Desgovernança Corporativa
Coligações de partidos capitaneadas por PT, PSDB e PV receberam, em conjunto, R$ 205 milhões. |
Nas eleições de 2008, para prefeito e vereadores, os candidatos arrecadaram mais de R$ 1,7 bilhão, de acordo com levantamento realizado pela organização não governamental Transparência Brasil.
Na segunda prévia divulgada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no início de setembro sobre o financiamento dos postulantes a cargo público em 2010, as coligações de partidos capitaneadas por PT, PSDB e PV - agremiações políticas com mais chances de eleger seus candidatos - receberam, em conjunto, R$ 205 milhões.
Na segunda prévia divulgada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no início de setembro sobre o financiamento dos postulantes a cargo público em 2010, as coligações de partidos capitaneadas por PT, PSDB e PV - agremiações políticas com mais chances de eleger seus candidatos - receberam, em conjunto, R$ 205 milhões.
Os recursos vêm de doações dos próprios candidatos, de pessoas físicas e, principalmente, de empresas.
Doações para campanhas políticas sempre incitam discussões das mais diversas origens. Uma delas é tratada pela jornalista Maria Luíza Filgueiras, em reportagem publicada nas páginas 38 e 39 da edição impressa do Brasil Econômico, que mostra que menos de 20% das companhias com ações negociadas em bolsa esclarecem a seus acionistas quanto doam para campanhas políticas e a quem se destina os recursos.
O estudo em que se baseia a reportagem foi feito pelo Instituto de Compliance e Integridade Corporativa (Icic). Como não se sabe com precisão quanto as empresas abertas doam e para quem doam, os investidores ficam impossibilitados de conhecer os candidatos da preferência das companhias, quanto os candidatos receberão e quais impactos esse procedimento trará sobre a distribuição de dividendos, por exemplo.
Já houve casos de empresas que financiaram campanhas políticas com quantias superiores ao montante do lucro destinado aos acionistas.
Uma boa demonstração de transparência seria todas as empresas, independentemente de terem capital aberto ou não, divulgarem formalmente quanto vão doar, para quem e por quê.
Não é preciso que se crie uma lei para obrigar as organizações a tornar públicos atos que terão consequência na sociedade e fazer valer os surrados manuais de princípios de governança corporativa que a maioria ostenta.
0 comentários:
Postar um comentário