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segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Snapchat é tentato por Facebook e Google e já Vale US$ 4 bilhões


O aplicativo é simples. Em um toque no celular, a câmera liga e permite a captura de uma foto ou vídeo. O usuário, então, pode escrever uma legenda ou desenhar sobre a imagem com o dedo. O segredo está em um recurso que determina o tempo de visualização daquela imagem antes do envio a um grupo de amigos: são, no máximo, dez segundos cronometrados. Depois, a mensagem desaparece. Um oásis de privacidade em tempos de superexposição em redes sociais, o Snapchat é o queridinho da vez. Responsável pelo compartilhamento de 400 milhões de arquivos por dia – o dobro do que intermediava há apenas cinco meses –, o aplicativo para smartphones tem uma audiência jovem cativa, que atraiu, no início de novembro, a atenção de gigantes da internet, como Google e Facebook. Começou com uma oferta de US$ 3 bilhões de Mark Zuckerberg, presidente do Facebook. Para Evan Spiegel, fundador e presidente do Snapchat, não era suficiente. Logo em seguida, o Google disse que pagaria US$ 4 bilhões. Spiegel, 23 anos, ainda acha pouco. E, mais uma vez, disse não.

A história do Snapchat é comum à de outras redes sociais que transformaram seus donos em milionários da tecnologia na velocidade da internet. A ideia surgiu, em 2011, nos corredores da Universidade de Stanford, na Califórnia, mesma instituição de onde saíram figuras como Larry Page, presidente do Google, e Reed Hastings, presidente do Netflix. No ano seguinte, quando faltavam três disciplinas para se formar, Spiegel abandonou o curso de design de produtos e voltou para a casa do pai, seguro de que a privacidade seria a próxima moeda a ser valorizada na internet. O tiro não poderia ser mais certeiro. Assim, o Snapchat criou uma nova forma de comunicação, que usa fotos e vídeos como um meio em si e que não armazena nenhuma informação do usuário por mais de 24 horas. Os adolescentes adoraram e formaram o maior ativo do Snapchat: uma comunidade altamente engajada, que interage diversas vezes por dia e faz de seu uso uma rotina. Tudo isso em grupos selecionados, longe do olhar de pais e curiosos. “Seria melhor para todo mundo se apagássemos tudo como um padrão e salvássemos apenas as coisas que fossem realmente importantes para nós”, disse Spiegel à agência Associated Press. Procurado por ISTOÉ, ele disse que, no momento, está focado na “construção do produto e do negócio”. A impulsividade dos usuários aliada à efemeridade dos arquivos também facilita a troca de conteúdo erótico. De acordo com Spiegel, 70% dos usuários são mulheres. 

Há outro ponto em comum entre a Snapchat e outras estrelas do mundo virtual. Apesar de todo o frisson e popularidade, o lucro não aparece nas fotos de seus balanços. Isso não intimida investidores. O aplicativo recebeu aportes de grandes fundos do Vale do Silício. Na última rodada, em outubro, a companhia foi brindada com US$ 75 milhões. Menos de um mês depois, a chinesa Tencent demonstrou interesse em levantar outros US$ 200 milhões em investimento para o Snapchat. Não é difícil entender seu apelo. Recentemente, o Facebook admitiu pela primeira vez a seus acionistas que os adolescentes estão passando cada vez menos tempo na rede social. Sua base de mais de 1 bilhão de usuários também publica menos fotos. São 350 milhões de imagens diárias. No Instagram, aplicativo de fotos comprado pelo Facebook por US$ 1 bilhão em abril de 2012 (leia quadro), são 50 milhões por dia – bem longe, portanto, da marca de 400 milhões do Snapchat.

Recusar ofertas bilionárias de concorrentes gigantes não é exclusividade do Snapchat. O próprio Mark Zuckerberg, por exemplo, se negou a vender o Facebook por US$ 1 bilhão ao Yahoo! em 2006. O Foursquare, aplicativo de resenhas de estabelecimentos comerciais, também rejeitou o Yahoo! por US$ 100 milhões em 2010. No mesmo ano, o Google tentou comprar o Groupon, site de compras coletivas, por US$ 6 bilhões, mas não conseguiu. Mais do que um desejo de manter-se independente, a decisão pode ser explicada pela ambição. Analistas de mercado dizem que Spiegel acredita que sua empresa possa receber uma avaliação ainda maior em breve. Deu certo com o Facebook, que hoje vale mais de US$ 100 bilhões na Bolsa de Valores Nasdaq. Nem tão certo para o Foursquare e o Groupon, ambos à beira da falência. 

Fonte: Isto É.

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