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segunda-feira, 6 de março de 2017

[livro] Valuation: Como Avaliar Empresas e Escolher as Melhores Ações


Dentro do projeto de Resenhas Críticas de livros, apresento a “bola da vez” ou, talvez, a “pequena bola da vez”!

Ainda no tema investimentos, mais especificamente na área de avaliação de empresas (valuation), apresento um “livro de bolso” daquele que é considerado mundialmente como o “guru da valuation”, o indiano Aswath DAMODARAN.

Autor de diversos livros sobre avaliação de empresas (e ativos), Damodaran lançou em 2011 um pequeno livro, de cunho introdutório, chamado “The Little Book of Valuation: How to Value a Company, Pick a Stock, and Profit”. No Brasil, em 2012 chegou a versão em português, chamada: “Valuation: Como Avaliar Empresas e Escolher as Melhores Ações”. E hoje falo um pouco sobre esta obra.

Livro: VALUATION: COMO AVALIAR EMPRESAS E ESCOLHER AS MELHORES AÇÕES

Autor: Aswath Damodaran, professor de finanças da Universidade de Nova Iorque.

O livro “Valuation: Como Avaliar Empresas e Escolher as Melhores Ações” certamente vai proporcionar uma agradável e rápida leitura àqueles interessados em adentrarem no mundo da valuation. Em suas cerca de 200 páginas em folha A5 e com grandes letras, Damodaram aborda de maneira resumida e quase “informal” os principais fundamentos de uma boa avaliação, em onze capítulos, distribuídos em três seções metaforicamente denominadas de: “Saia na Frente” (fundamentos da avaliação), “Do Berço ao Túmulo” (ciclo de vida da avaliação), e “Quebrando o Molde” (situações especiais em avaliação).

De forma geral, não são apresentadas muitas fórmulas e modelos de avaliação, com complexas variáveis e estimadas de fluxos de caixa das empresas. O livro em si é bastante introdutório, oferecendo ao leitor uma noção geral do que é uma avaliação de empresas, destacando seus principais fundamentos, destaques na estimativa e na análise e as utilidades desses modelos. Segundo o próprio Damodaran: “este livro oferecerá as ferramentas aos que quiserem tentar e ensinará alguns atalhos aos que preferirem manter-se mais à distância” do processo de avaliação.

Na primeira seção (Saia na Frente), Damodaran destaca que o “valor” é mais que um número, que é preciso conhecer a empresa que se está avaliando, tendo a noção de que todo processo de avaliação pode conter vieses (tendências). Destaca que a maioria das avaliações está errada, mesmo as boas, pois os modelos de avaliação apenas aproximam um valor da empresa. Isso tendo em vista que o processo de valuation envolve o valor do dinheiro no tempo (fluxo de caixa), o risco e o crescimento do negócio, os quais são tratados usualmente por meio de modelos estatísticos para se encontrar o valor intrínseco da empresa. E para isso, é indispensável a obtenção de inputs (dados) confiáveis, com destaque para os dados contábeis das companhias. Isso tendo em vista uma avaliação com base em um modelo de desconto de fluxos de caixa. Há, ainda, a avaliação relativa, na qual são utilizados múltiplos de desempenho da empresa para compará-la a outras companhias, no sentido de descobrir se ela está sobre ou subavaliada (mais cara ou mais barata que empresas semelhantes).

Na segunda seção (Do Berço ao Túmulo), a discussão é pautada no ciclo de vida das companhias. Isto é, avaliar empresas em diferentes estágios de ciclo de vida não é tarefa fácil, pois elas apresentam taxas de crescimento diferentes. Ainda, as empresas jovens dispõem de menos dados que sejam utilizados como inputs nos modelos de valuation. Ainda, como o crescimento é um elemento essencial nesses modelos, sua variação pode afetar (e muito) o valor encontrado em cada modelo. Assim, deve-se atentar para os períodos de alto crescimento, de crescimento, de estabilidade e, ainda, para períodos de decadência (chamado por Damodaran de apocalipse).

A terceira e última seção (Quebrando o Molde) fala de algumas situações especiais em avaliação, as quais também precisam de atenção especial. Por exemplo, cita-se os casos dos bancos, que habitualmente têm altos índices de endividamento e baixo patrimônio líquido (proporcionalmente); de empresas cíclicas e de commodities, que têm alta volatilidade em seus fluxos de caixa; assim como de empresas com altos volumes de ativos intangíveis, as quais possuem o “valor invisível”, com maior dificuldade de ser estimado.

Bem, como tenho dito, este é apenas um aperitivo do livro (que já é um aperitivo sobre valuation). Espero que possa tê-lo deixado mais curioso e com vontade de ler o livro.


Abraços!

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