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sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Rating de Crédito e Governança Corporativa no Brasil


Com o recente corte da nota de crédito (rating) do Brasil (e de empresas brasileiras) pela Standard and Poor's, veio à tona do cidadão brasileiro uma enxurrada de discussões acerca das agências de avaliação de risco e de ratings de empresas e países.

Tempestivamente, realizei há alguns anos um estudo com um aluno do mestrado em Administração sobre a relação desses ratings de crédito e a governança corporativa no Brasil, o qual foi recentemente publicado no último número da Revista de Gestão da USP (REGE). Abaixo exponho seu resumo e endereço para o artigo completo.

RATING DE CRÉDITO, GOVERNANÇA CORPORATIVA E DESEMPENHO DAS EMPRESAS LISTADAS NA BM&FBOVESPA

Lucyan Hendyo Max Pereira
Orleans Silva Martins

RESUMO
Este trabalho buscou analisar os efeitos das práticas de governança corporativa sobre o rating de crédito atribuído pela Moody’s às empresas abertas, não financeiras, com ações negociadas na BM&FBOVESPA no período de 2008 a 2012. A análise se apoiou nos fundamentos teóricos abordados pela Teoria da Agência (JENSEN; MECKLING, 1976), sobretudo no que diz respeito aos mecanismos de transparência e qualidade dos ativos que, como consequência, podem afetar os indicadores de desempenho e credibilidade das firmas (LARKER; TAYAN, 2011; BAKER; ANDERSON, 2010). Para atingir os objetivos de pesquisa foram utilizadas regressões do tipo Probit ordenado, tendo como variável dependente o rating de crédito das empresas e como variáveis independentes seus indicadores de governança corporativa e desempenho. Dentre os principais resultados, foi possível observar que houve uma relação positiva e significante do rating de crédito com os níveis de governança corporativa e o retorno sobre o ativo. Adicionalmente, verificou-se relação negativa entre o rating e a alavancagem das firmas. Constatou-se, ademais, que durante o apogeu da crise financeira de 2008 as empresas situadas em níveis mais elevados de governança apresentaram desempenho financeiro superior àquelas situadas em níveis mais baixos. Dentre as principais contribuições do trabalho, destacam-se a ratificação das evidências existentes de que há efeito positivo da governança corporativa sobre os ratings atribuídos pela Moody’s, o que sugere que o nível de governança deve ser considerado nas análises de crédito, bem como as evidências de que melhores níveis de governança repercutiram de maneira positiva no desempenho das empresas durante uma crise financeira.
Palavras-chave: Risco; Gestão; Credibilidade.

Artigo completo: AQUI.

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