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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Japonesa Kirin Anuncia a Aquisição de 100% da Schincariol



A companhia japonesa de bebidas Kirin anunciou nesta sexta-feira a compra da totalidade da Schincariol, da qual já possuía metade das participações.

A Kirin completou nesta sexta a compra da Jadangil, que detinha 49,54% da fabricante de bebidas brasileira, em uma operação avaliada em 105 bilhões de ienes (cerca de R$ 2,33 bilhões), segundo um comunicado da empresa.

Os acionistas minoritários da Schincariol, da qual a Kirin controlava mais de 50% desde agosto deste ano, tentaram bloquear a venda da nova parcela na Justiça brasileira, que decidiu levantar a medida cautelar em outubro, lembrou o diário Nikkei.

"Esta aquisição adicional não só melhorará a gestão da Kirin sobre a Schincariol como subsidiária em propriedade absoluta, mas também ajudará a Kirin a aumentar ainda mais a competitividade da Schincariol no emergente mercado brasileiro e a gerar sinergias com a Kirin", explica a companhia japonesa no comunicado.

O consumo de cerveja no Brasil cresceu 11% em 2010, segundo dados da Associação Nacional de Bebidas, enquanto caiu no Japão no mesmo período.

A Schincariol foi fundada em 1939 como fabricante de refrescos e hoje em dia possui mais de dez fábricas que produzem cerveja e outras bebidas não alcoólicas em diversos pontos do Brasil.

Fonte: Veja.

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quarta-feira, 31 de agosto de 2011

BMG Inova com Balanço do Setimestre


O banco BMG inovou ontem ao publicar um balanço do setimestre. Em vez dos tradicionais números de janeiro a junho, a instituição mineira decidiu incluir um mês a mais no balanço.

O objetivo, segundo Ricardo Gelbaum, diretor financeiro do BMG, foi refletir a situação da instituição posterior às aquisições do banco e da promotora GE, fechadas em julho. Pós-incorporação das novas instituições, o BMG registrou um lucro líquido de R$ 234,5 milhões no setimestre, ante R$ 410 milhões em igual período do ano anterior.

Sem a GE, ou seja, no usual balanço divulgado do semestre - aquele exigido pelo Banco Central -, o BMG registrou um lucro líquido mais minguado, de R$ 21,7 milhões, contra R$ 352 milhões obtidos de janeiro a junho de 2010.

De acordo com Gelbaum, a compra do banco e da promotora GE trouxeram ganhos para o BMG de duas formas. Uma delas foi pelo fato de a GE trazer operações de crédito um pouco mais rentáveis para a instituição. Além disso, o diretor financeiro diz que créditos tributários vindos da aquisição da GE tiveram uma contribuição de R$ 180 milhões no lucro de R$ 234,5 milhões do setimestre.

Porém, mesmo a publicação do lucro líquido de R$ 21,7 milhões do semestre tradicional foi alvo de uma ressalva dos auditores do BMG, a PwC. Uma ressalva equivale a dizer que os auditores encontraram um erro na contabilidade mostrada pelo banco. Para a auditoria, o banco teve um prejuízo de R$ 59,7 milhões.

Isso acontece cerca de uma semana depois de outra instituição, o Rural, também apresentar seus números com três ressalvas, sendo que uma delas também teria feito seu lucro aumentar. Esse tipo de comentário dos auditores era algo que não se via no balanço dos bancos há muito tempo.

A discussão entre os auditores e o BMG gira em torno de uma mudança na contabilização das despesas de comissões a agentes que fecham contratos de crédito consignado, produto responsável por 92% da carteira de crédito e de arrendamento mercantil, de R$ 24,5 bilhões, do BMG. A cada operação fechada por um correspondente, o banco precisa pagar a ele uma comissão.

O banco alterou a forma de contabilizar esse gasto nos casos em que as carteiras são cedidas a outra instituição e depois refinanciadas pelo próprio BMG. Isso gerou um "ganho" para o banco mineiro de R$ 81,5 milhões, valor que foi acrescentado ao resultado do primeiro semestre deste ano, gerando uma espécie de receita extra.

Para os auditores, porém, esse valor não deveria ser acrescentado às contas do resultado de janeiro a junho, já que algumas operações financeiras foram fechadas em períodos anteriores a isso. Por esse motivo, a PwC considerou que o lucro líquido do semestre - os R$ 21,7 milhões mostrados pelo BMG - está superestimado em R$ 81,5 milhões.

Segundo Gelbaum, o BMG levou ao conhecimento do Banco Central a forma como estava contabilizando as comissões. "Não teríamos tempo hábil para saber de quando era cada operação", afirma. Procurado pelo Valor, o Banco Central informou que "a responsabilidade pelo balanço é da instituição, e ela deve seguir as regras vigentes e que cabe à auditoria externa emitir suas opiniões".

Além da GE, o BMG comprou neste ano o banco Schahin e passou a operar 50 lojas que eram do Morada, liquidado pelo BC.

Fonte: Valor Econômico.

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terça-feira, 2 de agosto de 2011

A Problemática Schincariol vai Ajudar a Deficitária Kirin?



Esqueça o tom triunfante dos comunicados ao mercado – afinal, todos que compram algo tentam convencer a plateia de que fizeram um bom negócio. Mas a compra da Schincariol pela Kirin é mesmo boa? E para quem?

No informe ao mercado, os japoneses da Kirin mostraram apenas a metade meio cheia de cerveja desse copo. Ao adquirir 50,45% da Schincariol por 3,95 bilhões de reais, a empresa já estreia no Brasil como a segunda maior do setor cervejeiro e a terceira maior em bebidas não-alcóolicas.

Mas a metade vazia do copo – e que pode acabar numa grande ressaca para a Kirin – vem justamente com os problemas que levaram Adriano e Alexandre Schincariol a vender sua parte na cervejaria.

A Kirin afirmou aos investidores que a transação vai lhe garantir “uma sólida plataforma em um mercado emergente promissor”. Sim, o Brasil é um belo mercado para venda de cerveja, mas o problema é que a Schincariol está patinando há anos no segundo lugar, sem apresentar aumento expressivo de participação. Enquanto isso, assiste à Petrópolis ameaçar seu segundo lugar.

Devassa e escanteada

Outro motivo que teria descontentado Alexandre e Adriano Schincariol seria o fracasso do lançamento da Devassa Bem Loura. Lançada com estardalhaço, a meta da marca era encerrar 2010 com uma fatia de 1,5% de mercado. O resultado, segundo reportagem de EXAME, ficou bem aquém: 0,2%.

