Informações sobre Contabilidade, Atuária, Economia e Finanças.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Conflitos Contadores x Empresários: Bons Profissionais, Contatos Ruins

Em artigo, Dora Ramos* fala sobre a relação entre a empresa e a prestadora de serviços


Trabalho há mais de 20 anos no ramo da contabilidade. Durante esse tempo já vi diversas situações envolvendo empresários, contadores e a conturbada relação que pode existir entre eles. Cheguei a uma conclusão esclarecedora quanto à principal origem dos conflitos e mal-entendidos entre os dois extremos dessa relação. Na maioria das vezes, vejo bons empresários, competentes e responsáveis na sua prestação de contas e contabilistas igualmente capacitados. Mas um problema sério pode surgir mesmo assim: funcionários sem capacitação ou treinamento para fazer a linha entre esses dois pontos.

Pessoas não familiarizadas com a área contábil podem se tornar um empecilho enorme. As informações essenciais para calcular o Imposto de Renda, por exemplo, podem não chegar completas ou a tempo. Prejudica-se o trabalho do contador, a prestações de contas da empresa e, conseqüentemente a própria companhia. Sem números bem calculados, o empresário corre o risco de receber multas desnecessárias ou até, em um caso extremo, de falir.

O curso de Ciências Contábeis dura, em média, quatro anos. Não podemos esperar que todo contato dentro da empresa seja um contador formado, mas o mínimo esperado é que ele tenha participado de cursos, treinamentos e palestras. Ainda que não tenha tido esse contato formal com os números, faz-se necessário um mínimo interesse de quem pretende trabalhar nessa área.

Matemática, Estatística e Direito são algumas das matérias estudadas pelos contabilistas na graduação, que esperam ser entendidos por seus interlocutores completamente ao se referirem a elas. Não podemos culpar o contador por um trabalho incompreendido, ainda que bem feito, pois a responsabilidade de um processo bem sucedido não é só dele.

Como resolver esse problema que, com o tempo, pode ficar cada vez mais sério e resultar em prejuízos enormes para a empresa? Invista na ponte que une contadores e funcionários. Pense que essa pessoa não é apenas um transmissor de informações, mas, também um processador dos dados. Um contato bem treinado, com experiência e conhecimento básicos em contabilidade, pode ser uma mão na roda para o gestor.

* Dora Ramos atua no mercado contábil-administrativo há mais de vinte anos. É fundadora e diretora responsável pela Fharos Assessoria Empresarial.

Fonte: FinancialWeb.

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sexta-feira, 28 de agosto de 2009

TAM: Exemplo de Limitação da Convergência Contábil

Mesmo após a mudança na lei e os pronunciamentos do CPC, padrão brasileiro gera valores bem diferentes dos obtidos com o IFRS

A TAM, companhia com ações listadas na Bolsa de Nova York, resolveu simplificar a vida de seus contadores. Este ano, pela primeira vez, aboliu o US Gaap, padrão contábil norte-americano. Seu formulário 20F foi arquivado na Securities and Exchange Commission (SEC) de acordo com o padrão internacional, ditado pelo International Financial Reporting Standards (IFRS), conforme permitido pela agência norte-americana desde 2007. Ao tomar essa iniciativa, a TAM foi uma das primeiras companhias brasileiras a apresentar o mesmo tipo de balanço (a versão consolidada) em IFRS e no novo BR Gaap — o modelo contábil brasileiro criado após a Lei 11.638/07 e as regras do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). O objetivo da nova lei e do trabalho do CPC é deixar a contabilidade brasileira muito próxima, senão igual, ao padrão internacional. Pois qual não foi a surpresa perceber que esse objetivo não foi alcançado até agora, após 14 pronunciamentos do CPC já implementados. Basta dar uma espiada nos números da TAM: pelo IFRS, a companhia registrou ativos totais de R$ 14,5 bilhões. No novo BR Gaap, essa mesma conta somou R$ 13,2 bilhões.

Fonte: Revista Capital Aberto.

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quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Contabilidade Ganha Novo Status nas Empresas

Contador agora atua na linha de frente e ajuda na tomada de decisões


A demanda por auditores e contadores vem crescendo nos últimos tempos. Na consultoria de recrutamento Robert Half, a procura cresceu 30% no primeiro semestre na comparação com o mesmo período de 2008. "A procura está forte não apenas por contadores, mas por pessoas com conhecimento na área para ocupar outras posições", diz Sócrates Melo, especialista em recrutamento para Finanças e Contabilidade da Robert Half. Ele diz que o mercado procura um perfil mais comunicativo para esse profissional. "Hoje, o profissional está na linha de frente e ajuda na tomada de decisões das empresas."

Antes ligado basicamente à rotina do escritório, o profissional de contabilidade ocupa hoje posições mais estratégicas nas empresas. O novo perfil da profissão acompanhou as mudanças importantes na contabilidade, que começaram a partir de 2007 mas se tornaram efetivas este ano, como a informatização das informações e a adoção das normas internacionais de contabilidade.

Na visão de Aline Freitas, consultora sênior da Michael Page, o principal motivo da procura por esses profissionais atualmente se deve à implementação do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) e da Nota Fiscal Eletrônica. "Na maioria das vezes, quem implementa isso são os profissionais da contabilidade, que também precisam conhecer a tecnologia e ter uma visão de negócio", diz.

Além desse perfil mais dinâmico, o mercado busca um profissional atualizado. Além do SPED, outra mudança importante para os contadores e auditores foi a lei 11.638, de dezembro de 2007, que obriga as empresas de capital aberto e de grande porte a publicar seus balanços de acordo com as normas contábeis internacionais. "Hoje, o profissional que conhece as novas normas é muito desejado" diz Níveson da Costa Garcia, membro do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo (CRC SP) e empresário da contabilidade. A dificuldade, segundo Garcia, está na formação desses profissionais. "As instituições de ensino não deixam o aluno preparado e cabe à empresa gastar muitas horas e muitos reais para deixá-lo pronto."

Como reflexo dessa carência, o salário de um contador com um ano experiência e conhecimento desejado pelo mercado subiu de R$ 2 mil para R$ 3 mil em dois anos, de acordo com a Robert Half. A remuneração dos executivos em cargos mais altos acompanhou esse crescimento, afirma Melo.

A demanda por profissionais para projetos temporários de implantação do SPED nas empresas, por exemplo, também cresceu. "Hoje cerca de 20% das nossas oportunidades temporárias são para projetos desse tipo", diz Aline, da Michael Page. O salário para um profissional experiente nessas atividades vai de R$ 6 mil a R$ 10 mil.

