Avaliação Trienal da Capes: Universidades Internacionalizam Programas de Pós-Graduação
A Capes avaliou 2.718 programas de pós-graduação em todo o Brasil, sendo 50 de Economia, 65 de Direito e 100 de Administração e Contabilidade. |
Os investimentos na internacionalização da pós-graduação em economia e administração da Universidade de São Paulo (USP) e da Escola de Pós-Graduação em Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV/RJ) fizeram com que ambas as instituições conquistassem as notas máximas na avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O órgão, responsável por conceituar a cada três anos os programas de pós-graduação em todo o país, conferiu a nota 7 aos cursos que atingiram o nível máximo de desempenho em referência e inserção acadêmica internacional.
A Capes avaliou 2.718 programas de pós-graduação em todo o Brasil, sendo 50 de Economia, 65 de Direito e 100 de Administração e Contabilidade. Os cursos que compuseram o ranking atingiram, no mínimo, a nota 3 - abaixo desse nível, os programas são recomendados a fechar. Na avaliação dos coordenadores da Capes, o desempenho dos cursos é resultado de um movimento geral de melhora na qualidade das instituições. "Houve mais avanços que recuos. A média está maior do que nos últimos três anos", afirma o coordenador da área de administração e contabilidade da Capes, João Luiz Becker.
O único programa de pós-graduação em administração que atingiu a nota 7 foi o da USP. A universidade ganhou ainda a nota 6 nos cursos de contabilidade, a mais alta da área. De acordo com o pró-reitor de pós-graduação da USP, Vahan Agopyan, o conceito foi resultado de investimentos da Faculdade de Economia e Administração (FEA) em internacionalização. "Buscamos atingir padrões globais como estratégia para alcançar a excelência", afirma.
Nove programas cresceram na classificação da Capes. Um deles foi o da Universidade Nove de Julho (Uninove), que atingiu a nota 5, considerada ponto de partida para o nível de excelência e internacionalização, representado pelas notas 6 e 7. A estratégia de melhora da instituição passa pela decisão de promover mestrado e doutorado gratuitos desde 2008. "Essa mudança abriu as portas aos melhores alunos, elevando a qualidade do corpo discente e também a avaliação da instituição", afirma Emerson Maccari, diretor do mestrado profissional em administração da Uninove.
Nos cursos de economia, a nota 7 foi obtida somente pela USP e pela FGV/RJ. Oito programas de pós-graduação na área, porém, tiveram aumento de nota. O coordenador da área de economia da Capes, Francisco de Sousa Ramos, explica que a boa qualidade das instituições aumenta o nível da avaliação de uma maneira geral. "Todos os programas têm feito esforços. A média tem subido a cada triênio, tornando a avaliação cada vez mais exigente."
Um exemplo é a Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro. O diretor da Escola de Pós-Graduação em Economia da FGV/RJ, Rubens Penha Cysne, ressalta que o foco em pesquisa, o elevado número de publicações em revistas científicas estrangeiras e a excelência no ensino formaram um tripé que garantiram a boa colocação da universidade. Além da nota 7 da Capes, a FGV/RJ aparece no ranking internacional da Universidade de Pilburg, na Holanda, como o melhor centro de pós-graduação em economia da América do Sul.
A FGV/RJ pretende ministrar aulas em inglês a partir de 2011, começando pelo doutorado. "As aulas em português dificultam a atração de estudantes de outros países. Internacionalizar esse público aumentará a competitividade da universidade em relação às melhores do mundo", afirma Cysne.
A Capes avaliou 2.718 programas de pós-graduação em todo o Brasil, sendo 50 de Economia, 65 de Direito e 100 de Administração e Contabilidade. Os cursos que compuseram o ranking atingiram, no mínimo, a nota 3 - abaixo desse nível, os programas são recomendados a fechar. Na avaliação dos coordenadores da Capes, o desempenho dos cursos é resultado de um movimento geral de melhora na qualidade das instituições. "Houve mais avanços que recuos. A média está maior do que nos últimos três anos", afirma o coordenador da área de administração e contabilidade da Capes, João Luiz Becker.
O único programa de pós-graduação em administração que atingiu a nota 7 foi o da USP. A universidade ganhou ainda a nota 6 nos cursos de contabilidade, a mais alta da área. De acordo com o pró-reitor de pós-graduação da USP, Vahan Agopyan, o conceito foi resultado de investimentos da Faculdade de Economia e Administração (FEA) em internacionalização. "Buscamos atingir padrões globais como estratégia para alcançar a excelência", afirma.
Nove programas cresceram na classificação da Capes. Um deles foi o da Universidade Nove de Julho (Uninove), que atingiu a nota 5, considerada ponto de partida para o nível de excelência e internacionalização, representado pelas notas 6 e 7. A estratégia de melhora da instituição passa pela decisão de promover mestrado e doutorado gratuitos desde 2008. "Essa mudança abriu as portas aos melhores alunos, elevando a qualidade do corpo discente e também a avaliação da instituição", afirma Emerson Maccari, diretor do mestrado profissional em administração da Uninove.
Nos cursos de economia, a nota 7 foi obtida somente pela USP e pela FGV/RJ. Oito programas de pós-graduação na área, porém, tiveram aumento de nota. O coordenador da área de economia da Capes, Francisco de Sousa Ramos, explica que a boa qualidade das instituições aumenta o nível da avaliação de uma maneira geral. "Todos os programas têm feito esforços. A média tem subido a cada triênio, tornando a avaliação cada vez mais exigente."
Um exemplo é a Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro. O diretor da Escola de Pós-Graduação em Economia da FGV/RJ, Rubens Penha Cysne, ressalta que o foco em pesquisa, o elevado número de publicações em revistas científicas estrangeiras e a excelência no ensino formaram um tripé que garantiram a boa colocação da universidade. Além da nota 7 da Capes, a FGV/RJ aparece no ranking internacional da Universidade de Pilburg, na Holanda, como o melhor centro de pós-graduação em economia da América do Sul.
A FGV/RJ pretende ministrar aulas em inglês a partir de 2011, começando pelo doutorado. "As aulas em português dificultam a atração de estudantes de outros países. Internacionalizar esse público aumentará a competitividade da universidade em relação às melhores do mundo", afirma Cysne.
Fonte: Valor Econômico.
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