Por último, ao reassumir a presidência executiva da cervejaria, Adriano deu início a uma reestruturação da diretoria que, na prática, representou um retrocesso na profissionalização iniciada em 2007, após a morte de seu pai e fundador da empresa, José Nelson Schincariol.

Mas a Kirin será capaz de dar uma guinada na Schincariol, a ponto de a cervejaria crescer com fôlego? Ao comunicar a aquisição ao mercado, a empresa japonesa não se fez de rogada: afirmou que as vendas da brasileira crescerão 10% ao ano.

Para isso, vai investir no lançamento de produtos de maior valor agregado, além de reforçar as marcas já pertencentes à Schincariol. Promessas à parte, o ponto é que isso envolve dinheiro – e a Kirin fez questão de enfatizar que a sua prioridade continua ser crescer e se tornar líder nos mercados da Ásia e da Oceania.

Fonte: Portal Exame.

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terça-feira, 3 de maio de 2011

Fusões Acirram Disputa por Auditoria de Pequena Empresa



Recente movimento de consolidação amplia concentração, mas deixa em aberta a briga para saber qual será a quinta colocada do segmento, atrás apenas das Big Four. 

O mercado de auditoria e contabilidade nunca esteve tão agitado. Uma onda de fusões que atingiu de frente Terco e a antiga Trevisan - absorvidas por Ernst & Young e KPMG, duas das quatro maiores do ramo -, ampliou a concentração e acirrou a disputa pela quinta posição no segmento. 

Não é pouca coisa. Estar logo abaixo das gigantes do setor significa ser a opção natural das pequenas e médias empresas. Pouco auditada no país, essa massa de clientes é cada vez mais desejada. 

A luta para ser a maior entre as menores tem três candidatas: BDO RCS, Grant Thornton e Baker Tilly Brasil. 

À frente das operações da BDO após o acordo entre o então parceiro da bandeira no país com a KPMG, Raul Correa da Silva quer aproveitar o bom momento do Brasil e a experiência no atendimento às pequenas e médias para sair na frente. 

Com a expectativa de fechar 2011 com faturamento de R$ 45 milhões, a nova empresa quer dobrar de tamanho em dois anos. Sabe, porém, que para isso terá de ganhar espaço entre empresas de capital aberto. E pode ir às compras. Uma opção é adquirir uma concorrente de menor porte com um punhado de clientes listados na bolsa em sua carteira. 

"Estamos abertos à possibilidade de fusões", diz Correa da Silva. "Desde que do outro lado estejam empresas com valores e culturas similares às do nosso time, pois isso não dificultaria a integração." 

Um trunfo que pode beneficiar a empresa na briga pela quinta posição é o fato de a BDO internacional enxergar o país como um mercado estratégico. Quer manter por aqui a mesma colocação que tem no ranking global. Levantamento da empresa mostra que a rede foi a que mais cresceu entre as cinco maiores firmas de auditoria e consultoria internacionais. Um avanço de 5% em receita em 2010, com destaque para uma alta de 60% na China. 

Volta por cima

Recuperar parte do terreno perdido desde que sua parceria local - a Terco - associou-se à Ernst & Young, em agosto, é a principal estratégia da Grant Thornton no Brasil. A empresa, que após o fim da união se juntou à Pryor, especializada em contabilidade e terceirização, não pretende fazer novas parcerias. 

A aposta do momento é buscar, entre empresas insatisfeitas com a concentração do mercado, novos clientes em auditoria, explica o sócio Laércio Ros Soto Jr. 

"O plano inicial era fechar o ano com quinze clientes de auditoria entre empresas de capital aberto. Mas o número pode ser superado. Já temos quatro garantidas e outras dez propostas em aberto", comemora. 

Para conseguir auditar mais balanços de companhias com ações na bolsa, a Grant Thornton manteve parte da equipe que, ainda sob a bandeira da Terco, participou ativamente de diversas aberturas de capital realizadas antes da crise. A casa segurou executivos que estiveram à frente das ofertas da Amil, Le Lis Blanc e do banco Sofisa. 

Outro segmento em que pretende atuar com destaque é o de due diligenge, serviço de checagem de dados ao qual é submetida uma empresa que se prepara para ser vendida. Com o mercado doméstico de fusões em alta, a Grant Thornton foi contratada para 25 operações desse tipo desde outubro. 

Também atenta a esse nicho está a Baker Tilly, bastante requisitada por intermediários de operação de compra e venda de empresas em busca do serviço de avaliação de ativos. Associada à oitava maior rede de auditoria do mundo, a empresa se fundiu no país à pequena Villas Rodil no final do ano. 

E corre por fora para ficar entre a quinta e sexta posições do ranking. Para dobrar de tamanho até 2012, a Baker busca novas fusões. "Tenho viajado o país todo em busca de parceiros. Pretendo concretizar alguns negócios em breve", diz seu presidente, Osvaldo Nieto.

Fonte: Brasil Econômico.

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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Número de Fusões e Aquisições no Brasil Registra Recorde em 2010




As fusões, aquisições e reestruturações societárias no Brasil alcançaram R$ 184,8 bilhões em 2010, número recorde desde 2006, quando teve início o registro com a atual metodologia, informou nesta quinta-feira uma fonte do setor.

A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) afirmou em comunicado que o número supera em 55% os números de 2009 e em 35% os de 2007, que até então era o valor recorde.

"A tendência é de continuidade. O ano de 2011 já começou forte e deve manter ou superar o volume registrado no ano passado", disse o responsável pela subcomissão de fusões e aquisições da Anbima, Bruno Amaral.

Em 2010 foram registradas 143 operações, 51% a mais que em 2009.

Dessas operações de 2010, 31% foram transações acima de R$ 1 bilhão e três delas (Portugal Telecom-Telefónica, TAM-LAN e Shell-Cosam) ultrapassaram R$ 10 bilhões.

A participação de empresas estrangeiras no volume negociado foi de 31%, com 39 transações.

O principal negócio do ano foi a aquisição, por parte da espanhola Telefónica, da metade que seu sócio, Portugal Telecom, tinha na operadora de telefonia celular Vivo, por US$ 10,205 bilhões, o que permitiu ao setor de telecomunicações liderar o volume negociado, com 18%. 

Fonte: Yahoo! Notícias.

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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Compra da Elizabeth Integra Investimentos de R$ 400 Milhões da Deca

Empresa é uma das líderes em revestimentos cerâmicos e porcelanato no Nordeste.


A Duratex anunciou hoje a conclusão da compra da fabricante de pisos e louças Elizabeth por R$ 80 milhões. O negócio havia sido anunciado em novembro do ano passado.