Para se adaptar às mudanças, os profissionais passaram por uma alta carga de treinamentos. A supervisora da auditoria KPMG, Ana Karina Beckman, de 30 anos, diz que o aprendizado é contínuo e ocorre tanto nos seminários promovidos pela empresa quanto fora do expediente. "Uso meu horário de trajeto de casa para o trabalho para estudar", afirma.

Ana foi contratada pela KPMG em fevereiro, vinda de uma empresa do setor químico. Em outubro, será promovida ao cargo de gerente. "Desde que me formei o mercado sempre foi crescente."

Segundo ela, a profissão mudou bastante desde que concluiu o curso de Ciências Contábeis, em 2001. "Quando entrei na faculdade, todo mundo chamava os contadores de guarda-livros", brinca. Hoje, ela diz que o aquecimento do mercado tem atraído novos estudantes para a área. "Um exemplo disso é meu irmão, que depois de fazer um ano de informática decidiu seguir os meus passos e hoje cursa Ciências Contábeis."

Fonte: CFC.

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quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Clubes de Futebol Elevam Receitas Mesmo Faturando Menos com Transferências de Atletas

Corinthians consegue o maior superávit de 2008, enquanto 15 dos 21 times analisados fecham o ano no vermelho


O número de transferências para o exterior no ano passado foi recorde, com 1.176 atletas deixando o país. Mas isso não significou cofres mais cheios para os clubes. O faturamento com venda de jogadores caiu 13% de 2007 para 2008, passando de R$ 454 milhões para R$ 397 milhões.

Mesmo com a diminuição da principal fonte de recursos, os clubes brasileiros conseguiram faturar mais. De R$ 1,336 bilhão, a receita passou a R$ 1,418 bilhão em 2008. Os dados foram fornecidos pela Casual Auditores Independentes, que analisou 21 clubes.

A explicação é o crescimento das outras principais fontes. A maior contribuição veio das bilheterias, que tiveram um aumento de 46% em um ano (de R$ 107 milhões para R$ 156 milhões). Os clubes com maior evolução nesse quesito foram Palmeiras, Corinthians, Flanmengo, Cruzeiro e Fluminense. As cotas de televisão também tiveram crescimento (de R$ 294 milhões para R$ 340 milhões) e encostaram na primeira colocação das fontes de recursos. No ano passado, a TV representou 24% do total, contra 28% das vendas de jogadores. Em 2007, as porcentagens foram 22% e 34% respectivamente.

O aumento da receita, no entanto, não livrou a maioria dos clubes de terminarem o ano no vermelho. Foi o caso de 15 dos 21 clubes analisados. O Corinthians foi o que conseguiu o maior superávit: R$ 10,8 milhões. Baruari, São Paulo, Figueirense, Coritiba e Portuguesa foram os outros cinco que conseguiram faturar mais do que gastar. O Vasco, que teve o maior déficit em 2008, apresentou um balanço surpreendente em maio.

Em maio, a Casual Auditores já havia divulgado o ranking com as maiores receitas de 2008: deu São Pauo em primeiro lugar, pelo terceiro ano consecutivo.

A Casual Auditores também fez uma análise à parte do departamento de futebol de cada clube. No gráfico abaixo, está o investimento que cada um fez em 2008, comparado com a colocação no último Campeonato Brasileiro (Série A ou B). A primeira conclusão é óbvia: quem investe mais tem resultados melhores.

Ainda assim, Grêmio e Cruzeiro renderam bem mais do que concorrentes mais endinheirados - casos de Flamengo, Palmeiras e Inter. No outro extremo, a maior decepção foi o Santos. Com um investimento no futebol próximo ao dos tricolores gaúchos, o clube brigou contra a degola. O Vasco foi rebaixado mesmo com mais recursos do que Botafogo, Coritiba, Vitória e Atlético-MG, que tiveram melhor sorte no último campeonato nacional, mantendo-se na elite.

Fonte: Globo Esporte.com.

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terça-feira, 25 de agosto de 2009

Itaú-Unibanco e Porto Seguro Vão Unificar Seguros


Itaú Unibanco Holding e Porto Seguro celebraram associação para unificar suas operações de seguros residenciais e de automóveis, bem como acordo operacional para oferta e distribuição, em caráter exclusivo, de produtos securitários residenciais e de automóveis para os clientes da rede Itaú Unibanco no Brasil e no Uruguai. Em nota ao mercado, os envolvidos dizem que a associação será implementada por meio de uma reorganização societária. O Itaú Unibanco realizará a transferência da totalidade de ativos e passivos relacionados à sua atual carteira de seguros residenciais e de automóveis para companhia que será denominada Itaú Unibanco Seguros de Automóvel e Residência. Essa companhia, com patrimônio líquido de R$ 950 milhões, será transferida para a Porto Seguro.

A Porto Seguro, em contrapartida, emitirá ações que representarão 30% de seu novo capital social, as quais serão entregues ao Itaú Unibanco. Os controladores da Porto Seguro e do Itaú Unibanco constituirão nova sociedade que será denominada Porto Seguro Itaú Unibanco Participações (PsiuPar), para a qual aportarão a totalidade de suas ações de emissão da Porto Seguro. Os atuais controladores da Porto Seguro controlarão a PsiuPar com 57% do capital (Itaú Unibanco terá 43%) que, por sua vez, será a controladora direta da Porto Seguro, com 70% do capital (o mercado terá 30%).

Ao Itaú Unibanco será assegurada a indicação de dois dos cinco membros no Conselho de Administração da PsiuPar. Adicionalmente, o Itaú Unibanco indicará dois dos sete membros do Conselho de Administração da Porto Seguro. A Itaú Unibanco Seguros de Automóvel e Residência S.A. passará a ser gerida pela Porto Seguro, que assim contará com as marcas Porto Seguro, Itaú Unibanco e Azul, que serão oferecidas em todos os canais de venda, por meio de diferentes produtos e serviços.

Os executivos e colaboradores do Itaú Unibanco que atuam na área de seguros de automóvel e residência serão alocados na Itaú Unibanco Seguros de Automóvel e Residência. A Porto Seguro continuará listada no Novo Mercado da BM&FBovespa. A conclusão da associação entre Itaú Unibanco e Porto Seguro depende de aprovação dos acionistas, da Superintendência de Seguros Privados (Susep) e do Sistema Brasileiro de Defesa de Concorrência (SBDC).

