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sábado, 6 de dezembro de 2014

Revista Evidenciação Contábil & Finanças - v. 2, n. 3


A Revista Evidenciação Contábil & Finanças (RECFin) é um periódico organizado pelo Departamento de Finanças e Contabilidade (DFC) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em parceria com seu Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis. Atualmente ela consta em 12 diferentes diretórios de pesquisa e indexadores científicos.

A seguir consta seu sumário com os artigos publicados neste número (v. 2, n. 3, 2014). Convidamos você a navegar no sumário da revista para acessar os artigos e itens de interesse.

Orleans Silva Martins (UFPB)
Editor Geral


Revista Evidenciação Contábil & Finanças
v. 2, n. 3 (2014)

Sumário

Editorial (1-3)
    Orleans Silva Martins

Nominata de Avaliadores (4-5)
    Orleans Silva Martins

Seção Nacional

Análise do Nível de Evidenciação de Informações Ambientais Apresentado pelas Empresas que Exploram Atividades Agrícolas (6-23)
Deisiane Alves Guimarães, Ilirio José Rech, Moisés Ferreira Cunha, Ivone Vieira Pereira

Efeito do Resultado Abrangente nos Indicadores de Desempenho das Companhias Abertas Brasileiras (24-40)
Geordana Mendonça Curcino, Sirlei Lemes, Reiner Alves Botinha

Impacto da Divulgação Obrigatória da DVA: Evidência em Indicadores Financeiros (41-55)
Ismael Alencar Fiuza de Oliveira, Antônio Carlos Dias Coelho

Logística Reversa: Análise Bibliométrica de Artigos Publicados em Periódicos Brasileiros no Período de 2003 a 2012 (56-72)
Ferdinando David Valando, Marcia Zanievicz Silva, Júlio César Silva

Evidências Empíricas sobre a Rentabilidade dos Ativos dos Bancos no Brasil antes da Crise Americana do Subprime (73-87)
Fernando da Silva Vinhado

Seção Internacional

La Inteligencia Institucional y Cadena de Valor de la Información: El Ejemplo de la Universidad Federal de Rio Grande do Norte - Brasil (88-103)
Márcia Josienne Monteiro Chacon, Daniel Sanchez Toledano, Aneide Oliveira Araújo

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quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Petrobras Admite Realizar Baixas Contábeis por Corrupção


A Petrobras poderá realizar eventuais baixas contábeis em seus ativos de acordo com o tamanho das propinas pagas na contratação das obras, tomando como base provas entregues à Justiça no âmbito da operação Lava Jato, da Polícia Federal, disseram nesta segunda-feira os principais executivos da companhia.

Mais cedo, a estatal afirmou em nota que as recentes denúncias de corrupção --que levaram ao adiamento da divulgação do balanço financeiro do terceiro trimestre-- têm potencial para impactar as demonstrações contábeis da empresa.

A presidente da Petrobras, Maria das Graças Foster, confirmou preocupações de analistas sobre a necessidade de a empresa reconhecer perdas contábeis em ativos envolvidos nas denúncias de corrupção.

"O ativo pode dar o melhor retorno, mas, se há custo relativo à corrupção, obrigatoriamente você tem que baixar e descontar o valor", afirmou Graça Foster, como ela prefere ser chamada, a investidores e analistas, acrescentando também que a empresa vai buscar ressarcimento de valores onde identificar prejuízos.

O diretor financeiro da Petrobras, Almir Barbassa, comentou que "o foco maior é no ajuste devido a fatores de corrupção", mas ele destacou que "se os cálculos vierem dentro das expectativas não se espera efeito (das baixas contábeis) sobre dividendos".

Analistas temem redução de dividendos de ações ordinárias, considerando que a política de dividendos garante aos acionistas das preferenciais um pagamento mínimo.

As ações preferenciais caíam 2,6 por cento por volta das 15h20, as ordinárias recuavam 2,9 por cento, enquanto o Ibovespa caía 0,9 por cento.

Barbassa também tentou tranquilizar o mercado, que teme que, por conta do atraso no balanço do terceiro trimestre, a empresa venha a ser impedida de acessar mercados de bônus nos Estados Unidos, onde a companhia toma emprestada a maior parte do dinheiro para suas operações.

Ele disse que a Petrobras tem trabalhado com um caixa volumoso, o que dá à companhia um prazo superior a seis meses sem a necessidade de acessar mercados de dívida.

"Temos trabalhado com volumes muito elevados de caixa, e agora (essa estratégia) vem se provar medida positiva, porque nos dá um período superior a seis meses de operação sem acessar mercado de dívida", afirmou Barbassa a jornalistas, após conferência com investidores mais cedo.

Barbassa disse que não poderia dizer quanto a Petrobras tem em caixa.

O executivo afirmou ainda que empresa pode ajustar prazos para a divulgação de balanços para incorporar novas informações denunciadas.

Segundo ele, as companhia não divulgará informações do terceiro trimestre incompletas.

MÁS NOTÍCIAS NA PRODUÇÃO

Até mesmo quando um considerável aumento de produção anual poderia ser comemorado, com registro de recorde em outubro, surgem informações que acrescentam ressalvas às conquistas da estatal.

A Petrobras informou nesta segunda-feira que sua meta de aumentar a produção de petróleo no Brasil em 2014 em cerca de 7,5 por cento não será cumprida, alegando atrasos na entrega de plataformas próprias e necessidade de obras, entre outros fatores.

A petroleira estabeleceu, ainda no início do ano, uma meta de elevar seu bombeamento em 7,5 por cento ante 2013, com margem de um ponto percentual para mais ou para menos.

No entanto, agora companhia estima aumento de 5,5 a 6 por cento na produção este ano, segundo a apresentação feita a analistas, no Rio de Janeiro.
Em 2013, a Petrobras produziu em média 1,931 milhão de barris de petróleo por dia no país.

Em agosto, uma fonte do governo federal já havia dito à Reuters que a Petrobras não conseguiria atingir sua meta devido a atrasos na entrada em operação de algumas plataformas.

Até pelo menos setembro, membros da diretoria da Petrobras ainda insistiam que a meta de produção estabelecida no início do ano seria cumprida.

Fonte: Exame.

