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quinta-feira, 13 de dezembro de 2018

Amigo Secreto Blogs de Contabilidade 2018


E vamos para mais uma edição do amigos secreto mais legal da história da contabilidade brasileira!

Com sua primeira edição em 2013, alguns amigos que têm em comum o compartilhamento do conhecimento contábil por meio dos blogs se uniram para promover esse evento fenomenal. E tive a satisfação de já fazer parte daquela primeira edição.

Neste ano, o AMIGO SECRETO DOS BLOGS DE CONTABILIDADE mais uma vez promoveu muita emoção! Somos 11 participantes, de 9 diferentes blogs, listados a seguir. Acompanhem-os!

Alexandre Alcantara: Análise de Balanço
César Tibúrcio: Contabilidade Financeira
Claudia Cruz: Ideias Contábeis
Isabel Sales: Contabilidade Financeira
Felipe Pontes: Contabilidade e Métodos Quantitativos
Orleans Martins: Informação Contábil
Pedro Correia: Contabilidade Financeira
Polyana Silva: Histórias Contábeis
Roberto Sousa Lima: Panorama Público
Sandro Vieira Soares: Acervo Contábil
Vladmir Ferreira Almeida: Vladmir F Almeida

Após o sorteio, deu-se a ansiedade do envio e do recebimentos dos presentes, na busca por descobrir que eram os amigos secretos.

Eu fui o amigo secreto do Pedro (Contabilidade Financeira) pelo segundo ano seguido! Encaminhei seu presente direto à Brasília. A loja me fez o desfavor de não entregar o cartão-mensagem que enviei, o que aumentou o mistério! Só me revelei ao Pedro como seu amigo secreto em seguida, no grupo do Whatsapp. Espero que tenha gostado do presente!

Daí me restou aguardar ansiosamente o meu presente. Dicas e suspeitas surgiam a todo momento. Até que uma grande amiga falou no grupo que havia tirado "um pessoa que gostava de futebol, de uma cidade que ela gostava e havia estado há pouco, e com quem ela tinha conversado este ano, pessoalmente". Ali eu tive certeza, era eu! (pretensioso, hehe).

Hoje, de maneira mais surpreendente, uma amiga em comum me entrega um presente... e uma carta! Que estranho!

Eis que era o presente do meu amigo, digo, GRANDE AMIGA SECRETA! Oxe, Claudinha (Ideias Contábeis), pae, baiana porreta! E com uma cartinha muito meiga, entregue pela amiga Adriana Vasconcelos (coincidência, quase tivemos uma sociedade, nós três)! Adorei, obrigado minha amiga. Uma pessoa 1000% que, como dizem aqui pelo Nordeste, "oxe, gosto de graça!" E o presente?


Campeão por natureza! Quem tem mais tem 10!

Obrigado meus amigos! E que venha 2019!

Ótimo final de ano a todos, e um 2019 repleto de saúde, felicidade e realizações!!!

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sexta-feira, 31 de agosto de 2018

O famoso “Dividend Yield” no Mercado de Ações



O que são esses estranhos “dividend yield” e “yield on cost”?

Um significado mais literal de “yield” é rendimento, lucro. Logo, dividend yield é o que podemos entender por “rendimento dos dividendos”. Uma forma conservadora de se realizar um investimento em ações é optar por empresas que tenham um bom dividend yield, pois o investidor já “garante” um rendimento mínimo de seu investimento, além de poder ganhar com a valorização da ação (é como se você tivesse um título que lhe rende juros, e ainda valoriza com o passar do tempo, ganha-se nas duas pontas). E por que essa é uma opção conservadora, ou segura? Por que em período de mercado em baixa, como agora, não importa quanto a ação desvaloriza, pois, seu rendimento com dividendos é certo (e normalmente crescente).

Já o yield on cost é a taxa anual média de rendimento dos dividendos. Matematicamente, é o total de dividendos recebidos no ano, dividido pelo custo médio das ações adquiridas (quanto pagamos, em média, pelas ações que temos). Essa taxa é comparável, por exemplo, às taxas anuais da poupança ou dos títulos públicos. E veremos que em muitos casos ela é superior, e nós ainda temos a oportunidade de ganhar bastante na outra ponta (com a valorização de nossas ações).

