Bill Gates pede mais Baixas Contábeis na Petrobrás
A Petrobras pode ser obrigada a fazer uma baixa contábil adicional de até US$ 14 bilhões em seus ativos, representando o custo da inflação aplicado aos contratos firmados com o cartel de empreiteiras da Lava-Jato entre 2004 e 2012, afirmou o processo movido pela Fundação Bill & Melinda Gates e pelo fundo de investimentos WGI Emerging Markets contra a Petrobras nos Estados Unidos.
A Petrobras fez uma baixa contábil de aproximadamente US$ 2,5 bilhões no seu balanço de 2014, correspondendo à aplicação do percentual de 3% aos US$ 81,4 bilhões em contratos com o cartel de empreiteiras descoberto pela Lava-Jato entre 2004 e abril de 2012.
O percentual utilizado foi indicado pelos delatores do esquema nos depoimentos prestados às autoridades. Segundo o processo, porém, o valor dos ativos da Petrobras ainda está inflado e a companhia deve ser forçada a fazer novos ajustes. Isso porque a baixa contábil feita no balanço de 2014 não aplicou o custo da inflação no período à baixa contábil feita no balanço de 2014 não aplicou o custo da inflação no período à baixa contábil, de 17%. Dessa forma, defendem que seja feita uma nova baixa, representando a aplicação dos 17% aos US$ 81,4 bilhões dos contratos.
A ação ajuizada ontem (24/09/2015), quinta-feiram à noite contra a Petrobras pela fundação e pelo fundo de investimentos é o 16º processo individual contra a estatal nos Estados Unidos. Os processos correm no mesmo tribunal da ação coletiva, que também busca ressarcir perdas com ações da Petrobras. A estatal é acusada de violar as leis do mercado de capitais dos Estados Unidos, devido aos esquemas de corrupção que inflaram os valores dos ativos.
Além da Petrobras, a auditoria Pricewaterhouse (PwC) também está sendo processada por não ter identificado os erros nos balanços da companhia até o ano passado.
Fonte: Valor Econômico.
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