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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Enfim o 1º Doutor em Contabilidade "Não-USPiano" do Brasil




Na tarde desta segunda-feira (20/12/2010), o Brasil teve seu primeiro doutor em Contabilidade formado dentro do país que não fora titulado pela Universidade de São Paulo (USP).

Por meio da aprovação da tese intitulada "A EFICIÊNCIA DA ÁNALISE FINANCEIRA FUNDAMENTALISTA NA PREVISÃO DE VARIAÇÕES NO VALOR DA EMPRESA", o aluno ADILSON DE LIMA TAVARES, sob orientação do professor Dr. César Augusto Tibúrcio Silva (UnB), passou a ser o primeiro doutor formado pelo Programa Multiinstitucional e Inter-Regional de Pós-Graduação em Ciências Contábeis da UnB/UFPB/UFRN.

A defesa pública de sua tese ocorreu na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e teve como membros examinadores os professores Dr. Otavio Ribeiro de Medeiros (Avaliador interno), Dr. José Dionisio Gomes da Silva (Avaliador interno), Dr. Eliseu Martins (Avaliador externo) e Dra. Ilse Maria Beuren (Avaliadora externa).

Na cerimônia de abertura da defesa pública, comandada pelo professor José Dionísio (coordenador regional do programa), o professor Eliseu Martins revelou sua emoção de estar participando daquele processo, iniciado por ele mesmo no ano de 1977 (quando coordenador do programa da USP e principal ator da criação do doutorado daquela instituição), a partir de quando passou a estimular outras instituições a criarem o segundo doutorado em Contabilidade do país.

Ainda, o professor Dr. Jorge Katsumi Niyama, ex-coordenador geral do programa, falou sobre sua satisfação em presenciar a titulação do primeiro doutor em Contabilidade "não-USPiano*", logo após o aniversário de 10 anos do Programa Multiinstitucional da UnB/UFPB/UFRN.

* Não-USPiano: diz-se aquele que não é originário da Universidade de São Paulo.

2 comentários:

Alexandre Alcantara 23 de dezembro de 2010 às 08:27  

Vale lembrar que antes da USP já havia titulação de doutores em contabilidade no Brasil. A Faculdade Nacional de Ciências Econômicas da Universidade do Brasil, atual UFRJ já concedia o título de doutor em contabilidade na década de 1960.

Um exemplo foi a titulação do Prof. Dr. Antonio Lopes de Sá em 1964. A questão é que com a ascensão da FEA/USP, em meados da década de 70, e todas as questões político educacionais relacionadas, fez com que a mesma assumisse destaque nacional no ensino da contabilidade, com a descontinuidade do programa precursor da Universidade do Brasil no Rio de Janeiro.

Como os atuais propgramas de doutorados seguem à risca a cartilha da USP, não podemos dizer que temos um doutor não Uspiano legítimo. O patrulhamento existente nos cursos de mestrado e doutorado, que proibem a leitura de certos autores não é algo salutar em um ambiente científico. Até hoje não li um texto (artigo,. tese, dissertação) contestando cientificamente as idéias de Lopes de Sá, o mais "temido e combatido" autor que não se alinhou à USP. Caso conheça um destes textos nos envie.

Blog Informação Contábil 23 de dezembro de 2010 às 11:26  

Caro Alexandre,

De fato havia doutores em contabilidade no Brasil que obtiveram seus títulos em outras instituições, que não a USP. Entretanto, considerando um Programa de Pós-Graduação nos moldes atuais da Capes, podemos considerar que este é o primeiro titulado "fora" do eixo USP.

Quanto a ser tipicamente "não USPiano", ou "fora" daquele eixo, concordo com você em parte. Obviamente é impossível que qualquer outro Programa no país não sofra influências da USP, uma vez que "quase" todos os professores desses programas são oriundos da USP. Contudo, a tendência é que os novos programas sigam seu próprio caminho, até que consigam seus próprios perfis, como já acontece nos Estados Unidos.

Quanto ao "boicote" ao prof. Lopes de Sá, discordo que haja "proibição" de sua leitura nos demais programas. Digo isso, pelo menos no caso da UnB/UFPB/UFRN, com conhecimento de causa, pois eu mesmo o utilizei em alguns estudos de teoria. Ainda, serve como prova de sua importância as diversas citações que são feitas no artigos científicos que são produzidos atualmente. Entretanto, tenho consciência de que há certa "rejeição" em alguns casos, seja por "temê-lo e combatê-lo", ou por haver outras referências mais adequadas a determinados estudos.

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