Na nota, Itaú e Porto Seguro trazem uma tabela indicando que a operação combinada tinha patrimônio líquido de R$ 3,050 bilhões em 30 de junho. Os prêmios acumulados auferidos automóveis eram de R$ 2,319 bilhões, os prêmios residenciais eram de R$ 198 milhões. O número de automóveis segurados era de 3,4 milhões e de residências, 1,235 milhão.

Fonte: Portal Exame.

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segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Novos Desafios aos Profissionais Contábeis


O profissional do ramo contábil sabe que a constante atualização de seus conhecimentos é uma necessidade e uma exigência imposta por esta área de atuação. O grande desafio que surge é que, além de terem de cumprir à risca essa tradicional exigência, contabilistas, auditores, analistas ou peritos precisam encarar o processo de convergência do padrão brasileiro às normas internacionais de contabilidade (IFRS - International Financial Reporting Standards), instituído a partir da Lei 11.638/2007.

O padrão internacional de contabilidade exige que os profissionais tenham uma compreensão ampliada das áreas econômica e financeira desenvolvendo percepções que minimizem os efeitos subjetivos sobre as avaliações e movimentações financeiras das corporações. Entre as novidades trazidas pelas normas em IFRS, vale destacar mecanismos como o ajuste a valor presente nos realizáveis e exigíveis, o impairment (ou redução ao valor recuperável de ativos) e a forma de contabilização dos instrumentos financeiros, em meio a outras alterações.

Desta forma, as Ciências Contábeis passam a exigir dos profissionais uma gama de conhecimentos multidisciplinares e uma capacidade de abstração em relação a novos mecanismos que anteriormente não constavam dos programas de formação da área. Também os professores e coordenadores de cursos da área estão obrigados a se atualizar e a renovar com urgência as grades curriculares dos cursos da área contábil de suas instituições de ensino.

Não é demais lembrar que os desafios da sustentabilidade - seja ela relacionada à gestão empresarial, ou ao relacionamento com a sociedade e o meio ambiente - também figuram na nova pauta do mundo contábil.

É importante destacar que, independente de a Lei 11.638 alcançar neste primeiro momento apenas as empresas de capital aberto, instituições financeiras, companhias seguradoras e empresas de capital fechado com faturamento acima de R$ 300 milhões ou com mais de R$ 240 milhões de patrimônio, a contabilidade no Brasil vem sendo constantemente alterada pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC). São seus pronunciamentos que de fato atingem de forma direta todas as empresas, uma vez que as práticas contábeis adotadas no País já não são mais as mesmas, e suas alterações podem ou não ter fortes impactos fiscais.

Esse é um ponto essencial e que se não for analisando neste momento não será possível mudar no futuro. Podemos entender melhor essa urgência se nos atentarmos ao Regime Tributário de Transição (RTT), que estabelece que, se feita a opção por este regime, a empresa não sofrerá os impactos decorrentes das alterações contábeis. Entretanto, essa opção deverá ser efetuada na Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ) e é de caráter irrevogável, ou seja, o profissional que não estiver atualizado não será capaz de proporcionar aos seus clientes ou empresa condições para a correta tomada de decisão.

Os profissionais da área contábil enfrentam, portanto, uma fase de transição que está mexendo não só com o modo como são formados, mas também com seus processos de atualização e capacitação, além da exigência de que assumam uma nova postura de atuação. Esses fatores exigirão adequação e reforço dos processos que permitem a adequação desses gestores, envolvendo esforços dedicados de instituições de ensino, instâncias governamentais, corporações, entidades de representação profissional e empresarial e dos próprios profissionais. Não reconhecer ou deixar de se enquadrar nessas novas realidades equivalerá a uma sentença de morte profissional.

Enfim, vivemos um dos melhores momentos da contabilidade no Brasil e no mundo para os profissionais que estiverem atualizados. Por outro lado, aqueles que acreditam ainda não precisarem de atualização, pois a nova lei não os afeta neste momento imediato, infelizmente estarão fora do mercado antes mesmo de perceberem o que acontece e possam tomar atitudes. O momento é este: ou o profissional se atualiza, ou vai virar um ex-contador.

Autoria: Marcelo Gonçalves - sócio-diretor da BDO Trevisa.

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sexta-feira, 21 de agosto de 2009

O Advento da Lei 11.638/07 e da Contabilidade Internacional no Brasil Expande Oportunidades aos Profissionais e Estudantes

Sai na frente quem é especialista em elaborar balanços no novo padrão


Lilian Primi
A carreira de contabilidade passa por uma grande transformação, com a publicação da Lei 11.638/07, que ira adequar as praticas contábeis brasileiras as internacionais. “É um marco na carreira”, diz a especialista em Auditoria e Contabilidade Internacional, Carla Bellangero. “Hoje o contador não é só aquele funcionário que anota mecanicamente os registros da empresa. Isso o computador faz. Ele deve ajudar o empresário na tomada de decisão”, completa o presidente do Conselho Regional de Contabilidade de São Paulo (CRC-SP), Sergio Prado de Mello

Demanda Especifica
A adequação proposta pela lei e uma forma de facilitar os investimentos estrangeiros no País, que crescem nos últimos anos. E cria uma demanda especifica em um mercado de trabalho já bastante aquecido. “A procura por profissional treinado nas praticas internacionais é muito grande. Dificilmente uma pessoa com esse perfil ficará desempregada”, avisa Mello.

O CRC-SP vai promover uma atualizado sobre o assunto durante a 21a. convenção dos contabilistas do Estado de São Paulo, de 19 a 21 de agosto, no Anhembi. “esperamos reunir 2.500 contabilistas para discutir principalmente Contabilidade Publica; Internacional; Ambiental e a voltada ao Terceiro Setor. Todas com amplo campo e grande oferta de vagas” diz Mello.

Para ser contador, a pessoa pode fazer um curso técnica ou superior em ciências contábeis. “As boas perspectivas do mercado fizeram o curso superior ser um dos mais procurados”, diz Mello. O salário inicial de um profissional de nível técnico é de R$1.200 e para nível superior, R$2.500. “O técnico em contabilidade pode perfeitamente alcançar postos elevados na carreira. Ele só não pode fazer auditorias, pericias ou revisões”, explica o presidente do CRC.

A maior parte dos mais de 400 mil contabilistas brasileiros esta empregada nos escritórios de contabilidade, que somam hoje 69.779 organizações ativas. A indústria também é grande empregador. Segundo Mello, a área contábil é uma das que mais abrem vagas no mercado de trabalho. “Os empresários precisam de profissionais que possam fornecer elementos e relatórios que os ajudem a atravessar os momentos de turbulência e a criar melhores alternativas para a organização”.