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sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Auditoria Externa não vai Assinar Balanço da Petrobrás



A auditoria PriceWaterhouseCoopers decidiu que não vai assinar nenhuma demonstração contábil da Petrobrás até que a companhia conclua as investigações internas abertas para apurar denúncias de corrupção, surgidas nos acordos de delação premiada da Operação Lava Jato. Na quinta-feira, 13, depois de revelado pelo estadão.com.br e pela Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, que a Price não daria seu aval para as informações contábeis trimestrais da empresa, a Petrobrás informou que não divulgará seu balanço nesta sexta-feira, 14 – data-limite segundo as regras de mercado.

De acordo com comunicado enviado na noite de quinta, ao mercado, a empresa informou que vai divulgar os resultados no prazo “mais breve possível” e estimou a data em 12 de dezembro. A Petrobrás informou também que a divulgação dos dados será feita sem a revisão pelos auditores externos – o que não ocorre normalmente com empresas de capital aberto, com ações negociadas na Bolsa.

De acordo com as regras da Comissão de Valores Mobiliários (CVM, xerife do mercado brasileiro), as empresas de capital aberto têm até esta sexta, 14, para Questionada sobre o fato de uma empresa negociada na Bolsa de Nova York adiar a publicação de balanço, a SEC (responsável pela fiscalização do mercado americano) informou que, em tese, a não entrega de documentos pode levar à suspensão de negociação das ações por até dez dias úteis. A SEC também está investigando as denúncias de desvios na Petrobrás.

O Estado apurou que os auditores decidiram não assinar a demonstração contábil da empresa por temerem os impactos que a eventual comprovação dos desvios denunciados pelo ex-diretor da empresa Paulo Roberto da Costa possa ter sobre os números. Se alguma obra foi superfaturada, a estatal terá de descontar de seus ativos o valor desviado.

Controles internos

Para assinar qualquer balanço da empresa daqui para a frente, além da conclusão das investigações, a auditoria vai exigir que a companhia comprove que os controles internos são capazes de detectar e barrar irregularidades em outras diretorias. Por enquanto, a Petrobrás investiga possíveis irregularidades nas obras do Comperj, no Rio, e da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco.

No início do mês, a auditoria já havia informado ao conselho de administração da Petrobrás que não poderia aceitar nenhuma informação prestada pela subsidiária Transpetro enquanto fosse presidida por Sérgio Machado, também investigado na operação Lava Jato. O executivo acabou sendo afastado da função por este motivo. Machado foi acusado de ter uma evolução patrimonial incompatível com
seu cargo.

A Price informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que em razão de cláusulas de confidencialidade não pode fazer nenhum comentário sobre seus clientes.

Fonte: Estadão.

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Petrobras Cita Investigação e Adia Balanço em um Mês



A Petrobras confirmou ontem à noite que não vai divulgar hoje o resultado do terceiro trimestre do ano junto com o relatório de revisão da PwC, sua auditoria externa. Termina nesta sexta o prazo oficial dado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para a apresentação das demonstrações contábeis do período. A companhia informou que estima que conseguirá publicar o balanço apenas em 12 de dezembro, e mesmo assim sem o parecer de revisão da PwC.

A Petrobras reconheceu, em nota, que o atraso se relaciona com os efeitos da Operação Lava-Jato da Polícia Federal, que investiga denúncias de desvios bilionários de recursos na Petrobras.

A companhia disse que, antes de apresentar seus números, precisa aprofundar as investigações, fazer possíveis correções nos saldos do balanço e avaliar melhorias nos controles internos.

"Como é de conhecimento público, a Petrobras passa por um momento único em sua história, em face das denúncias e investigações decorrentes da 'Operação Lava Jato' conduzida pela Polícia Federal, na qual o ex-diretor de Abastecimento da Companhia, Paulo Roberto Costa, foi denunciado pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa e está sendo investigado pelos crimes de corrupção, peculato, dentre outros", afirmou a empresa na nota. A Petrobras disse que, considerando o teor do depoimento de Costa à Justiça Federal, em 8 de outubro, quando ele fez declarações que, se verdadeiras, "podem impactar potencialmente as demonstrações contábeis da companhia", a Petrobras vem adotando diversas providências que visam ao aprofundamento das investigações.

A Petrobras reiterou que celebrou contratos com dois escritórios de advocacia independentes especializados em investigação: um brasileiro, Trench, Rossi e Watanabe Advogados; e outro americano, Gibson, Dunn & Crutcher LLP, tendo por objetivo apurar a natureza, a extensão e os impactos dos atos que "porventura tenham sido cometidos no contexto das alegações feitas" por Costa, "bem como apurar fatos e circunstâncias correlatos que tenham impacto relevante sobre os negócios da companhia". Segundo a estatal, a contratação foi recomendada pelo Comitê de Auditoria em conformidade com as melhores práticas internacionais e autorizada pela diretoria executiva da Petrobras.

Antes da divulgação da nota, circularam ontem informações de que a PwC não iria assinar as informações trimestrais do balanço da petroleira. Segundo o Valor apurou, o argumento seria o de que, desde que a PwC se recusou a assinar o balanço, na sexta-feira passada, o processo de investigação iniciado pela Petrobras, com a contratação dos dois assessores externos, não teve tempo de avançar. As ações oscilaram ontem e terminaram o dia em queda. A ação preferencial caiu 3,61%, cotada a R$ 13,60, e a ação ordinária teve perda de 2,81%, a R$ 13,16. Procurada, a PwC disse que não faz comentários sobre seus clientes. [1]

No mercado, a projeção média de três bancos e uma corretora ouvidos pelo Valor é de que a receita da Petrobras no terceiro trimestre do ano ficou em R$ 86,8 bilhões, com alta de 11,71% em relação à receita realizada pela companhia no mesmo período do ano passado, de R$ 77,7 bilhões. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) médio projetado pelas quatro casas para o terceiro trimestre foi de R$ 18,9 bilhões, 44,4% acima dos R$ 13 bilhões do período julho-setembro de 2013. E o lucro líquido médio projetado para a empresa pelos bancos ficou em R$ 4,5 bilhões, alta de 32,58% sobre os R$ 3,39 bilhões obtidos pela estatal no terceiro trimestre do ano passado. As projeções incluem Goldman Sachs, Itaú BBA, Morgan Stanley e Bradesco.

Cabe notar que a empresa é "dona" de seu balanço e pode divulgá-lo quando e como bem entender. A questão é que, para empresas de grande peso no mercado, como é o caso da Petrobras, divulgar os números sem o aval dos auditores, ou com uma posição contrária deles, é algo que pesa na reputação.

A decisão da companhia de divulgar seus números com atraso, no dia 12 de dezembro, e mesmo assim sem o parecer, mostra que não apenas os auditores, mas também a sua alta administração, não está confortável em assinar o balanço sem mais informações.

