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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Auditoria Interna Aumenta Relevância nas Organizações



Eles formam uma das carreiras mais brilhantes e bem-sucedidas do mundo. No Brasil, estima-se que, entre o setor público e setor privado, estejam atuando na área aproximadamente 35 mil auditores internos. A atividade é hoje compreendida como uma forte aliada das empresas e instituições. A prova disso são os recentes escândalos descobertos por estes profissionais. Em janeiro de 2010, um trabalho realizado pela auditoria interna do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) constatou falhas na licitação, no pagamento e no contrato entre o instituto e o Consórcio Nacional de Avaliação e Seleção (Connasel) para realização das provas do Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem. Os auditores descobriram que o Inep pagaria R$ 8 milhões a mais para execução das provas. Outro fato balançou um dos maiores veículos de comunicação brasileira e foi fruto da capacidade investigativa dos profissionais de auditoria. Identificou-se um rombo em mais de R$ 1 milhão, desviado por profissionais que trabalhavam na realização do quadro “Construindo um Sonho” do SBT. 

De acordo com o vice-presidente de Auditoria Interna do Walmart, Alexandre Apparecido, a imagem deste profissional estava desacreditada até o ano 2000. A partir de 2002, ela foi recuperada quando a auditora Cynthia Cooper, vice-presidente da WorldCom, segunda maior provedora de serviços de telefonia dos EUA, anunciou que iria poupar à companhia um prejuízo de US$ 3,85 bilhões. Para Apparecido, este foi o mais importante acontecimento da história da auditoria interna no mundo.

Os momentos de crise econômica também repercutem nas instituições, no entanto, o presidente do Instituto dos Auditores Internos do Brasil - IIA Brasil, Oswaldo Basile, aponta os períodos turbulentos como positivos para a carreira. “Em períodos de instabilidade financeira, com redução do nível de atividade econômica, o auditor é fundamental para ajudar as organizações a superarem os diversos impactos negativos em suas atividades e atingirem seus planos e metas, como lucratividade, perenidade e competitividade.”

As reduções de custos e cortes de pessoal são ações comuns em períodos de baixa e podem gerar enfraquecimento ou até mesmo ausência de controles importantes com exposição a riscos que podem trazer sérios prejuízos para a organização. “Esta é uma função que não deve ser vista como custo, mas como investimento, com retorno praticamente garantido”, recomenda Basile.

Ter amplo conhecimento do ambiente interno da empresa e dos riscos inerentes aos negócios, ser flexível, visionário e comunicativo faz com que as empresas confiem nestes executivos para ajudá-las a enfrentar e sair de qualquer crise. O diretor de Advisory da PricewaterhouseCoopers – PWC, Gustavo Lucena, acredita que os auditores são os profissionais que melhor contribuem para o crescimento das instituições.

Profissão carece de cursos superiores

No mundo globalizado onde cada vez mais o aperfeiçoamento e a comunicação se fazem necessários, o mercado de auditoria nunca esteve tão atraente. “Talvez nunca em toda a sua história o auditor interno teve tanta importância como agora, ajudando as organizações a identificarem tempestivamente os riscos que podem levar a perdas financeiras e até mesmo à falência”, destaca o presidente do IIA Brasil, Oswaldo Basile.
Apesar da importância do auditor interno para o mercado, a profissão ainda não é regulamentada no País e não existem cursos superiores para esta área. Segundo dados do IIA Brasil, para início de carreira, com dois a três anos de experiência, o salário médio é de R$ 2,5 mil a R$ 3,5 mil. Já um auditor sênior, com cinco a sete anos atuando na área, ganha um salário que varia entre R$ 4 mil a R$ 7 mil. Um gerente com mais de dez anos de mercado tem remuneração entre R$ 9 mil a R$ 13 mil. Por fim, a remuneração de um diretor ultrapassa os R$ 30 mil por mês.

Para quem optar pela área, o vice-presidente de Auditoria Interna do Walmart, Alexandre Apparecido, destaca algumas características fundamentais. “O mais importante é ter espírito inovador, perspicácia, empreendedorismo e trabalho em equipe.” Apparecido acrescenta ainda um ponto indispensável neste perfil: o domínio em Tecnologia da Informação (TI).

O presidente do IIA Brasil também aposta na multidisciplinariedade e no entusiasmo da juventude. Um jovem estudante ou já formado pode iniciar carreira em diversas empresas que oferecem programas de trainee. Outra possibilidade é o trabalho em consultorias e auditorias, iniciando como trainee ou júnior.

O diretor de Auditoria e Controle da ASSIM Saúde, Renato Trisciuzzi, é bastante otimista e diz que a profissão, apesar de considerada nova para várias organizações, já adquiriu a confiança dos executivos para que esse profissional assuma qualquer cargo de gestão ou liderança, dependendo da maturidade de cada um.

Tecnologia da Informação é a base da auditoria

Uma das preocupações das empresas é com relação ao conhecimento e aprimoramento de técnicas em Tecnologia da Informação (TI) e de Segurança da Informação. Estes itens foram identificados pela primeira Pesquisa Sobre as Tendências da Auditoria Interna no País, uma iniciativa da consultoria internacional Protiviti e do Instituto dos Auditores Internos do Brasil (IIA Brasil). O estudo foi realizado com mais de 200 profissionais, que responderam a um detalhado questionário com mais de 100 questões.

Cerca de 65% dos entrevistados com cargos de diretores afirmam que as questões ligadas ao ISO 27000 (Segurança da Informação) são um dos pontos sensíveis que necessita de urgente melhoria. E 58% entendem que há necessidade de melhorias em Auditoria de TI, Segurança, Controles sobre Mudanças, Ambiente de TI, Continuidade e Desenvolvimento de Programas. Outro tema destacado foi a necessidade de os profissionais terem ascensão profissional, liderança, contatos externos e networking.

Neste aspecto que envolve habilidades pessoais, a pesquisa revela uma curiosidade: mais da metade dos auditores entendem que planejamento estratégico e se apresentar melhor em público são questões relevantes para ascensão profissional. Uma nova pesquisa já está sendo realizada pelo IIA Brasil e os resultados deverão ser conhecidos pelos auditores no segundo semestre deste ano.

Brasileiros se destacam como os melhores do mundo

Uma conquista inédita mostrou que o País está preparado para enfrentar os desafios do futuro. Dois brasileiros superaram quase 90 mil concorrentes em mais de 150 países na obtenção da qualificação mundial certificada pela Certified Internal Auditors (CIA), de 2010. A medalha de ouro será concedida ao paulista Igor Estrada Gouvêa e a de prata ao pernambucano Henrique Gonçalves de Carvalho.

O CIA, que há 10 anos se popularizou no País graças ao incentivo dos bancos e empresas, é a mais importante certificação internacional para um auditor interno. Trata-se de uma qualificação exigida por quase todas as empresas no mundo, somente obtida após quatro provas complexas sobre conhecimentos específicos de auditoria interna, governança, conceitos de contabilidade, marketing e TI.