A aquisição, segundo a empresa, está inserida no plano de investimentos da divisão Deca, que prevê um desembolso de cerca de R$ 400 milhões até 2012. O montante inclui o valor gasto com a Elizabeth e também R$ 160 milhões que serão destinados à ampliação da capacidade do segmento de metais sanitários.

A compra da Elizabeth - que tem sede em João Pessoa (PB) e passará a se chamar Deca Nordeste Louças Sanitárias - representará um acréscimo de 1,8 milhão de peças por ano ou de 25% à capacidade atual da Deca.

Os investimentos incluem a expansão da unidade de louças de Cabo de Santo Agostinho (PE) e a reativação e expansão da planta de Queimados (RJ), que serão concluídas, respectivamente, no 1º trimestre de 2011 e em 2012.

Ao final das ampliações e da aquisição, a capacidade de louças sanitárias da Deca atingirá 11,7 milhões de peças anuais, o que representa expansão de 63% sobre a capacidade atual.

Fonte: Valor Econômico.

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quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Os Pontos da Fusão da TAM com a LAN que a Anac Vai Questionar

Estrutura Societária e Governança.



"Estamos muito confiantes de que a operação atende a todo o arcabouço legal brasileiro do setor de aviação civil", disse o presidente da TAM S.A., Marco Antonio Bologna em teleconferência com analistas. Tanto otimismo, porém, pode cair por terra caso a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) encontre alguma irregularidade na estrutura de toda a operação.

Segundo apurou o site EXAME, há dois pontos principais da operação podem ser barrados. A agência já foi comunicada pela TAM sobre a fusão, mas ainda não recebeu o processo, o que a impede de dar qualquer opinião sobre a operação.

Como se trata da união entre uma empresa brasileira e uma estrangeira, a chilena poderá ter o controle de apenas 20% das ações ordinárias na TAM, de acordo com o Código Brasileiro de Aeronáutica. Há meses está em tramitação uma proposta do Ministério da Defesa que propõe a ampliação, para 49%, do limite de participação de capital estrangeiro em empresas aéreas nacionais.

Na visão do Ministério, as empresas ganharão fôlego financeiro e facilidade administrativa. "Caso a lei seja aprovada, não descartamos a possibilidade de uma revisão nos termos, com o objetivo de uma simplificação societária", disse Bologna, em evento da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec-SP), nesta terça-feira (17/8).

Estrutura societária

Na holding Latam, que controlará as companhias TAM e LAN, a divisão do bloco de controle ficou com 13,5% pertencente à família Amaro, 24,1% à família Cueto. Os outros 62,4% (15,8% da TAM e 46,6% da LAN) são free float que estão nas mãos de investidores independentes. A proporção na participação se deu por conta do valor de mercado das companhias. A LAN vale 9,64 bilhões de dólares, e a TAM está cotada em 3,25 bilhões.

Especialistas em direito aeronáutico com forte atuação no setor ouvidos pelo site EXAME afirmam que essa nova estrutura pode ser barrada pela Anac. "São 65% de ações livres no mercado no bloco de controle. Quem garante que isso irá para brasileiros? A Anac pode pedir uma revisão dessa estrutura para que a quantidade de ações nas mãos de estrangeiros fique dentro do limite legal", diz uma fonte.

Governança

As empresas do grupo TAM S.A. (a holding que, até então, controlava as operações), como a TAM Linhas Aéreas (o braço operacional do grupo, que possui as aeronaves e realiza os voos) e a Multiplus (a gestora de programas de fidelidade), continuam com os mesmos comandos, sem interferência da holding Latam, até que sua aprovação seja dada pelas autoridades. Estima-se que a operação seja concluída em até nove meses.

A mudança acontece também na holding Latam, que será presidida pelo chileno Enrique Cueto. Maurício Amaro, filho do Comandante Rolim, fica com o cargo de presidente do conselho de administração da nova empresa. "Com essa estrutura, dá a impressão de que os chilenos vão mandar. Ou seja, mesmo que tenham o limite de 20% das ações, a palavra final será deles. E isso a Anac não vai deixar passar", diz a fonte.

São nove cadeiras disponíveis para o bloco de controle: duas para a família Amaro, duas para a família Cueto, e as cinco restantes para investidores independentes. As famílias terão de dar um voto único, o que, a rigor, pode gerar atrito entre as decisões da empresa. Por ora, o que se sabe é sobre a antiga e amistosa relação entre as famílias. "A proximidade entre eles é antiga, mas o acordo foi desenhado nas últimas semanas", diz Líbano Barroso, presidente da TAM Linhas Aéreas.

Com o controle compartilhado da maior empresa aérea da América Latina, resta esperar para ver se a Anac aprovará a operação sem restrições. E, se, uma vez aprovada, a relação entre os Cueto e os Amaro continuarão cordiais na cabine de comando da agora maior empresa aérea da América Latina.

Fonte: Exame.

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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

TAM Anuncia Fechamento de Capital

Os acionistas da companhia brasileira receberão pelas suas ações um número
determinado de ações de uma empresa holding que será incorporada pela LAN.


A TAM anunciou há pouco que firmou com a chilena Lan Airlines um memorando de entendimentos “com a finalidade de regular os termos e condições para a negociação da combinação das atividades das companhias”. Conforme o fato relevante encaminhado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o grupo formado por meio da operação oferecerá serviços de transporte aéreo de passageiros para mais de 115 destinos em 23 países, e serviços de transporte aéreo de carga para toda a América Latina e para o mundo, “contando com mais de 40 mil funcionários, colaborando para um maior crescimento das companhias, o que representa a valorização dos investimentos feitos por seus acionistas e um importante progresso para a aviação na América Latina”.

De acordo com a TAM, o memorando de entendimentos estabelece que os acionistas controladores LAN mantenham o controle da LAN e que o acionista controlador TAM manterá o controle da TAM, “preservando em suas mãos a titularidade de 80% do capital votante da TAM, além de uma participação na LAN”. A operação culminará com a realização de uma oferta pública de permuta para cancelamento de registro de companhia aberta da TAM, envolvendo ações preferenciais em circulação (incluindo as ações preferenciais detidas pelo acionista controlador TAM) e das ações ordinárias em circulação (excluindo aquelas detidas indiretamente pelo acionista controlador TAM).

