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terça-feira, 20 de julho de 2010

Contabilidade: Uma Profissão com Futuro Promissor




Há algum tempo é possível observar o destaque que se tem dado ao curso de Ciências Contábeis no Brasil. Seja pelas recentes aprovações das Leis 11.638/07 e 11.641/09, que alteraram de forma significativa a importância dos demonstrativos e relatórios contábeis nas organizações, pelas recentes introduções dos conteúdos das IFRS no dia-a-dia das empresas brasileiras, pelo crescimento da importância e necessidade do Contador no crescente mercado financeiro brasileiro, ou pelas recentes alterações na Lei rege e regulamenta a profissão contábil no Brasil através da Lei 12.249/10, reinstituindo o Exame de Suficiência e reafirmando o compromisso e a seriedade dessa profissão.

Fato é que a profissão contábil tem se valorizado e esta valorização tem despertado a atenção para a carência de Contadores no mercado e para o amplo mercado de trabalho que o profissional dessa área possui atualmente no Brasil.

Prova disso são os recentes destaques dados por dois dos maiores meios de comunicação do país, ressaltando a diversidade dos trabalhos, o amplo mercado de trabalho e a boa empregabilidade desses profissionais.

Já no ano de 2007, o site G1, do grupo Globo.com, destacava em seu Guia de Carreiras a profissão contábil como tendo "mercado de trabalho diversificado e boa empregabilidade":


Gostar de matemática e ser bom nas ciências exatas não são requisitos obrigatórios para ser um contador, garantem profissionais da área. Ter raciocínio lógico e saber se comunicar bem são características que se encaixam melhor no perfil do profissional de ciências contábeis, tema do Guia de Carreiras desta semana, com destaque para as principais áreas de atuação e as que geram mais emprego, além de uma entrevista com Antoninho Marmo Trevisan, dono de umas das maiores empresas de contabilidade do país, com 16 escritórios no Brasil.

O contador é a pessoa responsável por fazer o registro contábil de uma empresa, acompanhar os dados e indicar qual regime tributário a instituição deve seguir, orientando o pagamento de impostos e a divisão de recursos entre os sócios.

Profissional obrigatório em todas as empresas do país, das micro aos grandes conglomerados, o contador tem um mercado de trabalho que hoje conta com 5,1 milhões de entidades no país. Dessas, 98% são micro e pequenas, segundo dados do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

As possibilidades de emprego são bem maiores que o tamanho da categoria que possui cerca de 200 mil bacharéis atuando na área, de acordo com o Conselho Federal de Contabilidade (CFC). “É um dos melhores mercados de trabalho. Melhor que administração e economia, que são áreas afins”, afirma a professora Christianne Calado Vieira de Melo, coordenadora do curso da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Segundo ela, muitos dos alunos já terminam o curso empregados. As áreas de atuação são diversificadas e oferecem diversas possibilidades. O estudante pode optar por abrir seu próprio escritório, atuar em empresas ou tentar um concurso público.

Segundo profissionais do setor, cada vez mais o mercado exige que o contador tenha uma visão global da empresa e seja capaz de auxiliar o gestor nas decisões. “A contabilidade é um instrumento de gestão. O contador deve ter o papel de consultor do empresário”, afirma José Antônio de França, presidente da Fundação Brasileira de Contabilidade.

De acordo com profissionais do setor, um bom contador deve ter conhecimento multidisciplinar, saber interpretar dados e ser capaz de sugerir medidas necessárias ao melhor funcionamento da empresa. “Ele detém a informação e deve buscar melhorar a saúde financeira do empreendimento”, diz a presidente do conselho federal, Maria Clara Bugarim.

Outra característica destacada como essencial é a ética no trabalho. Os balanços contábeis e auditorias feitas por um profissional devem refletir a realidade da situação financeira da instituição. “Tem que ser um profissional compromissado em informar à sociedade sobre a receita patrimonial correta de uma empresa”, explica o professor Valmor Slomski, coordenador da graduação da Universidade de São Paulo (USP), primeira curso superior do país na área.


Mais recentemente, dia 04/07/2010, o jornal Folha de São Paulo veiculou em sua versão eletrônica, na internet, matéria que destacava uma das maiores empregabilidades do país para essa profissão, com cerca de 90% dos Contadores empregados, e salários que variam entre R$ 1,5 mil e R$ 20 mil, de acordo com o CFC:


Apesar de contar com 412 mil profissionais registrados no CFC (Conselho Federal de Contabilidade), a área de ciências contábeis vive hoje um desafio: a falta de mão de obra qualificada no país.

A quantidade de formados, justifica o conselho, é insuficiente para atender à necessidade dos 5 milhões de empresas no Brasil.

Segundo a vice-presidente do CFC, Maria Clara Cavalcante Bugarim, a taxa de empregabilidade de contadores é superior a 90%. "O campo de trabalho é bastante vasto, e existe demanda em diversas áreas, como auditoria e controladoria", sinaliza.

Um levantamento da consultoria Manpower com 850 recrutadores de grandes empresas brasileiras dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná confirma a escassez. Pelo estudo, elaborado no primeiro trimestre de 2010, 64% das companhias indicaram dificuldade em preencher vagas.

A carência está ligada às peculiaridades das ciências contábeis, avalia o coordenador de pós-graduação em contabilidade da FEA-USP (Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade), Edgar Cornachione.

"No país, há 50 atribuições que só podem ser exercidas por um profissional registrado, tais como avaliação patrimonial e implantação de plano de depreciação", afirma.

Segundo Cornachione, a demanda maior é por profissionais com ensino superior. "Neste momento de sofisticação da economia brasileira e de modernização da contabilidade, são necessárias pessoas dinâmicas e altamente qualificadas para acompanhar esse movimento", diz.

Requisitos

Exemplo disso, ressalta o chefe do departamento de ciências contábeis da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica), Gleubert Carlos Coliath, é a lei nº 11.638. Em vigor desde dezembro de 2007, ela traz práticas internacionais para o dia a dia das companhias brasileiras.

"O mercado precisa de pessoas que dominem idiomas, principalmente inglês e espanhol, e que acompanhem normas internacionais da contabilidade", pontua.

Graduado em ciências contábeis, Luiz Pegoraro, 25, acrescenta outra exigência --além de idioma estrangeiro e atualização-- para que o profissional tenha sucesso: poder de convencimento.

"Antes, o profissional ficava fechado em uma sala contabilizando os números; hoje, é preciso que ele tenha persuasão para convencer os gestores", pondera Pegoraro, que atua no ramo de auditoria contábil na consultoria PricewaterhouseCoopers.

O salário para quem preenche os requisitos pode variar de R$ 1.500 para trainee a R$ 20 mil para "controller", profissional que fornece informações financeiras para gestores.



Com isso, é razoável afirmar que para o profissional contábil não falta emprego. Assim, com as recentes alterações na legislação que regulamenta o exercício da profissão, reintituindo o Exame de Suficiência, por exemplo, resta aos alunos dedicarem-se ao máximo a seus cursos e, aos docentes, esforçarem-se ao máximo para que seus alunos "aprendam" contabilidade e tornem-se aptos a prestarem o Exame e suprirem essa carência apontada pelo mercado.

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