A notícia foi uma enorme surpresa para Igor Gouvêa, que atua na área há oito anos e atualmente é gerente da Socopa Corretora Paulista. “Sonhava ficar entre os melhores do Brasil, mas nunca imaginei ser o primeiro do mundo, superando candidatos de países renomados como EUA e Suíça”, comemora. Apesar de ter estudado com afinco para as provas, Gouvêa ficou surpreso com a notícia. Formado em economia pela Unicamp, o jovem sonhava em ser auditor, tanto que tão logo conquistou o diploma, buscou programas de trainee.

Se o ouro já era bom para o Brasil, ter um representante com a prata projeta ainda mais a imagem do profissional no exterior. Henrique Carvalho tem 25 anos e atua na área há apenas quatro anos trabalhando na empresa Neoenergia, em Pernambuco. “O importante é colocar uma meta no ano e fazer de tudo para cumpri-la. A premiação foi uma grata surpresa e tenho certeza que ela valorizará meu currículo e contribuirá para meu desenvolvimento profissional”, prevê. Ele conta ter ficado sete meses se preparando para os testes. “Eu estava procurando crescer na área com algo que fosse internacional. O meu objetivo era passar na primeira tentativa.”

“A dupla conquista um marco histórico para o auditor interno do Brasil. O desempenho representa a comprovação de que nossos profissionais estão investindo em capacitação e se tornando competitivos”, diz Oswaldo Basile.

Fonte: Jornal do Comércio - RS.

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Fluxo de Caixa nas Nuvens é a Nova Tendência



Os empresários já podem acessar os dados financeiros da sua empresa de qualquer lugar. A Visie, empresa que oferece soluções em informática, em parceria com a Projeto DSD Consultores, desenvolveu o Fluxo de Caixa nas Nuvens. Com o sistema de Cloud Computing, ou Computação em Nuvem, na tradução, há um diferencial competitivo fundamental em tempos de uma economia dinâmica, que é o acesso aos aplicativos da empresa em tempo real e a distância. Para garantir a segurança, o projeto foi desenvolvido em linguagem de programação usada pela Nasa e com as mesmas chaves de criptografia usadas pelos bancos. O produto é voltado para pequenas e médias empresas em servidores online.

O acesso às informações também é controlado. “Através de um sistema de permissões, cada usuário da empresa chega aos dados e operações que o administrador definir”, garante o diretor da Visie, Elcio Ferreira. O sistema está hospedado nos servidores da Amazon, distribuída em três continentes. Segundo ele, os datacenters da Amazon possuem redundância de altíssimo nível de conexão de dados e fornecimento de eletricidade, além de unidades UPS, geradores de energia e monitoramento 24 horas da equipe de suporte.

JC Contabilidade - O que significa o Fluxo de Caixa nas Nuvens?
Elcio Ferreira - É um sistema de gestão financeira construído para rodar em ambientes de cloud computing. Para as empresas, significa segurança e agilidade na gestão financeira, especialmente na gestão de fluxo de caixa, que precisa de agilidade.

Contabilidade - Como ele foi desenvolvido?
Ferreira - Foi desenvolvido pela Visie em parceria com a Projeto DSD, consultoria focada em gestão financeira, com vasta experiência em fluxo de caixa. É usado por empresas de todo o Brasil, através de um website.

Contabilidade - Há um local fixo de hospedagem?
Ferreira - Não, ele roda numa infraestrutura virtual, espalhada em servidores físicos em datacenters ao redor do globo. Há redundância na aplicação e no armazenamento dos dados, garantindo a disponibilidade do software.

Contabilidade - Quais são as vantagens deste projeto?
Ferreira - As empresas podem, a um baixo custo, contar com informação atualizada sobre seu fluxo de caixa. Os gestores podem acessar essa informação de qualquer lugar. Imagine uma situação comum em pequenas e microempresas, um cliente avisa, às vésperas do vencimento de um contrato, que vai atrasar o pagamento. O empresário pode, em viagem, a partir de seu smart-phone, ver como ficará o fluxo de caixa pelos próximos dias, ajustar os pagamentos, comparar com a previsão orçamentária, orientar seu departamento financeiro. Ele leva consigo, no bolso, a plataforma de informação necessária para a tomada de decisões.

Contabilidade - Os empresários já estão utilizando?
Ferreira - Temos 500 empresas utilizando o produto, que é feito para ser usado pelo departamento financeiro das empresas, focado na administração dos recursos disponíveis, datas de pagamentos e recebimentos e controle de orçamento. A implantação tem ocorrido sem problemas.

Contabilidade - De que forma é feito o acesso aos dados?
Ferreira - Através de uma interface web, os usuários têm acesso aos dados a partir de qualquer navegador conectado à internet, em seus computadores, tablets ou smartphones. As empresas também podem exportar os dados do sistema, num formato aberto compatível com Excel, garantindo a posse dos dados.

Contabilidade- O projeto é seguro?
Ferreira - Todo o acesso aos dados é feito através do protocolo HTTPS, usando chaves de criptografia de 256 bits, mais seguras que as usadas pela esmagadora maioria dos bancos brasileiros.

Contabilidade - Como o empresário adquire o sistema?
Ferreira - Através do site fluxodecaixa.com.br ele faz seu cadastro e compra online. Ao se cadastrar, ele tem 40 dias grátis para uso do sistema. 

Fonte: Jornal do Comércio - RS.

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terça-feira, 28 de junho de 2011

Brasileiros São os Mais Otimistas com Contratação de Profissionais de Finanças




Os brasileiros são os mais otimistas no que se refere à intenção de contratar profissionais de finanças e de contabilidade, segundo revela a Pesquisa Internacional de Mercado de Trabalho realizada pela Robert Half. 

De acordo com o levantamento, 54% dos brasileiros apostam no aumento de suas equipes nos próximos seis meses, enquanto que em países como Suíça, Dubai, Luxemburgo e República Checa, o índice não passa de 15%. 

O estudo ouviu 2.525 executivos da área de finanças e recursos humanos no Brasil, Áustria, Bélgica, República Checa, Dubai, França, Alemanha, Itália, Luxemburgo, Suíça e Holanda.

Qualificação
O crescimento/expansão dos negócios (53%) e o aumento da carga de trabalho (30%) são as principais razões apontadas para as novas contratações em Finanças e Contabilidade no Brasil. 

"O Brasil continua como um dos principais alvos dos investimentos e há um volume grande de empresas em expansão, o que justifica a necessidade de ampliação dos quadros", explica o especialista em recrutamento da divisão de finanças e contabilidade da Robert Half, Mário Custódio. 

Porém, apesar da oferta de oportunidades, no Brasil, há grande dificuldade em encontrar mão de obra qualificada, sendo que 97% dos entrevistados brasileiros consideram desafiadora a tarefa de buscar profissionais qualificados neste setor. 

"O volume de trabalho das áreas contábeis é grande e as companhias percebem que precisam de alguém que conheça em profundidade as normas IFRS (International Financial Reporting Standards) e saiba aplicá-las", diz o especialista. 