De acordo com o fato relevante, por meio da OPA da TAM, os acionistas da companhia brasileira receberão pelas suas ações um número determinado de ações de uma empresa holding que será incorporada pela LAN. “Em razão desta incorporação, os acionistas receberão ações de emissão da LAN em forma de Brazilian Depositary Receipts – BDRs, de modo a que, ao aceitar a OPA TAM, os acionistas se tornarão acionistas da LAN, observada a seguinte relação de troca: cada ação da TAM corresponderá a 0,90 ação/BDR da LAN”, diz o comunicado. Ou seja, cada ação preferencial sem direito e voto e cada ação ordinária com direito a voto da TAM equivalerá a 0,90 de ação ordinária com direito a voto de emissão da LAN, em forma de BDRs.

Segundo o fato relevante, a relação de troca das ações da TAM por ações em forma de BDRs da LAN será igual para o acionista controlador TAM e para os outros acionistas que não fazem parte do grupo de controle, “de forma a garantir o tratamento igualitário dos acionistas”. “A OPA da TAM será efetivada, entre outras condições usuais em ofertas desta natureza, apenas caso haja adesão de acionistas que representem, no mínimo, 95% do capital total da TAM”, acrescenta.

Ainda conforme o comunicado, a TAM deixará de ter suas ações listadas e negociadas na BM&FBovespa e seus ADRs na Bolsa de Nova York, e a LAN passará a ter BDRs listados e negociados na BM&FBovespa, além das ações já listadas e negociadas na Bolsa de Valores de Chile e dos ADRs já listados e negociados na NYSE. Após a efetivação da OPA, a TAM poderá realizar o resgate das ações de sua emissão remanescentes.

A LAN terá sua denominação social alterada para LATAM Airlines Group S.A., mas as marcas TAM e LAN Airlines serão mantidas, já que cada companhia continuará a atuar com sua respectiva marca.

Após a divulgação do negócio, as ações preferenciais da TAM dispararam e fecharam em alta de 27,64%.

Fonte: O Estadão.

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Confusão Proposital Envolve Fusão entre TAM e LAN



Ainda está confusa a união entre a TAM e a LAN Chile em relação à organização do capital e à compra. Mas é uma confusão proposital, porque a lei brasileira proíbe que companhias de aviação tenham mais de 20% de capital estrangeiro. Essa limitação, para mim, está ultrapassada, o mais importante é a eficiência e o Brasil está precisando de injeção de capital.

Mas ela está para ser alterada pelo Congresso. Há um projeto que prevê elevar para, no mínimo, 49% a participação de capital estrangeiro em empresas de transporte de passageiros. Tomara que se tome uma decisão mais liberal, mais ainda não está tomada.

Portanto, a operação fica toda esquisita, porque tem de apresentar como se não fosse compra, quando é. Hoje, o Valor Econômico fala em absorção da TAM pela LAN, mas ela não pode ser absorvida, senão, vira empresa estrangeira.

A Latam, a fusão das duas empresas, terá 71% de capital da LAN e 29% da TAM. Se o conjunto dos acionistas da primeira terá essa participação, ela será uma companhia chilena, e não brasileira. As duas famílias - Amaro e Cueto (a família dominante na LAN) - terão 38%, mas 24% serão da segunda. Também estão dizendo que a gestão será compartilhada, mas na verdade, as empresas têm valores de mercado totalmente diferentes.

Eles estão querendo apresentar a operação de uma forma muito confusa, exatamente para ninguém entender quem comprou quem. Está mal explicado, porque eles têm de contornar uma proibição legal, que está caduca e tem de ser revista.

Da perspectiva do consumidor, acho que tem de vir mais capital estrangeiro para cá para haver mais competição e melhorar o tráfego áereo de passageiros no Brasil. 

Fonte: Blog da Miriam Leitão.

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quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Fusões no Comércio Brasileiro é Caminho Perigoso no Longo Prazo, Avalia CNDL

Presidente da CNDL lembra que processo reduz a concorrência.


O processo de fusões e aquisições verificado recentemente no comércio brasileiro é um caminho perigoso no longo prazo, na opinião do presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro Junior. "O caminho é perigoso no longo prazo, pois reduz a concorrência, mas este não é o caso do Brasil ainda", disse. "Apesar de as fusões anunciadas parecerem enormes, ainda são pequenas em relação ao tamanho do mercado", acrescentou. 

Estão em fase de apuração no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para futuro julgamento, vários negócios entre varejistas, como Ponto Frio e Pão de Açúcar, Pão de Açúcar e Casas Bahia e Ricardo Eletro e Insinuante. Para Pellizzaro Junior, esta é uma tendência do setor já que a necessidade de aumentar capital para manter vendas a prazo é crescente. As operações, segundo o presidente da CNDL, visam a consolidar operações para reduzir custos e ampliar oferta de dinheiro.

"O Brasil deve olhar com atenção para que isso não chegue ao ponto de prejudicar consumidor e o fornecedor", sugeriu Pellizzaro Junior. Ele se disse contrário a intervenções diretas no mercado, como a proibição de fusões, mas é preciso atenção, segundo o presidente da CNDL, para que não haja desequilíbrio no mercado. 

Fonte: Agência Estado.

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terça-feira, 20 de julho de 2010

Magazine Luiza Compra a Lojas Maia por R$ 290 Milhões




Foi fechada na manhã de ontem a aquisição da rede de varejo nordestina Lojas Maia pelo Magazine Luiza. Segundo o jornal O Estado de S.Paulo apurou, o valor do negócio foi de R$ 290 milhões, sendo a maior parte em assunção de dívida e cerca de R$ 100 milhões para o pagamento aos acionistas da Lojas Maia. Procurado, o Magazine Luiza não comentou o assunto - deve se pronunciar na próxima segunda-feira.

Com a compra, o Magazine Luiza deve faturar cerca de R$ 5,7 bilhões em 2010, se aproximando da segunda colocada no varejo de eletroeletrônicos. Neste ano, a Máquina de Vendas, resultado da fusão de Insinuante e Ricardo Eletro - com a posterior integração da City Lar -, espera registrar uma receita de R$ 6,1 bilhões.


Sediada na Paraíba, a Lojas Maia tem cerca de 150 lojas nos nove Estados do Nordeste e faturou R$ 500 milhões no ano passado. No negócio, a rede foi assessorada pelo escritório de advocacia Demarest & Almeida. O Magazine Luiza teve assessoria do escritório Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga.


Depois de cerca de dois meses de negociação, o contrato de venda começou a ser assinado na noite da última quinta-feira em um hotel na região da Avenida Paulista, em São Paulo. Estavam lá Luiza Helena Trajano, presidente do Magazine Luiza, a fundadora da rede, Luiza Trajano Donato, e seu marido. Também estavam na reunião os acionistas da Lojas Maia Marcelo Maia, diretor da empresa, e Arnaldo Maia, presidente. Outros quatro acionistas da rede nordestina assinaram o documento na manhã de ontem, em João Pessoa. Luiza Helena emprestou seu jatinho para que o documento fosse levado rapidamente.