Essas taxas são muito interessantes, mas temos que ter em mente que nem todas as empresas distribuem a maior parte de seus lucros como dividendos, algumas retém a maior parte do lucro para reinvestimento. E isso sustenta seu crescimento e, consequentemente, maior valorização. Por essa razão, não se deve tomar uma decisão de investimento baseando-se apenas no yield. Mas sem sombra de dúvidas ele é um bom indicador e também deve ser utilizado (além de outros) para diversificar nossos investimentos, garantir a rentabilidade de nossa carteira, e reduzir nossos riscos.

Tomando por base o preço de algumas ações no final de junho de 2018, podemos verificar que elas apresentam excelentes dividend yields. Considerando o dividendo total esperado em 2018 e a cotação da ação em 29 de junho, temos: CARD3 (6,80%), EGIE3 (8,47%), ITSA4 (8,82%), IRBR3 (4,76%), MPLU3 (8,58%), PETR4 (4,19%), SAPR11 (8,60%), SMLE3 (8,25%), SUZB3 (1,30%), UNIP6 (15,00%), VALE3 (1,05%) e WEGE3 (2,03%) [fonte: Thonsom Reuters].

Apenas para fins de comparação, como benchmarkings, para 2018 as rentabilidades esperadas (e aproximadas) da poupança é 4,55%, do CDI é 6,39% e do Tesouro Selic é 6,50%.

No setor financeiro, é bastante comum o pagamento de dividendos todos os trimestres. Este setor também é um dos setores mais voláteis às entradas e saídas de investidores na bolsa brasileira. Por isso, muitas vezes a queda no preço da ação é explicada pelas saídas de investidores, e não pela piora dos fundamentos das empresas (como agora).

No Brasil, mais da metade dos investidores são estrangeiros, e quando as incertezas políticas por aqui aumentam, eles tendem a sair. E o setor financeiro atrai muitos desses investidores, devido à sua alta rentabilidade  e às barreiras de entrada de novas empresas aqui no Brasil. Isso explica boa parte da redução dos preços na bolsa brasileira nos últimos meses. Porém, após este período de eleições e de greves (como a dos caminhoneiros), acredito que eles voltarão (como já voltaram em outros períodos) e os preços voltarão a subir, valorizando as ações novamente.

Enquanto isso não acontece, manter a calma e continuar a comprar boas empresas a preços descontados é uma excelente estratégia para obter bons dividend yields! Quando a bolsa subir, ainda se pode ganhar com a valorização das ações, também.

Orleans Martins

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sexta-feira, 29 de junho de 2018

TÍTULO DE CAPITALIZAÇÃO: fuja desse mal!


Fui roubado sabendo!

Mas não é de hoje que alertamos que Título de Capitalização, na prática, NÃO É INVESTIMENTO! Algo que rende menos do que a poupança, que já é uma das piores alternativas, não deveria ser considerado como meio de "capitalizar" seu patrimônio.

Acontece que inúmeros bancos ainda forçam seus gerentes a cometerem o CRIME de "enfiarem" isso goela abaixo de seus clientes. Uma prática recente tem sido usar isto como "garantia" de aluguel.

Recentemente fui obrigado a adquirir um, caso não tivesse um fiador com imóvel próprio e quitado na cidade para "garantir" meu aluguel (o que, além de ser raro de encontrar, é quase inaceitável para qualquer um). Para piorar, após 1 ano com meu dinheiro preso a este "troço", recebi exatamente o "mesmo valor nominal" empregado 1 ano atrás. Ou seja, meu dinheiro ficou "parado no tempo". Na pior das hipóteses, meu custo de oportunidade foi de pelo menos 10% a.a. Isto é: fui roubado sabendo! Mas eu não tinha alternativa.

Como diz um amigo:

"Reza a lenda que quem vende título de capitalização vai para o inferno!" (Felipe Pontes, 2018).

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terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Custo Tributário e Crescimento das Empresas no Brasil


Será que o aumento dos impostos afeta o crescimento das empresas?

Quando o governo decide majorar a alíquota de um tributo, buscando aumentar a sua arrecadação, não corre o risco de sofrer um revés ao impedir que empresas cresçam e recolham mais tributos?

Essas foram algumas questões levantadas em uma das aulas da disciplina de Avaliação de Empresas que ministrei no curso de Mestrado em Contabilidade no PPGCC/UFPB. Logo, o Lauro, também auditor fiscal do estado da Paraíba, levantou esta inquietação e contou com a minha colaboração e a da Márcia Machado, também professora do PPGCC.

Essa discussão originou uma pesquisa que inicialmente foi apresentada no XXIII Congresso Brasileiro de Custos. Em seguida, publicamos a versão final da pesquisa na Revista Custos e @gronegócios, da Universidade Federal Rural de Pernambuco.