Em países como Luxemburgo (57%), Dubai (49%) e Bélgica (29%), a busca por talentos de finanças não tem sido tão desafiadora, observa o estudo.

Fonte: Administradores.com.

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PF e Receita Prendem Quadrilhas por Fraude de R$ 1,4 Bi em Importação




A Receita Federal, em operação conjunta com a Polícia Federal, desarticulou dois grupos suspeitos de fraude em importações. O prejuízo ao Fisco pode chegar a R$ 1,4 bilhão.

Ainda não há informações sobre os suspeitos, mas 17 mandados de prisão foram expedidos e devem ser cumpridos nesta terça-feira durante a operação Pomar.

As duas quadrilhas são acusadas de importar mercadorias de modo irregular e remeter divisas ao exterior ilegalmente.

“As duas organizações criminosas têm origem numa mesma quadrilha e se valeriam de ‘laranjas’”, informou a Receita, explicando que a investigação apontou que esses suspeitos, usando documentos falsos, constituiriam empresas para realizar operações ilegais de comércio exterior, remeter para fora do país os valores obtidos e ocultar a identidade dos verdadeiros responsáveis.

O Fisco informou ainda que a mercadoria, que entrava no país por diversos portos, era trazida para a cidade de São Paulo e armazenada em depósitos, a partir dos quais era distribuída.

A investigação durou 4 anos e descobriu dezenas empresas incompatíveis com as transações investigação.

Além dos mandados de prisão, a 2ª Vara Criminal Federal da Seção Judiciária de São Paulo também expediu 67 mandados de busca e apreensão, para 73 pontos, sendo 19 depósitos.

As prisões e buscas ocorrem em oito Estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Alagoas, Espírito Santo, Rondônia, Mato Grosso do Sul e Goiás, além do Distrito Federal.

Os acusados serão indiciados pelos crimes de descaminho, sonegação fiscal, formação de quadrilha, falsidade ideológica, evasão de divisas e lavagem de dinheiro.

Fonte: Valor Econômico.

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Modelo de Harvard



Por Luiz Renato de Araújo Pontes
Pró-Reitor/UFPB

Existe uma cultura nos Estados Unidos, na qual egressos das universidades americanas e setor privado fazem doações de recursos financeiros com o objetivo de contribuir com as instituições de ensino e pesquisa. Assim, os orçamentos das universidades americanas são constituídos de recursos do governo, anuidades, mais os recursos captados através das doações.

A Universidade de Harvard, por exemplo, possui grande parte de seu orçamento anual, de quase R$ 6 bilhões, por captação de recursos via doações.

A Universidade de São Paulo, seguindo o mesmo molde da Universidade de Harvard (USA), espera captar recursos para pesquisa através de doações financeiras do setor privado e dos ex-alunos. Para essa finalidade, foi criado um fundo de investimento que será gerenciado por uma empresa, Endowments do Brasil. As doações serão aplicadas no mercado financeiro e os lucros das aplicações irão para projetos.

Esta iniciativa da Universidade de São Paulo é importante e pode ser que no futuro próximo as universidades brasileiras possam acrescentar aos seus orçamentos recursos captados por doações. Entretanto, para que isso venha efetivamente ocorrer com sucesso, será preciso que as nossas universidades adquiram uma nova cultura de gestão de forma que as suas relações com alunos, ex-alunos e a sociedade sejam mais próxima.

Nas universidades americanas e na Europa, o relacionamento com os ex-alunos é feito com muito profissionalismo. Existem dentro da própria estrutura organizacional das universidades, departamentos de relações responsáveis para interagirem com as associações de egressos. Essa relação, da universidade com seus ex-alunos beneficia a todos.

A relação mais próxima da universidade com seus egressos possibilita a abertura de estágios para os novos alunos, perspectiva de trabalho, captação de recursos, entre outras oportunidades. É através do egresso que todo esforço realizado pela instituição, na sua formação, será colocado a serviço da sociedade, e através dele as universidades podem também acompanhar as transformações da sociedade.

Lamentavelmente, no Brasil, muitas universidades e gestores desconhecem o conceito de relacionamento com ex-alunos. O pensamento dominante, equivocado, é que a responsabilidade com o aluno inicia quando ele começa seu curso e termina quando esse mesmo aluno conclui seu período na universidade.

É importante salientar que a iniciativa, baseada no molde da Universidade de Harvard, que está sendo implantada na USP, não partiu dos dirigentes, mas dos próprios estudantes.

Isso demonstra que as nossas universidades e dirigentes precisam mudar de postura sob pena de nossos alunos e a sociedade perderem o interesse por elas.

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segunda-feira, 27 de junho de 2011

O Novo Cenário da Profissão de Contador



Os profissionais da área de contabilidade, incluindo auditores, consultores contábeis e fiscais, estão experimentando novidades que vêm ocorrendo em todos os setores da economia, provocando alterações que afetam radicalmente as diretrizes profissionais. Essas mudanças significativas na esfera da contabilidade, que antes não eram comuns, acontecem de forma tão veloz que temos de tomar conhecimento e definir o modo de exercê-las. 

Na área de atuação dos profissionais dos serviços contábeis no Brasil, vivemos um longo período de tranquilidade e distanciamento entre a ferramenta da administração dos negócios e as demonstrações contábeis. 

Toda a base que definiu os regulamentos e normas das atividades da contabilidade no decorrer dos anos 80 e 90 estava fundamentada nas leis das Sociedades. Dificilmente, a ferramenta que disciplinava a decisão no mundo dos negócios estava voltada para a área contábil. 

De forma geral, os empresários, os titulares dos patrimônios e dos demais recursos que envolviam as transações do mundo dos negócios demonstravam pouco conhecimento ou interesse nas atividades da área contábil. Assim, existia um grande número de escritórios e profissionais autônomos da esfera contábil que só tomavam conhecimento das transações a serem registradas, com base nos documentos ou comprovantes que lhes eram repassados para elaboração dos registros contábeis. A preocupação do profissional contábil estava voltada ou dirigida para a regra fiscal da legislação do imposto de renda em vez da realidade do mundo dos negócios. 

Entretanto, um esquadrão de profissionais sempre lutou e desenvolveu esforços para a necessária expressão e importância real do profissional contábil no mundo empresarial. 

A redação do prefácio do professor José da Costa Boucinhas, no livro "Contabilidade Introdutória", elaborado pela equipe de professores da USP - Universidade de São Paulo, evidencia que o método do ensino da Contabilidade tinha de estar direcionado para o mundo dos negócios ou das transações que propiciassem o crescimento com um todo. 

O contador Robert N. Anthony, em seu livro "Management Accounting", focaliza com bastante propriedade a importância da informação contábil para o mundo dos negócios, relatando que esta deve ser dirigida para duas finalidades básicas: o controle e o planejamento. 

Hoje, o cenário e o desafio evidenciam a recuperação do desenvolvimento da ciência contábil e seus profissionais. O Brasil está crescendo e se afirmando perante o cenário mundial, através da capacidade de propiciar a sólida continuidade dos fundamentos da sua economia, refletindo o crescimento, o respeito e o interesse de todos os tipos de investidores em nossas atividades. 

