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terça-feira, 13 de setembro de 2011

Casos de Sonegação que Ganharam as Páginas dos Jornais

2007 - Renascer
A bispa Sônia Hernandes e seu marido, apóstolo Estevam Hernandes.

Em 2007, um escândalo se abateu sobre a Igreja Renascer em Cristo. Seus fundadores, a bispa Sônia Hernandes e seu marido, apóstolo Estevam Hernandes, foram presos ao tentar entrar nos Estados Unidos com mais dinheiro que os 10 mil dólares que tinham declarado. Imaginando que passariam incólumes pela fiscalização, o casal distribuiu seus recursos em uma bolsa, um porta-CDs, uma mala e até numa Bíblia. A estratégia deu errado e as autoridades americanas acabaram apreendendo 56 mil dólares. A ação, na verdade, havia sido arquitetada previamente pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo, e o FBI. O casal fugia justamente da prisão que havia sido pedida pelo MP por acusações de estelionato, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal – a Receita investigava, na época, contas bancárias ligadas ao Grupo Renascer, nas quais foram movimentados cerca de 46 milhões de reais não-declarados. O tempo passou, o caso esfriou e a Bispa deu a volta por cima. Ela, inclusive, acaba de lançar um livro, Vivendo de Bem com a Vida, em que relata histórias pessoais. A obra, claro, ignora o episódio da prisão do casal.


2009 - Daslu
Fachada da loja Daslu na Marginal Pinheiros, em São Paulo.

Em março de 2009, a empresária Eliana Tranchesi, seu irmão, Antonio Carlos Piva de Albuquerque, e outras quatro pessoas foram condenadas e presas pelos crimes de formação de quadrilha, fraude em importações e falsificação de documentos. Tranchesi – dona da tradicional boutique Daslu, voltada à venda de artigos de luxo na capital paulista – conseguiu um habeas corpus e foi libertada. Os outros acusados também foram soltos pouco tempo depois. As investigações sobre o esquema de contrabando e fraude começaram quatro anos antes dos mandados de prisão com a apreensão de uma nota fiscal da grife Gucci em um contêiner no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. O documento comprovava a venda direta da marca italiana para a Daslu. Contudo, outro recibo, apresentado pela empresa à Receita, informava que a tal mercadoria tinha sido adquirida por uma importadora e chegado ao país vinda de Miami, nos Estados Unidos. Em julho de 2010, a empresa entrou em regime de recuperação judicial e, em fevereiro deste ano, foi vendida ao fundo Laep Investimentos, do empresário Marcos Elias, ex-controlador da Parmalat. No mesmo ano do escândalo da Daslu, em 2009, outra empresária do ramo de luxo caiu na malha fina. Tânia Bulhões, dona de uma rede de lojas, foi acusada de importação ilegal e evasão de divisas, tendo sido condenada a prestar serviços comunitários.


2011 - Máquina de Vendas
O empresário Ricardo Nunes, fundador da Ricardo Eletro e sócio da Máquina de Vendas.


O empresário Ricardo Nunes – sócio da varejista Máquina de Vendas, resultante da fusão entre a rede Ricardo Eletro, que ele fundou, com a nordestina Insinuante – foi condenado em agosto a três anos e quatro meses de prisão por crime de corrupção ativa. O motivo foi uma denúncia da Procuradoria da República de que ele teria pagado propina a um auditor fiscal da Receita para que sua empresa não fosse autuada. O profissional em questão, Einar de Albuquerque Pismel Júnior, foi preso em flagrante, em setembro do ano passado, com 50.000 reais e 4.000 dólares em dinheiro vivo quando saia do escritório da Ricardo Eletro, na zona sul de São Paulo. O advogado de Nunes alega inocência de seu cliente e entrou com recurso no Tribunal Regional Federal.


2011 - Ivete Sangalo
A cantora Ivete Sangalo no Carnaval de Salvador, em março deste ano.

Nem a cantora baiana Ivete Sangalo escapou do “Leão”. Em seu caso, a denúncia veio de uma pessoa próxima. Seu ex-baterista, Antônio da Silva, conhecido como Toinho Batera, processa a equipe da cantora por não ter recebido direitos trabalhistas ao deixar o emprego. A indenização pedida por Batera é de 5 milhões de reais. No caso da fraude que envolve Ivete, a suspeita é que tenha sido aberta uma empresa de fachada, a Banda do Bem Produções Artísticas, apenas para pagar os salários dos profissionais de sua banda. De acordo com o advogado de defesa de Silva, Willer Tomaz, os músicos foram nomeados sócios da empresa em questão. Assim, a verdadeira contratante dos funcionários, a Caco de Telha Produções Artísticas, não pagava benefícios como 13º salário, férias e fundo de garantia, além de sonegar impostos. Tanto a Banda do Bem quanto a Caco de Telha são controladas por Luiz Paulo de Souza Nunes, cunhado e sócio de Ivete Sangalo. O processo corre na Justiça e ainda não tem data para ser julgado.


2011 - Galeria Pagé
Operação da Polícia Federal na Galeria Pagé, em 2009.

Com mais de 1,4 milhão de visitantes ao mês, a Galeria Pagé, em São Paulo, era conhecida como a meca dos produtos falsificados, contrabandeados e que não haviam recolhido impostos aos cofres públicos. Em abril deste ano, o local chegou a ser fechado por conta de uma operação conjunta de prefeitura, Secretaria de Segurança Pública, Receita Federal, Ministério da Justiça e Vigilância Sanitária. Na ocasião foram apreendidos cerca de um milhão de produtos, entre relógios, óculos, vestuários, tênis, brinquedos e eletrônicos, extraídos de 148 lojas diferentes e 50 pessoas foram presas. O prédio ficou fechado por dez dias. Depois desse período, o empreendimento foi reaberto com a ideia de, aos poucos, ser transformado em um moderno outlet. O local, porém, não se mostrou ainda muito diferente.


Fonte: Veja.

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