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terça-feira, 13 de abril de 2010

Área Financeira Tem Novo Perfil, Segundo a Price


A crise imobiliária americana de 2007, que acabou desencadeando o grande abalo no mercado financeiro mundial do final de 2008, fez com que, mais uma vez, a estrutura da área financeira fosse repensada. Este foi o tema que norteou o evento, promovido pela Câmara Americana de Comércio (Amcham), na manhã desta terça-feira (13).


Cerca de 20 profissionais da área estiverem presentes para ouvir a palestra do diretor de gerenciamento de riscos estratégicos da auditoria PricewaterhouseCoopers do Brasil (PwC), Márcio de Magalhães.


Segundo ele, a crise global não gerou exatamente nada de novo no setor. Os instrumentos financeiros continuam os mesmos, o que mudou foi a visão das empresas em relação a certas ferramentas e departamentos.


“Elas estão enxergando de forma mais clara a real importância do trabalho da tesouraria em uma organização. Ela deixou de ser encarada como um centro de custo para tornar-se meio de geração de valor”, explicou Magalhães.


Uma certa leniência financeira sobre aspectos como: regras para operação de novos produtos; políticas bem traçadas; estratégias de hedge; instrumentos de fair value, monitoramento de limites e stress testing foram preponderantes para a quebra dos grandes bancos em 2008.


De acordo com uma pesquisa elaborada pela PwC, cujos dados ainda não foram divulgados, que contou com 330 participantes de 23 países, a preocupação dos CEOs e CFOs em relação a certos aspectos financeiros ficou maior depois da crise. Estão entre eles: tesouraria; captação de funding e recursos; novas tecnologias e sistemas; liquidez; variação cambial; políticas de crédito; entre outras.


De acordo com o levantamento, os investimentos de 34% das instituições ouvidas direcionados à tesouraria são de aproximadamente 500 mil euros em um ano. “Esse valor é extremamente pequeno para essa área de suma importância”, disse Magalhães.


Apesar de acreditar que está mais transparente a nova abordagem que deve ser seguida no planejamento financeiro e operacional das companhias, Magalhães se mantém pessimista. “Eu não acho que a lição foi aprendida, pois o ser humano não aprendeu durante séculos. Não vai ser agora”, disse.


Fonte: FinancialWeb.

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