Informações sobre Contabilidade, Atuária, Economia e Finanças.

sexta-feira, 20 de março de 2015

Resultado da seleção do PPGCC/UFPB



O Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis (PPGCC) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) acaba de divulgar a lista de classificados para os cursos de Mestrado e Doutorado em Contabilidade. 

No site do PPGCC (aqui) é possível acessar a lista e obter mais informações sobre os cursos, que são gratuitos. 

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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Petrobras é Exemplo de Destruição de Valor


O professor da Universidade de Nova York, Aswath Damodaran , um dos mais respeitados especialistas em avaliação de empresas e finanças corporativas, cita em artigo a Petrobras com exemplo de como destruir o valor de uma companhia. Ele levanta as razões que levaram a Petrobras a perder US$ 200 bilhões em valor de mercado, a maior parte, US$ 160 bilhões, antes mesmo de os preços do petróleo recuarem. E faz uma estimativa de quanto deveria valer a ação da estatal:  quase nada no pior cenário e R$ 22,55 no mais otimista.

Damodaran ironiza a situação, afirmando que os erros da empresa são tão grosseiros que, se fosse adepto de teorias conspiratórias, ele chegaria a pensar que foram provocados por um plano diabólico para destruir a companhia perpetrado por um gênio do mal. “Mas eu aprendi com a dura experiência que você não deve atribuir à malevolência o que pode ser explicado por ganância, interesses próprios e um sistema errado de incentivos.”

Papel barato?

Para Damodaran, com a forte queda dos preços das ações, os papéis atraem o interesse dos chamados investidores contrários, que vão contra as visões gerais do mercado. E a ação parece atrativa à primeira vista, usando alguns múltiplos convencionais, como a relação preço/lucro , de 5,31 vezes, ante a média de 17,63% do mercado, e o preço/valor patrimonial, de 30%, ante 103% do setor. Já o valor da empresa em relação à geração de caixa (EV/Ebitda, cálculo que soma a dívida ao valor de mercado da empresa e o compara com a geração de caixa, o que mostra quantos anos levaria para a companhia render o suficiente para pagar todo o negócio), é de 5,6 vezes, pior que as 4,60 vezes do mercado.

Para Damodaran, a ação da Petrobras parece barata olhando a relação preço/lucro da ação e sua relação com o valor patrimonial, mas os resultados são mistos com relação ao valor da empresa. Ele lembra ainda que todos esses múltiplos são afetados pelo fato de que os preços do petróleo caíram dramaticamente desde o último balanço oficial e que os lucros também devem cair nos próximos trimestres. E, como os resultados já estavam caindo antes mesmo da baixa do petróleo,  Damodaran teme que a queda seja ainda maior agora, com o barril perto de US$ 50.

Ação perto de zero

Usando os dados históricos da empresa e o preço atual do petróleo, Damodaran fez uma estimativa dos resultados da Petrobras. Considerando o preço atual do petróleo em US$ 51,69 o barril, a receita anualizada da Petrobras seria de US$ 61,3 bilhões, uma queda de 55% em relação aos US$ 135 bilhões dos 12 meses encerrados em setembro. Com isso, o lucro operacional, antes de impostos, seria de US$ 6,638 bilhões. Com esse nível de lucro, o valor da Petrobras seria de US$ 62,4 bilhões, bem abaixo dos US$ 135,1 bilhões atuais, fazendo sua ação valer quase nada.

Fatores para comprar Petrobras

Mas há outros fatores que podem incentivar o investidor a comprar Petrobras, admite Damodaran, se ele for otimista. Há o fato de a Petrobras ser uma das maiores produtoras de petróleo do mundo e, se o preço do produto subir, haverá um pulo nas receitas. O segundo fator é que os investimentos dos últimos anos tornaram a empresa dona da quinta maior reserva comprovada de petróleo do mundo, apesar de a viabilidade de exploração de algumas dessas reservas aos preços de hoje poder ser questionável.

O terceiro fator é que que se o governo brasileiro parar de interferir e a direção da companhia  parar com seu comportamento autodestrutivo, lucros, margens e retorno devem melhorar. Num cenário mais otimista, a Petrobras poderia manter sua receita intacta em US$ 135,8 bilhões, melhorar sua margem operacional para os 21,1% que tinha em 2010 e seu retorno de capital de 13,36%, na média de 10 anos. Poderia ainda reduzir seu endividamento para 43,5%, média dos últimos cinco anos. Nesse caso, a ação da Petrobras poderia valer R$ 22,55, bem acima do valor atual de R$ 9,12.

