Qualidade da Governança Corporativa no Brasil
A governança corporativa tem ganhado cada vez mais atenção no Brasil, especialmente nos últimos anos, devido a problemas identificados em diferentes empresas de capital aberto. E apesar da existência de segmentos de mercado especialmente criados para diferenciar as empresas com melhores práticas de governança (qualidade), não é estranho observar problemas de governança nas empresas que estão no segmento mais alto (Novo Mercado).
Portanto, conduzi uma pesquisa de iniciação científica desenvolvidas pelas alunas Thamirys de Sousa Correia e Maria Natalice Francelino da Silva, ambas da UFPB, que culminou no artigo que lhes apresento, publicado no final de 2016 na Revista Contexto, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Abaixo disponibilizo os dados da pesquisa e o link para a pesquisa completa, no site da revista.
Boa leitura!
QUALIDADE DA GOVERNANÇA CORPORATIVA DAS EMPRESAS NO MERCADO BRASILEIRO DE CAPITAIS
Thamirys de Sousa Correia
Maria Natalice Francelino da Silva
Orleans Silva Martins
RESUMO
Este artigo tem o objetivo de estimar um índice de qualidade da governança corporativa para as empresas que negociaram suas ações na BM&FBOVESPA e relacioná-lo aos diferentes níveis de Governança Corporativa nos quais elas estiveram listadas no período de 2010 a 2013. Para isso, é realizada uma revisão de literatura que aborda as principais dimensões da governança corporativa. Ademais, a partir dos formulários de referência das empresas listadas na BM&FBOVESPA no período de 2010 a 2013, foram coletados os dados relativos a sete dimensões de governança, sendo: conselho de administração, estrutura de propriedade, incentivos aos administradores, disclosure, relação com investidores, comitê de auditoria e assimetria de informação. Também, pela Análise de Componentes Principais (ACP), foi construído um Índice de Qualidade da Governança Corporativa (IQGC), tendo sua composição analisada com o auxílio de análises de correlação e de testes de diferença de médias. Nos resultados, pode-se observar que o IQGC médio das empresas foi de 0,631, sendo verificada uma diferença estatisticamente significante do IQGC entre as empresas listadas nos segmentos diferenciados de governança e o segmento tradicional. Quanto às peculiaridades das dimensões, destacam-se a entrega do relatório no prazo, o free float, o uso dos serviços de auditoria das “big four” e a independência do conselho de administração. Como principais contribuições do estudo, destacam-se a construção de um Índice de Governança Corporativa (IGC) mais robusto, com a mensuração de sete dimensões significativamente correlacionadas entre si, além da ratificação da importância dos segmentos diferenciados da BM&FBOVESPA.
Pesquisa completa AQUI.
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