"A intervenção da Luiza Helena foi essencial para o fechamento do negócio. Ela é muito carismática", disse um executivo a par das negociações. As conversas entre as redes chegaram a ser suspensas durante a semana, com o vazamento das notícias da negociação e com as discussões de condições e prazo para o pagamento. Até esse momento, apenas executivos e assessores do Magazine Luiza participavam diretamente das conversas. Foi quando Luiza Helena interveio e deu segurança aos Maia de que o negócio seria fechado. No final, o prazo de pagamento foi reduzido e algumas condicionantes foram amenizadas.

Fonte: O Estado de São Paulo.

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sexta-feira, 23 de abril de 2010

BB Fica com 51% do Banco Patagônia


O grupo controlador do Banco Patagônia anunciou, na tarde desta quarta-feira, que vendeu 51% das ações da instituição financeira para o Banco do Brasil por US$ 479,66 milhões. Os papéis foram adquiridos dos sócios Jorge e Ricardo Stuart Milne e Emilio Gonzáles Moreno. O negócio, que se arrastava desde o fim do ano passado, foi aprovado em reunião da diretoria do banco argentino nesta quarta-feira.

Com a compra, o banco federal inicia seu plano de internacionalização que prevê negócios na Argentia, Estados Unidos e demais países com forte presença de brasileiros e companhias nacionais. O presidente do BB, Aldemir Bendine, está na capital argentina para o anúncio à imprensa que deve acontecer ainda hoje.

De acordo com fato relevante enviado à Comissão Nacional de Valores da Argentina, o BB pagará no ato 40% do valor do negócio (cerca de US$ 191 milhões) e o restante será pago "em um determinado prazo". Segundo o comunicado ao mercado, o preço sofrerá ajuste entre a data de assinatura do contrato e o fim dos pagamentos em 3,5% anuais.

O Patagônia tem ativos de U$S 2,570 bilhões, carteira de crédito de US$ 1,163 bilhão e depósitos de US$ 1,717 bilhão. A instituição tem 775 mil clientes com 155 pontos de atendimento, 417 caixas eletrônicos e 2.660 empregados.

Fonte: Portal Exame.

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segunda-feira, 29 de março de 2010

Ricardo Eletro e Insinuante Formam 2º Maior Varejista do País



As redes de móveis e eletrodomésticos Ricardo Eletro e Insinuante anunciaram nesta segunda-feira a fusão de suas operações, formando o segundo maior grupo do varejo brasileiro, com faturamento de cerca de R$ 4 bilhões em 2009 e 528 lojas pelo País.


A liderança segue disparada com a união Casas Bahia e Pão de Açúcar no final de 2009, que criou um grupo de 1.015 lojas e faturamento anual estimado de R$ 40 bilhões (com base em dados de 2008). O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) ainda analisa a fusão das duas empresas.


No entanto, o novo grupo Ricardo Eletro/Insinuante deixa para trás o Magazine Luiza, que atualmente possui 455 lojas e faturamento de R$ 3,8 bilhões no ano passado.


Fundada em 1989, a Ricardo Eletro era até então a 5º maior empresa no ranking de varejo, com 268 lojas nos Estados de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Sergipe, Alagoas, Goiás e Distrito Federal, divididas em lojas de rua, shopping e megastore. A companhia tem cinco centros de distribuição.


Enquanto isso, a Insinuante começou a operar em 1959 e atualmente possui 260 lojas, em todos os Estados do Nordeste mais Rio de Janeiro e Espírito Santo. A empresa emprega cerca de 10 mil funcionários e era a quarta maior do segmento.


Fonte: Terra.

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quinta-feira, 4 de março de 2010

Santander Incorpora Agências e Extinguirá Real



O Santander Brasil prepara a última etapa do processo de integração do Banco Real, e também o mais crítico, que será a incorporação das agências. A expectativa é que essa mudança ocorra, de uma só vez, no segundo semestre, após o banco fazer a migração do sistema tecnológico, que deverá ocorrer a partir de julho. "Vamos fazer simulados e ter um plano de contingência para fazer essa mudança", afirmou o vice-presidente de Gestão da Marca e Comunicação Corporativa, Fernando Martins.

Ao todo serão nove simulados que serão feitos para identificar possíveis falhas no processo de incorporação das agências. A precaução deve-se ao fato de o sistema de contas correntes estar ligado, direta ou indiretamente, a todos os outros sistemas do conglomerado financeiro. Além da parte tecnológica, o banco treinou 1.350 pessoas que irão trabalhar para dar suporte a agências e teleatendimento. O objetivo é fazer com que a mudança para a marca Santander ocorra sem problemas no dia a dia das agências. Afinal, essa será a alteração sentida pelos cerca de 10 milhões de clientes. No caso do Banco Real, os correntistas terão novos números de conta e agência.

A aprovação da compra do Real pelo Santander ocorreu no segundo semestre de 2008, mas as mudanças mais significativas para os clientes começaram em fevereiro do ano passado. Foi nessa data que as redes de caixas eletrônicos foram integradas para serviços de consultas de saldos e extratos, saques e pagamentos de contas. Já em agosto foi feita a unificação do modelo de cheque especial e, em seguida, a adoção da marca "Van Gogh", oriunda do Real, para as contas preferenciais. A última grande mudança, mas essa não sentida pelos clientes, ocorreu em janeiro, quando foi feita a migração da base de cartões do Real para o sistema do Santander.

O executivo acredita que os clientes estão aprovando as mudanças feitas e o processo de integração. De acordo com ele, a intersecção das bases de clientes era de menos de 5% e por essa razão a rejeição foi baixa. Além disso, afirmou que o nível de satisfação dos correntistas do Real se mantém elevado desde o início da integração e no Santander a satisfação tem aumentado. No entanto, não revelou os índices.

Além da mudança tecnológica, a instituição financeira também fará campanhas publicitárias para reforçar a marca Santander, já preparando os clientes para o fim do Real. A campanha terá início no próximo domingo e irá trabalhar com a ideia do "juntos", que não se restringirá à incorporação dos dois bancos, mas também a uma campanha mais ampla, mostrando uma atitude mais participativa do banco na sociedade. Para isso, Martins ressaltou que o fim do nome Real não significa que as práticas de sustentabilidade propagadas pelo banco serão abandonadas. "Estamos moldando no Santander essa personalidade herdada do Real", explicou.

