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terça-feira, 30 de abril de 2013

Quando Faltam Profissionais Qualificados no Mercado



Com a escassez de mão de obra do Brasil, cada vez mais a gestão de pessoas nas organizações deve ser vista como estratégica. Observamos que alguns segmentos, como Contabilidade, Fiscal e Tributária, Engenharia, e Tecnologia da Informação (TI), têm vagas abertas e não fechadas devido à falta de mão de obra qualificada. Se utilizarmos TI como exemplo, temos 100 mil vagas!  E hoje não falamos mais somente de mão obra qualificada, mas, em níveis técnicos e operacionais, também há falta de profissionais experientes. [1]

Com este cenário, torna-se imperioso olhar para Gestão de Pessoas não mais como uma área burocrática mas como uma área que precisa prover,  desenvolver  e reter pessoas para dar sustentação às estratégias de negócios.  Um tópico extremamente importante é como prover pessoas, já que não temos uma oferta significativa para selecionarmos os melhores profissionais para compor os quadros de funcionários das empresas.

É mais fácil, mais rápido e mais barato desenvolver conhecimentos do que comportamentos. Com isso em mente, precisamos ter processos seletivos bem estruturados focando os aspectos comportamentais e capacidade de aprendizagem para que possamos desenvolver profissionais dentro das próprias organizações. Utilizar ferramentas de avaliação para identificação de gaps de competências para otimização dos recursos em treinamento e desenvolvimento é um caminho interessante,  uma vez que  as ações são direcionadas para a necessidade organizacional e dos indivíduos.

A retenção de pessoas passa pelo modelo de gestão. Isto inclui a liderança, perfis de liderança desenvolvimentista. A adoção de tal política é necessária neste cenário para manter os profissionais e desenvolvê-los “dentro de casa”. Explicitar oportunidades de carreira trazendo um guia claro, específico e transparente para a equipe visualizar o potencial de crescimento dentro da própria organização e manutenção da remuneração na mediana de mercado, podem ser fatores críticos de retenção das pessoas na organização.

Se como executivo você ainda não pensou em Gestão de Pessoas como uma das vertentes estratégicas do seu negócio, é melhor refletir sobre o assunto, pois investir em pessoas pode ser o diferencial para a evolução ou a involução do seu negócio.  Os conceitos tradicionais de gestão de pessoas não mais atendem às necessidades das organizações e das pessoas, ao mesmo tempo em que não existem conceitos e práticas consagradas para ocupar o espaço que se abre. O trabalho criativo e individualizado que perceba a empresa como tendo personalidade própria e única é fundamental para que seu processo de gestão tenha sucesso em suas metas.


[1] Isso pode ser consequência das recentes mudanças no ensino superior no país, onde se pode ver o aumento quantitativo, sem o devido acompanhamento qualitativo. Forma-se muito, mas sem a qualidade necessária. Talvez um reflexo das atuais políticas públicas para o ensino público fundamental e médio, com programas de educação continuada sem a devida preocupação com a absorção dos conteúdos pelos alunos. Nessas políticas, o que vale são as estatísticas!


Fonte: Jornal do Brasil.

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