Assim, as modificações presentes nas atuais demonstrações contábeis estão em linha com a realidade internacional do mundo dos negócios. As novas normas que disciplinam e regulamentam as atividades do contador, através da introdução das Normas Brasileiras de Contabilidade, Resoluções do Conselho Federal de Contabilidade e demais órgãos reguladores, estão ocorrendo em grande número, fatos que não comuns no Brasil. 

Esses instrumentos que disciplinam a atividade da contabilidade no cenário atual são bem vindos, mas por outro lado, os profissionais devem se integrar à nova realidade. As escolas, professores, cursos de formação, profissionais e alunos da área contábil devem estar conscientes dessa nova realidade. É evidenciado um cenário de constantes informações técnicas, procedimentos a serem adotados, atualizações, novas regras etc. Tais fatos proporcionarão aos contadores a oportunidade de demonstrar a eficiência e integração à realidade da comunidade contábil do mundo dos negócios. 

Fonte: Administradores.com.

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sábado, 25 de junho de 2011

Neymar Já é Fenômeno de Marketing Internacional



Campeão da Libertadores com gol na final, sete patrocinadores pessoais, capa de revista teen, manchete em jornais de todo o mundo, chamado de rei na Espanha, comparado a Messi e alvo de polêmica com ninguém menos do que Maradona. Isso tudo com apenas 19 anos. Este é Neymar.

Com status de popstar, ele já rompeu a barreira de celebridade nacional, está entre os 50 atletas com maior potencial em marketing e chega à Argentina com olhares curiosos dos anfitriões, ávidos por saber o que esse garoto de moicano tem para parte da opinião pública “ousar” compará-lo ao ídolo maior do país na atualidade.

Futebol ele já provou que tem, mas o que o leva a ser o terceiro jogador de futebol em marketing (só está atrás justamente de Messi e Cristiano Ronaldo) é o que talvez explique essa “Neymania”.

Por acaso, isso, definitivamente não foi. Além do pai, que controla seus rendimentos e dá “apenas” uma mesada de R$ 10 mil, o atleta tem um verdadeiro staff, que conta com seu empresário, um plano de carreira do Santos, além do recente convênio com a 9ine, empresa de Ronaldo. Essa união de forças lhe proporciona, além de obtenção de patrocinadores (Santos só paga R$ 160 mil dos seus cerca de R$ 650 mil mensais), aulas de media training, línguas, fonoaudióloga e psicóloga.

– Sempre falei que tem pessoas ao meu redor que sempre me ajudaram. Me deixam totalmente focados no futebol – diz Neymar.

Um dos maiores responsáveis por este suporte, Eduardo Musa, do Santos, não esquece de destacar que, além do staff, o Neymar, puro e simplesmente, tem suas qualidades:

– O mérito não é só nosso. Ele é um jogador diferenciado e tem um carisma incomum.

Cheio de mimos, Neymar se vê diante do, talvez, maior desafio até agora: ser “o cara” da Seleção e deixar Messi como coadjuvante na Copa América de seu próprio país:

– Venho aqui para ser mais um e ajudar. É Jogar o mesmo futebol que jogo no Santos, não mudar nada, só ser feliz aqui e representar o meu país.

Fonte: Lancenet.

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quarta-feira, 22 de junho de 2011

EUA Pagam Delatores de Fraudes Contábeis



Empresas com ações em bolsas de valores nos Estados Unidos têm um motivo a mais para se preocupar em cumprir rigorosamente as regras do mercado de capitais local. A Securities and Exchange Comission (SEC) finalizou a regulamentação da lei que incentiva denúncias de fraudes contábeis e violações às normas por empresas que negociam ações no país. A partir de agora, quem denunciar uma fraude pode levar um percentual da multa aplicada à empresa quando a investigação culminar em condenação ou acordo. A regra vale tanto para denunciantes americanos quanto para estrangeiros. Pode se candidatar ao "prêmio" quem delatar fraudes cometidas em subsidiárias de companhias americanas de capital aberto instaladas em outros países ou em companhias estrangeiras que possuam ações em bolsas americanas. 

Aos delatores - os "whistleblowers", na denominação da nova lei "Dodd-Frank Act", o benefício oferecido é atrativo: 10% a 30% do valor das sanções aplicadas aos infratores. Alguém que tivesse, por ventura, denunciado ao órgão a fraude contábil que a General Eletric (GE) foi acusada de ter cometido para manter as projeções de lucro entre 2002 e 2003 poderia ter embolsado até US$ 15 milhões se a nova lei já estivesse em vigor. Em agosto de 2009, a SEC fechou um acordo com a companhia, que pagou uma multa de US$ 50 milhões em troca do fim das investigações. 

Somente no ano fiscal americano de 2010 - que começou em 1º de outubro de 2009 e terminou em 30 de setembro do ano seguinte - a SEC arrecadou US$ 2,8 bilhões em multas aplicadas a empresas e pessoas físicas acusadas de fraudes e irregularidades. A maior parte disso foi pago em troca de acordos para encerrar processos em curso - e o valor individual das multas aplicadas nos últimos anos têm batido recordes. No ano passado, o Goldman Sachs foi multado pela SEC em US$ 550 milhões após fechar um acordo para encerrar uma investigação em que era acusado de ter enganado investidores com um produto hipotecário de alto risco. O delator, nesse caso, poderia ter recebido de US$ 55 milhões a US$ 165 milhões. "O incentivo financeiro ao denunciante é enorme", diz o advogado Carlos Ayres, especialista em programas de compliance e prevenção de fraudes do escritório Trench, Rossi e Watanabe Advogados. 

As regras da Dodd-Frank destinam-se principalmente a funcionários que tenham informações sobre irregularidades cometidas nas empresas onde trabalham. A recompensa, no entanto, pode ser concedida também a outros informantes, como fornecedores ou clientes. Ficam excluídos auditores, contadores e advogados que, por dever de ofício, devem manter sigilo em relação aos dados a que têm acesso por dever de ofício. 

As denúncias à SEC também podem ser feitas por estrangeiros, e um detalhe incluído na regulamentação da lei facilita ainda mais o caminho para eles. Para que "whistleblowers" americanos se candidatem a um percentual das multas aplicadas às empresas, as provas oferecidas à SEC não podem ter sido obtidas mediante violação de leis federais ou estaduais. Já no caso de estrangeiros, as informações prestadas podem garantir o prêmio, mesmo que tenham sido obtidas por meio de violação às leis de outro país. "A SEC entendeu que não está em posição de checar se a forma de obtenção das provas da fraude foi ilegal ou não no país onde foi obtida", diz Carlos Ayres, que estudou a lei e sua regulamentação e já vem alertando seus clientes a respeito das novas regras. 