A sanção imediata da CVM para atraso na divulgação de balanços é uma multa de R$ 500 por dia de atraso. Penas mais severas, como suspensão de negociação das ações, só ocorrem após um ano de atraso. Nos Estados Unidos, as empresas estrangeiras também podem ser processadas por atraso na divulgação de informações, mas quando se trata do documento de informações anuais (20-F). A Bolsa de Nova York também prevê sanções, depois de nove meses de atraso.

[1] Efeito Arthur Andersen: já há quem afirme que a possível recusa da PWC em assinar um balanço duvidoso lembre o caso Enron e a auditoria Arthur Andersen. Naquela ocasião a auditoria validou as demonstrações contábeis fraudadas da Enron e, assim como a contratante, a auditoria perdeu credibilidade e faliu pouco tempo depois. Mesmo que a Petrobrás seja a maior cliente do mercado brasileiro, a PWC tem cliente maiores no mundo inteiro e um nome a zelar. Será que veremos uma rara Opinão Adversa de uma audioria no Brasil? É pagar para ver!

Fonte: Valor Econômico.

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quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Eike Entrega OGX a Credores e Dívida de R$ 13,8 Bi é Resolvida


O empresário Eike Batista continua protagonista das maiores operações de mercado. Desta vez, porém, não foi para iniciar um novo capítulo de sua vida empresarial, mas para encerrar. Ontem, foi aprovada em assembleia geral a conversão de nada menos do que R$ 13,8 bilhões de dívidas da OGX em capital. Trata-se de todos os compromissos que a companhia tinha antes do pedido de recuperação judicial, feito há um ano. A maior operação desse tipo já realizada na América Latina.

A partir de agora essa dívida desaparece do balanço dessa nova OGX. Ou melhor, sai do lado do passivo e passa para o ativo, como reserva de capital. Tudo conforme o plano de recuperação judicial. [1]

Foi o peso desses vencimentos que levou todo o grupo EBX ao colapso, depois de anunciado ao mercado que o projeto da OGX não seria nada do imaginado, após a finalização da fase exploratória.

Também a partir de agora, a OGX, ex-estrela do império de Eike Batista, não tem mais um controlador definido. "A base acionária está completamente diluída", explicou Ricardo Knoepfelmacher ao Valor. Ele está à frente da reorganização do grupo EBX desde agosto do ano passado.

Os titulares da dívida convertida ficaram com 71,4% da OGX reestruturada. Entre eles estão os detentores dos bônus internacionais, fornecedores e a OSX, companhia do grupo criado pelo empresário para construir as plataformas e estaleiros que seriam demandados pela companhia-irmã.

Eike Batista e os minoritários da OGPar (antiga OGX) terão 28,6% da nova empresa, agora sem a dívida multibilionária. Esse percentual é dividido quase igualmente entre o empresário e os minoritários de mercado - cada qual com cerca de 14%.

A nova OGX terá aproximadamente US$ 290 milhões em dívida. Desse valor, US$ 215 milhões são referentes ao financiamento feito por parte dos detentores de bônus em debêntures conversíveis. Tal dívida, portanto, também desaparece, num segundo e mais dilutivo aumento de capital. Ao fim de todo o processo, que ainda pode levar alguns meses, os donos da nova OGX serão os bondholders que apostaram na empresa em seu pior momento, e forneceram esse crédito adicional. Eles terão 65% do capital total e votante.

Outros 25% ficarão nas mãos dos credores anteriores à recuperação judicial - ou seja os titulares dos créditos da conversão de ontem. Por fim, 10% serão divididos em fatias iguais entre os minoritários e Eike Batista, em OGpar.

Knoepfelmacher destacou que o fato de Eike ter se mostrado preocupado em resolver a questão "pela porta da frente" e de forma "desapegada" facilitou o acordo com os credores. "Foi uma solução totalmente de mercado. Sem interferência política e sem bancos públicos. Não é o trivial para Brasil."

A OGX ganhou vida nova com a reestruturação. Apenas os campos de Tubarão Martelo são avaliados pela consultoria DeGolyer and MacNaughton em US$ 1,5 bilhão.

Entretanto, para a companhia tirar o maior valor de seus ativos, ou seja, explorar o campo BS-4, ainda são necessários investimentos da ordem de R$ 800 milhões, conforme o Valor apurou. A eliminação da dívida permite que a nova OGX se alavanque em mais R$ 100 milhões, com operações tradicionais. Assim, para conseguir os recursos necessários, se quiser levar o projeto adiante, terá que vender parte de seus ativos.

O time de Knoepfelmacher deve conduzir a nova OGX, pelo menos, até o fim do processo, com a conversão da dívida nova em capital. Essa etapa terá de superar uma batalha jurídica com investidores que querem colocar recursos novos na OGX, dentro do grupo original de bondholders. Trata-se de um grupo liderado pelo fundo Autonomy. A expectativa, de quem acompanha o tema de perto, é que deve se buscar um acordo entre as partes. Não será algo simples.

Neste ano, a OGX deverá ter receita líquida superior a R$ 1 bilhão. A aderência ao plano original entre os credores, selado na véspera do Natal de 2013, por um grupo com mais de cem participantes, está em 99%, segundo Knoepfelmacher.

[1] Na verdade a dívida não passa para o ativo, mas sim para o patrimônio líquido, na forma de reserva de capital.

Fonte: Valor Econômico.

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quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Site Faz Torcedor Investir em Futebol


Você sabia que pode se tornar um investidor de futebol? O Panela FC, site lançado no início deste mês, permite que qualquer um compre cotas de alguns jogadores pelo país. O detalhe que chama a atenção de interessados (tanto clubes que podem ser parceiros quanto prováveis investidores) é o preço das "mercadorias". Para se ter uma ideia, Henrique, artilheiro do Brasileirão, que disputa a Série A, é mais barato do que o volante Jonas, destaque do Sampaio Corrêa, que disputa a Segundona.

Caso o Palmeiras opte por adquirir os direitos econômicos do camisa 19 em definitivo, o custo da operação será de R$ 2 milhões. Para comprar Jonas pelo site, o valor estipulado é de R$ 3,5 milhões. Em setembro, ele chegou a ser especulado no Corinthians por menos do que isso. Outra base de comparação fica por conta de Matheus, lateral do Grêmio Barueri. Disputando a Série D, ele vale R$ 1,5 milhão.