Serão investidos na divulgação do Santander entre R$ 160 milhões e R$ 170 milhões em 2010, já incluindo as promoções de marca durante a etapa Brasil da F-1 (o Santander é um dos patrocinadores da escuderia Ferrari). Além dos canais de mídia convencionais, como anúncios em TV e publicações impressas, o Santander estenderá a comunicação para mídias participativas, como o Twitter e o Facebook.

Fonte: Portal Exame.

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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Braskem compra Quattor e Se Torna Oitava Maior Petroquímica do Mundo


O baiano Bernardo Gradin, presidente da petroquímica Braskem, passou os últimos seis meses imerso em reuniões que atravessaram madrugadas e invadiram fins de semana. Na pauta das discussões estava a compra da rival Quattor, controlada pelo grupo Unipar. No final de janeiro, com a ajuda de dezenas de pessoas, entre executivos da Braskem, advogados e consultores, Gradin finalmente conseguiu fechar a aquisição da concorrente - um negócio que movimentou 3,5 bilhões de reais e transformou a Braskem na oitava maior petroquímica do mundo, com receitas de 26 bilhões de reais. Mesmo depois de finalmente colocar sua assinatura no contrato de compra, tornando-se o comandante da nova superpetro, Gradin não teve tempo para comemorar. "Nos últimos tempos, a palavra tranquilidade deixou de fazer parte de meu vocabulário", diz. Para ele, a verdadeira prova de resistência começa agora. Nos próximos quatro meses, Odebrecht e Petrobras, que já eram sócias na Braskem. desde sua criação, em 2002, terão de acertar vários detalhes do novo acordo de acionistas, da divisão de poder na empresa à política de investimentos. "Os próximos meses serão fundamentais para o futuro da Braskem. Só depois dessas definições ficará claro se a empresa terá mesmo condições de ser uma das cinco maiores do mundo, como pretende", diz Nelson Rodrigues Matos, analista de petroquímica do Banco do Brasil.


Aos 45 anos de idade, 23 deles passados em empresas do próprio grupo Odebrecht, Gradin é conhecido no mercado por ser disciplinado e inflexível nas negociações, do tipo que não deixa espaço para o improviso nem recorre a argumentos emocionais. "Ele demonstra conhecer muito bem os números e deixa claro seus limites. É duro, mas transparente. Você sempre sabe aonde ele quer chegar", diz um executivo que já se sentou à mesa de negociação com Gradin. Filho de Victor Gradin, sócio minoritário do grupo Odebrecht, ele é um fiel seguidor da chamada TEO (sigla para Tecnologia Empresarial Odebrecht), doutrina corporativa expressa em quatro livros escritos pelo fundador do grupo, Norberto Odebrecht, a partir dos anos 60. Os textos, utilizados na formação dos líderes do grupo baiano, destacam a importância de trabalhar em equipe, delegar funções e buscar novas oportunidades de negócios. Daqui para a frente, porém, Gradin vai precisar demonstrar que carrega no DNA uma característica que não se aprende em cartilhas: a habilidade de conciliar interesses sem ferir suscetibilidades políticas. "Agora é que será testado seu poder de liderança, com uma empresa maior, desafios de sinergia e um parceiro poderoso dividindo decisões", diz um executivo do setor petroquímico.


Nesse sentido, nenhum desafio será mais importante que a capacidade de Gradin de conciliar os interesses da Odebrecht. com os da Petrobras. Como entrou com 70% do capital investido na compra da Quattor, a Petrobras deve ficar com algo em torno de 34% do capital votante da companhia, dependendo da fatia que couber aos minoritários ao final da operação (a projeção do mercado é que cerca de 80% desses acionistas acompanhem a oferta pública que será feita em breve). Embora continue majoritária, com 50,1% de participação, a Odebrecht terá agora um sócio com muito mais poder de decisão. A situação é delicada não apenas porque coloca lado a lado duas empresas com culturas distantes, mas sobretudo porque, além de sócia, a Petrobras tem o monopólio nacional do fornecimento de nafta, a principal matéria-prima da Braskem. Hoje, 70% da nafta consumida pela Braskem é fornecida pela Petrobras - que vende o insumo a um preço mais elevado do que o praticado por grandes produtores do Oriente Médio e da Europa. Segundo cálculos de analistas do setor, o custo de produção da Braskem é cerca de quatro vezes maior que o de seus principais concorrentes asiáticos - em grande medida por causa do custo da matéria-prima. Por isso, as aquisições recentes de empresas em países em que os insumos são mais baratos, como a recém-anunciada compra da americana Sunoco, são fundamentais para o futuro da empresa.


A força da Petrobras na nova Braskem pode ser medida também por sua participação na governança da companhia. Até agora a estatal garantiu quatro das 11 cadeiras do conselho (a Odebrecht fica com seis e os minoritários com uma) e pelo menos duas das dez diretorias. O impasse mais urgente a ser desfeito pela nova estrutura de comando diz respeito ao futuro do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), um dos principais projetos da Petrobras e xodó do governo Lula. Orçado inicialmente em 16 bilhões de reais, dos quais 6,5 bilhões teriam de ser pagos pela Braskem, o Comperj foi um dos maiores motivos de desgaste durante as negociações para a compra da Quattor. Foi tanto estresse que a Braskem e a estatal decidiram deixar a discussão dos detalhes para depois do fechamento do negócio - dos 30 representantes da Braskem que ainda trabalham nos ajustes finais do contrato, 20 se dedicam só às discussões envolvendo o Comperj.


TAL MOBILIZAÇÃO É JUSTIFICADA pela polêmica que cerca o projeto. Além de ser considerado pelas empresas privadas um investimento alto demais, o Comperj sempre foi visto com desconfiança por usar um processo de produção ainda inédito e 5% mais caro que o tradicional - razões pelas quais a Petrobras, que apresentou a primeira versão do projeto em 2006, ainda não conseguiu atrair nenhum parceiro privado. "Com o custo atual das resinas brasileiras, já não dá para disputar o mercado internacional. Encarecer o processo seria ainda mais prejudicial para a competitividade da Braskem", diz João Luiz Zuñeda, diretor da consultoria Maxiquim, especializada no setor. Para lidar com a questão, Gradin conseguiu um trunfo. A Braskem convenceu a Petrobras de que condicionaria o investimento à avaliação de uma agência internacional de risco. Se a nota do Comperj for menor que a da própria Braskem, ela poderá se negar a entrar no negócio. Além disso, a petroquímica pode forçar um adiamento das obras se conseguir comprovar que precisa, primeiro, equilibrar seu caixa. "Podemos chegar a um acordo sobre que obras devem ter prioridade e jogar com esse tempo", diz Gradin. A Petrobras, porém, tem uma expectativa bastante diferente. A estatal não vê a hora de colocar o projeto em andamento - o objetivo é produzir no Comperj 6 milhões de toneladas de produtos petroquímicos a partir de 2014. "Estamos montando uma sala de informações para a Braskem. Sei o que vão encontrar e tenho certeza de que a parceria será fechada", diz Paulo Roberto Costa, diretor de abastecimento da Petrobras. Pelo visto a palavra "tranquilidade" continuará banida do vocabulário de Gradin por algum tempo.