A questão é polêmica e gerou uma série de sugestões e críticas à SEC durante o processo de regulamentação do capítulo 922 da Dodd-Frank, já que alguns entendiam que isso poderia incentivar pessoas a violarem leis estrangeiras na busca por informações e pelo prêmio. "A SEC não coloca a violação à lei local como empecilho, mas também não se trata de uma autorização para isso", diz o advogado Antenor Madruga, especialista em fraudes do escritório Barbosa, Müssnich & Aragão Advogados, para quem essa é uma questão a ser resolvida com a interpretação da nova lei pela Justiça americana. 

Desde que a Dodd-Frank entrou em vigor, em julho do ano passado, a SEC contabiliza um aumento do número e da qualidade das informações que recebe sobre fraudes e irregularidades contábeis. A estimativa do órgão é a de receber cerca de 30 mil denúncias ao ano. A advogada Erika Kelton, que trabalha com "whistleblowers" há 25 anos e é sócia da firma americana Phillips & Cohen, conta que, imediatamente após a entrada em vigor da lei, em julho de 2010, começou a receber consultas de potenciais denunciantes, americanos e estrangeiros - e entre esses, de um brasileiro. "Já temos investigações em curso na SEC geradas por clientes que fizeram denúncias após a Dodd-Frank e em breve poderemos ter um brasileiro", diz. 

A nova lei americana dá um passo adiante na tendência mundial de combater a corrupção protegendo o denunciante ao recompensá-lo também. Especialistas são unânimes em afirmar que, mais do que nunca, os programas de compliance e de prevenção a fraudes são necessários. "Antes, se uma empresa tivesse um bom sistema de prevenção, poderia ter sua pena reduzida caso fosse investigada pela SEC", diz Carlos Ayres. "Agora ela precisa dele para evitar que a fraude ocorra."

A advogada Isabel Franco, especialista em legislação anticorrupção e sócia do escritório KLA - Koury Lopes Advogados, afirma que não basta mais treinar funcionários e implementar programas de compliance com canais específicos para denúncias - como os "hotlines" - se elas não forem investigadas. Nesses casos, a própria lei Dodd-Frank tem uma resposta: se um funcionário fizer uma denúncia de fraude internamente e, em 120 dias, a empresa não investigá-la, ele pode reportar as informações à SEC e concorrer a um quinhão de uma eventual multa imposta pelo órgão. "O que a SEC está dizendo muito claramente é que as empresas têm que ter programas de compliance muito fortes e investigar denúncias, porque se não ela 'paga por fora'", diz Isabel. 

Mercado é fértil para 'caçadores de recompensa' 

O mercado nunca foi tão promissor para os "caçadores de recompensa". Até a entrada em vigor da lei Dodd-Frank, que premia quem denunciar violações à legislação que rege o mercado de capitais dos Estados Unidos, duas outras normas contemplavam os delatores com incentivos financeiros. Mas nenhuma delas têm a abrangência do novo programa de recompensas aprovado pelo Congresso americano, sancionado pelo presidente Barack Obama em 2010 e regulamentado pela Securities and Exchange Comission (SEC) no mês passado. "O programa vai mudar a forma de combate à fraude", diz a advogada Erika Kelner, sócia da firma americana Phillips & Cohen. 

A concessão de prêmios a quem denuncia fraudes não é uma novidade nos EUA. Já existem regras desse tipo em duas leis. Uma delas é a chamada "False Claim Act", de 1883, que prevê a possibilidade de premiar quem fizer denúncias de fraudes cometidas contra o governo federal, como em programas militares ou assistenciais. Em outra ponta, uma alteração na legislação da receita federal americana feita em 2006 reformulou o programa de recompensas para quem denunciar fraudes fiscais. 

Mas, segundo Erika Kelner, nenhuma das duas normas têm o alcance - e o impacto - que a lei Dodd-Frank terá. A firma da qual é sócia - a Phillips & Cohen - é uma das poucas que atua apenas com clientes "whistleblowers" (denunciantes) nos EUA. Ela assessora delatores a informarem a existência de fraudes a órgãos como a SEC e o U.S. Departament of Justice (DOJ) - o Ministério Público americano. De acordo com Erika, o programa de recompensas previsto na Dodd-Frank tem algumas particularidades. A principal delas é a possibilidade de anonimato aos denunciantes. Na prática, a pessoa que quiser fazer uma denúncia anônima pode ter seu nome mantido em sigilo, desde que tenha um advogado que garanta que ela, de fato, exista. Além disso, a Dodd-Frank prevê estabilidade no emprego a quem denunciar fraudes cometidas pela empregadora. 

"A lei forma investigadores privados dentro das empresas", diz o advogado Antenor Madruga, sócio do Barbosa, Müssnich & Aragão Advogados. "Ela trata todo empregado como um colaborador da SEC." Não é à toa que já começam a surgir "caçadores de recompensas" não apenas nos EUA, mas em outros países. O advogado Carlos Ayres, sócio do Trench, Rossi e Watanabe Advogados, já encontrou na internet páginas de escritórios de advocacia americanos em outras línguas que não a inglesa com os benefícios oferecidos aos delatores pela lei Dodd-Frank. "Eles traduzem as normas para línguas de países onde a corrupção é maior", diz. Uma das páginas está em língua portuguesa. (CP) 

Contexto 

O incentivo financeiro oferecido a quem denunciar fraudes e irregularidades em companhias listadas na Securities and Exchange Comission (SEC) - a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) americana - foi estabelecido pela "Dodd-Frank Act". Sancionada nos Estados Unidos em julho de 2010, a lei fez uma profunda reformulação nas regras do sistema financeiro e do mercado de capitais do país, na tentativa de evitar crises sistêmicas como a de 2008. Entre os diversos dispositivos da lei está a seção 922, que cria a recompensa aos chamados "whistleblowers" - denunciantes, na tradução para o português. Após quase um ano de vigência da lei, a seção 922 foi regulamentada pela SEC em 25 de maio para ditar as regras do programa de recompensa, criado para estimular denúncias de fraudes contábeis.

Fonte: Valor Econômico.

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terça-feira, 21 de junho de 2011

Pesquisa Acadêmica Sobre Educação Fiscal



Prezado(a),

Esta pesquisa é parte integrante de um trabalho em nível de doutorado que está sendo elaborado junto ao Programa Multiinstitucional e Inter-regionalde Pós Graduação em Ciências Contábeis mantido pela Unb, UFPB e UFRN, com o objetivo de verificar se o nível da educação fiscal do cidadão influencia a eficiência pública municipal, medida através da gestão de recursos.

A concretização do trabalho requer a mensuração, em forma de indicador, do nível de educação fiscal dos cidadãos, mensuração esta que permitirá o tratamento estatístico posterior por análise multivariada de dados.

Inicialmente, são solicitados alguns dados de natureza censitária, que não tem caráter de investigação pessoal, mas apenas de conhecimento sobre a população estudada. Tais informações, sob hipótese alguma, serão divulgadas.