A precificação dos atletas é o que mais assusta os interessados. O diretor-executivo do site, Diego Fernandes, explica que quem define o valor é o clube parceiro. Sua empresa fatura 20% da movimentação feita entre clube e investidor.

"O valor dos atletas é sempre definido pelo clube. Tem uma coisa que vamos deixar claro: não inventamos a roda. Há um ramo de negócios que já existe e estava fechado para meia dúzia de pessoas, agora, todo torcedor tem direito. Os atletas têm o mesmo preço do mercado, esse é o preço. Temos uma preocupação muito grande em precificar bem, porque isso define o lucro da venda futura", explica.

O problema do alto preço é que um atleta que esteja definido, por exemplo, com o valor de R$ 3,5 milhões, só gerará lucro caso seja vendido por mais do que isso. E o site, por enquanto, trabalha com clubes de menor expressão no cenário nacional, como Gama, Piauí, Horizonte, Grêmio Barueri, CSA e Potiguar. Há a promessa de que clubes argentinos entrem no negócio e aumentem a gama de times internacionais, que, hoje, conta com portugueses.

O plano de Diego é seguir as conversas com clubes grandes para que jogadores com grande talento possam ficar por mais tempo no país.

"Hoje, o futebol vive um momento delicado. Veja quantos times estão devendo salário, quantos não cumprem o que prometem, vários sem patrocinadores e com dificuldades em geral. Por isso, o site pode ajudar o futebol brasileiro. Imagina se o São Paulo fosse nosso parceiro e conseguisse vender o Lucas para o seu torcedor. Ele poderia ficar por mais um tempo aqui antes de sair", completou.

"Mas sabemos que a política em clubes grandes é muito complicada, por isso encontramos algumas dificuldades", finalizou.

Problemas com a Lei

Amparados por Gislaine Nunes, famosa advogada do meio do futebol, Diego e seus companheiros de trabalho acreditam não enfrentar problemas com a Fifa, que determinou que investidores não podem ser donos de direitos econômicos, tampouco com a possibilidade da ilegalidade de a ação ser encarada como uma bolsa de valores.

"A Fifa critica o fato do monopólio. E a gente não vai fazer isso. Cada pessoa poderá comprar apenas R$ 5 mil de cada atleta. E não funcionamos como bolsa de valores, nós apenas demos liquidez a algo que já existe. Porque, de acordo com as leis do mercado brasileiro, um empresário pode comprar e o torcedor não?", afirmou.

Reportagem da Exame, no entanto, entrevistou  especialistas em direito esportivo internacional, como Eduardo Carlezzo. Ele afirmou que há irregularidade na captação de recursos sem registro na Comissão de Valores Mobiliários.

No caso da Fifa, a entidade máxima do futebol dá o prazo de adequação de até quatro anos para que clubes e atletas se adequem à nova norma. 

Fonte: UOL Esportes.

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sexta-feira, 10 de outubro de 2014

PeTrobrás: O Esquema de Desvio na Maior Empresa Brasileira



Acusado de ser o operador financeiro do esquema de corrupção e lavagem de dinheiro rastreado pela operação Lava-Jato na diretoria de Abastecimento da Petrobras, o doleiro Alberto Youssef afirmou em interrogatório à Justiça Federal do Paraná que o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto e o lobista Fernando Soares - ligado ao PMDB, segundo a investigação - operavam esquemas paralelos que correspondiam a 60% dos desvios de recursos na Petrobras: "Eu não operei em outra diretoria, mas eu sei que existiam os mesmos moldes em outras diretorias", afirmou. Questionado pelo juiz como tinha conhecimento dos outros supostos esquemas, explicou: "Eu sei por conta dos próprios empreiteiros, os próprios operadores, no caso o Fernando Soares. Em todas as áreas, tanto na internacional como na de serviços", respondeu.

Youssef foi categórico ao afirmar que Vaccari e Soares atuavam também na diretoria de Abastecimento: "Sim eles operavam também".

Youssef afirmou que os políticos envolvidos na nomeação de Paulo Roberto Costa para a diretoria de Abastecimento da Petrobras em 2004 travaram a pauta do Congresso por três meses, de modo a forçar o então presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, a homologar a nomeação.

"Na época era o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ele ficou louco, teve que ceder e realmente empossar o Paulo Roberto na diretoria de Abastecimento", afirmou.

Ex-diretor da Petrobras por oito anos, Costa admitiu em juízo que foi indicado pelo PP e explicou durante interrogatório que 3% do valor dos contratos eram para propina dos "agentes políticos", e que as obras chegavam a ter superfaturamento de 20%: "Quem não pagava não participava", disse. "Na área de petróleo e gás essas empresas, normalmente entre os custos indiretos e o seu lucro, o chamado BDI, elas colocam algo entre 10% a 20% dependendo da obra, dos riscos, da condição do projeto. Nas obras da Petrobras o BDI era 15%, por exemplo, então se colocava 3% a mais alocado para agentes políticos", descreveu ao juiz Sergio Moro, que não decretou segredo de Justiça nos depoimentos dos réus - registrados em vídeo - por entender tratar-se de assunto de interesse público.

Youssef resumiu o "fracionamento" da propina que seria paga com recursos da Petrobras: "Eram 1% de todos os contratos, 30% para doutor Paulo Roberto, 60% para agentes políticos, 5% para mim e 5% era para João Claudio Genu", explicou. Genu, condenado no mensalão por corrupção e lavagem de dinheiro, era assessor parlamentar do PP.

Ele descreveu detalhes do que afirmou ser um esquema de cartel envolvendo 13 empresas, entre as quais as maiores construtoras do país: Camargo Corrêa, OAS, UTC, Odebrecht, Queiroz Galvão, Toyo Setal, Galvão Engenharia, Andrade Gutierrez, Mendes Júnior, Engevix, Tomé Engenharia, Jaraguá Equipamentos e Engesa. "Todas elas pagam 1% nos contratos feitos com a diretoria de Abastecimento e de 2% a 5% nos termos aditivos de contratos", relatou Youssef ao juízo criminal.

"Era entregue uma lista dos que iam participar no certame e já era dito quem ia ser o vencedor. Era repassada pelo Paulo Roberto Costa", afirmou o doleiro.

"Podia chegar de 2% a 5%, a proporção era a mesma dos repasses", esclareceu. Ele também explicou como o caixa dois era dividido: "Eram 1% de todos contratos: 30% para doutor Paulo Roberto, 60% para agentes políticos, 5% para mim e 5% era para João Claudio Genu [então assessor parlamentar do PP e do deputado federal já falecido,José Janene]", disse. Genu foi condenado no mensalão.