Pesquisa
A pesquisa mensal da empresa Ricardo Xavier Recursos Humanos aponta que as carreiras relacionadas à administração e finanças seguem em alta há 18 meses. Os contabilistas aparecem com a terceira profissão mais procurada, perdendo apenas para engenheiros e administradores. Na Catho Online são oferecidas 4797 vagas de estagio de nível superior e 74 colocações para trainess.

A demanda provocada pela Lei 11638 antecipou ainda o inicio das “big four”, campanha de seleção de trainees. O objetivo é prepará-los para o numero crescente de projetos e para a Contabilidade Internacional. Mello destaca que o profissional contábil pode escolher entre mais de 30 especializações.

Atualmente, o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) mantém 4.244 estudantes de nível superior em programas de estagio nesse segmento e 266 alunos de nível técnico, em todo o Brasil. No momento, estão abertas 243 vagas (nível superior) no Pais, 53 delas na cidade de São Paulo. E 15 vagas para Técnicos em Contabilidade, três na capital paulista.

Fonte: Estado de São Paulo, 16 de Agosto de 2009.

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Copa do Mundo de 2014: Futebol, Dinheiro Público e Isenção Tributária


A demora do governo federal em promulgar decreto-lei que isente as cidades-sedes da Copa de 2014 do pagamento de impostos na compra de materiais de construção pode comprometer a reforma do Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre. O Internacional ameaça não seguir os prazos da Fifa, sob o risco, admitido, de perder o direito de sediar jogos do Mundial. A revelação, de Emídio Ferreira, vice de patrimônio do clube gaúcho, foi feita no II Seminário de Cidades-Sedes da Copa, que termina hoje no Rio.

— Se não houver isenção de impostos de importação, IPI, PIS e Cofins, o Inter deixa de se preocupar com a Copa — avisou Emídio. — Recebemos três vistorias da Fifa e estamos fazendo as adequações pedidas, mas não vimos movimento do governo federal para cumprir o que foi prometido no lançamento do PAC da Copa de 2014.

Segundo Emídio, nas legislações municipais e estadual do Rio Grande do Sul, já constam decretos prevendo a isenção. Falta o governo federal fazer o mesmo para facilitar a modernização do Beira-Rio, que passará de 58 mil para 62 mil espectadores — podendo receber uma semifinal — e instalação de uma cobertura, não exigida pela Fifa, mas reivindicada pelos 102 mil sócios do Inter. Os custos estão entre R$130 milhões e R$150 milhões.

Enquanto algumas cidades trabalham para reduzir custos e viabilizar financeiramente seus projetos, Brasília joga pesado para assegurar a abertura da Copa e superar as concorrentes São Paulo e Belo Horizonte. O Mané Garrincha, que terá 80% de sua estrutura reconstruída, é o estádio mais caro, estimado em R$700 milhões.

— A princípio é investimento público, mas não quer dizer que, após a Copa, não surja um investidor interessado em assumir a gestão — disse o arquiteto Eduardo Castro Melo, responsável pelo projeto do Mané Garrincha.

Os preparativos das cidades na parte de infraestrutura urbana preocupam os prefeitos, porque até agora o governo federal não divulgou quanto terá de recursos disponíveis para projetos de transportes dentro do Pac da Mobilidade Urbana. O tema foi debatido ontem em reunião da Frente Nacional de Prefeitos no Rio com representantes das cidades-sedes da Copa. No Rio, o prefeito Eduardo Paes reivindica cerca de R$700 milhões para o Corredor T-5 (sistema de ônibus-articulados ligando a Barra da Tijuca à Penha).

Fonte: O Globo, 21/08/2009.

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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

4 Dificuldades de Adequação ao IFRS

Legislação, idioma, educação e mundo jurídico foram os pontos ressaltados pelo professor Nelson Carvalho


A adaptação do Brasil às normas contábeis internacionais do IFRS pode demandar um esforço maior frente aos demais países, embora ele esteja equiparado ao restante do mundo no processo de convergência. Em entrevista ao FinancialWeb durante o seminário "Evolução das Demonstrações Contábeis no Brasil", realizado na semana passada, o professor da Fipecafi Nelson Carvalho informou que, dentro de uma amostra de 170 países, o Brasil se coloca entre os 140 que estão substancialmente em processo de adequação.

Ele aponta, ainda, que cerca de 30 estão relutantes por conta da menor dependência de recursos externos e optaram por não autorizar convergências domésticas neste momento para aguardar a maturação do projeto globalmente. O docente ressaltou as quatro maiores dificuldades que devem ser sentidas nacionalmente, assim como em outras regiões com cultura contábil semelhante.

Confira a seguir cada uma delas:

  • Legislação: para Carvalho, o País não está no mesmo patamar que o restante no que cabe às práticas de negócios, usos e costumes. Ele explica que, por aqui, “a adoção das normas do IFRS requer reformulação radical das normas emitidas e das leis vigentes”;
  • Idioma: essa é uma dificuldade comum a todos os países que não têm a língua inglesa como a natal, já que as normas do IFRS são emitidas em Londres, no Reino Unido. Desta forma, há locais em vantagem no processo de convergência porque vão ler as normas tais como foram redigidas. “Países como Rússia, Japão, Argentina e Brasil dependem de uma tradução e ela não é simples, pois requer profundo conhecimento de finanças pelo tradutor. Essa é uma dificuldade que nós temos, mas nem todos os países têm”, afirma;
  • Educação: os profissionais já atuantes no mercado deverão passar por um reciclagem de todo o processo aprendido e os estudantes e futuros ofissionais precisão de cursos com currículo educacional completamente reformulado. Para Carvalho “a educação contábil, da ótica tributária para a ótica de mercado de capitais e de crédito (contabilidade financeira) deve ser apartada da contabilidade tributária”;
  • Jurídico: na esfera jurídica, as normas contábeis internacionais tomam por base o ambiente filosófico do common law, que refere-se ao método para a tomada de uma decisão, a qual depende dos casos anteriores e afeta o direito a ser aplicado a casos futuros. Neste sistema, segundo afirma o professor, “existe muito mais espaço para interpretação das normas pelos tribunais do que no modelo filosófico nacional (codificado ou civil). O convívio do direito codificado demanda que tudo ou quase tudo deve estar contemplado na norma legal”
Fonte: FinancialWeb.


