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quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

Amigo Secreto dos Blogs de Contabilidade 2019


Eita, mais um ano!!!

Com a chegada do final de mais um ano, mais um Natal, tivemos mais uma edição deste que é o maior e melhor amigo secreto de Blogs de Contabilidade!

Há alguns anos começamos esta brincadeira que tem ficado mais séria a cada ano. Neste edição já somos 12, com a chegada do nosso amigo Roberto Ushisima. Seja bem vindo!

Abaixo eu relaciono todos os blogs e convido todos vocês a os visitarem, vale muito a pena!

Em 2019, tive a sorte de ter a Isabel Sales (do Blog Contabilidade Financeira) como minha amiga secreta. Como sempre, recebi dela a excelente coleção de livros Leonard Mlodinow. Obrigado Isabel!!!


Por outro lado, fui o amigo secreto do César Tibúrcio, também do Blog Contabilidade Financeira. Seguindo o ritual de presentar bons professores/contadores com literatura não técnica, o presenteei com os livros "Essa Gente" e "O Irmão Alemão" do Chico Buarque. Espero que ele tenha gostado!

E assim finalizamos mais um ano do melhor e maior amigo secreto de Blogs de Contabilidade! Abraços a todos e até o próximo ano!

Segue a lista dos blogs:

Acervo Contábil (do Sandro)
Alcantara (do Alexandre Alcântara)
Ideias Contábeis (da Cláudia Cruz)
Contabilidade Financeira (de César Tibúrcio, Isabel Sales e Pedro Correia)
Contabilidade e Métodos Quantitativos (do Felipe Pontes)
Empresas e Mercados (do Roberto Ushisima)
Informação Contábil (do Orleans Martins)
Histórias Contábeis (da Polyana Silva)
Panorama Público (do Roberto Lima) 
Vladmir F Almeida (do Vladmir Almeida)

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sexta-feira, 15 de novembro de 2019

E esse tal de "Impairment"?


Impairment é também a conhecido como baixa por Redução ao Valor Recuperável de Ativos. No Brasil, a norma contábil que orienta sua realização é o CPC 01.

Os US$ 3,2bi de impairment anunciados pela Vale (aqui) recentemente me fez lembrar do Oficio-Circular CVM 01/2018 (aqui). Naquela ocasião, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) manifestava preocupação com a elaboração das Demonstrações Financeiras das empresas, devido a "desvios identificados".

Impairment provém do CPC 01 que requer a redução do valor contábil dos ativos ao seu valor recuperável. Durante muito tempo, este foi um ponto sensível nas Demonstrações Financeiras das empresas, aparecendo com frequência como Principais Assuntos de Auditoria (PAA) no relatório de auditoria (em 32% dos casos).

A CVM tava incomodada com a possível "não baixa" dos valores não recuperáveis. No caso mais recente da Vale, o que ela fez, foi isso, baixou valores identificados como não recuperáveis em ativos de metais básicos e carvão. É uma perda de valor esperado, sem efeito caixa.

Valores de ativos como esses variam com as mudanças nas suas características, ou mesmo na expectativa de preço futuro no mercado. Até o câmbio pode afetar. E se o "vento" do dólar sopra em favor do resultado da Vale, por que oportunamente não seguir o Ofício da CVM? É isso!

Estes e outros comentários em @orleansmartins

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quarta-feira, 23 de outubro de 2019

Eficiência e Aleatoriedade no Mercado de Ações

Em recente discussão sobre eficiência de mercado e assimetria de informação, um aluno me questionou sobre o efeito da aleatoriedade no mercado financeiro. 

Nessa hora, lembrei do slides de uma aula, com trechos de Fama (1970, Efficient capital markets) e também do @MonkeyStocks.


O Monkey Stocks é um perfil do instagram (aqui) que toma com inspiração o trabalho de Malkiel (1973, A Random Walk Down Wall Street), que afirmou em seu livro que "um macaco com os olhos vendados jogando dardos nas páginas financeiras de um jornal poderia selecionar um portfólio que seria tão bom quanto um cuidadosamente selecionado por especialistas".


Já Fama (1970) fala do "modelo de passeio aleatório" para explicar as mudanças de preços dos ativos ao longo do tempo. Porém, o fator aleatório, unicamente, não é determinante da Hipótese de Eficiência de Mercado (HME).

As limitações da HME de Fama são conhecidas e comprovadamente testadas por muitos. Há estudos em diferentes mercados. Minha tese de doutorado, inclusive, demonstrou a limitação da forma forte da HME no mercado brasileiro. Isto é, sem essa de "o mercado precifica".

Portanto, aleatória e temporariamente, o mercado pode parecer completamente eficiente, mas não o é apenas pelo fator aleatório. Conceitualmente haveria outros pressupostos para que ele fosse considerado como tal.

No Brasil, o pessoal do @MonkeyStocks criou uma carteira aleatoriamente montada, e desde o início de 2019 ela tem acumulado um retorno expressivo (+51,13%) e "batido o mercado" (Ibov = +19,16%), até 18/10/2019. Carteira completa aqui.