No segundo momento, pede-se para indicar qual o seu nível de concordância com temas de interesse público voltados ao papel do Estado, a função sócio-econômica dos tributos e a relação entre o cidadão e o Estado. Não há respostas certas ou erradas, apenas afirmativas sobre os quais se pretende saber seu nível de concordância. Quanto maior o conceito atribuído, maior será seu nível de concordância com a afirmação apresentada.

A atenção na leitura e a interpretação das afirmações, associadas a honestidade e a sinceridade nas respostas são fatores chaves para o sucesso da pesquisa, motivo pelo qual redobramos nossas recomendações.

O tempo máximo aproximado para respostas é de 10 minutos.

Desde já agradecemos a sua participação, e informamos que os resultados do trabalho serão disponibilizados publicamente, através da tese final.

Clique aqui para acessar o questionário:



Erivan Ferreira Borges – Doutorando
Dr. José Matias Pereira - Orientador

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terça-feira, 14 de junho de 2011

UFPB Dobra de Tamanho em 5 Anos e Já é a Maior do Norte/Nordeste



Em apenas cinco anos, a Universidade Federal da Paraíba conseguiu dobrar de tamanho e, hoje, já é a instituição de ensino superior do Norte e Nordeste do país a oferecer o maior número de vagas no seu processo seletivo. Em 2005, a UFPB oferecia cerca de 3.700 vagas por ano. Hoje esse número já chega aos oito mil.

O crescimento da UFPB não se deu apenas na sua área física. Em 2005, a instituição possuía 50 cursos de graduação. Hoje já são 100 cursos e há projetos para aprovação, nos próximos meses, de mais 10 cursos.

Na Pós-Graduação, os números também impressionam. Em 2005, a UFPB oferecia 27 cursos de mestrado; hoje já são 46. Os cursos de Doutorado também saltaram de 12 para 24 em pouco mais de cinco anos.

“A nossa preocupação não é apenas expandir a Universidade, mas também melhorar a sua qualidade acadêmica”, disse o reitor da instituição, Rômulo Polari. O crescimento da UFPB se deu, principalmente, pela qualidade dos projetos apresentados ao Ministério da Educação, dentro dos dois planos de expansão das instituições públicas de ensino, ainda no Governo Lula.

No primeiro desses planos, denominado “Expansão com Interiorização”, a UFPB instalou um campus no Litoral Norte do Estado, nos municípios de Rio Tinto e Mamanguape. São praticamente dois campi, com 10 cursos e uma estrutura duplicada nas duas cidades. Para se ter uma idéia, a UFPB construiu, além de salas de aulas, laboratórios, blocos administrativos, duas bibliotecas de grande porte, dois restaurantes universitários, duas residências universitárias, sendo uma em cada cidade.

Para um campus em fase de implantação, era de se esperar que a avaliação realizada pelos técnicos do Ministério da Educação não fosse satisfatória. Essa avaliação leva em consideração os programas político-pedagógicos de cada curso, qualificação de seu corpo docente e a infraestrutura oferecida pela instituição para o seu funcionamento.

Sete dos 10 cursos da UFPB no Litoral Norte já foram avaliados. Destes, um obteve nota máxima, numa escala que vai de zero a 5. Cinco deles receberam média 4 e apenas um ficou com 3. “O resultado da avaliação do MEC surpreendeu a todos”, avalia o diretor do Campus do Litoral Norte, Alexandre Scaico. Em pouco mais de quatro anos de funcionamento, o novo campus já possui dois programas de mestrado.

“Nós recebemos notas mais baixas no item infraestrutura porque as instalações físicas nesse centro ainda não foram concluídas inteiramente. Quando tudo estiver terminado, certamente essa avaliação será ainda melhor”, finalizou o Pró-Reitor de Graduação da UFPB, Valdir Barbosa.

Fonte: Agência de Notícias da UFPB.

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segunda-feira, 13 de junho de 2011

Exame de Suficiência: Luta pela Qualidade




Para boa parte da sociedade brasileira talvez seja novidade que, a partir deste ano, para ingressar na profissão contábil, é preciso passar por uma avaliação, o exame de suficiência. A exemplo do "exame da Ordem" na área do Direito, essa é uma expressão que vai se popularizar. A obrigatoriedade foi instituída pela Lei nº 12.249/2010, que também traz novas medidas de fiscalização e punição, prevendo inclusive a cassação do registro em caso de deslizes mais graves. O objetivo de tudo isso é promover o avanço e a valorização da contabilidade, oferecendo à sociedade, às empresas e ao setor público profissionais mais competentes. 

Divulgados no final de maio, os resultados do primeiro exame foram decepcionantes, assustadores. Apenas 5.650 dos 16.608 candidatos conseguiram aprovação: 30,83% dos que fizeram provas de bacharel em ciências contábeis e 24,93% de técnico em contabilidade, valendo sublinhar que bastava acertar o mínimo de 50% das questões. 

A sociedade talvez não lembre também que já havíamos feito uma tentativa de adotar esse exame, no meio contábil, só que por resolução. No período de 2000 a 2004, aplicamos dez exames, contabilizando ganhos substanciais. Como imaginávamos, a iniciativa funcionou como fiscalização indireta, diminuindo as autuações profissionais em cerca de 60%. Foi um tempo em que as instituições de ensino revelaram preocupação maior com a qualidade dos seus cursos, investindo mais na formação dos professores, se interessando mais pelas questões pedagógicas, métodos de ensino, conteúdos ministrados e com as necessidades do mercado. O próprio sistema CFC-CRCs avançou no conceito de desenvolvimento profissional com a educação continuada, formato que hoje tem até programas de ensino à distância, procurando alcançar toda a classe em atividade - um contingente de mais de 500 mil no país. 

É cedo para dizer que os resultados dessa primeira edição são uma tendência, até porque, nos dez exames anteriores, a média de aprovação foi de 60%. Seja como for, a rede de ensino não precisa esperar para dar uma resposta. São mais de mil cursos de ciências contábeis formando milhares de alunos todo ano. Só em 2009 foram 32,3 mil, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Alguns deles são ótimos - no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) de 2009, 28 tiveram conceito máximo, sete no Paraná - mas muitos andam completamente esquecidos do compromisso com a qualidade. 

Fonte: CFC.

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sexta-feira, 10 de junho de 2011

Funções Básicas de Auditoria Operacional




A Auditoria Operacional é uma atividade especializada exercida nas empresas, que compreende o levantamento de dados e análise da produtividade e a rentabilidade das empresas; custos das operações, do equilíbrio e do crescimento estrutural e patrimonial da empresa, incluindo a situação financeira e a viabilidade econômico financeira dos projetos de ampliação dos negócios.

Segundo Araújo (1998,p.35), a auditoria operacional consiste em revisões sistemáticas de programas, organizações, atividades ou segmentos operacionais dos setores públicos e privados, com a finalidade de avaliar e comunicar se os recursos da organização estão sendo usados eficientemente, bem como se estão sendo alcançados os objetivos operacionais.Dai, entende-se que a Auditoria Operacional é o processo de avaliação do desempenho real, em confronto com o esperado, o que leva, inevitavelmente, à apresentação de recomendações destinadas a melhorar o desempenho e a aumentar o êxito dos negócios empresariais.