Ascensão e queda da Petrobras

A ascensão da Petrobras de uma companhia petroleira de mercado emergente para uma gigante entre 2002 e 2010 se deve a três fatores, explica Damodaran. O primeiro, a descoberta de grandes reservas no início da década passada, que catapultou a empresa para as com maiores reservas comprovadas, apesar de seu custo maior de produção, fator que foi minimizado pelo segundo, a forte alta dos preços do petróleo no mercado internacional, para mais US$ 100 o barril, o que manteve a exploração desses campos viável economicamente.

O terceiro fator foi a queda no risco-Brasil, dos estratosféricos níveis de 2001, quando o default credit spread atingiu 14,34%, para 1,43% em 2010, quando o Brasil parecia ter atingido o nível de quase desenvolvido. Em 2010, a Petrobras marcou sua chegada aos mercados globais e sua ambição com uma captação de US$ 72,8 bilhões nos mercados de ações, diz Damodaran.

Campeã de perda de valor

O excesso de confiança da oferta pode ter sido o gatilho para a subsequente queda da companhia, que impressiona por sua magnitude e velocidade. Depois de atingir uma capitalização de US$ 244 bilhões em 2010, a empresa perdeu mais de US$ 200 bilhões em valor de mercado, tornando-se campeã em destruição de valor. Uma grande parte do declínio pode ser atribuída à queda do petróleo, mas antes disso ela já havia destruído US$ 160 bilhões em valor.

Descrevendo a governança corporativa da Petrobras, Damodaram lembra que o governo fez uma manobra para vender bilhões em ações aos investidores sem perder o controle da companhia. Para isso, usou as ações preferenciais, sem voto, vendidas aos demais acionistas, manteve sua fatia de 50% nas ações ordinárias, com apoio de empresas estatais como BNDES, que ficaram com mais 11.

Usando essa estrutura de controle, o governo criou um perfeito conselho fantoche, cuja única missão era proteger os interesses do governo, ou melhor, os políticos que formavam o governo de então, a todo custo. Os representantes dos minoritários foram não só ignorados como ainda sofreram retaliação por levantar questões básicas sobre governança. “Para ser honesto com Dilma, sempre houve interferência na Petrobras e seus predecessores são tão culpados quanto ela por tratar a Petrobras como um cofrinho e máquina de pressão política, como ela fez”, diz Damodaram. Lula, lembra o analista, foi tão intervencionista quanto ela, mas teve a sorte dos preços do petróleo estarem altos.

Lições de destruição

Se é preciso olhar casos de empresas que criam valor rapidamente, Petrobras se tornou um caso de estudo pela razão contrária, diz Damodaran. Ou seja, se você tiver um determinado negócio e tiver o perverso objetivo de destruí-lo completamente e rapidamente, deve replicar o que a Petrobras fez em cinco passos.

O primeiro, invista primeiro, se preocupe com retornos depois. O investimento de grandes volumes de dinheiro em novos negócios com pouca atenção ao retorno desse investimento, e normalmente com o interesse em obter vantagens políticas ou coisa pior. Entre 2009 e 2014, Petrobras aumentou seus gastos de capital e custos de exploração para mais de 35% de suas receitas, bem acima dos 15% a 20% da média de outras empresas do setor, o que fez o retorno sobre o capital cair para 5%, mesmo com o barril de petróleo a US$ 100.

O segundo passo: cresça garoto, cresça e a rentabilidade está perdida. A Petrobras ampliou o faturamento de US$ 17,4 bilhões em 1997 para US$ 135 bilhões em 2014, superando a Exxon Mobil, tornano-se a maior produtora de petróleo do mundo no terceiro trimestre do ano passado. Ao mesmo tempo, suas margens de lucro caíram dramaticamente. O governo contribuiu para isso controlando os preços da gasolina, subsidiando os donos de carros.

O terceiro passo: pague dividendos como uma empresa de serviços públicos, mesmo que não seja uma. A estrutura de capital, com ações preferenciais, obriga a empresa a distribuir lucros regularmente, o que é caro quando se tem planos de crescer ambiciosamente.

O quarto passo: tome dinheiro emprestado para cobrir o déficit de caixa. A Petrobras levantou US$ 79 bilhões em 2010, mas continuou dependente de empréstimos para se financiar, o que levou sua dívida a subir para US$ 135 bilhões no fim de 2014, a maior entre as empresas de petróleo do mundo.
O quinto e último passo: destrua valor, missão cumprida! Se você investe demais e cresce sem se preocupar com rentabilidade, pagando dividendos que não tem condições e tomando dinheiro emprestado, você cria a tempestade perfeita que leva à destruição de valor.