Youssef reputou à Odebrecht e à Toyo pagamentos de comissões praticados no exterior. Afirmou que o vice-presidente e um diretor da Camargo Corrêa também eram remunerados nos contratos fraudados. O doleiro disse que diretores da Camargo Corrêa faziam retiradas em dinheiro vivo.

Youssef contou que a propina controlada por Costa também serviu ao caixa dois de PMDB e PT. "Paulo Roberto fatiava um pouco os recebimentos de obras porque também tinha que atender o PMDB ou o PT", afirmou.

Ele disse haver ao menos outros quatro operadores que atuavam em outras diretorias e áreas da Petrobras, em esquema semelhante de corrupção.

Também confirmou que as planilhas apreendidas em seu computador pela Polícia Federal contabilizam as propinas pagas pela construtora Camargo Corrêa, via fornecedora de tubos Sanko-Sider e pelas empresas de fachada abertas por ele, como a MO Laudos e GFD. Ele disse que sua contabilidade inclui valores movimentados, comissões e repasses acertados no esquema.

Em seu relato, Costa afirmou ainda que a formação de cartéis entre as grandes empresas do país para fazer condução de obras não é exclusividade da Petrobras: " Existe em ferrovias, portos e aeroportos", afirmou

Ele falou que o "acordo prévio" entre empresas e o superfaturamento ficou evidente na construção da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco: "Quando começou essa atividade, ficou claro para mim a existência desse acordo prévio entre as companhias em relação às obras", falou. "Existia claramente. Isso me foi dito por algumas empresas e presidentes de suas companhias de forma muito clara, que havia uma escolha de obras dentro da Petrobras e fora da Petrobras", revelou. "Por exemplo, usina hidrelétrica de tal lugar, nesse momento qual empresa está disponível para fazer? E essa cartelização obviamente que resulta num 'delta preço' [variação do valor da obra] excedente."

O ex-diretor indicou nomes de seus supostos contatos em empreiteiras: "Odebrecht, Camargo Corrêa, UTC, Andrade Gutierrez, Iesa, Engevix, Mendes Jr", listou.

Disse que tratava diretamente com diretores e presidentes dessas empresas. "Na Camargo Corrêa tratava-se com o Eduardo Leite". "OAS, Leo Pinheiro".

Afirmou que na UTC tratava com Ricardo Pessoa; Na Odebrecht com Rogério Araújo e Marcio Faria. Na Queiroz Galvão com Hildefonso Colares, afirmou.

Na Toyo Setal com Júlio Camargo. Sobre o contato na Galvão Engenharia respondeu ser pessoa chamada Herton.

Na empreiteira Andrade Gutierrez Costa disse não se recordar do nome de quem tratava inicialmente. "Depois, Paulo Dalmaso", falou.

Sobre a Iesa alegou não se recordar. "Não estou lembrando, está no depoimento do Ministério Público [Federal]".

Costa disse que o contato na Engevix era Gérson Almada e afirmou que o cartel de empreiteiras atuava em outras diretorias da Petrobras, além da de Abastecimento.

Ele indicou nomes de diretores que alega estarem envolvidos no esquema: "Na área de serviços foi o [Renato] Duque, que foi indicado na época pelo ministro da Casa Civil José Dirceu. Ele tinha essa ligação com o João Vaccari dentro desse processo do PT", afirmou. "O [Nestor] Cerveró foi indicado por um político e tinha uma ligação muito forte com o PMDB", disse.

Ao ser perguntado se Duque e Cerveró também recebiam propina, respondeu: "Claro que sim"

Procurado, o ex-presidente Lula não quis comentar as declarações. A Secretaria Nacional de Finanças do PT informou que "o secretário João Vaccari Neto nunca tratou sobre contribuições financeiras do partido, ou de qualquer outro assunto, com o sr. Paulo Roberto Costa".

O diretório nacional do PT divulgou nota de repúdio "com veemência e indignação as declarações caluniosas" de Costa.

A Odebrecht disse que "nega veementemente as alegações caluniosas feitas pelo ex-diretor da Petrobras e por doleiro réu no mesmo caso"

A Andrade Gutierrez informou que as declarações de Costa e Youssef isentam a companhia de envolvimento na investigação.

A Mendes Júnior disse que não se pronuncia sobre processos em andamento.

A Engevix diz que se colocou à disposição das autoridades e irá contribuir com a investigação.

A Sanko-Sider disse que os depoimentos mostram que a empresa foi equivocadamente acusada.

Uma fonte próxima à Iesa disse que Costa não lembrou o nome do contato na empresa porque ele [o contato] nunca existiu.

Procuradas pela reportagem, OAS e UTC não se pronunciaram.

O Consórcio CNCC afirmou repudiar as acusações sem prova contra o consórcio e seus executivos. Representantes de Toyo, Tomé Engenharia, Jaraguá Equipamentos e Engesa não foram localizados.

Fonte: Valor Econômico.

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sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Pesquisa para Tese de Doutoramento



Prezado estudante ou profissional da Contabilidade, 

Este é o instrumento utilizado para coleta de dados da tese de doutorado de Edzana Roberta Ferreira da Cunha Vieira Lucena, aluna do Programa Multi-Institucional e Inter-regional de Pós Graduação em Ciências Contábeis – UnB, UFPB e UFRN, orientada pelo Professor Dr. César Augusto Tibúrcio Silva. Para alcançar os objetivos da tese, vimos solicitar a colaboração do (a) senhor (a), estudante de Ciências Contábeis ou profissional Contábil, para responder o questionário.

Os dados fornecidos serão utilizados para fins estritamente científicos, em nenhum momento serão divulgados os nomes dos respondentes. O êxito da pesquisa depende da integridade das respostas do (a) senhor (a), assim é necessária total atenção na leitura.

Os respondentes concorrerão ao sorteio de uma TV Samsung UN32FH5203G LED Plana 32 Polegadas. 