Outros especialistas conceituam também a Auditoria Operacional como Auditoria de Gestão, Auditoria de Otimização de Recursos, Auditoria de Resultados, por esta representar o exame dos três “Es”: Economicidade, Eficácia e Eficiência.

Independente da classificação utilizada, a Auditoria Operacional, por compreender o exame da estrutura da organização, dos sistemas de controle, dos meios operacionais e do uso dos recursos físicos e humanos, tem por fim auxiliar a gerência a estabelecer a adequada gestão dos processos operacionais das empresas.

A auditoria operacional pode ser desenvolvida tanto pela auditoria externa ou pela auditoria interna, mas, por ser necessária uma aplicação de caráter permanente, aplica-se mais ao perfil de auditoria interna.

A Função básica da auditoria operacional é elaborar diagnósticos que permitam visualizar e avaliar a situação da empresa ou organização auditada de acordo com o desempenho relativo ao funcionamento e desenvolvimento das atividades e à utilização dos recursos e meios da maneira mais eficiente, com economicidade para atingir a eficácia.

Ainda podemos considerar como funções complementares da auditoria operacional as que seguem.
4.1 Verificação da estrutura organizacional (departamentos, divisões, estrutura, funções) e a delegação de responsabilidades (hierarquia funcional) de acordo com o plano de controles da administração, que abrange todos os setores e atividades do negócio da empresa ou organização.

4.2 Verificação, de acordo com as diversas atividades e rotinas, dos mais variados setores e departamentos ou divisões da empresa ou organização e do cumprimento dos procedimentos previamente estabelecidos pela administração e gerência.

4.3 Análise, de acordo com os acontecimentos das diversas atividades, dos vários relatórios e registros sobre as operações, considerando se tais relatórios são reais, úteis e apresentam informações completas e atualizadas.

4.4 Acompanhamento das atividades, analisando os padrões de acordo com o desempenho, resumindo a análise de desempenho quanto ao provimento de uma base efetiva para uma avaliação adequada dos resultados operacionais alcançados.De acordo com Gil (2000, p. 13), a auditoria é exercida segundo dois focos, que devem ser considerados:

a) presente/passado: Auditoria Operacional com enfoque em controles, que é a revisão/avaliação/emissão de opinião de processos e resultados exercidos em linhas de negócios/ produtos/ serviços no horizonte temporal passado/ presente;

b) presente/futuro: Auditoria Operacional com enfoque em riscos.

Toda análise, verificação e todo acompanhamento das atividades precisam estar de acordo com o que a empresa ou organização pretende com o trabalho a ser desenvolvido, mesmo considerando as questões “presente/passado e presente/futuro”. Lembre-se que o passado das organizações é o melhor parâmetro para aferir qualquer medição, medida ou definição de novas metas de acordo com a capacidade instalada e de pessoal.

Fonte: Portal de Auditoria.

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quinta-feira, 9 de junho de 2011

Empresas Deixam de Fazer Pesquisa por Falta de Doutores




A pesquisa aplicada feita pelas empresas no Brasil, voltada para inovação tecnológica, ainda esbarra em obstáculos estruturais, como falta de mão de obra qualificada.

Mas, diferentemente do que se costumava dizer, o problema não é a pequena proporção de doutores em exatas em relação a humanas.

Essa distribuição no Brasil --53% de doutores em ciências e em engenharias e 47% em outras áreas-- é semelhante à de países como os EUA.

Para os especialistas, o Brasil tem de aumentar a quantidade total de doutores formados em todas as áreas.

"O número de doutores formados no Brasil é expressivo [cerca de 10 mil por ano]. Mas a quantidade de doutores por mil habitantes continua pequena", diz o economista Sérgio Queiroz, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).

O Brasil tem menos de dois doutores por mil habitantes, contra 15 na Alemanha e 23 na Suíça, por exemplo.

Queiroz faz parte do conjunto de especialistas do livro "Inovações tecnológicas no Brasil" (Ed. Cultura Acadêmica, 2011), da Interfarma (Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa).

ESCASSEZ DE CÉREBROS

"Há uma deficiência estrutural de pessoal formado para pesquisa e para engenharia", analisa o diretor-científico da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de São Paulo), Carlos Henrique de Brito Cruz.

A escassez de mão de obra para a ciência no setor produtivo do Brasil pode levar empresas multinacionais a montar centros de pesquisa em países concorrentes, como China e Índia.

Essa foi uma constatação de Queiroz, da Unicamp, a partir de um estudo coordenado por ele, com 55 filiais de empresas internacionais.

O objetivo foi avaliar o que determina que as filiais no Brasil tenham atividades de pesquisa e desenvolvimento.

A falta de mão de obra qualificada apareceu em primeiro lugar na lista de dificuldades citadas pelas empresas, seguida pelo alto custo para se fazer pesquisa no Brasil.

AMBIENTE HOSTIL

Para Cruz, da Fapesp, o setor privado também enfrenta um ambiente "historicamente hostil" para pesquisa, com juros altos e instabilidade.

Exemplo disso, diz Fernando Galembeck, da Unicamp, é o que aconteceu com o setor de microeletrônica. Em meados de 1980, o país tinha uma indústria próspera de informática. "Hoje, a produção de materiais e dispositivos para essa indústria tornou-se irrelevante."

Para ele, o país tem pesquisas inovadoras no setor privado, como na área agrícola. A indústria de papel ganhou destaque devido a inovações na produção de eucalipto. Mas os problemas estruturais persistem. "O Estado onera a pesquisa privada e produz ações conflitantes."

Fonte: Folha de São Paulo.

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quarta-feira, 8 de junho de 2011

Exame de Suficiência Põe em Xeque o Ensino Contábil





O mercado de trabalho para os contadores e técnicos vai ficar mais exigente na hora da escolha do profissional. Suspenso desde 2005, o Exame de Suficiência do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) voltou a ser aplicado. A primeira edição, realizada em maio, trouxe à tona um cenário preocupante. Apenas 5.650 dos 16.608 contadores que fizeram as provas em todo o País conseguiram aprovação, o que equivale a um percentual de 30,83%. Dos técnicos em contabilidade, 24,93% conseguiram a obtenção do registro validado pelo CFC.

O resultado se torna ainda mais dramático quando se leva em consideração a exigência de acertos, que era de apenas 50%. No Rio Grande do Sul, a média de aprovação foi de 37,38% para contadores. O alto índice geral de reprovação, de 69,17%, assustou as lideranças da Contabilidade. De acordo com a vice-presidente de Desenvolvimento Profissional do CFC e coordenadora da comissão estratégica para validação das provas, Maria Clara Bugarim, não houve destaque para nenhum estado, pois a média para cada região foi praticamente igual.