A formação da carteira @MonkeyStocks é aleatória (por sorteio), mas não condicionada ao preço histórico (HME). Mesmo sabendo que eles não têm o objetivo de testar a HME, essa carteira é um experimento didático para o caso.

O bom desempenho de uma carteira aleatoriamente montada não reflete, necessariamente, que o mercado é eficiente. Ligando isso à discussão "preço importa ou não importa?", com a comprovada existência de ineficiência nos mercados, é claro que preço importa.

Nesse caso, o fator aleatório até agora agiu a favor, mas como em qualquer outro caso, pode vir a agir contra. Isso dá artigo! 

Ou vale acompanhar o @MonkeyStocks em uma série temporal mais longa. As postagens são bem legais.

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sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Quem é Nosso "Mercado"?

Quem é nosso "mercado"?

Sua carteira, clube ou fundo tem batido o "mercado"? Sim? Que bom!

Mas será que o parâmetro de comparação que temos usado é, de fato, adequado? O "mercado" se limita ao #Ibovespa? O "mercado" é 6 (seis) empresas (52,16%)?

Qual é o risco da empresa?

O famoso Beta é estimado com base na co/variância dos retornos do ativo em relação ao #IBOV. O custo do capital do acionista é estimado sofre influência do #IBOV. A performance que você paga sobre o desempenho do seu fundo de ações (FIA), normalmente também é sobre o #IBOV.

Mas quem é o "mercado"?

Na carteira atual (13/09/2019), 52,16% são 6 (seis) empresas! Ou seja, Petro/Vale/Ambev ou as financeiras têm um domínio sobre o #IBOV. Se um desses lados sobe e o outro desce, o mercado anda de lado. Se ambos vão na mesma direção, é up ou down!

O setor mais influente no #IBOV é o financeiro (35,74%). Se o governo cogita aumentar um imposto sobre esse setor (1/3 da bolsa), o "mercado" desaba. Mesmo que isso favoreça outros setores (ex: para investimento em infraestrutura). Faz sentido?

Em um mercado emergente/volátil como o brasileiro, #Ibovespa pode "justificar" muito (ou pouco) em um modelo de valuation. Seja na #Academia ou no #Mercado isso merece atenção. Há muita coisa fora do #IBOV que também é mercado (e tem liquidez).

Nos EUA, por exemplo, o S&P500 tem 500 cias. A "foto" do mercado é melhor. No Brasil, uma alternativa mais abrangente é o #IBRX100. No fim do dia, o importante é entender que essas medidas são "aproximações" sujeitas a vieses. Use o bom senso!

A discussão continua no Twitter, acompanha lá... @orleansmartins

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quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Gerenciamento de Resultados, ou de Valor?

Será que uma simples provisão contábil teria o poder de afetar o Valor de uma empresa?

E no caso dos bancos, que dependem de crédito para rentabilizar suas operações em ambientes de maior/menor risco, as decisões discricionárias dos gestores podem afetar o Valor?

Isto pode ser chamado de Gerenciamento de Resultados (ou Earnings Management).

Eu tenho estudado esse fenômeno na academia há alguns anos, e recente o caso de uma das empresas que eu invisto me chamou a atenção.

Ontem, dia 05/08/2019, o Banco ABC divulgou seu resultado do trimestre 2T19 e reportou um Lucro Líquido de R$ 125,2 milhões, montante acima das expectativas de uma famosa casa de análise, que destacou em seu relatório pós-resultado que o fraco desempenho das Receitas de Intermediação Financeira do banco havia sido compensado pela redução da Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa (PCLD ou PDD). Será? Como assim?

O Banco ABC é reconhecido como um banco médio com resultados mais previsíveis, poucas surpresas, com spread fortemente ligado à Selic. Como seu principal negócio é crédito, em ambiente de maior incerteza sua PDD tende a aumentar, com a redução do risco, há menor PDD.

Bem, é fato que o ambiente atualmente no Brasil tem se tornado mais favorável aos negócios. O Bacen acabou de reduzir a taxa Selic de 6,5% a.a. para 6,0% a.a. Por um lado, isso pressiona as receitas do Banco ABC, que é tipicamente um banco de crédito para empresas, mas, por outro lado, favorece o ambiente de negócios ao baratear o crédito para a produção de bens e serviços na economia. Mas a PDD não está relacionada apenas ao risco atual, a partir desta redução de taxa, ela reflete o risco de inadimplência enfrentado pelo banco entre abril e junho de 2019, antes dessa mudança na economia, e antes da aprovação da Reforma da Previdência.

Como essa provisão depende da estimativas contábeis, sujeitas a gerenciamento, fiquei curioso em analisá-las. Olhando para o histórico do banco nos últimos 22 trimestres (Gráfico 1), é possível ver algum tipo de "padrão" de maiores provisões no início dos anos.