Para participar do sorteio você deve informar seu e-mail e telefone para contato, com código de área,  e RESPONDER TODAS AS QUESTÕES desta pesquisa. O sorteio será realizado após a finalização do processo de coleta de dados, através de uma comparação entre o bilhete sorteado para o 1º prêmio da loteria federal do dia 17/12/2014 e o telefone de contato do respondente.  O respondente premiado receberá em sua residência, sem nenhum custo adicional, a TV sorteada ou o valor do prêmio em dinheiro. Os 5 números do bilhete sorteado para o 1º prêmio serão comparados, na sequência, com os 5 últimos números dos telefones dos respondentes. Será considerado vencedor do sorteio o respondente que possuir os 5 últimos números do telefone iguais aos 5 números do sorteio (considerando a sequencia do bilhete e do telefone) ou, caso não haja vencedor, o que possuir maior paridade. Neste caso, a comparação será realizada do último número para o primeiro dos telefones. O que obtiver uma maior sequência igual ao do sorteio da loteria federal será considerado vencedor. Persistindo o empate, será considerado vencedor o que obtiver o próximo número da sequência mais próximo do sorteado. Havendo empate por números de telefones iguais (com códigos de área diferentes), será considerado vencedor o que respondeu o questionário primeiro.

Desde já, agradecemos a participação! 

Link para responder ao questionário:

Atenciosamente,

César Augusto Tibúrcio Silva
Professor do Programa Multi-Institucional e Inter-regional de Pós-Graduação em Ciências Contábeis – UnB, UFPB e UFRN 

Edzana Roberta Ferreira da Cunha Vieira Lucena
Doutoranda do Programa Multi-Institucional e Inter-regional de Pós-Graduação em Ciências Contábeis – UnB, UFPB e UFRN

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segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Avaliação de Empresas e Assimetria de Informação



O último número da Revista de Administração da USP (RAUSP), publicado neste mês de setembro, conta com um artigo de minha coautria que retrata a influência da assimetria de informação no processo de avaliação de empresas no Brasil, com o uso do modelo de Ohlson (1995).

Como proxy de assimetria de informação foi utilizado o modelo EHO (2002), que estima a probability of informed trading (PIN). 

Abaixo seguem informações do artigo e, em seguida, o link para seu download e leitura na íntegra.


Avaliação de empresas e probabilidade de negociação com informação privilegiada no mercado brasileiro de capitais

Autores: Luiz Felipe de Araújo Pontes Girão, Orleans Silva Martins e Edilson Paulo
Emails: luizfelipe@ccsa.ufpb.br, orleansmartins@yahoo.com.br, e.paulo@uol.com.br

Resumo
O objetivo no estudo apresentado neste artigo foi investigar a influência da assimetria de informação na avaliação de empresas no mercado brasileiro de capitais. Para tanto, foi realizado um estudo com base na mensuração da assimetria de informação na negociação de ações e no modelo de avaliação de empresas proposto por Ohlson (1995). Analisou-se a relação da assimetria informacional e os preços de 198 ações listadas na Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros de São Paulo (BM&FBovespa), durante os quatro trimestres do ano de 2011. Os resultados sugerem que a assimetria de informações tem conteúdo informacional adicional na avaliação de empresas, principalmente para aquelas companhias não listadas nos segmentos diferenciados de governança corporativa.
Palavras-chave: modelo de Ohlson, assimetria de informação, probabilidade de negociação com informação privilegiada, valuation.

Artigo na íntegra AQUI.

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quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Capital Externo na BM&FBovespa Bate Recorde


O investidor estrangeiro parece não estar nem um pouco preocupado com a corrida ao Palácio do Planalto. Enquanto o Ibovespa oscila ao sabor das pesquisas eleitorais, o fluxo de capital externo rumo à BM&FBovespa não para de crescer e acaba de bater seu recorde histórico.

Segundo o último dado divulgado pela bolsa, os estrangeiros já compraram mais de R$ 21 bilhões em ações brasileiras neste ano, até sexta-feira (19). O montante supera os R$ 20,596 bilhões de capital estrangeiro que entraram na Bovespa em todo o ano de 2009, o maior fluxo registrado pela bolsa até agora.

Embora o Ibovespa acumule baixa de 7,7% em setembro, reflexo da reversão de expectativas sobre a corrida presidencial, diante da recuperação de Dilma Rousseff nas pesquisas, o fluxo de capital externo no mês está positivo em R$ 3,6 bilhões.

"O estrangeiro aparece quase sempre na ponta compradora. Ele é quem tem dado saída ao investidor local, que está mais focado na especulação eleitoral", comenta um experiente operador de uma corretora brasileira.

"O que o estrangeiro está fazendo no mercado brasileiro é arbitragem com taxa de juros", explica o executivo de uma grande corretora internacional. "Com o juro praticamente zero nos Estados Unidos e Europa, esse investidor busca rendimento aqui", afirma a fonte. Segundo esse executivo, a estratégia de investimento dos estrangeiros é toda "travada", ou seja, independe do rumo da bolsa. Para isso, os investidores utilizam combinações que envolvem ações, opções e derivativos, como o contrato futuro de Ibovespa.

"O estrangeiro está sempre hedgeado [protegido]. No fim das contas, o que ele faz é estabelecer uma taxa de juros de sua aplicação no período definido para aquela operação durar." Além do fluxo de capital externo no mercado à vista - compra direta de ações - outro termômetro muito observado pelos operadores para monitorar o posicionamento do estrangeiro é o saldo de contratos futuros de Ibovespa na BM&F.

Segundo o último dado da bolsa, o estrangeiro mantinha até segunda-feira (22) saldo de 68,5 mil contratos de compra de Ibovespa Futuro. Em outras palavras, a aposta predominante desse investidor ainda é de alta da bolsa.

Enquanto o estrangeiro segue na compra, a bolsa brasileira registrou ontem sua quinta baixa consecutiva, em meio ao clima de tensão no exterior e à volatilidade provocada pelas incertezas sobre a corrida presidencial.

O Ibovespa fechou em baixa de 0,49%, aos 56.540 pontos. O mercado - leia-se o investidor local - preferiu manter a cautela antes da divulgação de novos levantamentos sobre a corrida presidencial.

O mais aguardado, do Ibope, saiu após o fechamento da bolsa e reiterou o quadro observado em pesquisas anteriores: de empate entre Marina Silva e Dilma Rousseff no segundo turno. Nesta pesquisa, ambas aparecem com 41% das preferências de voto. Outra pesquisa divulgada ontem, logo na abertura da bolsa, foi produzida pelo instituto MDA. O levantamento também mostrou empate, porém com leve vantagem de Dilma (42%) sobre Marina (41%).

Para o gestor da Guide Investimentos, Luis Gustavo Pereira, a reação do mercado à pesquisa MDA foi moderada porque os investidores já anteciparam na segunda-feira, com base em rumores originados de pesquisas "clones", que Dilma apareceria à frente de Marina. "Essa melhora de Dilma foi antecipada. Mas a bolsa deve continuar volátil porque temos mais pesquisas para sair nos próximos dias", comentou.