Os números do gigante

Os principais indicadores da empresa resultante da compra da Quattor pela Braskem

POSIÇÃO NO MERCADO: 8a maior produtora de resinas do mundo e a 1a da América Latina
FATURAMENTO: 25,8 bilhões de reais (1)
RESULTADO OPERACIONAL (EBITDA): 2,9 bilhões de reais (1)
PRODUÇÃO: 26 fábricas, com capacidade para 5,5 milhões de toneladas de resinas por ano
VALOR DOS ATIVOS: 33,5 bilhões de reais
PREJUÍZO: 584 milhões de reais (1)

COMPOSIÇÃO ACIONÁRIA (2) (CAPITAL TOTAL):
Odebrecht 34,7%
Petrobras 32,3%
BNDES 5,2%
Minoritários 27,8%

COMPOSIÇÃO ACIONÁRIA (2) (CAPITAL VOTANTE):
Odebrecht 50,1%
Petrobras 33,7%
BNDES 2,6%
Minoritários 13,5%


Fonte: Portal Exame.

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sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Fusões e Aquisições Crescem 31% em 2009, diz KPMG



O movimento de fusões e aquisições no Brasil manteve o ritmo de retomada no quarto trimestre do ano, com 114 operações registradas até o dia 15 de dezembro. O resultado é de uma pesquisa da KPMG, que projeta cerca de 140 transações para o fechamento do mês, uma alta de 19% sobre o trimestre anterior.

No acumulado de 2009, foram fechados 430 acordos no segemento, com expectativa de encerrar dezembro em 456, um aumento de 31% ante 2008.

“Podemos dividir o ano em dois momentos distintos. No primeiro semestre, tivemos uma forte desaceleração no número de transações por causa dos reflexos da crise no mercado de crédito e do ambiente de incerteza. Já neste segundo semestre, o cenário se inverteu e começamos a ver uma retomada gradativa das operações”, afirma o sócio da KPMG Brasil responsável pela pesquisa, Luís Motta.


Dentre os destaques de 2009, estão a compra e fusão de empresas estrangeiras estabelecidas no País por controladoras brasileiras. Esse tipo de operação saltou de oito, nos primeiros três meses do ano, para 38 negociações até metade de dezembro.


Entre os setores que mais movimentaram o mercado, o destaque vai para tecnologia da informação, com 53 transações, seguido de alimentos, bebidas e fumo(38), e telecomunicações e mídia (23), que historicamente são setores de grande movimentação.


“Para o próximo ano, a tendência é que a movimentação de fusões e aquisições se intensifique ainda mais como conseqüência do retorno dos IPOs [oferta pública inicial de ações], de transações entre grandes e médias empresas e da melhora das perspectivas econômicas no contexto local e internacional. É esperado um aumento de 15% no primeiro trimestre de 2010, e que nos trimestres seguintes o movimento cresça gradativamente”, analisou Motta da KPMG. Se este cenário seguir o curso previsto, poderemos fechar o ano de 2010 em um nível superior ao de 2008, segundo melhor ano da história, quando tivemos uma movimentação de 663 operações”, concluiu.


Fonte: FinancialWeb.

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CSN Oferece US$5,6 Bilhões pela Portuguesa Cimpor



A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) fez uma oferta em dinheiro de cerca de 3,86 bilhões de euros (quase 5,6 bilhões de dólares) pela portuguesa Cimpor, maior produtora de cimento daquele país.


A CSN se dispôs a pagar 5,75 euros por ação da Cimpor, ao lançar uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) pela totalidade dos papéis da empresa. O valor representa um prêmio de cinco por cento ante o preço de fechamento das ações da Cimpor na quinta-feira.


As ações da Cimpor, que foram suspensas durante parte do pregão na bolsa de Lisboa, disparavam e operavam a um preço acima do valor oferecido pela CSN.


Às 7h46 (horário de Brasília), as ações da Cimpor subiam 14,36 por cento, para 6,25 euros.


"Os valores mobiliários alvo da oferta são as 672 milhões de ações representantes de todo o capital social da empresa", segundo comunicado da Cimpor.


De acordo com o anúncio preliminar da proposta, a oferta da CSN, ficará subordinada à aquisição de, pelo menos, 50 por cento do capital da Cimpor mais uma ação.


"A presente oferta insere-se na estratégia de diversificação e internacionalização dos negócios da CSN. A aquisição do controle da Cimpor permitirá o acesso a mercados já consolidados e a novos mercados com elevado potencial de crescimento", conforme o documento.


"A CSN espera trabalhar em conjunto com a atual administração da Cimpor, de modo a alcançar o sucesso da operação com vantagens para os dois grupos empresariais", acrescentou.


Além da presença em Portugal, a Cimpor tem operações em uma série de países, incluindo Brasil, Espanha, África do Sul, China, Egito e Turquia.


A CSN já está em Portugal por meio da unidade Lusosider, produtora de aços planos com capacidade instalada de cerca de 550 mil toneladas por ano de chapas, segundo informações no site da siderúrgica brasileira.


Fonte: Portal Exame.

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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

CVM e PF se Unem Contra Vazamento de Informações


Boa parte dos grandes negócios fechados no Brasil nos últimos anos teve suspeita de vazamento de informações. A compra das Casas Bahia pelo Pão de Açúcar foi apenas o último exemplo. Um dia antes do anúncio do negócio, as ações da Globex, do grupo Pão de Açúcar, subiram 35%, e a movimentação atípica está sendo investigada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Para tentar combater essa situação, a CVM terá uma ajuda maior da Polícia Federal (PF). As duas partes já analisam a formalização de um termo de cooperação técnica, a ser assinado até meados do próximo ano, que seria apenas uma das ações que visam, futuramente, promover uma investigação praticamente simultânea nas esperas administrativa (CVM) e policial (PF).

Apesar da preocupação da CVM em relação ao crescente número de suspeitas sobre eventuais vazamentos de informações privilegiadas, a autarquia ainda sofre restrições em relação a um trabalho mais próximo à Polícia Federal. O subprocurador chefe da CVM, José Eduardo Guimarães Barros, explica que a Lei Complementar nº 105, de 2001, restringe o envio de informações da autarquia à PF mesmo em casos de suspeita de irregularidades.

