Falências Requeridas e Decretadas Registram Menor Volume em 5 Anos

A insolvência das empresas continua em queda no país, conforme revela o Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações. Em julho de 2010, as falências requeridas e decretadas apresentaram o menor volume para o sétimo mês do ano, desde a introdução da Nova Lei de Falências, em 2005. Ao todo, houve 177 requerimentos e 53 decretos de falências no país.

Dos 177 pedidos de falência, 112 foram de micro e pequena empresa, 36 de médias, e 29 de grande empresa. Quanto às falências decretadas, houve 50 decretos de micro e pequena empresa, dois de médias, e apenas 1 de empresa de grande porte.

Os bons resultados verificados pelo indicador refletem o melhor momento econômico vivido pelo país, iniciado em 2009. No sétimo mês daquele ano, a economia começava a se desfazer dos efeitos da crise econômica internacional, e dava os primeiros passos de crescimento.

Na relação anual, julho 2010/2009, todos os indicadores caíram, com destaque para as falências decretadas, que recuaram 20,9%. As recuperações judicial e extrajudicial seguem a mesma direção.

Já na comparação mensal, julho ante junho de 2010, as falências requeridas crescem 18,8%, enquanto as decretadas caem 13,1%. Há empresas ainda em dificuldades, pois mesmo com as decretações não seguindo a elevação dos requerimentos, as recuperações judiciais requeridas sobem 46% entre junho e julho.

Na análise por porte, na relação mensal, julho ante junho de 2010, as grandes e micro e pequenas empresas puxaram a elevação das falências requeridas. Nas recuperações judiciais requeridas, por sua vez, todos os portes – incluindo as de média porte – contribuíram para o aumento do indicador.

Na comparação julho 2010/2009, somente a recuperação judicial requerida das grandes empresas apresenta evolução. Já na relação entre os acumulados (janeiro a julho) de 2010 e 2009, apenas a falência decretada das médias empresas registra crescimento.

De modo geral, os indicadores de insolvência das empresas no país são positivos, pois possuem resultados decrescentes nas falências decretadas. Os crescimentos verificados nas recuperações judiciais são decorrentes de negócios que enfrentam dificuldades setoriais, a exemplo das empresas exportadoras e das dependentes de algumas commodities, que têm dificuldades em alcançar o mercado externo em crise e, no segundo caso, também recuperarem suas cotações.

As dificuldades por parte das micro e pequenas empresas são pontuais, pois em ambiente de juros em alta e prazos mais longos de financiamento, elas não conseguem competir com os outros portes na conquista do consumidor.

Fonte: FinancialWeb.