Para melhorar o olhar, calculei as médias percentuais por cada trimestre, seja PDD/Receita ou PDD/Lucro. No Gráfico 2 coloco até uma linha de tendência. Nos dois casos, vemos uma tendência de maior PDD nos primeiros trimestres, reduzindo-se nos últimos. Especialmente quando a ponderação é feita pela Receita, que é menos passível de manipulação.


Olhando ano-a-ano, o "efeito gerenciamento" some. Mas dentro dos anos, tal efeito parece presente. Portanto, decisões de investimento ou Valuation com base em dados trimestrais necessitam de cuidadosa análise, nesse sentido, pois PDD afeta os fluxos de caixa esperados.

Não é meu objetivo afirmar se há, de fato, manipulação de resultados ou não nessa empresa. Meu único objetivo aqui é lançar um olhar didático sobre o fenômeno, que se repete em outras empresas.

Os famosos "accruals" (acumulações) estão aí.

Isso é Contabilidade!

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domingo, 5 de maio de 2019

Doutorado Acadêmico em Inovação = Oportunidade!


Aderindo a um programa de inovação, a Universidade Federal da Paraíba passou a oferecer vagas para a realização do curso de doutorado em suas principais áreas, com foco em inovação tecnológica.

A ideia principal do programa é a realização do curso de doutorado junto à uma empresa parceira, na qual se deve desenvolver uma tecnologia para solução de um problema da empresa (extensível a demais situações).

Nesta seleção são oferecidas 7 vagas, sobre as quais detalho 2, por se tratarem de programas de pós-graduação nos quais eu sou docente: Administração e Contabilidade.

ADMINISTRAÇÃO

É oferecida 1 (uma) vaga, em parceria com a "Rosa Neto Tributos". A meta apontada é: "Desenvolver ferramentas inteligentes de gerenciamento fiscal e contábil, através da introdução gradativa de novas tecnologias, como BIG DATA e Inteligência Artificial, na atividade do escritório Rosa Neto (consultoria e planejamento tributário), priorizando plataformas de baixo custo. Para atendimento do objetivo final, será necessário realizar entregas parciais, as quais serão testadas em produção nos projetos do Escritório, gerando dados para análise de gargalos ainda não conhecidos e planejamento de integração com outras ferramentas e processos."

CONTABILIDADE

É oferecida 1 (uma) vaga, em parceria com a "Companhia de Água e Esgotos da Paraíba – CAGEPA". A meta apontada é: "Desenvolvimento tecnológico que gere novo processo que possa
avalizar minuciosamente os custos de todos os serviços prestados pela CAGEPA, a fim de melhor adequá-los às atuais práticas de mercado, tornando-os com valores mais justos e evitando cobranças abusivas ou cobranças que tragam prejuízos à Companhia."

INSCRIÇÕES

Serão realizadas pelo Sistema Integrado de Gestão Acadêmica (SIGAA), no período de 18 de junho de 2019 até as 23:59h do dia 25 de junho de 2019, no endereço eletrônico: https://sigaa.ufpb.br/sigaa/public/processo_seletivo/lista.jsf?aba=pprocesso&nivel=S.

Mais informações em: http://www.cear.ufpb.br/arquivos/editais/EDITAL_02_DAI_DE_SELE%C3%87%C3%83O_2019-_PRPGVFEM.pdf.

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quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Edição 2019 do Meu Mestrado e Doutorado em Contabilidade Pública


Futuros mestrandos e doutorandos podem aprimorar e refletir suas propostas de projeto de pesquisa antes de iniciarem o processo seletivo. Essa é a ideia da iniciativa Meu Mestrado e Doutorado (MMD) em Contabilidade Pública.

Em sua 3a edição, a iniciativa já ajudou candidatos a entrarem em programas de pós-graduação pelo país, dando a chance de refletirem suas propostas de pesquisa.

Essa é uma iniciativa da Série de eventos 'Young Reserchers in Public Sector Accounting', para desenvolvimento de jovens pesquisadores no tema, para que tenha contato com o que tem sido pesquisado na área, teorias e métodos. Se você é um orientador no tema, está convidado a se juntar na avaliação dos projetos. Entre em contato com a coordenação. Se você é um candidato a mestrado e doutorado, veja as condições para submissão da proposta e venha discuti-la conosco. Os debates acontecem totalmente online, participantes de todo país podem apresentar suas propostas.

Participar da iniciativa não garante vaga em qualquer programa de pós-graduação, e nem orientador. Vagas e orientadores devem ser vistos no programa de pós-graduação de seu interesse.

Submissões: de 10/01/19 a 30/04/2019
Confirmação dos selecionados e do programa: até 30/05/2019
Debate dos projetos (online): 04 e 05/06/2019 das 10h às 13h

Link para inscrições e submissão: https://www.even3.com.br/MMD2019

Mais detalhes de submissão em: https://bit.ly/2ABH4AZ

Modelo do projeto em: https://bit.ly/2VCiOre

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