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quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Decisão Sobre "Manobra Contábil" da Petrobras Valerá para Todos


A decisão que a cúpula da Receita Federal tomará sobre as regras para mudança de regime de cálculo do imposto sobre ganhos cambiais - isto é, se é legal ou não a manobra contábil adotada pela Petrobras - valerá para todas as empresas e poderá ter efeitos retroativos. Efetivado no lugar de Lina Vieira, o secretário da Receita, Otacílio Cartaxo, disse que a arrecadação continuará caindo em relação a 2008. "Estamos comparando um ano de "boi gordo" com um ano de "vaca magra"."

Em entrevista exclusiva à Folha, a primeira desde que assumiu o cargo, Cartaxo afirmou que, se a manobra da estatal for avalizada pelo fisco - o que é a tendência-, outras empresas poderão requerer a aplicação da regra retroativamente. Se a decisão da Petrobras for condenada, a empresa poderá ser obrigada a recolher os R$ 4 bilhões que deixou de repassar ao fisco com a manobra contábil.

Sobre sua chefe de gabinete, Iraneth Weiler, que endossa o depoimento de Lina sobre o encontro reservado com a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), Cartaxo evita comentários. Questionado se manterá a servidora no cargo, responde: "Não faça essa pergunta difícil."

Lina Vieira afirmou à Folha que esteve a sós com Dilma e a ministra lhe pediu para apressar uma investigação do fisco sobre a família Sarney. Dilma nega o encontro. Sobre isso, Cartaxo diz que a ex-secretária nunca comentou o assunto.

FOLHA - O senhor contou com o apoio dos superintendentes para sua efetivação? OTACÍLIO CARTAXO - Na Receita, eu trabalhei em tudo. Toda a escadinha da Receita eu subi degrau por degrau. Eles conhecem meu caráter, meu comportamento. Por isso me apoiam.

FOLHA - O sr. chegou a ser investigado pela corregedoria por ter patrimônio incompatível com a renda?
CARTAXO - A corregedoria escolhe uma série de dirigentes e faz uma auditoria. No órgão central, foram todos os que ocupam cargo de direção. Todos foram auditados. No meu caso, o processo foi arquivado porque não foi constatado nenhum indício de aumento patrimonial descoberto ou gastos incompatíveis com o salário. Li nos jornais que o Ministério Público quer mandar desarquivar, mas foi um lote de 680 auditorias patrimoniais, principalmente de gente ligada ao órgão.

FOLHA - O sr. vai se reunir agora com os superintendentes?
CARTAXO - Por telefone já conversei com todo mundo. Nós agora vamos fazer uma avaliação mais detalhada e específica e dar uma acelerada nos processos de trabalho. Eu pretendo é dar um ritmo mais forte.

FOLHA - O sr. se refere às críticas que o ministro Guido Mantega [Fazenda] fez à ex-secretária Lina Vieira, que não teria dado celeridade ao plano de trabalho definido por ele?
CARTAXO - Na parte de fiscalização, precisamos correr mais, fazer uma supervisão mais forte. A Receita sempre acompanhou as grandes empresas. Todos os anos é publicada uma portaria com os critérios para seleção da grandes empresas. Neste ano, foram 10.501 empresas. Ou seja, é jogo aberto, não tem esse negócio de subterfúgio, investigação sigilosa.

FOLHA - Essa ênfase na fiscalização tem o objetivo de inverter a queda na arrecadação?
CARTAXO - Todas as administrações tributárias modernas fazem o acompanhamento dos grandes contribuintes, que são responsáveis por 80% da nossa arrecadação. Eles são fundamentais para manter arrecadação sob controle. A arrecadação está muito vinculada ao desempenho da economia. Mantê-la alta com a economia afetada pela crise é algo que não cabe dentro da lógica econômica. A grande massa da nossa arrecadação é espontânea, em torno de 95%. Essa matéria contenciosa é apenas 5%.

FOLHA - Nos próximos meses a arrecadação continuará em queda?
CARTAXO - É. Porque o que se está comparando é o ano de 2008, que foi quando a Receita bateu todos os recordes históricos. Era um momento em que a economia estava "bombando". No fundo estamos comparando um ano de boi gordo com um ano de vaca magra. Mesmo assim, a arrecadação não voltou aos níveis de 2007. Não se sustentou com os níveis de 2008, em razão da crise, mas não regrediu a 2007. Permanece entre 2007 e 2008. Acho que se sustentou até de forma razoável. Não foi um baque de dimensões tão grandes. Essa queda de arrecadação é em razão da crise e também da política anticíclica que o governo adotou, que está dando certo. Foi uma política benfazeja, embora a Receita tivesse que abrir mão de alguns bilhões.

FOLHA - E o caso Petrobras? Sua explicação na CPI foi suficiente para esclarecer o assunto? Houve pressão?
CARTAXO - Na CPI, fiz uma exposição didática de como a Receita acompanha os grande contribuintes, as normas gerais de compensação e o regime de apuração das variações cambiais. Na própria Receita há soluções de consulta sobre isso, inclusive no Rio de Janeiro [sede da Petrobras], em que foi concluída a consulta e o órgão admitiu que a empresa pode fazer a opção a qualquer mês do ano, fazendo os ajustes necessários para trás. Existe decisão das delegacias também nesse sentido e no contrário. O assunto está sendo avocado para o órgão central e nós vamos dirimi-lo.

FOLHA - Ou seja, a Receita pode entender que a opção a qualquer momento não é possível, e o caso da Petrobras pode ser revisto e a empresa terá de recolher o imposto?
CARTAXO - Essa decisão do órgão central valerá "erga ominis", valerá contra todos. Daí vinculará todos os contribuintes e toda a administração tributária.

FOLHA - Só a partir daquele momento ou retroativamente?
CARTAXO - Em determinadas matérias, a regra geral é a partir daquele momento. Mas tem outras em que comporta excepcionalidade. Os efeitos são para frente e para trás. Isso quem decidirá será a instância técnica, a coordenação de tributação. Eles vão eliminar o conflito de interpretação.

FOLHA - A Receita tem uma estimativa de quanto seria cobrado dos exportadores na questão do crédito-prêmio do IPI?
CARTAXO - Estamos fazendo uma reestimativa, agora que o Supremo Tribunal Federal decidiu que seria até 1990. Estávamos trabalhando com a hipótese da extinção em 1983. Saindo o acórdão do STF, vamos fazer a leitura técnica para ter um número mais seguro e tomar as providências necessárias.