A seguir eu resumo o que é o trabalho e apresento o link para acesso completo à pesquisa, no final desta postagem.


Artigo: Reflexo do aumento do custo tributário com o ICMS no crescimento das empresas brasileiras

Autores: Lauro Vinício de Almeida Lima, Orleans Silva Martins e Márcia Reis Machado

Resumo
Esta pesquisa tem como objetivo verificar a relação existente entre a variação de alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o crescimento das empresas no mercado brasileiro de capitais. Com base em uma revisão de literatura acerca do custo tributário, do crescimento das empresas e do ICMS, analisou-se uma amostra de 51 empresas empresas que compuseram o índice IBrX100 da Brasil, Bolsa, Balcão (B3) entre 2010 e 2016. O estudo tem por embasamento a análise fundamentalista, onde o crescimento observado é relativo ao capital investido em razão de sua utilização para a geração de fluxos de caixa futuro. Como proxy do custo tributário com o ICMS foi utilizada a variação do percentual do tributo sobre a receita operacional entre os períodos observados, sendo controlados pelos efeitos da variação da receita, da taxa de reinvestimento, do retorno sobre o patrimônio líquido e do endividamento. Os resultados validaram o modelo estrutural da pesquisa, evidenciando a influência negativa do custo tributário com o ICMS no crescimento das empresas, ao afetar as tomadas de decisão de investimento em ambientes de recessão econômica e aumento de impostos, levantando a necessidade da ampliação do debate sobre as políticas fiscais brasileiras e o seu papel fundamental no desenvolvimento econômico do País.

Artigo completo disponível AQUI.

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segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Incerteza Política e Prêmio de Risco no Brasil


Incerteza? Risco? A "tão famosa" política brasileira teria o poder de influenciar o retorno exigido pelos investidores no mercado de capitais?

Essas foram algumas inquietações que motivaram a Talieh, o Gustavo e eu a realizarem um estudo envolvendo essas temáticas no Brasil. Durante a disciplina de Avaliação de Empresas que eu ministrei no curso de Doutorado em Administração do PPGA/UFPB, iniciamos essa discussão que originou um paper sobre o tema, que foi apresentado no XX Seminário de Administração da Universidade de São Paulo (SemeAd) e, em seguida, publicado no Journal of Financial Innovation.

É sabido que o Brasil apresenta grande incerteza política, com picos de incerteza em diversos momentos em nossa história. Se analisarmos o período de maior estabilidade econômica, após o plano Real, podemos lembrar, rapidamente, de crises no final da década de 1990, em 2002 com a sucessão presidencial, novamente em 2014 e em 2016 com o impeachment de um presidente da república.

A partir disso, fizemos uma pesquisa com o objetivo de analisar como a incerteza política afetava o prêmio pelo risco no mercado brasileiro.

Abaixo apresento um breve resumo sobre o trabalho, e o link para acesso ao artigo completo, já disponível no site do Journal of Financial Innovation em seu Early View.


Artigo: Political Uncertainty and Risk Premium in the Brazilian Stock Market

Autores: Talieh Shaikhzadeh Vahdat Ferreira, Gustavo Correia Xavier e Orleans Silva Martins

Abstract

Objetivo: Analisar como a incerteza política afeta o prêmio de risco no mercado brasileiro de capitais entre janeiro de 1996 e dezembro de 2016.

Método: Este estudo adotou o modelo econométrico proposto por Pastor e Veronesi (2013) para analisar cinco abordagens e medir o prêmio de risco no Brasil, país onde é difícil estimar um prêmio de risco histórico de forma confiável devido às suas séries históricas curtas e voláteis.

Resultados: O estudo mostra uma relação positiva e estatisticamente significativa entre incerteza política e prêmio de risco. Além disso, os resultados sugerem que o mercado brasileiro e o americano apresentam percepções diferentes sobre o efeito da incerteza política sobre o prêmio de risco.

Originalidade: A incerteza política tem recebido, recentemente, uma atenção crescente da mídia e dos acadêmicos, especialmente no Brasil. No entanto, contribuímos para este debate investigando empiricamente o efeito da incerteza política em cinco diferentes abordagens de estimativas de prêmio de risco em mercados não maduros, como o brasileiro.

Texto final da pesquisa, publicada no journal, está disponível AQUI (em inglês).

Uma versão preliminar do artigo, apresentada no SemeAd, está disponível AQUI.

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