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sexta-feira, 29 de julho de 2011

Imposto: Classe Média Paga o Pato

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O gasto médio das famílias capixabas com impostos subiu 60%. Nas classes B e C essa variação foi ainda mais forte: 210% e 255%, respectivamente. 

Esses números, um comparativo entre 2002 e 2008, fazem parte de um estudo inédito da Federação do Comércio (Fecomércio) de São Paulo, a partir das duas últimas Pesquisas de Orçamento Familiar do IBGE, realizadas nesses dois anos relacionados.

O levantamento mostra que as famílias brasileiras gastaram, somente com IPTU, IPVA, ISS e Imposto de Renda (tributos diretos), R$ 92,4 bilhões em 2008, valor superior aos R$ 90 bilhões gastos com vestuário no mesmo ano. Na comparação com 2002, a alta foi de 8,8%. 

No Espírito Santo, 12º maior gasto absoluto com impostos diretos do Brasil, as famílias deixaram, em 2008, R$ 1,78 bilhões nos cofres de prefeituras, Estado e União. Em 2002, com esses mesmos impostos, o gastos tinham ficado em R$ 1,11 bilhão.

A explicação para tamanha inflação é o forte crescimento econômico do Espírito Santo entre 2002 e 2008. "Essa expansão trouxe como consequência distribuição de renda. Com mais dinheiro no bolso, quem não consumia passou a consumir. Essa equação resulta em mais arrecadação", diz Guilherme Dietze, economista da Fecomércio-SP 

Essa distribuição de renda colocou mais gente nas classes B, C e D. Por esse motivo a variação dos gastos médios dessas famílias com impostos cresceu bem acima da média. "Muita gente migrou para essas classes. O Espírito Santo, principalmente nessas classes, está bem acima da média nacional".

Dietze critica os governos, principalmente a União, por, mesmo com uma arrecadação crescente, não colocar a redução da carga tributária na pauta do dia. 

"O que temos, em todas esferas de governo, são máquinas inchadas e ineficientes. O cidadão paga seu imposto em dia, mas não recebe quase nada de volta. Se quisermos educação e saúde de qualidade, temos que pagar. O imposto direto é pesado, o indireto é enorme". 

"A situação é confortável para os governos. A carga é alta, mas o PIB cresce", Guilherme Dietze, economista da Fecomércio-SP

Desafio é simplificar sistema
O projeto de reforma tributária que o Planalto enviará ao Congresso no segundo semestre contempla a limitação de incentivos de ICMS para importação de produtos acabados, a reforma do Simples para pequenas e micro empresas e o estabelecimento de uma alíquota única de ICMS interestadual.

A complexidade do sistema é o foco a ser atacado pelo projeto, que não vende a ilusão de uma redução na pesada carga de impostos. Para compensar as perdas dos Estados com o ICMS, devem ser criados fundos.

Fonte: AGazeta.

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