FOLHA - A ex-secretária Lina conversou com o sr. sobre o encontro reservado que diz ter tido com Dilma?
CARTAXO - A secretária nunca comentou o assunto comigo.

FOLHA - E a Iraneth Weiler, que trabalhava com a secretária...
CARTAXO - ... ela continua, é chefe de gabinete.

FOLHA - Será mantida?
CARTAXO - Não faça essa pergunta difícil [risos]. Pelo amor de Deus. Você quer me criar uma dificuldade. Vai ter o depoimento na CPI, ninguém sabe quais as repercussões, se esse caso vai se encerrar. É melhor eu cuidar do meu trabalho. O pessoal da Receita veio me parabenizar nesta semana e eu disse: "Olha, aqui tem duas coisas que a gente precisa: muito trabalho e muita reza".

Fonte: Folha de São Paulo.


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terça-feira, 18 de agosto de 2009

Contabilidade de 85% das Empresas é “Capenga”


A contabilidade da grande maioria das empresas de capital fechado, especificamente 85% delas, é considerada “capenga”. A informação é de pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi), como forma de desenvolver o prêmio Troféu Transparência, produzido em parceria com a Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac) e Serasa Experian.

Para a elaboração da premiação 2009, foram analisadas 472 companhias fechadas. Deste total, apenas 77, ou cerca de 15% delas, tiveram condições de passar pelo primeiro filtro da análise.

“Essas empresas sofrem com preços maiores em compras e menores prazos de seus fornecedores”, entendeu o coordenador da pesquisa e professor da Fipecafi, Ariovaldo dos Santos.

Apenas cinco empresas saíram vencedoras no levantamento, todas sociedades anônimas: Alumínio Brasileiro (Albras), Alumina do Norte do Brasil (Alunorte), Centrais Elétricas (Eletrosul), Liquigás Distribuidora e Furnas Centrais Elétricas.

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Nota Fiscal Eletrônica: Como Nunca, a Tecnologia a Serviço do Fisco


O que parece “loucura” é realidade! Pois como diria o Excelentíssimo Presidente da República, “nunca antes na história deste País” se investiu tanto em tecnologia para o fisco controlar as operações das empresas e, assim, possibilitar ainda mais o aumento da arrecadação tributária. E com isso, surgiu a NOTA FISCAL ELETRÔNICA (NF-e), uma ferramenta implacável, mas não por isso inadmirável.

Conceitualmente, a NF-e, que substitui o que chamamos (ou chamávamos) de nota fiscal “grande” (modelo 1 ou 1-A), é um arquivo digital que a empresa deve gerar em seu sistema, para cada operação que realizar, e, antes de dar a saída da mercadoria, transmitir para a Secretaria de Estado da Fazenda, através dos chamados “web services”, para que ele seja validado e autorizado. Então, somente após a “autorização de uso” é que a empresa poderá imprimir o chamado DANFE (Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica), o qual descreve a maior parte das informações que compõem o arquivo digital e, tirando algumas características bem específicas (código de barras, número da chave de acesso – para consulta na internet – e a distribuição de algumas informações), é muito parecido com a nota fiscal modelo 1 ou 1-A, com um detalhe: geralmente impresso em papel branco, tamanho A4, em uma única via.

Esse novo modelo de documento fiscal – oficialmente, modelo 55 – vem se tornando, desde o mês de abril de 2008, um separador entre as empresas sérias - que sempre se preocuparam com suas obrigações para com o fisco e constantemente investiam e investem em tecnologia - e aquelas que procuravam alternativas para, digamos assim, economizar em tributos ilegalmente, ou, trocando em miúdos, sonegar.

A NF-e permitirá ao fisco, em tempo real, acompanhar as operações realizadas pelas empresas e, assim, detectar falhas e a realização de operações sem amparo legal, de modo que, para as empresas, é essencial uma detalhada parametrização de dados (cadastros de clientes, cadastros de fornecedores, cadastros de produtos, códigos fiscais de operações, códigos de situação tributária - não só para ICMS, mas também para PIS, Cofins e IPI, definidos através da IN/RFB nº. 932/09 - cadastros das operações que realiza, textos legais, etc.).

É verdade que, para a validação do arquivo, são verificadas (em segundos) algumas informações específicas, como dados cadastrais do destinatário, leiaute do arquivo e certificação digital. Porém, posteriormente o fisco poderá rastrear, separar e analisar essas informações e, com isso, ter condições, alguns dias após sua emissão, de notificar e autuar as empresas emitentes, por irregularidades.

Portanto, é importantíssimo buscar um excelente software, requerendo, mais do que preço, qualidade (ainda mais se falando de informação), tendo em mente aquela máxima: o barato sai caro.

Fonte: FiscoWeb.

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segunda-feira, 17 de agosto de 2009

BB Desbanca Itaú Unibanco e Volta a Ser Maior do País

Apesar disso, em termos de maior lucro líquido, instituição privada continua acima do banco estatal

O Banco do Brasil desbancou o Itau Unibanco e voltou a ser o maior banco do País em valor de ativos. Conforme estudo divulgado nesta quinta-feira (13) pela consultoria Economática, a instituição estatal acumulou US$ 306,8 bilhões em junho deste ano, contra US$ 305,6 bilhões do banco privado.

Com o volume, as empresas se configuram, respectivamente, no sétimo e oitavo lugares de maiores bancos da América Latina e Estados Unidos.

O topo da lista pertence ao Bank of America (US$ 2,25 trilhões), seguido pelo JP Morgan (US$ 2,026 trilhões). O Bradesco aparece na 11ª posição (US$ 247,2 bilhões), enquanto o Santander ocupa a 15ª (US$ 166 bilhões).

Em termos de lucro líquido no acumulado do primeiro semestre do ano, o Itaú Unibanco é brasileiro que apresenta valores mais robustos: US$ 2,35 bilhões, na sexta posição da lista. Bradesco vem na sequência (US$ 2,06 bilhões), seguido pelo BB (US$ 2,056 bilhões). Santander vem, novamente, na 15ª posição, com US$ 515,5 milhões.

Fonte: FinancialWeb.

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sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Big Brother Fiscal


A partir de 1º de setembro, empresas de 79 setores terão de emitir nota fiscal eletrônica. E isto é apenas o começo. O SPED (Sistema Público de Escrituração Digital) prevê uma série de procedimentos eletrônicos que darão às três esferas administrativas do país informações completas sobre as empresas, o que vai facilitar a fiscalização e praticamente acabar com a sonegação fiscal. Mais ainda, isto será feito em tempo real.

