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quinta-feira, 29 de maio de 2014

Governo Paga Quase 30% dos Salários do País


O governo é responsável por pagar quase 30% dos salários do País, segundo o Cadastro Central de Empresas (Cempre) divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Embora represente apenas 0,4% das organizações do cadastro, a administração pública absorveu 19,9% do pessoal ocupado assalariado e pagou 29,8% dos salários e outras remunerações em 2012.

Os dados também mostram que o governo - que abrange as esferas federal, estadual e municipal - pagou os salários médios mensais mais elevados, R$ 2.723,29, contra uma média de R$ 1.842,09 das entidades sem fins lucrativos e R$ 1.722,71 das empresas. “A administração pública tem salários mais elevados porque os funcionários têm qualificação maior. E, embora as entidades sejam poucas no total do cadastro, elas são grandes”, justificou Bruno Rbisti, gerente do Cempre no IBGE. [1]

O País ganhou empresas, empresários e funcionários na passagem de 2011 para 2012. No entanto, o salário médio mensal do trabalhador teve um ganho real de apenas 2,1%, caindo de 3,3 salários-mínimos em 2011 (R$ 1.903,76) para 3,1 salários mínimos em 2012 (R$ 1.943,16). “O salário médio teve ganho real, mas não acompanhou o aumento do salário-mínimo”, confirmou Rbisti. Já a folha de pagamento de todos os ocupados subiu 7,1% em um ano, tanto 
pelo crescimento das remunerações como pela maior quantidade de trabalhadores.

Em 2012, o Brasil tinha 5,2 milhões de empresas e outras organizações formais ativas, que ocuparam 53,4 milhões de pessoas: 46,2 milhões de funcionários e 7,1 milhões de sócios ou proprietários. Em relação a 2011, houve abertura de 66 mil novas companhias e mais 1,2 milhão de pessoas ocupadas. As empresas representavam 89,9% das organizações, com 73,4% dos assalariados e 63,9% dos salários. As entidades sem fins lucrativos equivaliam a 9,7% das organizações.

O comércio manteve a liderança pelo terceiro ano seguido na absorção de pessoal ocupado assalariado, com 8,9 milhões de pessoas em 2012, 19,1% dos empregados do País. O setor deteve ainda o maior número de empresas (41,8% do total), mas apenas 12,1% da folha de pagamento e o terceiro pior salário médio (R$ 1.258,96). A atividade ficou atrás apenas de alojamento e alimentação (R$ 947,87) e atividades administrativas e serviços complementares (R$ 1.170,11). Os maiores salários foram pagos por eletricidade e gás (R$ 5.968,28), atividades financeiras (R$ 4.587,73) e indústrias extrativas (R$ 3.899,12).

As organizações formais criaram 7,8 milhões de vagas assalariadas entre 2008 e 2012. O número de empregados saltou de 38,4 milhões para 46,2 milhões no período. Quase metade das novas vagas foi gerada em apenas três atividades: comércio, construção,  atividades administrativas e serviços complementares. De todas as contratações feitas em 2012, pela primeira vez foram admitidas mais mulheres que homens. “A administração pública hoje já contrata mais mulheres do que homens”, notou Rbisti.

Também houve uma mudança significativa em relação à qualificação de mão de obra. A cada 100 contratados em 2012, 44 possuíam nível superior. Dois anos antes, a cada 100 admissões, apenas 18 eram de funcionários com nível superior. “A cada cinco postos de trabalho, apenas um é ocupado por trabalhador com Ensino Superior. Mas a contratação de novos funcionários hoje já está quase meio a meio: a cada duas contratações, praticamente um funcionário tem nível superior”, contou o gerente do IBGE.

Porém, a desigualdade de salários persiste: os trabalhadores com nível superior receberam, em média, R$ 4.405,55, 215% a mais que os empregados sem curso superior, cujo salário médio era de R$ 1.398,74.

Fonte: Jornal do Comércio - RS.

[1] Certamente que as entidades públicas são maiores. Nos pequenos municípios as prefeituras são as entidades responsáveis pela maior parte dos empregos na cidade. Todavia, há de se convir que no Brasil existe uma farra de empregos públicos, em que setores específicos acumulam vários servidores excessiva e desnecessariamente. Por isso, enquanto não tivermos uma avaliação contínua de desempenho no serviço público, com demissão dos insuficientes, isso perdurará.

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