Entre as principais ações do Ibovespa, quase todas fecharam no vermelho: Itaú PN (-0,48%, a R$ 37,06), Petrobras PN (-2,23%, a R$ 20,13), Bradesco PN (-0,82%, a R$ 37,38) e Ambev ON (-0,30%, para R$ 16,39).

A exceção foi Vale PNA (0,71%, a R$ 24,04). A mineradora recuperou parte das perdas de segunda-feira, quando declarações do ministro das Finanças da China, Lou Jiwei, de que o governo chinês não fará mudanças drásticas em suas políticas apenas por causa da fraqueza de um indicador, deixaram os investidores preocupados.

Contrariando as expectativas, o índice de atividade (PMI) preliminar da China, medido pelo HSBC, avançou de 50,2 pontos em agosto para 50,5 pontos em setembro.

No noticiário corporativo, o destaque do dia foi o credenciamento para o leilão de licenças de serviços da quarta geração (4G) da telefonia móvel na faixa de 700 megahertz (Mhz). Quatro operadoras - Claro, Vivo, TIM e Algar Telecom (CTBC) - anunciaram sua participação na disputa, que acontecerá no dia 30.

A Oi decidiu não participar por considerar que a atual frequência, de 2,5 Mhz, já atende a necessidade de seus clientes e as obrigações de cobertura até 2017. "A Oi preferiu ser defensiva neste momento. Ao que parece, eles querem arrumar a casa antes de pensar em novos investimentos", avalia Pereira.

"Outra possibilidade é a Oi comprar ativos no futuro que possuam essa frequência. Vamos esperar os próximos passos de consolidação do setor." A Oi contratou o BTG Pactual no mês passado para avaliar uma proposta de compra da TIM e fatiamento da empresa entre as concorrentes Claro e Vivo. TIM ON subiu 1,18%, Oi PN ganhou 1,16% e Vivo PN caiu 1,02%.

A lista de maiores baixas trouxe Eletrobras PNB (-2,86%), PDG Realty ON (-2,43%) e Rossi ON (-2,38%). Na ponta positiva ficaram Marfrig ON (3,95%), Ecorodovias ON (2,92%) e Marcopolo PN (2,17%).

Fonte: Valor Econômico.

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quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Eike Vende Mais Uma Empresa para Pagar Bancos



Os dois maiores bancos privados brasileiros vão receber uma boa quantia em breve: US$ 400 milhões deverão ir para o bolso de Itaú Unibanco e Bradesco - e uma parte irá para o Mubadala, fundo soberano de Abu Dhabi. Quem vai assinar o cheque é Eike Batista, que acaba de vender mais uma empresa para quitar dívidas.

A mineradora de ouro AUX, que nunca chegou a ter o capital aberto na Bovespa, foi vendida para investidores do Qatar, de acordo com informações do blog Radar On-line, de Lauro Jardim. Eike comprou a empresa em 2011, pagando US$ 1,5 bilhão por ela. Bradesco e Itaú, dois dos maiores credores do grupo EBX, haviam contribuído com US$ 1,4 bilhão.

Os últimos dias não tem sido fáceis para o megaempresário. Recentemente, a justiça mandou bloquear R$ 1,5 bilhão de suas contas bancárias, alegando problemas com a cláusula de put que o obrigava a pagar US$ 1 bilhão para a OGX quando a empresa quisesse se capitalizar. A diretoria da OGX chegou a solicitar o valor, mas Eike contestou e acabou não cumprindo o contrato.

Fonte: InfoMoney.

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sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Oportunidade para Monitoria



Oportunidade!

Alun@s da UFPB, estou oferecendo uma vaga para Monitor Bolsista da disciplina Contabilidade IV para os períodos 2014.2 e 2015.1. Os interessados devem fazer sua inscrição no DFC entre 15/09 e 17/09, entregando a seguinte documentação destinada aos meus cuidados:
a) Histórico escolar;
b) Cópia do RG, com email e número de telefone para contato anotados.

Os requisitos para ser monitor são:
a) Já ter cursado Contabilidade IV tendo sido aprovado com nota mínima 7,0;
b) Não ter sido reprovado nas disciplinas Contabilidade III e Contabilidade IV;

O processo seletivo se dará mediante "entrevista" (N1). Será selecionado aquele que apresentar maior nota média (M) nos seguintes quesitos: nota obtida na entrevista (N1), nota obtida na disciplina (N2) e Coeficiente de Rendimento Escolar (C), com pesos 3, 2 e 1, respectivamente, calculada conforme a seguinte expressão: M = (3N1+2N2+C)/6.

Para maiores informações, entrem em contato comigo no seguinte email: orleansmartins@yahoo.com.br.

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quarta-feira, 10 de setembro de 2014

O Impairment do Futebol Brasileiro


Por Eliseu Martins

A regra do impairment, que obriga à redução do valor de um ativo porque ele perdeu capacidade de produção de caixa a ponto de não ser mais possível recuperar todo o (ou parte do) dinheiro nele investido, não tem exceção. Qualquer ativo se subordina à regra de que não pode estar registrado por valor superior ao que vale. Entende-se aqui “o que vale” como o maior entre duas alternativas: a) o que vale se for vendido no mercado; b) o que vale pelo que se estima que venha a trazer de fluxo de caixa líquido no futuro trazido a valor presente.

A famosa provisão para devedores duvidosos é uma prática antiquíssima de impairment. A provisão para depreciação é uma forma sistemática de reconhecimento dele. A não menos famosa regra para os estoques de “custo ou mercado, dos dois o menor”, idem. Ou seja, nada de novidade.

Só que todos os demais ativos (imóveis, veículos, máquinas, direitos de concessão, outros intangíveis etc.) estão também subordinados à regra. A generalização da necessidade dos testes para ver se é necessário ou não reconhecer a perda nesses outros ativos havia sido um tanto quanto esquecida e foi ressuscitada com a adoção entre nós das normas contábeis internacionais.

Com a forma mais desastrada já vista de eliminação das esperanças brasileiras numa Copa do Mundo, quanto terá que ser feito de impairment especial sobre os valores contabilizados dos jogadores brasileiros nos balanços de seus respectivos clubes? Afinal, todos os valores investidos na formação dos jogadores ou no contrato de aquisição de seus serviços são ativados para caírem sistematicamente durante sua vida útil (respeitada a possível existência de um valor residual ao fim do contrato). Mesmo esses saldos contábeis, contudo, precisam ser submetidos ao teste de recuperabilidade, que pode demonstrar a obrigação da baixa especial.

