramados. O Arsenal conta com 13 títulos na Liga dos Campeões (o último deles em 2004), na Premier League e 10 vitórias na FA Cup (pela última vez em 2005). Os fracos resultados, porém, foram insuficientes para atrapalhar a tradição do time e diminuir sua torcida de 27 milhões de torcedores no mundo todo. Além disso, o time conta com craques como o atacante Thierry Henry, um dos responsáveis pela vitória da seleção francesa contra o Brasil na Copa do Mundo de 2002.

Fundado em 1886 por trabalhadores da fábrica de armas Woolwich Arsenal Armament Factory, o clube hoje passa por mudanças em sua gestão. A empresária Indiana Lady Bracewell-Smith – quarta maior acionista do time – deseja encontrar um comprador para sua parcela de 15,9%. Um dos possíveis compradores é o milionário americano Stanley Kroenke, que já detém 29%. Kroenke também controla dois grandes times nos Estados Unidos -- o Colorado Avalanche e o Denver Nuggets. Os fãs do Arsenal são contra essa nova mudança de controle no time. Eles defendem um controle compartilhado.

 

Barcelona, catalão de nascimento, suíço de criação

Bons resultados em campo garantem bons rendimentos a um time, além da fama que ele tem. No caso do Barcelona, avaliado em 1 bilhão de dólares, não foi diferente. A equipe ganhou o campeonato espanhol, a Liga dos Campeões e o Mundial de Clubes da Fifa em 2009, e o campeonato espanhol deste ano. Como resultado de uma boa temporada, as receitas com transmissão de jogos do time atingiram 222 milhões de dólares, contra 59 milhões de dólares na temporada passada.

A equipe espanhola conta com craques como David Villa, o atacante da seleção espanhola e um dos principais responsáveis pela vitória histórica na Copa da África do Sul, o argentino Lionel Messi, o sueco Zlatan Ibrahimovic. A diversidade de craques – o que caracteriza os times europeus – também acontece no Barcelona, desde sua criação, em 1899. Na época, o ex-jogador suíço Hans Gamper fez um anúncio num jornal local buscando atletas que desejassem formar um time da cidade. O resto é história.

 

Bayern de Munique, de Franz à Franz

O mais famoso e bem-sucedido time alemão foi campeão nacional, venceu a Copa da Alemanha e vice-campeão da Champions League neste ano. Tanto sucesso fez o time ser cotado em 990 milhões de dólares.

A melhor fase do time, no entanto, aconteceu no final dos anos 60 e início dos anos 70, quando o time era liderado pelo “Kaiser” Franz Beckenbauer, ao lado do atacante Gerd Müller e do goleiro Sepp Maier. Nessa época, o time ganhou três Copas Europeias seguidas entre 1974 e 1976. O time foi fundado em 1900, por Franz John jogador, então jogador do MTV 1879, e mais e dez colegas que estavam cansados das condições nas que tinham que jogar.

 

Liverpool, o papa-troféus

Os números do Liverpool mostram como o time faz parte da história do futebol inglês. Avaliado em 822 milhões de dólares, o time foi 18 vezes vencedor da Liga dos Campeões, cinco vezes campeão europeu e três vezes vencedor da Copa da UEFA. Entre as décadas de 60 e 80, a equipe dominou os campeonatos ingleses e europeus, sob o comando do empresário Bill Shankley. Apesar de tantos bons resultados, o time vem amargando um período de seca. O Liverpool ganhou a última Liga dos Campeões em 2005 e perdeu a final do Mundial para o São Paulo. Não é campeão inglês desde 1990. Recentemente, o time confirmou o recebimento de diversas propostas de aquisição, entre elas do Royal Bank of Scotland, seu maior credor.

Na história do Liverpool, há dois episódios trágicos que marcaram sua trajetória vitoriosa. Em 29 de maio de 1985, em Bruxelas, na Bélgica, aconteceu a tragédia de Heysel, quando 39 pessoas foram mortas devido a acidentes causados por hooligans ingleses no estádio de Heysel. Quatro anos depois, no estádio Hillsborough, em Sheffield, quando Liverpool e Nottingham Forest jogavam, 96 pessoas morreram no que ficou conhecido como o Desastre de Hillsborough.

 

AC Milan, o time do primeiro-ministro

Desde 1986, a equipe italiana está sob os mandos e desmandos do primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi. Figurão da política sempre metido em escândalos, pelo menos o italiano injetou altas cifras no Milan desde que assumiu seu comando. A squadra italiana foi fundada, na verdade, pelo inglês Alfred Edwards como um time de críquete e futebol, em 1899. Hoje é um dos times mais ricos do futebol mundial, avaliado em 800 milhões de dólares. A equipe conta com os atacantes brasileiros Ronaldinho Gaúcho e Alexandre Pato.