O exame teve como referência os conteúdos programáticos desenvolvidos no curso de bacharelado em Ciências Contábeis e no curso de Técnico em Contabilidade. Na avaliação da vice-presidente, o resultado era previsível, mesmo com o nível das provas não sendo considerado difícil. “O número reflete a realidade do ensino no País. É preciso um despertar das instituições para este produto que estamos disponibilizando no mercado de trabalho”, alerta. Maria Clara orienta para que os alunos que foram reprovados façam cursos de atualização no CFC.

O resultado, embora frustrante, não chegou a surpreender o presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul (CRC-RS), Zulmir Breda. “O exame mostrou o que nós já imaginávamos”, disse, convicto de que este é o espelho da proliferação de cursos em detrimento da qualidade. A tendência, na visão da vice-presidente, é que nas próximas edições o desempenho dos candidatos seja melhor, pois garante que o CFC irá buscar junto ao Ministério da Educação (MEC) maior participação na avaliação das instituições de ensino superior.

A análise é a mesma do presidente do CRC de São Paulo, Domingos Orestes Chiomento, que se mostrou decepcionado com o índice de desempenho do seu estado e do País. “Esperávamos que, no mínimo, 50% dos bacharéis e técnicos conseguissem passar por esse teste de capacitação profissional, como vinha acontecendo nas dez edições anteriores, realizadas no período de 2000 e 2004, quando o exame estava ainda em vigência.” Para ele, o resultado é preocupante e constata o despreparo dos profissionais para atender às exigências do mercado.

Como medida imediata, o sistema CFC/CRCs enviou as avaliações para todas as instituições acadêmicas autorizadas pelo MEC. O propósito é fazer com que os cursos se adaptem, da melhor maneira possível, adequando as disciplinas à realidade do mundo dos negócios, que tem uma dinâmica cada vez mais veloz. “Os contabilistas precisam estar aptos para acompanhar as exigências da nova economia mundial, subsidiando os empreendedores com informações confiáveis e de valor”, defende Chiomento.

O primeiro lugar em aprovação ficou com o Distrito Federal, onde 114 das 262 pessoas que prestaram o exame conseguiram obter o registro. O título de vice-campeão do ranking foi para o Rio de Janeiro, que recebeu 853 inscrições, com 334 candidatos aprovados, enquanto o terceiro lugar ficou para o estado da Paraíba, com 205 inscrições e 77 aprovados. O Rio Grande do Sul alcançou o quarto lugar.

De acordo com Chiomento, o resultado do estado paulista surpreendeu negativamente e deve ser analisado em relação ao desempenho obtido nas outras regiões, levando-se em consideração o número de faculdades existentes e o de bacharéis e técnicos que fizeram a prova. São Paulo ficou em 11º lugar.

Para ele, a situação dos técnicos é ainda mais preocupante, uma vez que nos estados do Acre, Maranhão, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Tocantins e Mato Grosso nenhum candidato foi aprovado.

Novos cursos são aprovados sem avaliação criteriosa

O crescimento desenfreado de novas faculdades sem a avaliação criteriosa da qualidade do ensino é apontado como o principal motivo deste baixo índice de aprovação. Para a vice-presidente de Desenvolvimento Profissional do CFC e coordenadora da comissão estratégica para validação das provas, Maria Clara Bugarim, este resultado deverá forçar as instituições de Ensino Superior a melhorar seus cursos de graduação. Caso contrário, acredita, poderão ver seus alunos migrarem para outras faculdades. “Os estudantes irão cobrar melhorias no ensino de Ciências Contábeis de suas instituições”, aposta.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), 32,3 mil alunos concluíram o curso de Contabilidade em 2009, nas mais de mil instituições de ensino da área contábil em todo o território brasileiro. O Estado gaúcho conta com 59 faculdades de Ciências Contábeis, porém, apenas uma delas, a Unisinos, oferece curso stricto sensu, mestrado e doutorado para os que desejam se aperfeiçoar na área. Para o presidente do CRC-RS, Zulmir Breda, esta é uma realidade triste, mas que precisa ser encarada, pois faltam profissionais com qualificação para atuar como docentes. No Brasil, existem apenas três instituições com doutorado em Contabilidade.

São aproximadamente 500 mil profissionais de Ciências Contábeis em atividade no País. Só no Rio Grande do Sul, o CRC-RS registra exatos 38.687 profissionais, entre técnicos e contadores. Para desenvolver com competência o seu papel perante as exigências do mundo moderno, o profissional precisa de constante aperfeiçoamento. A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs) já está discutindo a possibilidade de abrir cursos de mestrado a partir de 2014, em parceria com outros estados e países.

O problema, segundo o coordenador da Comissão de Graduação em Ciências Contábeis e Atuariais (Cgatu) da Ufrgs, João Marcos da Rocha, é a falta de professores com nível de mestrado e doutorado, pois a exigência do MEC é de que haja, pelo menos, dez doutores e, atualmente, a Ufrgs conta com apenas dois.

Na análise do coordenador, o resultado do exame demonstra que as faculdades de graduação estão num patamar que atende a uma expectativa mediana de mercado. A consequência disso é que muitos cursos terão de se reformular, pois os candidatos irão exigir mais das universidades e saberão escolher as melhores. “Será uma seleção natural”, acredita o professor, confiante de que o mesmo aconteça com o mercado de trabalho na busca por bons profissionais.

A Pontifícia Universidade Católica do RS (Pucrs) conta com vários cursos de especialização para a área contábil como Gestão Tributária, Controladoria e Finanças, Governança Corporativa e Gestão de Riscos, Auditoria e Perícia. O coordenador do curso de Ciências Contábeis da Pucrs, Saulo Armos, acredita que a universidade está no caminho certo, adequando-se para uma nova realidade, e leva em conta inclusive as Normas Internacionais de Contabilidade.

A Pucrs está mapeando os egressos que prestaram o exame para obter informação sobre seu desempenho. O objetivo, segundo Armos, é encontrar ações corretivas que possam diminuir os índices de reprovação nas próximas avaliações. “Não há forma de ensinar a contabilidade em seu estágio atual sem a estrutura das instituições de Ensino Superior”, argumenta o coordenador.

Retomada das provas foi obtida na Justiça

O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) são os únicos a exigir dos profissionais a aprovação em exame específico para ingresso no mercado de trabalho.

A obtenção do registro via comprovação de conhecimentos específicos foi suspensa em 2005, em decorrência de uma liminar que argumentava que, somente por lei, o conselho poderia aplicar tais provas. Apenas em 2010 o CFC obteve novamente o direito da aplicabilidade das provas, agora sob reconhecimento legal.

A vice-presidente de Desenvolvimento Profissional do CFC e coordenadora da comissão estratégica para validação das provas, Maria Clara Bugarim, lembra que a entidade lutou pela legalização do exame por ter consciência do nível insatisfatório do ensino de um grande número de faculdades de Ciências Contábeis no Brasil.

Os aprovados no exame terão o prazo de dois anos, a contar da data da publicação no Diário Oficial da União, para requererem o registro profissional no Conselho Regional de Contabilidade, na categoria para a qual tenham sido aprovados. O segundo teste está previsto para setembro deste ano.

Fonte: Jornal do Comércio - RS.

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