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quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Site Faz Torcedor Investir em Futebol


Você sabia que pode se tornar um investidor de futebol? O Panela FC, site lançado no início deste mês, permite que qualquer um compre cotas de alguns jogadores pelo país. O detalhe que chama a atenção de interessados (tanto clubes que podem ser parceiros quanto prováveis investidores) é o preço das "mercadorias". Para se ter uma ideia, Henrique, artilheiro do Brasileirão, que disputa a Série A, é mais barato do que o volante Jonas, destaque do Sampaio Corrêa, que disputa a Segundona.

Caso o Palmeiras opte por adquirir os direitos econômicos do camisa 19 em definitivo, o custo da operação será de R$ 2 milhões. Para comprar Jonas pelo site, o valor estipulado é de R$ 3,5 milhões. Em setembro, ele chegou a ser especulado no Corinthians por menos do que isso. Outra base de comparação fica por conta de Matheus, lateral do Grêmio Barueri. Disputando a Série D, ele vale R$ 1,5 milhão.

A precificação dos atletas é o que mais assusta os interessados. O diretor-executivo do site, Diego Fernandes, explica que quem define o valor é o clube parceiro. Sua empresa fatura 20% da movimentação feita entre clube e investidor.

"O valor dos atletas é sempre definido pelo clube. Tem uma coisa que vamos deixar claro: não inventamos a roda. Há um ramo de negócios que já existe e estava fechado para meia dúzia de pessoas, agora, todo torcedor tem direito. Os atletas têm o mesmo preço do mercado, esse é o preço. Temos uma preocupação muito grande em precificar bem, porque isso define o lucro da venda futura", explica.

O problema do alto preço é que um atleta que esteja definido, por exemplo, com o valor de R$ 3,5 milhões, só gerará lucro caso seja vendido por mais do que isso. E o site, por enquanto, trabalha com clubes de menor expressão no cenário nacional, como Gama, Piauí, Horizonte, Grêmio Barueri, CSA e Potiguar. Há a promessa de que clubes argentinos entrem no negócio e aumentem a gama de times internacionais, que, hoje, conta com portugueses.

O plano de Diego é seguir as conversas com clubes grandes para que jogadores com grande talento possam ficar por mais tempo no país.

"Hoje, o futebol vive um momento delicado. Veja quantos times estão devendo salário, quantos não cumprem o que prometem, vários sem patrocinadores e com dificuldades em geral. Por isso, o site pode ajudar o futebol brasileiro. Imagina se o São Paulo fosse nosso parceiro e conseguisse vender o Lucas para o seu torcedor. Ele poderia ficar por mais um tempo aqui antes de sair", completou.

"Mas sabemos que a política em clubes grandes é muito complicada, por isso encontramos algumas dificuldades", finalizou.

Problemas com a Lei

Amparados por Gislaine Nunes, famosa advogada do meio do futebol, Diego e seus companheiros de trabalho acreditam não enfrentar problemas com a Fifa, que determinou que investidores não podem ser donos de direitos econômicos, tampouco com a possibilidade da ilegalidade de a ação ser encarada como uma bolsa de valores.

"A Fifa critica o fato do monopólio. E a gente não vai fazer isso. Cada pessoa poderá comprar apenas R$ 5 mil de cada atleta. E não funcionamos como bolsa de valores, nós apenas demos liquidez a algo que já existe. Porque, de acordo com as leis do mercado brasileiro, um empresário pode comprar e o torcedor não?", afirmou.

Reportagem da Exame, no entanto, entrevistou  especialistas em direito esportivo internacional, como Eduardo Carlezzo. Ele afirmou que há irregularidade na captação de recursos sem registro na Comissão de Valores Mobiliários.

No caso da Fifa, a entidade máxima do futebol dá o prazo de adequação de até quatro anos para que clubes e atletas se adequem à nova norma. 

Fonte: UOL Esportes.

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