Em 2006, o Milan e mais quatro times se envolveram no escândalo de manipulação de resultados do campeonato italiano. A polícia excluiu os dirigentes do Milan da lista de suspeitos, mas a associação italiana de futebol puniu o time com uma redução de 15 pontos no campeonato. O time recorreu e conseguiu reduzir a pena para 8 pontos, o que permitiu sua participação na temporada 2006-2007 da Liga dos Campeões, da qual saiu vencedor pela sétima vez.

 

Juventus, símbolo do futebol italiano driblou altos e baixos

Fundada por jovens estudantes da cidade de Turim, a Juventus se tornou a mais bem-sucedida equipe italiana. Com cerca de 170 milhões de torcedores no mundo – sendo a maior torcida da Itália – o time é avaliado em 656 milhões de dólares. Durante os anos 70 até meados da década de 80, a equipe foi campeã dos principais campeonatos internacionais. Depois de uma série de conquistas, houve a fase seca que durou até a temporada de 1994-1995, quando o time levou novamente os principais campeonatos da região.

Em 2006, foi campeã italiana e teve o título revogado por escândalos de manipulação de resultados e apostas. Resultado: caiu para a série B pela primeira vez em mais de 100 anos de história, e ainda perdeu o título das duas temporadas anteriores. Retornou, em 2007, à primeira divisão, mas desde então não apresenta resultados expressivos. A Juventus terminou em terceiro lugar na sua primeira temporada após voltar em 2007-2008, e se classificou para a terceira rodada de qualificação para a Liga dos Campeões na temporada de 2008-2009. O time investiu em novas contratações para correr atrás de bons resultados. Os italianos Fabio Canavaro e Fabio Grosso, e o brasileiro Felipe Melo reforçaram o time.

 

Chelsea, investimentos que vêm do petróleo

A equipe inglesa é outra que despertou interesses de mais um milionário. O magnata russo Roman Abramovich, da indústria petroleira, comprou o time em 2003 e, desde então, injetou bilhões de dólares na compra de caros jogadores. Tanto investimento no time fundado em 1905 parece ter dado certo. A equipe, avaliada em 646 milhões de dólares, foi campeã inglesa neste ano, desbancou o Manchester United depois de cinco títulos consecutivos de vitórias do adversário, levou a Copa da Inglaterra e foi finalista da Liga dos Campeões contra o Manchester em 2007. Entre seus os jogadores, está o atacante da Costa do Marfim Didier Drogba. O próximo que pode reforçar a equipe é o craque Neymar, do Santos.

 

Inter de Milão, cinco vezes no topo

A atual campeã italiana foi avaliada em 413 milhões de dólares. Há cinco anos consecutivos, o Inter de Milão é o vencedor do campeonato nacional. Em 2010, levou também a Copa da Itália e a Liga dos Campeões, e estará no Mundial da UEFA. Fundado em 1908, o Internazionale que dá nome ao time é fruto do desejo de seus fundadores de receber jogadores de outros países. O primeiro capitão do time, aliás, foi o suíço Hernst Manktl. Como todo time europeu, muitos outros craques de diversos países já vestiram sua camisa, como o ex-capitão da seleção brasileira Lúcio e o camaronês Samuel Eto’o.

Fonte: Portal Exame.

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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Finanças dos Clubes Brasileiros

Cerca de 11 mil atletas negociados nos últimos 15 anos.


O mercado de transferência de atletas para o exterior rendeu mais de R$ 2,6 bilhões só nos últimos sete anos, segundo estudo da Crowe Horwath. De acordo com dados da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), 11 mil atletas foram negociados nos últimos 15 anos. Mas alguns dados chamam a atenção.

Um deles é que R$ 1,4 bilhão veio de apenas oito clubes, 56% do total de negócios. Todos os outros clubes nacionais foram responsáveis por 44%. Outro detalhe que chama a atenção é que essa importante fonte está em fase descendente. Enquanto em 2007 respondeu por 37% da receita dos clubes, em 2009 os recursos com atletas chegam a apenas 19% do total levantado.

Dois motivos podem ter influenciado. Um deles é a crise econômica mundial, que fez os negócios com o futebol diminuírem significativamente, especialmente no mercado europeu. Outro é o maior interesse dos grandes times do mundo por jogadores de outros centros.