Ou estarão os jogadores, individualmente, livres desse risco mesmo com o desempenho coletivo catastrófico? A única certeza que tenho é que o impairment do técnico já foi feito. A CBF já efetuou sua baixa integral. Ufa!

Nós, torcedores da seleção canarinha, já fizemos mentalmente enormes impairments de todos ou quase todos eles, com a honrosíssima exceção que não precisa ser nominada. Mas, e os clubes aos quais estão vinculados? O ilustre leitor sabia dessas práticas contábeis nos balanços dos clubes?

A título de exemplo: balanço de 31 de dezembro de 2013 do Glorioso Timão, nota 2c: “Redução ao valor recuperável de ativos (impairment) — O clube analisa periodicamente se existem evidências de que o valor contábil de um ativo não será recuperado”. E os valores relativos aos jogadores superam R$ 98 milhões nesse balanço. Mas lá nada parece haver de obrigação de registro de impairment.

Você sabia que, observado o figurino, essas regras deveriam estar sendo rigidamente seguidas? Aliás, sabidamente em alguns países isso é acompanhadíssimo junto aos clubes muito de perto, inclusive pelo mercado. Já entre nós, controvérsias há.

Ah, ia esquecendo: vale a lembrança de que, se reconhecido o impairment pela perda de valor num dado momento, se no balanço futuro houver recuperação essa perda será revertida. Ainda bem. A única exceção para a reversão é o goodwill. (Aliás, quem está interessado em boa vontade com esta seleção? Desculpem-me, nada a ver, mas não resisti).

Vamos começar a torcer para que a reversão dos impairments, contábeis ou mentais (em nossas cabeças), ocorra rapidamente?

Fonte: Valor Econômco.

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quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Insider Traders Enfrentam mais Sentenças de Prisão nos EUA


Juízes norte-americanos estão impondo sentenças de prisão cada vez maiores por uso de informações privilegiadas, ou "insider trading", mostrou uma análise da Reuters. A maior severidade nas sentenças foi ao menos parcialmente movida pelos lucros  cada vez maiores obtidos através dos esquemas ilegais, disseram advogados de defesa.

A tendência deve continuar na próxima segunda-feira, quando o ex-gestor de recursos Mathew Martoma, da SAC Capital Advisors, for sentenciado pelo que promotores chamaram de caso mais lucrativo de negociações de ativos com uso de informações privilegiadas já julgado.

No período de cinco anos encerrado em dezembro de 2013, réus em casos de insider trading nos Estados Unidos  receberam uma sentença média de 17,3 meses, acima dos 13,1 meses em média durante os cinco anos anteriores, ou crescimento de quase 32 por cento, mostrou a analise de 207 sentenças em casos de negociação com informação privilegiada. Casos que foram anulados com recursos dos réus foram excluídos do estudo.

O número de casos vem aumentando, com 57 por cento das sentenças impostas durante os últimos cinco anos. Só nos últimos três anos foram vistas duas sentenças recorde.

Em 2011, o ex-bilionário e fundador do hedge fund Galleon Group, Raj Rajaratnam, recebeu uma pena de 11 anos sob acusação de insider trading que lhe rendeu 63,8 milhões de dólares em lucros ilícitos. Um ano depois, um juiz de Nova Jersey condenou o ex-advogado corporativo Mateus Klugera a 12 anos por fornecer informações privilegiadas em um esquema de 37 milhões de dólares.

O aumento dos grandes casos reflete em parte uma onda de processos liderados pelo promotor federal Preet Bharara, de Manhattan. Desde outubro de 2009, seu gabinete acusou 89 pessoas por uso de informações privilegiadas e garantiu 81 condenações.

"Os juízes têm visto uma erupção desses casos, por isso pode ser que exista uma sensação de que punições mais severas são necessárias", disse o advogado Paul Shechtman, do escritório Zuckerman Spaeder.

Juízes federais são criteriosos na imposição de sentenças, embora eles sejam obrigados a considerar normas consultivas estabelecidas pela Comissão de Sentenças dos EUA. No Judiciário, as opiniões variam, com alguns juízes dizendo que penas mais severas são importantes para agir como um impedimento de atos ilícitos futuros e outros afirmando as punições são maiores do que os crimes.

Na próxima segunda-feira, um juiz federal em Nova York decidirá se impõe o que pode ser uma sentença recorde por insider trading ao ex-gestor de recursos da SAC Capital Advisors.

Em fevereiro, um júri condenou Martoma, 40, pelo uso de insider trading que permitiu à SAC obter lucros e evitar perdas de 275 milhões de dólares.

No ano passado, a SAC se declarou culpada de insider trading e concordou em pagar 1,8 bilhão de dólares em acordos processuais criminais e civis.

Antes do julgamento de Martoma, um departamento do tribunal calculou que, com base em diretrizes de condenação, o ex-gestor poderia ser condenado a quase 20 anos de detenção, considerando o tamanho da fraude pela qual é acusado.

Fonte: Portal Exame.

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segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Novo Número da Revista Evidenciação Contábil & Finanças (RECFin)


Caros leitores,

Revista Evidenciação Contábil & Finanças acaba de publicar seu último número (v. 2 n. 2) em http://periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/recfin

Agradecemos o interesse na RECFin e convidamos você a navegar no sumário da revista para acessar os artigos e itens de interesse.

Revista Evidenciação Contábil & Finanças v. 2, n. 2 (2014)

Sumário

Editorial
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EDITORIAL (1-3)
    Orleans Silva Martins

Seção Nacional
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Jorge Eduardo Scarpin, Márcia Martins Mendes De Luca, Jacqueline Veneroso Alves da Cunha, Lara Fabiana Dallabona, Vanessa Ingrid da Costa Cardoso

Edilson Paulo, Luiz Nelson Guedes de Carvalho, Luiz Felipe de Araújo Pontes Girão

Paulo Henrique Magalhães de Oliveira, Valéria Gama Fully
Bressan, Aureliano Angel Bressan

Mariana Rodarte do Amaral, Claudio Moreira Santana, Isabel Cristina Henriques Sales, Luiz Medeiros de Araujo Neto

Roswelton Anjos de Paula, Diana Vaz de Lima

Luciano Aparecido dos Santos, Eliane Utrabo Camacho


Orleans Silva Martins (UFPB)
Editor Geral
orleansmartins@yahoo.com.br

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Revista Evidenciação Contábil & Finanças

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