O presidente da ACIA (Associação Comercial e Industrial de Alfenas) e coordenador tributário do Conselho Regional de Contabilidade, Valmir Rodrigues da Silva, chama o SPED de Big Brother Fiscal.

Ele e outros presidentes de Associações de empresários ligados à FEDERAMINAS tiveram um encontro com o vice-governador Antônio Anastasia em Belo Horizonte na terça-feira, dia 2. "Fomos pedir apoio para a criação de fóruns de discussão e seminários voltados para a conscientização dos empresários. “Precisamos de um período de transição para orientá-los e isto terá de ser feito via órgãos de classe, como Associações Comerciais e Industriais e Conselhos de Contabilidade", explica, afirmando que Anastasia se mostrou sensibilizado.

O SPED, informa, é composto de cinco projetos: ECD (Escrita Contábil Digital), EFD (Escrita Fiscal Digital), NFE (Nota Fiscal Eletrônica), NFES (Nota Fiscal de Prestação de Serviço Eletrônica) e CTE (Conhecimento de Transporte Eletrônico). Em resumo, os Governos terão como saber nos mínimos detalhes absolutamente tudo o que acontece em cada empresa. O SPED vai substituir todos os livros contábeis e fiscais das empresas. Os dados obtidos no programa vão para um supercomputador chamado TRex, que custou US$ 100 milhões ao Governo brasileiro.

Segundo Valmir Rodrigues, o programa é do Governo Federal em parceria com os Governos Estaduais. É na esfera do Estado que os prazos para a implantação dos programas são definidos. Foi o que aconteceu com a Nota Fiscal Eletrônica, que será obrigatória em setembro. Para ele, somente este programa específico terá um impacto avassalador nas empresas, em especial nas micro e pequenas. "Acabou o jeitinho. Acabou aquela forma de fazer negócio, emitindo meia nota, colocando valor menor que o real, comprar e vender sem nota, comprar mercadoria em nome de pessoa física etc. O empresário que achar que poderá burlar o sistema será pego por ele."

O presidente da ACIA afirma que sua preocupação é que a maioria dos empresários não está se preparando para trabalhar com a nota fiscal eletrônica, acreditando que vai conseguir fazer negócios do mesmo jeito de sempre. "Muitos sonegam sim. Mas mesmo os que não sonegam e que também não são poucos, não estão preparados. Depois que forem multados ou tiverem seu negócio inviabilizado pelo sistema, não vai adiantar nada. Temos de debater isto é agora", revela.

Valmir Rodrigues afirma que a ordem é se organizar para enfrentar os novos tempos. "Ou se organiza, ou vai ter problemas", resume, explicando que é preciso mudar a cultura dos empresários sobre a forma de atuar, pois as informações tanto sobre a nota fiscal eletrônica quanto os demais programas do SPED serão compartilhadas por União, Estado e Municípios. "Não tem como escapar."

Até porque ao SPED se junta à DIMOF (Demonstrativo e Informações das Movimentações Financeiras), que é uma série de dados que os bancos são obrigados a fornecer ao Fisco. Qualquer pessoa física que movimentar acima de R$ 5 mil na conta bancária por semestre terá suas informações repassadas. Já para a pessoa jurídica (empresa) o valor é acima de R$ 10 mil por semestre. Isto significa que num futuro bem próximo não apenas as empresas estarão neste Big Brother Fiscal, mas praticamente todo cidadão. Por exemplo, aquele ganho não declarado ao Imposto de Renda também está com os dias contados.

COMO FUNCIONA


Ao emitir uma nota fiscal digital eletrônica, o sistema digital faz uma varredura na rede. Se houver irregularidades - seja por parte do comprador ou do vendedor - a emissão não se concretiza. Sem nota, sem circulação de mercadoria.

Uma vantagem do sistema é que ele reduz em até 80% os custos com a emissão de notas fiscais em papel. Além disso, a nota eletrônica tem código de barras, o que facilita a conferência em postos rodoviários de fiscalização e reduz o tempo das viagens.

O SPED já está em vigor para empresas dos ramos de fabricação e distribuição de combustíveis e cigarros desde o ano passado, bem como transportadoras e revendedoras desses produtos. Em setembro de 2008, a lista foi ampliada, incluindo empresas dos ramos de frigoríficos, cimento, bebidas alcoólicas e ferro gusa, entre outros.

A partir de abril de 2009, também estão obrigadas as empresas fabricantes de autopeças e pneus, entre outras. A partir de 1º de setembro, a obrigatoriedade chega a fabricantes de produtos de limpeza, cosméticos, laticínios, equipamentos de informática, telefones e atacadistas de café, por exemplo.

Fonte: Diário dos Lagos.

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quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Após 4 Meses, Receita Federal Libera DIPJ para Lucro Real

Transmissão deve ser feita até 16 de outubro. Programa estará disponível a partir de segunda

Após quatro meses de espera por parte dos contribuintes tributados pelo lucro real, a Receita Federal publicou as instruções para o preenchimento da Declaração do Imposto de Renda Pessoa Jurídica 2009, exercício 2008, na edição desta quinta-feira (13) do Diário Oficial da União. O prazo final para a transmissão ficou definido em 16 de outubro próximo.

Há dois meses, as companhias que utilizam o formato de lucro arbitrado e presumido encaminharam os documentos ao Fisco — segundo analistas, a separação das duas formas de transmissão dos dados, inédita, ocorreu por conta da transição das normas contábeis brasileiras ao modelo internacional IFRS.

A partir deste ano, as empresas poderão aderir, ou não, ao Regime Tributário de Transição — o qual se configura em uma espécie de preparação para o novo modelo de prestação de contas.

Conforme a Instrução Normativa RFB nº 962, as pessoas jurídicas tributadas em pelo menos um dos períodos de apuração durante o ano-calendário de 2008 estão enquadradas na necessidade. Estima-se que 20% dos contribuintes brasileiros estejam inseridos nesse quadro.

O Programa Gerador da Declaração (PGD) DIPJ 2009 versão 2.0 estará disponível no sitio da Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) na internet (http://www.receita.fazenda.gov.br), a partir da próxima segunda-feira (17).

Excepcionalmente para o ano-calendário de 2009, a DIPJ relativa a evento de extinção, cisão, fusão ou incorporação das pessoas jurídicas deve ser apresentada, pela pessoa jurídica extinta, cindida, fusionada, incorporada e incorporadora nas seguintes situações:

  • para os eventos ocorridos entre janeiro e agosto de 2009, até o dia 16 de outubro de 2009;
  • para os eventos ocorridos entre setembro e dezembro de 2009, até o último dia útil do mês subsequente ao do evento.
Fonte: FiscoWeb.

