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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Contabilidade Fraudada: Relator do Mensalão Aponta Empresas de Marcos Valério



O ministro relator do processo do mensalão, Joaquim Baborsa, iniciou, nesta segunda-feira (10), a leitura de seu voto sobre o crime de lavagem de dinheiro, analisando a conduta do empresário Marcos Valérios e seus sócios nas empresas DNA Propagandas e SMP&B.

Para Joaquim Barbosa, as provas periciais presentes nos autos confirmam a tese da acusação, de que houve lavagem de dinheiro usado no suposto esquema de pagamento de propina. O relator citou vários laudos contábeis que indicam a ocorrência de fraude nas contas das empresas de Marcos Valério.

Barbosa sustenta que foram emitidas pelos menos 80 mil notas fiscais falsas pela SMP&B e pela DNA Propaganda. De acordo com a denúncia do MPF (Ministério Público Federal), as notas frias eram para justificar o dinheiro que saia da empresa para mão dos políticos que, supostamente, recebiam propina. O ministro tentou ilustrar a fraude comparando as contabilidades original e retificadora das empresas. A diferença nos valores é de mais de R$ 50 milhões.

De acordo com o laudo apresentado por Joaquim Barbosa, a contabilidade original apresentada por uma das empresas de Valério apresentava R$ 5, 8 milhões em ativos. A contabilidade retificadora, assinada pelos sócios do empresário, totalizava R$ 53, 2 milhões. Segundo o ministro, os réus omitiram e simularam transações para “lavar” o dinheiro.

— Os peritos afirmam que as alterações das contas das empresas DNA Propaganda e SMP&B foram realizadas em total desacordo com as regras vigentes. São evidentes as provas de que foram erros intencionais, o que caracteriza fraude contábil.

O ministro relator está convencido que a fraude foi uma etapa importante para que o núcleo publicitário do suposto esquema do mensalão conseguisse repassar os valores milionários do Banco Rural, com a omissão da fonte e dos beneficiários do dinheiro.

Dessa forma, Barbosa dá sinais de que considera parte dos réus que compõem o núcleo publicitário — Marcos Valérios e seus sócios Cristiano Paz e Ramon Hollerbach — culpados pelo crime de lavagem de dinheiro.

O relator ainda vai analisar a conduta do núcleo financeiros do Banco Rural que, de acordo com entendimento do STF, simularam empréstimos às empresas de Valério. Os ex- diretores, Kátia Rabello, José Roberto Salgado, Vinícius Samarane e Ayanna Tenório, também respondem por lavagem de dinheiro.

Fonte: R7.

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