Copa do Mundo de 2010: Custos Foram Superiores aos Benefícios Econômicos
Sempre existiram dúvidas quando ao impacto económico que um mundial da FIFA pode trazer ao país organizador da competição. No entanto o último torneio organizado pela África do Sul, veio revelar alguns dados importantes, que servem principalmente de registo para futuras organizações.
Segundo uma sondagem elaborada pelo National Department of Tourism (NDT) da África do Sul em conjunto com a South African Tourism (SAT), o ministério do turismo da África do Sul, o último mundial da FIFA levou ao país africano mais de 309.000 turistas, que no conjunto gastaram mais de 390 milhões de Euros, o que significou um grande acréscimo à economia do país.
Dados do Mundial FIFA 2010 – África do Sul
- No total entraram na África do Sul 309.554 turistas com a intenção de assistir a jogos do Mundial.
- Dos 309.554 turistas 38% vieram do continente Africano, 24% da Europa, 13% da América Central e América do Sul, enquanto 11% vieram da América do Norte.
- O país que mais turistas enviou para assistir ao Mundial da África do Sul foi os Estados Unidos com 30.175 turistas, seguido do vizinho Moçambique com 24.483 e da Inglaterra com 22.802.
- No total foram gastos pelos turistas que visitaram a África do Sul cerca de 390 milhões de Euros.
- Do total gasto pelos turistas 103 milhões de Euros foram gastos por Europeus, 69 milhões de Euros pelos adeptos Sul e Centro Americanos e 40 milhões de Euros gastos por adeptos do continente Africano.
- A quantia média gasta por cada adepto foi de R11.800 (1.300 euros), bastante superior ao ano de 2008(R8.400) e 2009(R9.500).
- Do total gasto pelos adeptos 30% foi gasto em compras, 20% em hotéis, 19% em comida e bebida, 16% em diversões e 11% em transportes.
- Em média cada adeptos passou 10,3 noites na África do Sul, dos quais 79% em hotéis e 21% em casas de amigos ou familiares.
Com um custo que se estimou em cerca de 3.225 milhões de Euros (ver Quanto custa um mundial de futebol da FIFA), os benefícios são claramente inferiores aos custos, deixando apenas como grandes beneficiários dos eventos, a própria FIFA e as empresas patrocinadoras que alcançam uma exposição mediática gigantesca.
Fonte: Futebol Finance.
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