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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Justiça dos EUA Aprova Acordo antitruste para AB InBev


Um juiz federal dos EUA deu a aprovação final para o acordo com os reguladores antitruste dos EUA que libera a fusão de US$ 52 bilhões entre a belgo-brasileira InBev e a norte-americana Anheuser Busch, que deu origem no ano passado à maior cervejaria do mundo, a Anheuser-Busch InBev, ou AB InBev. O juiz do tribunal distrital dos EUA James Robertson, de Washington, rejeitou um longo processo dos críticos que queriam impedir a transação. O processo pedia que o juiz não aprovasse o acordo, alegando que este não resolvia adequadamente supostos potenciais danos competitivos ao mercado de cerveja que a fusão causaria. Pelos termos do acordo, fechado em novembro, a InBev concordou em vender sua divisão Labatt USA para obter a aprovação do governo norte-americano à transação. A divisão antitruste do Departamento de Justiça considerou que o acordo atendia ao interesse público. A InBev concluiu a compra da Anheuser-Busch após receber luz verde do Departamento de Justiça, mas o acordo com as autoridades antitruste não era final enquanto Robertson não o aprovasse. As informações são da Dow Jones.

Fonte: Portal Exame.

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terça-feira, 11 de agosto de 2009

NF-e: Qual é a Realidade das Pequenas Empresas?


Em pesquisa realizada com 101 empresas que emitem ou pretendem emitir NF-e, foi possível detectar, pela primeira vez, informações relevantes para o contexto das pequenas empresas.

Os resultados refletem bem a realidade das empresas brasileiras. Pode-se perceber claramente o comportamento das pequenas e médias empresas com relação ao tema, uma vez que a amostra foi proporcional à participação desse segmento no número total de empreendimentos.

A pesquisa revela pontos importantes como:

1) A maior parte dos projetos de NF-e tem curta duração, 80% são concluídos em menos de 3 meses.

2) O volume de investimentos é baixo, 62% desembolsaram até R$10mil (considerando licenciamento e manutenção anual do software, hardware, consultorias, treinamentos e internet).

3) Contudo, apenas 15% das empresas prevêem que o projeto se pagará em até 6 meses.

Enfim, a maior parte das empresas ainda não está considerando NF-e como projeto de melhoria da gestão. As mudanças, para a maioria, são departamentais. Poucos compreenderam que as mudanças transcendem a organização. Por isso, houve pouco envolvimento das áreas comercias, jurídico e marketing, nos projetos (20%, 5% e 1,5%; respectivamente).

I – Perfil das Empresas

Cerca de 55% das empresas entrevistadas emitem menos que 500 notas fiscais por mês, 55% faturam até R$10 milhões por ano, 52% não têm filiais, sendo que 83% emitem ou emitirão NF-e por se enquadrarem na obrigatoriedade legal.

Percebe-se que a amostra da pesquisa se caracteriza por empresas de pequeno porte com um volume pequeno de documentos fiscais.

II – O Projeto de Implantação

80% das empresas concluíram seus projetos em até 3 meses. Apenas 17% dos projetos tiveram duração entre 4 a 6 meses.

Com relação aos custos do projeto, 62% investiram até R$10mil, 22% de R$11mil a R$30mil e aproximadamente 10% entre R$30mil a R$100mil.

Quando o assunto é retorno do investimento, os números são muito dispersos. 22% acreditam que o projeto foi só despesa, não haverá retorno. Além disso, 23% sequer sabem se o projeto se pagará ou não. Por outro lado, 15% afirmam que o projeto atingirá o ponto de equilíbrio em até 6 meses. 20% de 6 meses a um ano e 20% em mais de um ano.

70% dos entrevistados informaram que a área contábil participou do projeto. Outras áreas que participaram foram: fiscal (63%), tecnologia (55%), administrativa (38,5%), diretoria (31%), compras (25%). Em 45% dos casos, houve envolvimento do próprio dono da empresa. Contudo, apenas em 25% das empresas ocorreu a contratação de consultoria externa.

III – Contingências

O Formulário de Segurança (FS ou FS-DA) é o principal mecanismo de contingência oficial utilizado pelas empresas com quase 89% das respostas.

Quanto às contingências estruturais, 67% utilizam “no break”. Além disso, 28% têm redundância de links de internet e 20% têm servidores redundantes.

Quase 20% das empresas utilizam o sofware gratuíto da Sefaz/SP como segunda opção de sistema emissor.

IV – Certificados Digitais

62% dos pesquisados adquiriram e-CNPJ tipo A1 para assinar seus documentos eletrônicos, sendo que 24% preferiram o e-CNPJ tipo A3 em cartão e 12% em token. Menos de 10% optaram pelos certificados específicos para emissão de NF-e (e-PJ).

Quanto ao fornecedor, a Serasa ocupa a primeira posição com 47%, seguido pela Certisign com 27%.

IV – Fornecedor de Software

Percebe-se uma grande dispersão nos números, de forma que não é possível identificar nenhum fornecedor como predominante, conforme abaixo:

Mastermaq: 14%
Sofware próprio: 9%
Software gratuíto Sefaz/SP: 9%
TOTVS: 9%
SAP: 3%
Outros: 56%

Essa questão foi aberta, de forma a não limitar nenhuma resposta.

V – Como as empresas detectaram a obrigatoriedade.

O contador e as Secretaria de Fazenda são os principais responsáveis pela divulgação das informações sobre a obrigatoriedade, conforme abaixo:

Contador: 49%
Secretaria de Fazenda: 26%
Site: 9%
Consultoria Fiscal: 4%
Cliente: 3%
Revista: 3%

Essa questão foi aberta, de forma a não limitar nenhuma resposta.

VI – Futuros Projetos.

SPED Contá, SPED Fiscal e implantação de ERP estão nos planos de curto prazo da maior parte das empresas, com 66%, 54% e 49%, respectivamente.

Em seguida temos:
Implantação de software fiscal: 20%
Implantação de Nota Fiscal Eletrônica de Serviços: 17%
Planejamento Tributário: 17%
Auditoria Contábil: 13,5%
Adequação aos padrões internacionais de contabilidade: 12%
Gerencimento de documentos eletrônicos: 11%
Investimentos em segurança da informação: 11%
Auditoria eletrônica: 7%

Link para pesquisa completa: www.robertodiasduarte.com.br/files/pesquisanfe.pdf.


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