Tal prática só seria possível com alterações na Lei Complementar, medida que já está em análise pelo Ministério da Justiça, por intermédio da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (Enccla). "A Enccla trabalhou no ano passado em um projeto de lei que pretende alterar a Lei Complementar 105, e abordaria, entre outros pontos, também esse aspecto de remessa de informação", explicou Barros, que, no entanto, afirmou desconhecer detalhes do projeto.

Barros destacou que a PF teria maneiras adicionais de contribuir para uma investigação. Entre elas estariam a quebra de sigilo telefônico e bancários. "O poder de prova da CVM é mais limitado", ressaltou o representante da CVM, que participou ontem de evento promovido pelo Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (Ibri) em São Paulo.


Frustração

A prevista assinatura de acordos entre CVM e PF mostra o descontentamento da autarquia responsável pela regulação do mercado de capitais em relação ao vazamento de informações antes das grandes operações. A presidente da CVM, Maria Helena Santana, afirmou que há um "sentimento de frustração enorme" em relação a acontecimentos semelhantes.

A preocupação em torno do aperfeiçoamento das investigações sobre negociações incomuns às vésperas de anúncios de grandes negócios ganhou força em 2007. Naquele ano a operação de aquisição do Grupo Ipiranga por Petrobrás, Braskem e Grupo Ultra suscitou uma série de desconfianças em relação a operações irregulares feitas por pessoas jurídicas e físicas. O caso resultou até no bloqueio de contas de envolvidos.

A partir do ocorrido, segundo Barros, a CVM intensificou as conversações com o Ministério Público em relação a práticas de irregularidades no mercado de capitais. O resultado da parceria foi a assinatura de um acordo, em 2008, no qual as partes trabalhariam em conjunto na definição de casos na esfera civil, ou seja, na obtenção de indenizações a prejudicados com ações fraudulentas.

A aproximação com a Polícia Federal, por sua vez, viabilizaria avanços na instalação de inquéritos policiais, uma vez que o uso de informações privilegiadas também é configurado crime. "O termo de cooperação prevê a troca de experiências e a realização de treinamentos conjuntos. Nós (CVM) teremos acesso ao que eles (PF) têm em relação a investigações e eles terão treinamento em relação ao mercado (de capitais)", disse Barros.

Fonte: Portal Exame.

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terça-feira, 25 de agosto de 2009

Itaú-Unibanco e Porto Seguro Vão Unificar Seguros


Itaú Unibanco Holding e Porto Seguro celebraram associação para unificar suas operações de seguros residenciais e de automóveis, bem como acordo operacional para oferta e distribuição, em caráter exclusivo, de produtos securitários residenciais e de automóveis para os clientes da rede Itaú Unibanco no Brasil e no Uruguai. Em nota ao mercado, os envolvidos dizem que a associação será implementada por meio de uma reorganização societária. O Itaú Unibanco realizará a transferência da totalidade de ativos e passivos relacionados à sua atual carteira de seguros residenciais e de automóveis para companhia que será denominada Itaú Unibanco Seguros de Automóvel e Residência. Essa companhia, com patrimônio líquido de R$ 950 milhões, será transferida para a Porto Seguro.

A Porto Seguro, em contrapartida, emitirá ações que representarão 30% de seu novo capital social, as quais serão entregues ao Itaú Unibanco. Os controladores da Porto Seguro e do Itaú Unibanco constituirão nova sociedade que será denominada Porto Seguro Itaú Unibanco Participações (PsiuPar), para a qual aportarão a totalidade de suas ações de emissão da Porto Seguro. Os atuais controladores da Porto Seguro controlarão a PsiuPar com 57% do capital (Itaú Unibanco terá 43%) que, por sua vez, será a controladora direta da Porto Seguro, com 70% do capital (o mercado terá 30%).

Ao Itaú Unibanco será assegurada a indicação de dois dos cinco membros no Conselho de Administração da PsiuPar. Adicionalmente, o Itaú Unibanco indicará dois dos sete membros do Conselho de Administração da Porto Seguro. A Itaú Unibanco Seguros de Automóvel e Residência S.A. passará a ser gerida pela Porto Seguro, que assim contará com as marcas Porto Seguro, Itaú Unibanco e Azul, que serão oferecidas em todos os canais de venda, por meio de diferentes produtos e serviços.

Os executivos e colaboradores do Itaú Unibanco que atuam na área de seguros de automóvel e residência serão alocados na Itaú Unibanco Seguros de Automóvel e Residência. A Porto Seguro continuará listada no Novo Mercado da BM&FBovespa. A conclusão da associação entre Itaú Unibanco e Porto Seguro depende de aprovação dos acionistas, da Superintendência de Seguros Privados (Susep) e do Sistema Brasileiro de Defesa de Concorrência (SBDC).

Na nota, Itaú e Porto Seguro trazem uma tabela indicando que a operação combinada tinha patrimônio líquido de R$ 3,050 bilhões em 30 de junho. Os prêmios acumulados auferidos automóveis eram de R$ 2,319 bilhões, os prêmios residenciais eram de R$ 198 milhões. O número de automóveis segurados era de 3,4 milhões e de residências, 1,235 milhão.

Fonte: Portal Exame.

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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Justiça dos EUA Aprova Acordo antitruste para AB InBev


Um juiz federal dos EUA deu a aprovação final para o acordo com os reguladores antitruste dos EUA que libera a fusão de US$ 52 bilhões entre a belgo-brasileira InBev e a norte-americana Anheuser Busch, que deu origem no ano passado à maior cervejaria do mundo, a Anheuser-Busch InBev, ou AB InBev. O juiz do tribunal distrital dos EUA James Robertson, de Washington, rejeitou um longo processo dos críticos que queriam impedir a transação. O processo pedia que o juiz não aprovasse o acordo, alegando que este não resolvia adequadamente supostos potenciais danos competitivos ao mercado de cerveja que a fusão causaria. Pelos termos do acordo, fechado em novembro, a InBev concordou em vender sua divisão Labatt USA para obter a aprovação do governo norte-americano à transação. A divisão antitruste do Departamento de Justiça considerou que o acordo atendia ao interesse público. A InBev concluiu a compra da Anheuser-Busch após receber luz verde do Departamento de Justiça, mas o acordo com as autoridades antitruste não era final enquanto Robertson não o aprovasse. As informações são da Dow Jones.

Fonte: Portal Exame.

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