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Inscrições Abertas para Mestrado e Doutorado



O Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis (PPGCC) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) está com inscrições abertas para os seus cursos de Mestrado e Doutorado.

As inscrições podem ser realizadas na secretaria do Programa, em João Pessoa/PB, ou por via postal.

Maiores informações podem ser obtidas no site do PPGCC (Aqui).

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segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Mestrado e Doutorado em Contabilidade



O Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis (PPGCC) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) divulgou editais de abertura do Processo Seletivo de 2015 para os cursos de Mestrado e Doutorado em Ciências Contábeis na área de concentração Informação Contábil.

O período de inscrições ocorrerá entre os dias 11 e 27 de fevereiro de 2015, das 8h às 17h, na secretaria do PPGCC/UFPB, situada no Bloco do Departamento de Finanças e Contabilidade (DFC), vizinho ao Bloco da Direção do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA) da UFPB, ou poderão ser realizadas por correspondência via SEDEX, desde que postada até a data de encerramento das inscrições.

Para o Mestrado, poderão se inscrever candidatos graduados em Ciências Contábeis, Administração, Economia ou em áreas afins, realizados em cursos reconhecidos pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) e que atendam aos requisitos estabelecidos no Edital.

Para o Doutorado, poderão se inscrever candidatos com o Título de Mestre em Ciências Contábeis, Administração, Economia ou em áreas afins, obtido em cursos recomendados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) ou, se obtido no exterior, revalidado nos termos da lei por instituição nacional, e que atendam aos requisitos estabelecidos no Edital.

Aqui estão disponíveis os editais do Mestrado e Doutorado.

Maiores informações podem ser obtidas na página eletrônica de Ciências Contábeis (http://ccsa.ufpb.br/ppgcc), pelo email ppgcc@ccsa.ufpb.br ou pelo telefone (83) 3216 7285.

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quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Professor Edgar Cornacchione desenvolve Game Contábil


A Geração Gamer prossegue neste começo de 2015 com sua série de enquetes para eleger os jogos brasileiros de destaque em cada mês. Vote (neste link do site) nos títulos de dezembro de 2014 e ajude a descobrir mais informações sobre a cena nacional de videogames. Não conhece os jogos listados? Aproveite para pesquisar e jogar antes de decidir o seu voto.

DEBORAH é o game do professor Edgar!

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sábado, 6 de dezembro de 2014

Revista Evidenciação Contábil & Finanças - v. 2, n. 3


A Revista Evidenciação Contábil & Finanças (RECFin) é um periódico organizado pelo Departamento de Finanças e Contabilidade (DFC) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em parceria com seu Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis. Atualmente ela consta em 12 diferentes diretórios de pesquisa e indexadores científicos.

A seguir consta seu sumário com os artigos publicados neste número (v. 2, n. 3, 2014). Convidamos você a navegar no sumário da revista para acessar os artigos e itens de interesse.

Orleans Silva Martins (UFPB)
Editor Geral


Revista Evidenciação Contábil & Finanças
v. 2, n. 3 (2014)

Sumário

Editorial (1-3)
    Orleans Silva Martins

Nominata de Avaliadores (4-5)
    Orleans Silva Martins

Seção Nacional

Análise do Nível de Evidenciação de Informações Ambientais Apresentado pelas Empresas que Exploram Atividades Agrícolas (6-23)
Deisiane Alves Guimarães, Ilirio José Rech, Moisés Ferreira Cunha, Ivone Vieira Pereira

Efeito do Resultado Abrangente nos Indicadores de Desempenho das Companhias Abertas Brasileiras (24-40)
Geordana Mendonça Curcino, Sirlei Lemes, Reiner Alves Botinha

Impacto da Divulgação Obrigatória da DVA: Evidência em Indicadores Financeiros (41-55)
Ismael Alencar Fiuza de Oliveira, Antônio Carlos Dias Coelho

Logística Reversa: Análise Bibliométrica de Artigos Publicados em Periódicos Brasileiros no Período de 2003 a 2012 (56-72)
Ferdinando David Valando, Marcia Zanievicz Silva, Júlio César Silva

Evidências Empíricas sobre a Rentabilidade dos Ativos dos Bancos no Brasil antes da Crise Americana do Subprime (73-87)
Fernando da Silva Vinhado

Seção Internacional

La Inteligencia Institucional y Cadena de Valor de la Información: El Ejemplo de la Universidad Federal de Rio Grande do Norte - Brasil (88-103)
Márcia Josienne Monteiro Chacon, Daniel Sanchez Toledano, Aneide Oliveira Araújo

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