De acordo com Amir Somoggi, especialista em marketing e gestão no esporte, “esse mercado é suscetível a situações como essa, em que a crise econômica global criou um cenário diferente”. Outro detalhe que influencia diretamente é a cotação cambial. “Com a valorização do real, por exemplo, alguns jogadores que foram vendidos há alguns anos acabam tendo um valor de mercado maior do que alguns negociados recentemente, mas é apenas circunstancial”, explica.

Cadê os cariocas? A pesquisa realizada pela Crowe Horwath chama a atenção pela ausência dos grandes clubes do Rio na lista dos maiores exportadores de craques. Mas, segundo Somoggi, não há nenhum equívoco nisso. O melhor entre os quatro grandes do Rio é o Flamengo, que atingiu pouco mais de R$ 75 milhões com transferência de atletas no período. Esse número provavelmente não o colocaria nem entre os dez maiores. Vasco, Fluminense e Botafogo tiveram desempenho ainda pior.

Custo mais alto. Embora a receita com a transferência de atletas tenha caído nos três últimos anos, o custo dos clubes com o departamento de futebol cresceu R$ 321 milhões na mesma época. Por sorte, outras receitas também foram inseridas, como uma melhor utilização de seus estádios, venda de ingressos com pacotes como sócio-torcedor, licenciamento de produtos com a marca do clube, marketing na camisa, entre outras.

Obviamente, os que mais lucraram com negociações foram os que mais investiram. O líder nesse quesito, no entanto, não é o Inter. O clube gaúcho é o 2.º colocado (R$ 127,7 milhões), atrás do Corinthians (R$ 133,5 milhões), o que mais gastou. O São Paulo é o 3.º (R$ 113,9 milhões). /A.P.

Fonte: Aqui.

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segunda-feira, 9 de agosto de 2010

As Dívidas dos Clubes Brasileiros em 2009

Clubes do Rio foram os mais endividados em 2009.


A consultora Crowe Horwath RSC, através da sua secção de “Esporte Total” voltou a divulgar o seu estudo sobre o endividamento dos clubes brasileiros desta feita referente ao ano de 2009. Em 2009 os 26 clubes analisados pela consultora registaram um endividamento total na ordem dos R$ 3.1 biliões (1.389 milhões de Euros), o que significa um aumento de 11% em relação ao ano de 2008, em que os clubes apresentaram dívidas totais de R$2.8 biliões (1.255 milhões de Euros).

Para elaborar o estudo a Crowe Horwath RSC, analisou os dados financeiros e patrimoniais dos clubes brasileiros 2009, com excepção do Sport, Naútico, Bahia e Vitória, que não disponibilizaram os balanços com transferências dos seus jogadores, dessa forma foi considerado o endividamento destes clubes em 2008.


As dívidas dos Clube Brasileiros 2009

#ClubesReaisEuros#ClubeReaisEuros
1Fluminense-RJ329.278.000147.641.00014Vitória-BA*86.589.00038.824.000
2Vasco da Gama-RJ327.432.000146.814.00015Ponte Preta- SP82.981.00037.206.000
3Botafogo-RJ317.469.000142.346.00016São Paulo-SP66.298.00029.726.000
4Flamengo-RJ308.331.000138.249.00017Bahia-BA*54.669.00024.512.000
5Atlético-MG285.836.000128.162.00018Goiás-GO49.612.00022.245.000
6Santos-SP181.084.00081.194.00019Náutico*49.400.00022.149.000
7Internaconal-RS147.577.00066.170.00020Coritiba-PR49.146.00022.036.000
8Grêmio-RS137.318.00061.570.00021Paraná-PR29.004.00013.004.000
9Palmeiras-SP117.061.00052.487.00022Sport-PE*28.954.00012.982.000
10Portuguesa-SP116.907.00052.418.00023Figueirense-SC12.559.0005.631.000
11Guarani-SP116.356.00052.171.00024Juventude-RS12.433.0005.574.000
12Corinthians-SP99.821.00044.757.00025Atlético-PR1.322.000592.000
13Cruzeiro-MG97.746.00043.827.00026São Caetano-SP1.305.000585.000


Na formula para calcular o endividamento real de cada clubes foi considerado o Exigível Total (Passivo-Património Líquido) menos o Disponível Realizável (Activo Circulante+Activo Realizável a Longo Prazo). A função desta análise é compreender quanto representa a dívida dos clubes em relação às receitas que podem ser projectadas. Não tendo os recursos com atletas garantia de se realizar de forma antecipada. 

Fonte: Futebol Finance.

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